Pronomes

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Pronomes pessoais reto e oblíquos, colocação pronominal, pronome de tratamento, pronome possessivo, pronome indefinido.
Jayme Eduardo
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Question Answer
Do ponto de vista semântico O pronome pode apresentar inúmeros sentidos,a depender do contexto: posse, indefinição, generalização, questionamento, apontamento, aproximação, afetividade, ironia, depreciação etc.
Do ponto de vista morfológico e discursivo O pronome é uma classe de palavras normalmente variável em gênero e número e que se refere a elementos dentro e fora do discurso.
Do ponto de vista sintático O pronome é um termo que funciona como adjunto adnominal quando acompanha um substantivo; quando o substitui, tem função substantiva (ou seja, funciona como núcleo do sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, indireto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial, aposto e vocativo).
'Tu' não sabias 'quem' era 'aquela' mulher 'a qual' 'minha' mãe 'certa' vez me apresentara? Funcionam como adjunto adnominal (o terceiro, o quinto e o sexto), como sujeito (o primeiro), como predicativo do sujeito (o segundo) e como objeto direto (o quarto). Resumindo: pronome é o vocábulo que substitui ou acompanha o substantivo,relacionando-o às três pessoas do discurso.
– Estes documentos são 'nossos'*, não 'teus'. Note que os pronomes nossos e teus se referem ao substantivo documentos, substituindo-o, por isso são pronomes substantivos.
– Os vossos amores não mais vivem para vós. Note agora que o pronome vossos se refere ao substantivo amores, acompanhando-o, por isso é um pronome adjetivo.
Quais são as 6 classificações dos pronomes? Eles podem ter seis (6) classificações: pessoais, possessivos, indefinidos, interrogativos, demonstrativos e relativos.
O que são pronomes pessoais? Os pronomes pessoais são aqueles que designam as três pessoas do discurso, no singular e no plural. Ainda há os de tratamento, que são considerados pessoais por fazerem alusãoàs pessoas do discurso de maneira cerimoniosa, normalmente.
Os pronomes pessoais são divididos em dois tipos , quais são eles? São sempre pronomes substantivos e se dividem em dois tipos. São chamados de retos porque exercem, normalmente, função de sujeito, e oblíquos porque exercem, normalmente, função de complemento verbal ou nominal.
Quais são os pronomes pessoais do caso reto? 1 a pessoa: eu (singular), nós (plural). 2 a pessoa: tu (singular), vós (plural). 3 a pessoa: ele/ela (singular), eles/elas (plural).
Esses pronomes normalmente conjugam verbos, por isso comumente exercem função de sujeito, mas também podem exercer função de ... predicativo do sujeito, vocativo, aposto e, raramente, objeto direto.
Lembra-se da música “Beija eu, beija eu, beija eu, me beija...”? O pronome reto eu não ocupa posição de objeto dentro do registro culto da língua, logo ele não pode servir de complemento do verbo beijar. A frase deveria ser “Beija-me...”,
Os pronomes retos não podem vir preposicionados: “Entre eu e tu nunca vai haver nada.” (construção equivocada). É por isso que se usa a forma oblíqua tônica neste tipo de construção: “Entre mim e ti nunca vai haver nada.”.
Só podem vir precedidos de preposição se... ... continuarem exercendo função de sujeito: “Entre eu sair e tu saíres, saio eu.”.
“A banca examinadora, depois de intensa discussão, finalmente escolheu: eu, o Fábio e a Bruna.” Evanildo Bechara entende que está correto o emprego do pronome reto com função de objeto direto, após dois- pontos.
– Minha mãe, 'apenas ela', é a melhor mãe do mundo. O vocábulo em destaque sintaticamente é um.. Aposto.
A frase “Pega ele, pega ele, é um ladrão!” esta certa? Como os pronomes retos não exercem função de objeto direto, a frase “Pega ele, pega ele, é um ladrão!” constitui construção equivocada, devendo ser reescrita assim: “Pega-o, pega-o, é um ladrão!”.
No entanto, se os pronomes retos estiverem acompanhados de todo(a/s), só (adjetivo), apenas ou numeral, permite-se que sejam postos em posição de objeto direto, segundo muitos gramáticos – O que vi da vida até agora? Vi 'toda ela' se esvaindo diante dos meus olhos. (objeto direto) – Ajudei 'todos eles' e ajudá-los-ia de novo, se fosse preciso. (objeto direto) – Encontramos 'ele só' na praia, pois a namorada o abandonara. (objeto direto)
– Em virtude 'dela' viajar, tive de reprogramar minha vida. ou – Em virtude "de ela" viajar, tive de reprogramar minha vida. ? – Em virtude "de ela" viajar, tive de reprogramar minha vida. Não existe sujeito preposicionado .
“A gente vamos à praia amanhã?” ou “A gente vai à praia amanhã?”. O uso da expressão a gente, equivalendo a “nós”, não faz parte do registro culto da língua, mas sim do coloquial. Ouvimos muito por aí: “A gente vamos à praia amanhã?” (construção totalmente equivocada). O verbo deve ficar na 3 a pessoa do singular: “A gente vai à praia amanhã?”.
Quais são os pronomes oblíquos Átonos ? 1ª pessoa: me (singular), nos (plural). 2ª pessoa: te (singular), vos (plural). 3ª pessoa: se (singular ou plural), lhe, lhes, o, a, os, as.
Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos podem exercer função de ... sujeito (raramente), objeto direto (normalmente), objeto indireto (normalmente), complemento nominal (raramente) e adjunto adnominal (raramente).
Já "lhe(s)" pode exercer função de ... objeto indireto (normalmente), sujeito (raramente), complemento nominal (raramente) e adjunto adnominal (raramente).
Por sua vez, os pronomes átonos o, a, os, as só exercem função de... objeto direto (normalmente) ou sujeito (raramente).
– Você nunca fez (3 a pessoa) mal a ninguém, por isso eu te (2ª pessoa) admiro. ou – Tu nunca fizeste (2 a pessoa) mal a ninguém, por isso eu te (2ª pessoa) admiro. – Tu nunca fizeste (2 ª pessoa) mal a ninguém, por isso eu te (2 ª pessoa) admiro. (adequado)
Lhe / Lhes O pronome oblíquo lhe pode ser substituído por “a ele(a/s), para ele(a/s), nele(a/s)”, ou por qualquer pronome de tratamento após as preposições “a, para, em”. – Agradecemos-lhes a ajuda sincera. (Agradecemos a eles...) – A mãe lhe comprou uma boneca? (... comprou uma boneca para você?) – Deus criou o homem e infundiu-lhe um espírito imortal. (... infundiu no homem...)
