AULA 1 - A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NAS CIÊNCIAS SOCIAIS

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AULA 1 - FUNDAMENTOS EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Calvin Sena
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Calvin Sena
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Resumen del Recurso

AULA 1 - A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NAS CIÊNCIAS SOCIAIS
  1. Em nossa primeira aula iremos problematizar as relações entre ciência e senso comum, a fim de compreendermos quais são os processos de produção de conhecimentos aplicados nas Ciências Sociais.
    1. Síntese:
      1. Formas de conhecimento
        1. Diferenças metodológicas
          1. Métodos de pesquisa
            1. Imaginação sociológica
              1. Em nossa primeira aula da disciplina “Fundamentos em Ciências Sociais”, problematizamos a relação existente entre as diversas formas de conhecimento — mítico, filosófico, científico e de senso comum — e aprendemos a finalidade e a importância de cada uma delas. Analisamos as diferenças metodológicas entre as Ciências Naturais e as Ciências Sociais. Apresentamos também a distinção entre os métodos de pesquisa qualitativos e quantitativos, assim como diversos exemplos de técnicas de pesquisa aplicadas às Ciências Sociais, tais como a etnografia, os questionários, as entrevistas, os grupos focais e a análise histórica.
                1. Por fim, apontamos a contribuição prática das Ciências Sociais para as nossas vidas, por meio da proposta de imaginação sociológica de Wright Mills.
            2. Conversa Inicial
              1. Senso comum e conhecimento científico
                1. Imagine, por um instante, como seria a nossa sociedade sem o desenvolvimento da ciência. Como faríamos para nos comunicar ou mesmo nos deslocar em grandes distâncias? De que forma trataríamos as doenças que nos afligem? Será que nossa vida seria mais simples e tranquila? Ou, pelo contrário, seria ainda mais difícil e exigente? Vivemos em um mundo complexo e dinâmico, no qual as informações circulam com extrema velocidade, influenciando a forma como agimos, pensamos e sentimos. No entanto, esse novo mundo no qual vivemos não é fruto do mero acaso, e sim o resultado de uma série de transformações sociais e materiais que ocorreram ao longo da história.
                  1. Um dos principais fatores que influenciaram a complexidade do mundo no qual estamos inseridos foi o desenvolvimento da Ciência Moderna, que tem intuito fundamental de compreender e transformar a realidade. A ciência faz parte de nossas vidas. Está presente nos currículos escolares, nos artigos de jornais e revistas, nos rótulos dos alimentos, nas bulas de remédio e nos manuais dos eletrodomésticos. Mesmo não sendo cientistas, usufruímos cotidianamente dos produtos e das explicações fornecidas pela ciência.
                    1. As transformações proporcionadas pela Ciência Moderna não surgiram por acaso
                      1. Do Mito à Filosofia
                        1. Mitos: narrativas que buscam explicar a origem e a organização do mundo ao nosso redor
                          1. Filosofia: surgimento entre os pensadores gregos da Antiguidade
                            1. Conhecimento racional e sistemático acerca do sentido da vida, o funcionamento do universo e questões intrínsecas ao ser humano
                              1. Da Filosofia à Ciência
                                1. Ciência moderna: sistematização do mundo
                                  1. Método racional de observação, levantamento de hipóteses e experimentação
                                    1. Comprovar a veracidade ou falsidade de suas teorias
                                      1. 1- Observação: Primeiras impressões e observações espontâneas acerca dos fenômenos.
                                        1. 2- Formulação de hipóteses: Formulação de proposições antecipadas que conduzam a coleta de dados.
                                          1. 3- Seleção de dados: Observação sistemática e seleção dos dados a partir das hipóteses levantadas.
                                            1. 4- Experimentação: Processo de aplicação sistemático e planejado de técnicas especificas de pesquisa.
                                              1. 5- Obtenção de padrões: Resultados constantes e persistentes verificados na experimentação.
                                                1. 6- Generalização: Elaboração de teorias, generalizações que revelam dados comuns e constantes.
                                                  1. Ciência e Senso Comum
                                                    1. Senso comum: forma de conhecimento prático, intuitivo, não especializado, compartilhado entre as pessoas, a fim de orientar suas ações no cotidiano
                                                      1. Forma de conhecimento que viabiliza a transmissão de conhecimentos úteis à sobrevivência
                                                        1. Sua reprodução mecânica também pode levar ao “engessamento” de algumas formas de conhecimento
                  2. A produção do conhecimento nas Ciências Sociais
                    1. A Ciência moderna, pautada nos ideais de objetividade, neutralidade e racionalidade, teve a sua origem no século XVI, com o desenvolvimento dos métodos de pesquisa das Ciências Naturais, principalmente com os avanços da Química, Astronomia e Biologia. A partir do século XIX, tal modelo de racionalidade também se estendeu ao desenvolvimento das Ciências Sociais, mais especificamente à Sociologia, ciência destinada à explicação científica dos fenômenos sociais. Um dos principais defensores da transposição dos métodos das Ciências Naturais para as Ciências Sociais foi o filósofo francês Auguste Comte (1798-1857), criador de uma corrente filosófica denominada Positivismo, que lograva identificar, pela aplicação de métodos racionais e científicos, os princípios e as leis que governavam a realidade social.
                      1. Em última instância, o pensador defendia que as Ciências Sociais deveriam atingir a mesma neutralidade, imparcial e objetiva, da Física, Química e Biologia.
                        1. Auguste Comte (1798–1857)
                          1. Surgimento da Ciência Moderna
                            1. O surgimento do termo Sociologia
                              1. O positivismo de Auguste Comte
                                1. Émile Durkheim (1858–1917)