Os pronomes oblíquos átonos de 3 a pessoa o(s), a(s), se estiverem ligados a verbos terminados em -r, -s e -z, viram .... -lo(s), -la(s).
Se estiverem ligados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em, -ão, -õe...), viram ... -no(s), -na(s)
– Vou resolver uma questão. = Vou resolvê-la.
– Fiz o concurso porque quis o emprego de funcionário público. = Fi-lo porque qui-lo. (ou ... porque o quis)
– Apagaram nossos arquivos. = Apagaram-nos.
– Você põe a mão onde não deve. = Você põe-na onde não deve.
– Tu pões a mão onde não deves. = Tu põe-la onde não deves.
Construções arcaicas mas ainda figurando nas gramáticas e em registros superformais são aquelas em que o pronome átono se contrai com outro átono. Vejaque contrações “bisonhas”: – Basta de discussão sobre a roupa! Ele dar-ma-á de presente e pronto. = Ele dará a roupa (=a) para mim (= me)... (me + a = ma) – Ele viu o carro e instou com o dono para que lho vendesse. = ... para que vendesse o carro (=o) a ele (= lhe)... (lhe + o = lho) – Deram-ta! = Deram-te uma bela lição (= a)!... (te + a = ta)
Como se chama a colocação do pronome oblíquo átono ANTES do verbo? Próclise
Pronome oblíquo átono no MEIO do verbo se chama ... MESÓCLISE ( MEIO )
POA DEPOIS do verbo ÊNCLISE
Quais são os pronomes oblíquos átonos? Me, te, se, nos, vos, lhe(s), o a, os , as. Lembrando que o, a , os , as podem se transformar em lo, la , los, las ou no, na, nos e nas.
Próclise É o nome que se dá à colocação pronominal antes do verbo. É usada nestes casos: 1) Palavra de sentido negativo antes do verbo* – Não se esqueça de mim. * não, nunca, nada, ninguém, nem, jamais, tampouco, sequer etc.
Não; esqueça-se de mim! ou Não; se esqueça de mim! ? Não; esqueça-se de mim! Obs.: Após pausa (vírgula, ponto e vírgula... entre qualquer palavra atrativa e o verbo), usa-se ênclise: Não; esqueça-se de mim!
Próclise 2) Advérbio ou palavra denotativa antes do verbo* – Agora se negam a depor. * já, talvez, só, somente, apenas, ainda, sempre, talvez, também, até, inclusive, mesmo,exclusive, aqui, hoje, provavelmente, por que, onde, como, quando etc.
Agora, negam-se a depor ou Agora se negam a depor Agora, negam-se a depor Obs.: Se houver pausa (vírgula, ponto e vírgula...) após o advérbio, usa-se a ên- clise: “Agora, negam-se a depor”.
Próclise 3) Conjunções e locuções subordinativas antes do verbo* – Soube que me negariam. * que, se, como, quando, assim que, para que, à medida que, já que, embora, consoante...
Ainda que a conjunção esteja oculta, haverá próclise: “Como não o achei, pedi-lhe (que) me procurasse.”
Informação que cabe para qualquer caso de próclise: ignora-se a expressão intercalada, colocando o POA antes do verbo, pois seu antecedente ainda é uma palavra atrativa: “Mesmo quem, diante de situações precárias, se encontra calmo, padece.” Sobre isso, ainda cabe a ênclise, segundo ensino da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Pergunta: Oi. Após vírgula, pode o pronome ficar antes ou depois do verbo quando há distanciamento do termo atrativo ou do termo que permite o facultar da posição do clítico? Exemplos: “Os homens, a quem muito amei, me eram(eram-me) leais.” ou “Nunca, mesmo depois da separação, me comuniquei(comuniquei-me) com ela.”. Ambas as posições (próclise ou ênclise) estão certas? Obrigado! Resposta: Prezado, ambos corretos, pode empregar a próclise ou a ênclise nos seus exemplos. De nada, disponha. (ABL)
A próclise é recomendada por Bechara em orações subordinadas (substant- ivas, adjetivas ou adverbiais) cujo verbo está flexionado (sem vírgula sep- arando a “palavra atrativa” do pronome átono): “Sabemos que a verdade te apetece. / A mulher cujo marido nos empregou é muito simpática. / Embora o programa lhe desse informações confiáveis, foi surpreendido um dia desses.”
(FCC – TRF (1 a R) – Técnico Judiciário – 2011) É correto afirmar: c) o pronome lhe (linha 27), em cuja forma lhe sugeria, poderia ser deslocado para depois do verbo, sem comprometer a correção. A letra "C" está certa ou errada? A letra c) foi considerada errada pela banca. Inferimos disso que o pronome lhe, em cuja forma lhe sugeria, NÃO poderia ser deslocado para depois do verbo, pois iria, SIM, comprometer a correção gramatical, desrespeitando a norma culta
Veja outra, na mesma linha do Bechara: (Cespe/UnB – TJ/ES –) No trecho “enquanto os protestos se espalhavam pelas ruas da capital egípcia”, a próclise do pronome “se” justifica-se pela natureza subordinada da oração, explicitada pela conjunção temporal “enquanto”. ( X ) CERTO ( ) ERRADO
Próclise 4) Pronomes relativos antes do verbo* – Identificaram-se duas pessoas que "se" encontravam desaparecidas. * que, o qual (e variações), cujo, quem, quanto (e variações), onde, como, quando.
Próclise 5) Pronomes indefinidos antes do verbo* – Poucos te deram a oportunidade. * alguns, todos, tudo, alguém, qualquer, outro, outrem etc.
6) Pronomes interrogativos antes do verbo* – Quem te fez a encomenda? * que, quem, qual, quanto.
7) Entre a preposição em e o verbo no gerúndio – Em se plantando tudo dá. Obs.: O POA virá antes do gerúndio também se estiver modificado por um advérbio: “João não era ligado a dinheiro, pouco se importando com oconforto advindo dele.”
8) Com certas conjunções coordenativas aditivas e certas alternativas antes do verbo* – Ora me ajuda, ora não me ajuda. – Não foi nem se lembrou de ir. * nem, não só/apenas/somente... mas/como (também/ainda/senão)..., tanto... quanto/ como..., que, ou... ou, ora...ora, quer... quer..., já... já...
9) Orações exclamativas e optativas (exprimem desejo) – Quanto se ofendem por nada, rapazes! – Deus te proteja, meu filho, e que bons ventos o tragam logo.
É o nome que se dá à colocação pronominal depois do verbo; ela é basicamente usada quando não há fator de próclise; veja: 1) Verbo no início da oração sem palavra atrativa – Vou-me embora daqui! Obs.: Com palavra atrativa: “Já me vou embora daqui!”
Ênclise 2) Pausa antes do verbo sem palavra atrativa – Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo. Obs.: Com palavra atrativa: “Se eu ganho na loteria, tão LOGO me mudo.”
3) Verbo no imperativo afirmativo sem palavra atrativa – Quando eu der o sinal, silenciem-se todos. Obs.: Com palavra atrativa: “Enquanto eu não avisar, jamais vos silenciem.”
4) Verbo no infinitivo não flexionado sem palavra atrativa – Machucar-te não era minha intenção.
5) Verbo no gerúndio sem palavra atrativa – Recusou a proposta, fazendo-se de desentendida. Obs.: Com palavra atrativa: “Recusou a proposta, não se fazendo de desentendida.”
Mesóclise É o nome que se dá à colocação pronominal no meio do verbo (extremamente formal); ela é usada nos seguintes casos: 1) Verbo no futuro do presente do indicativo sem palavra atrativa – Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo. OBS.: Com palavra atrativa, a próclise é obrigatória: “Talvez se realizará, na próxima semana, um grande evento.”
2) Verbo no futuro do pretérito do indicativo sem palavra atrativa – Não fosse o meu compromisso, acompanhá-la-ia nesta viagem. Obs.: Com palavra atrativa: “Mesmo não havendo compromisso, nunca te acompanharia nesta viagem.”
Casos Facultativos 1) Pronomes demonstrativos antes do verbo sem palavra atrativa.* – Aquilo me deixou triste / Aquilo deixou-me triste. * este (e variações), isto; esse (e variações), isso; aquele (e variações), aquilo.
ABL RESPONDE Pergunta: Afinal de contas, o pronome demonstrativo exige próclise, ênclise ou é facultativo? Ou seja: “Aquilo me deixa triste.”, “Aquilo deixa-me triste.” ou tanto faz? No seu exemplo, não há palavra que exija a próclise nem há impedimento para empregar a ênclise. O pronome demonstrativo não é fator de próclise, ao contrário do pronome relativo. Portanto neste caso o uso é facultativo.
Casos facultativos 2) Conjunções coordenativas (exceto aquelas mencionadas nos casos de próclise)antes do verbo sem palavra atrativa. – Ele chegou e dirigiu-se a mim. / Ele chegou e se dirigiu a mim. – Corri atrás da bola, mas me escapou. / Corri atrás da bola, mas escapou-me.
3) Sujeito explícito com núcleo pronominal (pronome pessoal reto e de trata- mento) antes do verbo sem palavra atrativa. – Ele se retirou. / Ele retirou-se. – Eu te considerarei. / Eu considerar-te-ei. – Sua Excelência se queixou de você. / Sua Excelência queixou-se de você. Tanto faz, qualquer frase está certa.
4) Sujeito explícito com núcleo substantivo (ou numeral) antes do verbo sem palav- ra atrativa. – Camila te ama ou Camila ama-te. / Os três se amam ou Os três amam-se.
5) Infinitivo não flexionado precedido de “palavras atrativas” ou das preposições “para, em, por, sem, de, até, a”. – Meu desejo era não o incomodar. / Meu desejo era não incomodá-lo. – Calei-me para não contrariá-lo. / Calei-me para não o contrariar. – Corri para o defender. / Corri para defendê-lo. – Acabou de se quebrar o painel. / Acabou de quebrar-se o painel. – Sem lhe dar de comer, ele passará mal. / Sem dar-lhe de comer, ele passará mal. – Até se formar, vai demorar muito. / Até formar-se, vai demorar muito. – Erro agora em lhe permitir sair? / Erro agora em permitir-lhe sair? – Por se fazer de bobo, enganou a muitos. / Por fazer-se de bobo, enganou a muitos. – Estou pronto a te acompanhar. / Estou pronto a acompanhar-te.
Nas Locuções Verbais 1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar. – Haviam-me convidado para a festa.
Se, antes do “tempo composto” (locução verbal formada por “ter/haver + particípio”), houver palavra atrativa, o pronome oblíquo ficará antes do verbo auxiliar. – Não me haviam convidado para a festa.
26. (FUNDEP – MP/MG – Oficial – 2012) “Alega a vítima que Fulano de tal, o agressor, seu ex-amásio, a tem perseguido de forma constrangedora em via pública[...]” (linhas 16-17) O trecho sublinhado pode ser corretamente substituído por: a) tem perseguido-a; b) lhe tem perseguido; c) tem perseguido ela; d) tem-na perseguido. d) tem-na perseguido. (Gabarito!) Obs.: Se houver fator de próclise e depois uma intercalação, o pronome pode ficar antes ou depois do verbo auxiliar.
Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá a mesóclise, desde que não haja antes dele palavra atrativa. – Haver-me-iam convidado para a festa?
2) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio, se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar (com hífen), antes do principal (sem hífen) ou depois do verbo principal (com hífen). – Devo-lhe esclarecer o ocorrido. / Devo lhe esclarecer o ocorrido. / Devo esclarecer-lhe o ocorrido. – Estavam-me chamando pelo rádio. / Estavam me chamando pelo rádio. / Estavam chamando-me pelo rádio.
Havendo palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. – Não posso esclarecer-lhe o ocorrido. / Não lhe posso esclarecer mais nada. – Não estavam chamando-me. / Não me estavam chamando.
Obs.: Os casos facultativos permitem diferentes colocações pronominais com as locuções verbais: “Ele te vai xingar muito.” ou “Ele vai(-)te xingar muito.” ou “Ele vai xingar-te muito.”.
Quais são os Pronomes Oblíquos Tônicos? 1 a pessoa: mim, comigo (singular); nós, conosco (plural). 2 a pessoa: ti, contigo (singular); vós, convosco (plural). 3 a pessoa: si, consigo (singular ou plural); ele(a/s) (singular ou plural).
São sempre precedidos de preposição? Sim.