                                  1. A Sociologia como Ciência
                                    1. Definição de um objeto para a Sociologia
                                      1. Proximidade com as Ciências Naturais
                                        1. Max Weber (1864–1920)
                                          1. A necessidade de um método próprio para a Sociologia
                                            1. A subjetividade e o sentido atribuído pelos indivíduos
                    2. Praticando a Imaginação Sociológica
                      1. Após compreendermos as origens do conhecimento mítico, o desenvolvimento dos conhecimentos filosófico e científico até finalmente chegarmos no processo de produção do conhecimento das Ciências Sociais, é provável que você esteja se questionando acerca da finalidade prática das Ciências Sociais. Em outras palavras, qual é a contribuição das Ciências Sociais para as nossas vidas? Em “Aprendendo a pensar com a sociologia”, os sociólogos Zygmunt Bauman e Tim May sinalizam que o conhecimento sociológico oferece algo fundamental para a vida em geral: “uma interpretação das experiências por meio dos processos de entendimento e de explicação” (BAUMAN, 2010, p. 265). Os autores se referem à Sociologia como uma espécie de mapa da vida social, no sentido que a disciplina é capaz de fornecer uma série de notas explicativas para as nossas experiências, ampliando nossos horizontes de compreensão.
                        1. Sociologia: mapa da vida social, com notas explicativas sobre nossas experiências
                          1. Desvendar os mistérios que existem por trás das fachadas das relações sociais
                            1. Imaginação sociológica: é uma forma reflexiva de pensar as nossas práticas, as tradições que as sustentam e os motivos que justificam a sua persistência
                              1. Considera o indivíduo como resultado do meio social
                                1. O fenômenos sociais devem ser compreendidos em seu contexto de interações
                                  1. Corresponde a um pensamento sobre as relações entre a nossa história de vida, o tempo histórico em que vivemos e as estruturas sociais nas quais estamos inseridos
                          2. Métodos de Investigação das Ciências Sociais
                            1. A distinção entre as Ciências da sociedade e as Ciência da natureza foi, e ainda é, objeto de inúmeras disputas e controvérsias entre diferentes campos de estudo. Em particular, na oposição existente entre a pesquisa quantitativa, que prioriza amostras grandes, análise de dados brutos e resultados que podem ser quantificados, e a pesquisa qualitativa, que não se preocupa com a representatividade numérica, mas como o aprofundamento da compreensão de um grupo social e da explicação do universo simbólico, que envolve motivos, crenças, valores e atitudes. Por vezes, observa-se certa resistência aos métodos qualitativos, que são bastante aplicados nas Ciências Sociais. A fim de resolver tal questão, Minayo & Minayo-Gómez (2003) salientam que cada método — quantitativo ou qualitativo — tem por objetivo conduzir o investigador, da melhor forma possível, a encontrar respostas para suas perguntas.
                              1. Desse modo, nenhum método é melhor que o outro. O importante é que a produção do conhecimento científico, dos fenômenos naturais ou sociais, ocorra por meio de um “olhar disciplinado” por parte do pesquisador, de um exame minucioso que leve em consideração diversos procedimentos, com o objetivo de interpretar os fatos que estão inseridos em determinada realidade.
                                1. Quantitativos:
                                  1. Questionários: Facilita sistematização de grande quantidade de informação
                                    1. Entrevistas: pode ser estruturada ou em profundidade
                                      1. Etnografia: imersão nas dinâmicas do grupo estudado
                                        1. Grupos focais: entrevistas em grupo
                                          1. Análise documental
                                          2. Qualitativos:
                                      2. Contextualizando
                                        1. História Ana Luiza e João Carlos
                                          1. As Ciências Sociais podem nos ajudar a interpretar essas diferentes trajetórias de vida?
                                            1. Esse conhecimento produzido pode ser utilizado para compreender nosso cotidiano?
                                              1. Na prática
                                                1. A. As histórias de Ana Luísa e João Carlos não constituem objeto de análise para as Ciências Sociais
                                                  1. B. A partir dessa história, podemos compreender melhor os efeitos da desigualdade social no acesso a determinados serviços e direitos sociais
                                                    1. C. As Ciência Sociais também consideram como objeto de pesquisa as trajetórias pessoais, analisadas por meio dos métodos de pesquisa qualitativos
                                              2. Referências de Apoio
                                                1. BAUMAN, Z.; MAY, T. Aprendendo a pensar sociologicamente. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2010
                                                  1. GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.
                                                    1. GIDDENS, A.; TURNER, J. (Orgs). Teoria social hoje. São Paulo: Editora UNESP, 1999.
                                                      1. MAGALHÃES, G. Introdução à metodologia científica: caminhos da ciência e tecnologia. São Paulo: Ática, 2005.
                                                        1. MILLS, C. Wright. A imaginação sociológica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1965.
                                                          1. PREMEBIDA, A. et. al. Pesquisa social. Curitiba: Intersaberes, 2013.
                                                            1. RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 2009.
                                                              1. SANTOS, B. de S. Um discurso sobre as ciências. São Paulo: Cortez, 2008.
                                                              Mostrar resumen completo Ocultar resumen completo

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