Podem exercer função sintática de objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adnominal, adjunto adverbial, dativo de opinião*. – Convidou-me e a ela também. (objeto direto – preposicionado) – Ela não só aludiu a mim como a vós também. (objeto indireto) – Estamos preocupados contigo. (complemento nominal) – É muito bom quando a Argentina é derrotada por nós. (agente da passiva) – A casa deles é enorme. (adjunto adnominal) – Ontem eu saí convosco por causa dela. (adjunto adverbial) – Para mim, ele não presta. (dativo de opinião)
(AOCP – BRDE –2012) Em “Ora, para mim isso configura um crime.”, a expressão destacada funciona como a) introdutor de conformidade; b) objeto indireto; c) adjunto adnominal; d) complemento nominal; e) dativo de opinião. e) dativo de opinião. ( gabarito )
Mim – Nunca houve nada entre mim e ti. Está adequado à norma culta ou não este uso do pronome? Adequadíssimo! Não estaria se estivesse assim: “Nunca houve nada entre eu e você.”, como já vimos. O eu só poderia vir após a preposição se fosse sujeito de um verbo: “Entre eu sair e tu saíres, saio eu!”. Agora está ótimo.
E nesta frase abaixo, há incorreção gramatical? – Sempre foi muito complicado para mim entender português. A frase está perfeita. O mim pode ficar diante de verbo no infinitivo, sim! Cuidado com essa construção, meu amigo, pois ela pode sabotar você. O que não pode ocorrer é o mim ocupar posição de sujeito, ok?
– Comprei vários livros para mim aprender finalmente português. Errado O certo é – Comprei vários livros para eu aprender finalmente português. Observe que neste caso o mim é sujeito do verbo aprender.
Qual é o macete para se usar " PARA MIM" ou "PARA EU" ? Simples, observe a primeira frase (adequada) de novo: Sempre foi muito complicado para mim entender português. O que você deve perceber é: 1) se for possível apagar ou 2) deslocar a expressão para mim, isso é sinal de que o mim não funciona como sujeito do verbo no infinitivo. Logo, nestas condições, a expressão pode vir sem problemas diante do verbo. Veja como ficaria: 1) Sempre foi muito complicado ( ) entender português. ou 2) Para mim sempre foi muito complicado entender português.
Agora tente aplicar esses macetes à frase “Comprei vários livros para mim aprender finalmente Português.”. Não conseguiu, não é? Sabe por quê? Porque nessa frase o mim conjuga verbo e tem função de sujeito. Agora, como sabemos que ele está inadequado, consertemos:Comprei vários livros para EU aprender finalmente português.
Para fechar, vale dizer que se usam as formas retas eu e tu, só quando antes delas houver preposições acidentais ou palavras denotativas: – Ela chegou até eu. Inadequado; deveria ser “até mim”, pois o até é uma preposição essencial.
– Fora tu, todos são maltratados por ela. Adequado; o fora é uma preposição acidental.
– Ela maltrata até eu. Adequado; o até indica “inclusive”, logo não é uma preposição, mas sim uma palavra denotativa de inclusão.
Si / Consigo São pronomes reflexivos (ou reflexivos recíprocos), isto é, referem-se ao próprio sujeito do verbo, na 3 a pessoa. – Elisabete só fala de si mesma, levando consigo todo o crédito.
“Eu não te disse que não trouxesses consigo essa garota?”. Está certa está frase? Não. Note que o consigo se refere à 2 a pessoa do discurso,o que incorre em desvio gramatical, pois tal pronome oblíquo tônico só se refere à 3ª pessoa do discurso. Assim, para que se mantenha a correção gramatical, deve-se redigir a frase desta forma: “Eu não te disse que não trouxesses contigo essa garota?”.
Usa-se entre si sempre que for possível a posposição do pronome mesmos, lembrando-se que o sujeito tem de ser da 3 a pessoa do plural; do contrário, usa-se entre eles. – Os irmãos discutiam entre si (mesmos). – Nunca houve briga entre eles.
Quando o pronome se refere ao sujeito do verbo, não se usa ele(a/s) mesmo(a/s)/próprio(a/s), segundo a tradição gramatical, mas sim o oblíquo tônico si, acompanhado ou não de próprio/mesmo: Ele fez propaganda dele mesmo. (inadequado) / Ele fez propaganda de si próprio/mesmo. (adequado)
Nós / Vós Usam-se com nós e com vós quando estes são seguidos de “ambos, todos, outros, mesmos, próprios, um numeral, um aposto explicativo ou uma oração adjetiva”; caso contrário, usa-se conosco e convosco. – Viajou com nós ambos. – Saiu com vós todos. – Estava com nós outros. – Com nós mesmos/próprios, vocês poderão contar. – Com vós dois é que não quero jantar. – Com nós, os brasileiros, sempre acontecem coisas inesperadas. – Resistimos à tempestade com vós, que sois bravos, e com eles, que também são corajosos. – As crianças irão conosco e não convosco.
Ele (a/s) Pode haver contração das preposições com ele(a/s): de + ele(a/s) = dele(a/s); em + ele (a/s) = nele(a/s): Além dele, ninguém mais me viu.
Com relação ao emprego correto dos pronomes em destaque, marque C para certo, E para errado e, em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta. ( ) Meu pai trouxe chocolates para mim comer. ( ) A professora ficou aborrecida com nós todos. ( ) É melhor que não pairem dúvidas entre ti e ele. ( ) Esse dinheiro é para ti pagares tua faculdade. E-C-C-E (Gabarito!)
Dê exemplos de pronomes de tratamento . Vossa Senhoria / Vossa Excelência / Vossa Eminência/ Vossa Alteza / Vossa Santidade/ Vossa Magnificência / Vossa Majestade
Quando se usa o " VOSSA"? Quando se fala com a pessoa. Ex.: No quarto da rainha: – Vossa Majestade precisa de algo? – Sim. Um suco.
Quando se usa o "SUA"? Quando se fala sobre a pessoa. Ex.: Na cozinha: – Sua Majestade é cheia de mimos, não? – Ela sempre foi assim.
Segundo Bechara e manuais de redação consagrados, como o da PUC/RS, com as formas ou pronomes de tratamento – apesar de femininas em sua formação –, faz-se a concordância com o sexo das pessoas a que se referem: Vossa Senhoria está convidado (homem) a assistir ao Seminário.
“Seu bobo, para de palhaçada!”, este Seu equivale ao “Seu” da frase: “Seu Manoel chegou.” Sim, ou seja, é a redução da forma de tratamento Senhor. Isso é marca de coloquialismo, ok?
2) Qualquer pronome de tratamento, apesar de se referir à 2 a pessoa do discurso,exige que verbos e pronomes estejam na forma de 3 a pessoa. Isso cai emprova, hein! – Sua Alteza ESTUDA tanto para poder um dia governar SUA nação.
3) O pronome você não pode ser “misturado” com verbos ou pronomes de 2 a pessoa no mesmo contexto; é preciso haver uniformidade de tratamento; no entanto, o que mais ocorre é a “desuniformidade” de tratamento, note: – Entre por essa porta agora e diga que me adora, você tem meia hora pra mudar a minha vida, vem, vambora... (Adriana Calcanhoto) A forma verbal vem está na 2 a pessoa do singular (vem tu); deveria ser: venha (venha você).
Os pronomes possessivos estabelecem relação de posse (normalmente) entre seres e conceitos e as pessoas do discurso. Dê exemplos de pronomes possessivos. 1 a pessoa: meu(s), minha(s) / nosso(a/s). 2 a pessoa: teu(s), tua(s) / vosso(a/s). 3 a pessoa: seu(s), sua(s). * “Dele(a/s)” não é pronome possessivo.
Eles concordam em gênero e número com o substantivo a que se ligam? Eles variam (concordam) em gênero e número com o substantivo a que se ligam (João deixou uma herança vultosa para suas mulheres.) ou a que se referem (Filhos? Sempre estou atento aos meus.).
PRONOMES POSSESSIVOS Vejamos o emprego de tais pronomes agora (nunca é demais repetir determinados ensinos): 1) Os pronomes de tratamento exigem os possessivos na 3 a pessoa: – Vossa Senhoria deve encaminhar suas reivindicações ao diretor.
2) Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos assumem valor de possessivos: – Vou seguir-lhe os passos. (Vou seguir os seus passos.) – Apertou-me as coxas. (Apertou as minhas coxas.) Os pronomes oblíquos átonos (com valor possessivo) exercem função sintática de adjunto adnominal.
3) Mudança de posição pode gerar mudança de sentido – Minha mulher não anda com roupas indecentes. (Só tem uma mulher.) – Mulher minha não anda com roupas indecentes. (Qualquer mulher dele.)
4) O pronome possessivo “seu” (e variações) pode causar ambiguidade. – O PM prendeu o bandido em sua casa. (Na casa de quem?) – João, Maria e seu filho saíram. (Filho de quem?) – José contou-me que Rute perdeu seus documentos e ficou desesperada. (Documentos de quem?) – A professora disse-lhe que acreditava em sua nomeação. (Nomeação de quem?)
Para desfazer a ambiguidade e/ou tornar o valor possessivo mais forte, podem-se usar vírgulas, próprio(a/s), (seu) dele(a/s), oração subordinada adjetiva. – O PM, em sua própria casa, prendeu o bandido. – João, Maria e o filho dela saíram. – A professora disse-lhe que acreditava em sua nomeação dele. (Forma estranha, mas culta.) – José contou-me que Rute, cujos documentos perdera, ficou desesperada.
Obs.: É muito usado o pronome possessivo seu, de 3 a pessoa, para se referir à 2 a pessoa do discurso: “Você não deve deixar de considerar suas virtudes.”.
5) O artigo definido é facultativo antes dos pronomes adjetivos possessivos, mas dos pronomes substantivos possessivos, o artigo é obrigatório. – Gosto de meu trabalho. / Gosto do meu trabalho. / Gosto de meu trabalho, mas não do teu.
6) Como vimos, em plural de modéstia e plural de cerimônia, os pronomes “nosso(a/s)” (1ª pessoa do plural no lugar da 1ª pessoa do singular) e “vosso(a/s)” (2ª pessoa do plural no lugar da 2ª pessoa do singular) também participam desse contexto. Veja: – Não cabe a nosso intelecto desvendar todos os mistérios da gramática. – Pai nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome.
7) Os matizes de sentido, respectivamente, que podem ter os possessivos são: parentesco, estimativa, indefinição, ironia, cortesia/respeito, hábito, intimidade, simpatia, permanência, realce... – Como vão os seus, João? – Roberto tem seus vinte e quatro anos. – Eu sei que tu passas lá teus apertos. – Minha querida, cala a boca! – Deixe-me ajudar, minha boa senhora.
____PRONOMES INDEFINIDOS____ Os pronomes indefinidos referem-se à 3 a pessoa do discurso de forma vaga, imprecisa ou genérica. Entenda melhor: Na escola Na escola de treinamento para homem-bomba, TODOS os alunos estão reunidos, muito concentrados na aula, quando o professor explica: – Olha aqui, vocês prestem muita atenção, porque eu só vou fazer uma vez!
Dê exemplos de pronomes indefinidos Algum, alguma, alguns, algumas, algo, nenhum(ns), nenhuma(s), tudo, todo, toda, todos, todas, nada, outro, outra, outros, outras, mais/menos, muito, muita, muitos, muitas, quem, bastante, bastantes, alguém, pouco, pouca, poucos, poucas, ninguém, outrem, vário, vária, vários, várias, (os) demais, quanto, quanta, quantos, quantas, cada (é sempre pronome adjetivo)#,tanto, tanta, tantos, tantas, que,qualquer, quaisquer, qual, quais, um, uma, uns, umas, tal, tais (= um: Ele diz as coisas de tal jeito...)
Segundo Bechara, mais e menos podem se substantivar em expressões assim: o (as) mais das vezes, o menos
As palavras fulano, sicrano e beltrano não são pronomes indefinidos Correto, eles são substantivos, segundo o VOLP e todos os dicionários que consultei.
(os) demais* * Não é substantivo, apesar de o artigo antecedê-lo.
cada (é sempre pronome adjetivo)# # A frase “Custará R$10 cada.” está inadequada à norma culta, pois este pronome é sempre adjetivo. Logo, o adequado é “Custará R$10 cada uma.”.
Locuções pronominais indefinidas Grupos de vocábulos com valor de pronome substantivo indefinido. Exemplos.: Cada qual, cada um, quem quer que, seja quem for, seja qual for, tudo o mais, todo (o) mundo, um ou outro, nem um nem outro, qualquer um, fosse quem fosse... – Cada um é diferente. – Seja quem for que me incomode pagará caro. – Todo o mundo me respeita.
Obs.: Cuidado com as locuções pronominais “quem quer que, seja quem for,seja qual for, fosse quem fosse”, pois tais locuções equivalem a um pronome indefinido, logo os supostos verbos que fazem parte da locução não são contados como orações. Vale dizer que “tudo isto, tudo isso, tudo aquilo” não constituem locuções pronominais indefinidas, mas sim pronome indefinido (tudo) + pronome demonstrativo (isto, isso,aquilo).
1) A mudança de posição de alguns indefinidos poderá mudar ora sua classe, ora seu sentido. – Qualquer mulher merece respeito. (sentido generalizador, pronome indefinido)¹ – Ela não é uma mulher qualquer. (sentido pejorativo, pronome indefinido) – Algum amigo te traiu? (sentido genérico, impreciso, pronome indefinido) – Amigo algum me traiu. (sentido negativo, equivale a nenhum, pronome in- definido)² – Com essa dedicação, tem obtido algum elogio da crítica especializada. (= pouco, pronome indefinido) – Você tem algum? (dinheiro, substantivo)
1.2 ) A mudança de posição de alguns indefinidos poderá mudar ora sua classe, ora seu sentido. – Certo homem veio atrás de você. (sentido genérico, pronome indefinido) – Ele é o homem certo. (sentido qualificativo, adjetivo, vem sempre à direita do substantivo) – Certo perdeste o juízo. (afirmação, advérbio) – Ele falou certo. (modo, advérbio) – Outra mulher chegou. (sentido indefinido, pronome indefinido) – Agora ela é uma outra mulher. (renovada, adjetivo)
Todo, no singular e junto de artigo ou pronome demonstrativo, significa “inteiro”; sem artigo, significa “qualquer”. No plural, sempre indica totalidade. – Toda mulher é bonita. (qualquer mulher) – A/Essa mulher toda é bonita. (a mulher inteira) – Todos os prédios desta cidade têm cinco andares.
– Esta carteira é válida em todo território nacional. – Esta carteira é válida em todo o território nacional. Sobre os dois últimos exemplos, qual carteira é melhor? A primeira ou a segunda? Certamente a primeira, pois todo significa qualquer. Ou seja, em qualquer território, desde que seja uma nação, a carteira é válida. Diferente da segunda frase,em que todo o significa inteiro.
Nenhum varia normalmente quando anteposto ao substantivo. – Não havia nenhumas frutas na cesta.
O pronome indefinido outro junto de artigo pode mudar de sentido. – Outro dia fui visitá-lo. (tempo passado) – Fui visitá-lo no outro dia. (tempo futuro; = no dia seguinte)
O pronome "cada" pode ter valor discriminativo ou intensivo. – Em cada lugar, há diversidade de beleza. – Tu tens cada mania!
6) O vocábulo um pode ser artigo indefinido, numeral ou pronome substantivo indefinido (alternando com “outro”, normalmente). – Nunca deixou de ser um bom homem. (artigo indefinido) – Ele é só um, deixe-o em paz, covarde! (numeral) – Um chegou cedo; o outro, atrasado. (pronome indefinido)
Cuidado!!! Muitos pronomes indefinidos, dependendo do contexto, podem virar advérbios, desde que modifiquem verbos, adjetivos ou outros advérbios. É preciso perceber a relação entre as palavras para definirmos a classificação morfológica delas. Ex.: 1 – Tenha mais amor e menos desconfiança. (pronomes indefinidos) – Aja mais e fale menos. (advérbios modificando verbos) – Não quero nada de você. (nenhuma coisa, pronome indefinido) – João não é nada bobo. (nem um pouco, advérbio)
Ex.: 2 – Algo me diz que ela está chegando. (alguma coisa, pronome indefinido) – O paciente está algo doente. (um pouco, advérbio) – Bastantes parentes vieram me visitar no hospital. (muitos, pronome indefinido) – Sinto bastante por sua perda. (muito, advérbio) – Que mulher! (ênfase, pronome indefinido)* – Que linda! (intensidade, advérbio)
Assinale a alternativa em que o valor característico do pronome indefinido destacado está incorreto. a) Algo de especial está para acontecer. (ausência de pessoa) b) O garoto era todo gentilezas com a menina que lhe sorria. (totalidade, intensidade) c) Estava madura. Apesar disso, havia ainda o seu jeito uma certa graça de quando moça. (ausência de particularização) d) Andava a conversar aqui e acolá, buscando arranjar alguma coisa com que pagar o aluguel de seu quartinho. (significação afirmativa, positiva). Algo se refere a coisas, e não a pessoas, logo indica ausência depessoa. Todo indica totalidade, intensidade neste contexto. Certa indica quantidade indefinida, e não ausência de particularização. Alguma à esquerda dosubstantivo tem valor positivo, à direita do substantivo, negativo. Gabarito: C.
_____Pronome interrogativo _______ Quais são eles? Que, Quem, Qual ( quais) e Quanto (a/s) – Que é isso? (pergunta direta) – Quero saber que é isso. (pergunta indireta: Que é isso?)
O que os pronomes interrogativos exprimem? Os pronomes interrogativos exprimem questionamento direto (com ponto de interrogação) ou indireto (sem ponto de interrogação) em um contexto que sugere desconhecimento ou vontade de saber.
– Não saberia jamais "que" horas são. – Não saberia jamais "que" ela é flamenguista. Os pronomes em destaque são todos interrogativos? Não ☹ – Não saberia jamais que horas são. (Que horas são? – Pergunta possível, pronome interrogativo.) – Não saberia jamais que ela é flamenguista. (Que ela é flamenguista? – Pergunta impossível, conjunção integrante.)
2) Nas frases interrogativas indiretas, os pronomes interrogativos vêm, normalmente, após os verbos “querer/desejar, saber, perguntar, indagar, ignorar,verificar, ver, responder”... – Quero saber (o) que devo fazer. (Que devo fazer? – O artigo o antes de que é considerado expletivo. Alguns gramáticos entendem que faz parte da locução interrogativa “o que”, tendo valor enfático ou de realce.) – Ignoro quem fez isso. (Quem fez isso?)
“Que é que ela quer com você?” ou “O que é que ela quer com você?”. A expressão " é que " é uma expressão.. Expletiva que realça o pronome interrogativo QUE.
____Pronome demonstrativo___ Defina-o: Os pronomes demonstrativos marcam a posição temporal ou espacial de um ser em relação a uma das três pessoas do discurso, fora do texto (exófora/dêixis) ou dentro de um texto (endófora – anáfora ou catáfora).
Quais são os pronomes demonstrativos? 1 a pessoa: este(a/s), isto. 2 a pessoa: esse(a/s), isso. 3 a pessoa: aquele(a/s), aquilo.
Além desses, há outras palavras que são classificadas como pronomes demonstrativos: 1) Mesmo(a/s), próprio(a/s) com valor reforçativo ou junto de artigo, com o sentido de “igual, exato, idêntico, em pessoa”. – Ela própria costura seus vestidos. (= em pessoa) – A mesma mulher tem talento de sobra. (= exata)
"Aviso aos passageiros: antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar.” A expressão O MESMO da frase acima está de acordo com a norma culta ? Neste caso, o uso de O MESMO retomando um termo substantivo, como um típico demonstrativo, não está adequado à norma culta. Só se usa O MESMO quando equivale a “a mesma coisa”: “Ele não sabe nada de Direito Administrativo. O MESMO se dá com ela.”
Ainda sobre o vocábulo mesmo, peço que tome cuidado com ele, pois apresenta outras classificações morfológicas, a depender do contexto. Exemplos: “Eu falo na cara mesmo.” (= de fato, advérbio de afirmação) / “Mesmo a família negou-lhe ajuda.” (= inclusive, palavra denotativa de inclusão) / Mesmo faminto, tive de me controlar (preposição acidental com valor concessivo).
2) Tal(s), semelhante(s), quando aparecem no lugar de este(a/s), isto, aquilo, aquele(a/s)... – TAL absurdo eu não cometeria. – Você precisa de teoria com bastantes questões. A solução para tAL está em A Gramática. – Nunca vi SEMELHANTE explicação, meu Deus!
3) Pode haver contração entre os demonstrativos e as preposições “a, de, em”: a + aquilo = àquilo; de + este = deste; em + essa = nessa etc.
o(s), a(s), quando substituíveis por “aquele(a/s), aquilo, isso”. É importante dizer que tal situação ocorre em três casos, normalmente: antes de pronome relativo (normalmente, o que), antes de preposição (normalmente, a de) e junto ao verbo ser ou fazer, normalmente. Este último caso só se dá com o (= isso). Exemplo 1: – Somos 'O' que somos. (Somos aquilo que somos.) – 'AS' que chegaram atrasadas perderam a explicação. (Aquelas que chegaram atrasadas...) – Estou fora de mim, alheio aO que pensem de mim. (... alheio àquilo que...)
Exemplo 2 – Ganhei duas vezes na loteria, 'O' que me rendeu dois sequestros. (isso que me rendeu...) – Ontem, convidei só 'OS' da Barra da Tijuca para o jogo, pois os demais amigos estavam sem dinheiro. (Convidei só aqueles da Barra...) – 'A' da esquerda está olhando para você, mas a menina da direita, para mim. (Aquela da esquerda...)
Exemplo 3 – Ela estudava, mas não 'O' fazia com vontade. (Ela estudava, mas não fazia isso com vontade) – Fora evangélico durante sua juventude; já não 'O' é agora. (já não é isso)
☞ Emprego dos demonstrativos (valor discursivo). Exófora ou dêixis: Conceitos que, linguisticamente, tratam do uso de vocábulos que se referem a elementos extratextuais ou extradiscursivos, ou seja, que se referem a elementos fora do texto, numa perspectiva espacial ou temporal.
Endófora (anáfora e catáfora): Conceitos que, linguisticamente, tratam do uso de vocábulos que se referem a elementos intratextuais ou intra- discursivos, ou seja,que se referem a elementos dentro do texto; a anáfora trata da retomada de termos ou ideias, e a catáfora trata da antecipação de termos ou ideias.
1) Numa perspectiva exofórica ou dêitica, ou seja, referindo-se a elementos extra-discursivos (fora do texto/discurso) dentro do espaço ou do tempo, procede-se assim: Função espacial Os advérbios aqui/cá (proximidade à 1 a p.), aí (proximidade à 2 a p.), ali/lá/ acolá (distância da 1 a p. e da 2 a p.)
Este (a/s), isto: Refere-se a um ser que está próximo do falante ou que o falante toma como tal ou em referência à correspondência que enviamos. – Esta camisa aqui do Flamengo é minha. – Este documento segue anexo aos demais.
Esse(a/s), isso: Refere-se a um ser que está próximo do ouvinte ou que o falante toma como tal – Essa camisa aí é tua? – Saia do meio dessa rua, garoto!
Aquele(a/s), aquilo: Refere-se a um ser que está distante do ouvinte e do falante ou de algo que se encontra na pessoa de quem se fala – Aquela camisa lá é dele. – Aquele país onde ele mora não presta. – Aquele temperamento do Mano fez o Brasil perder a Copa.
Função temporal Este(a/s): Presente, passado recente ou futuro (dentro de um espaço detempo). – Esta é a hora da verdade. – Esta noite foi sensacional. – Este fim de semana será perfeito, pena que ainda é segunda.
Esse(a/s): Passado recente ou futuro. – Ninguém se esquecerá desse carnaval. – Depois da reunião, sei que esses dias serão diferentes.
Aquele(a/s): Passado ou tempo distante (vago). – Foi em 1500, naquele ano, o Brasil surgiu. – Naquele dia, no Seu dia, Deus fará justiça.
2) Numa perspectiva endofórica (anafórica ou catafórica), ou seja, referindo-se a elementos intradiscursivos (dentro do texto), procede-se assim: Função distributiva ___Este___ Referindo-se ao mais próximo ou citado por último.
Aquele Referindo-se ao mais afastado ou citado em 1º lugar. Ambos são anafóricos, pois substituemtermos anteriores. – Todos nós conhecemos Lula e Dilma. A imagem desta tem como reflexo aquele.
Obs.: Não encontrei respaldo gramatical algum, entre todos os gramáticos normativos consagrados, sobre a possibilidade de retomada de três referentes com os pronomes “este, esse e aquele”. Portanto, ou se usa este e aquele, ou se usam numerais para retomada. Enfim, por falta de respaldo, não está adequada esta estrutura: “Todos nós conhecemos Lula, Serra e Dilma. A imagem desta tem como reflexo aquele, e não esse.”
Função referencial Este(a/s), isto Referem-se normalmente a algo que será dito ou apresentado (valor catafórico). Pode também retomar um termo ou ideia antecedente (valor anafórico), segundo ensinam Bechara e Celso Cunha. – Esta sentença é verdadeira: “A vida é efêmera.”. E nisto todos confiam.
Esse(a/s), isso Referem-se sempre a algo já dito ou apresentado (valor anafórico). – Isso que você disse não está certo, amigo. É por essas e outras que nada funciona neste país.
____PRONOME RELATIVO____ O que é um pronome relativo? Pronome relativo é um elemento conector de caráter anafórico, isto é, refere-se a um termo antecedente explícito (substantivo (normalmente!), pronomesubstantivo, numeral substantivo, advérbio, verbo no infinitivo ou oração reduzidade infinitivo), substituindo-o.
Sintaticamente falando , comente sobre o pronome relativo. Sintaticamente falando, todo pronome relativo(sempre!) refere-se a um termo de outra oração ao introduzir oração subordinada adjetiva (restritiva ou explicativa).
Exemplos de pronomes relativos dentro de frase: – O homem (apesar de certos contratempos) que veio aqui era o Presidente. – Ninguém que esteve no Brasil desapontou-se. – Apenas um, que compareceu à festa, estava bem trajado. – Procurar aprender Língua Portuguesa, que é importante, você não quer.
Visto que o seu objetivo é substituir um vocábulo para que este não se torne repetitivo, o pronome relativo nos permite reunir duas orações numa só. – O livro é espetacular + Estou lendo um livro = Estou lendo um livro que é espetacular (ou O livro que estou lendo é espetacular). Visitei um amigo + Eu tenho grande admiração por ele = Visitei um amigo por quem tenho grande admiração.
Na linguagem coloquial, observa-se o uso pleonástico por um pronome oblíquo átono ou tônico após o relativo. Não está adequado à norma culta, pois o pronome relativo já retoma um termo. – Este ó livro que pretendemos comprá-lo. (Este é o livro que pretendemos comprar.) – A prova é o meio de resolução de conflito, da qual o juiz irá extrair certos juízos dela. (A prova é o meio de resolução de conflito, da qual o juiz irá extrair certos juízos.) obs.: Os termos entre parenteses estão de acordo com a norma culta e os fora não.
3) É importante dizer que, se um verbo ou um nome da oração subordinada adjetiva exigir a presença de uma preposição, esta ficará obrigatoriamente antes do pronome relativo. Preste atenção! Isso é questão de prova todo ano! – O filho, pelo qual a mãe tinha amor, era bom. (Quem tem amor, tem amor por.)
É notório hoje em dia o uso não atento às normas gramaticais do pronome relativo. Por isso, faz-se necessário aos que se preocupam com as normas o conhecimento do registro formal. – Este é o livro que o autor é excelente. (LINGUAGEM COLOQUIAL) – Este é o livro cujo autor é excelente. (LINGUAGEM CULTA) Pelamordedeus! Não se substitui 'cujo' por 'que' ! Isso já foi questão de prova algumas vezes.
Emprego dos pronomes relativos Que (substituível pelo variável o qual) • É invariável. • Refere-se a pessoas ou coisas. • É chamado de relativo universal, pois pode – geralmente – ser utilizado em substituição de todos os outros relativos.
Exemplos de frases com o pronome QUE: – As mulheres, que (=as quais) são geniosas por natureza, permanecem ótimas. – Minha sogra, a que (= à qual) tenho grande aversão, está viva ainda. – Minha sogra, a que (= à qual) tenho grande aversão, está viva ainda. – Os dois, que (= os quais) você ajudou, já estão recuperados.
Numa série de orações adjetivas coordenadas, o que pode estar elíptico. – A sala estava cheia de alunos que conversavam, (!) riam, (!) dormiam.
O relativo que só deve ser antecedido de preposição monossilábica (“a, com, de, em, por; exceto sem e sob”). Do contrário, usam-se os variáveis “o qual, os quais, a qual, as quais” (sem restrição quanto ao uso das preposições ou locuções prepositivas). – Este é o ponto com que concordo, mas foi este sobre o qual você falou? – A pessoa ao encontro da qual deveria dirigir-me virou o rosto.
Evite a ambiguidade usando o substituto do relativo que: o qual. – Conheci o pai da garota que se acidentou. (Quem se acidentou?) – Conheci o pai da garota o qual (ou a qual) se acidentou. (sem ambiguidade)
Evite usar o que também quando seu referente estiver distante, pelo bem da clareza: A bebida em excesso, apesar de provocar doenças no homem, que destrói vidas, deve ser evitada. (construção ruim) / A bebida em excesso, apesar de provocar doenças no homem, a qual destrói vidas, deve ser evitada. (construção recomendada).
Cuidado para não confundir o relativo que (= o qual) com a conjunção integrante que, ou com o pronome interrogativo que, ou com a partícula expletiva que (que faz parte da expressão formada por ser + que). – Encontrei o homem que estava devendo o curso. (pronome relativo) – Eu disse ao homem que se afastasse dela. (conjunção integrante) – Eu não soube pelo homem que era para fazer. (pronome interrogativo/indefinido) – Foi este homem que nos agrediu, policial! (partícula expletiva)
Quem • É invariável. • Refere-se a pessoas ou a algo personificado. • A preposição a precederá o relativo quem normalmente, exceto se o verbo ou um nome da oração subordinada adjetiva exigir outra preposição. De qualquer forma, vem sempre preposicionado.
Frases com o pronome relativo QUEM sempre antecedida de preposição – A Justiça a quem devo obediência é meu guia. – Eis o homem a quem mais admiro. – Conheci uma musa, por quem me apaixonei. – Deus, perante quem me ajoelho, é importantíssimo.
Cujo • É um pronome adjetivo que vem, geralmente, entre dois nomes substantivos explícitos, entre o ser possuidor (antecedente) e o ser possuído (consequente). • É variável, logo concorda em gênero e número com o nome consequente, o qual geralmente difere do antecedente. • Nunca vem precedido ou seguido de artigo, é por isso que não há crase antes dele. • Geralmente exprime valor semântico de posse.
Exemplo 1 – O Flamengo, cujo passado é glorioso, continua alegrando. – Esta é uma doença contra cujos males os médicos lutam. – Vi o filme a cujas cenas você se referiu. Exemplo 2 – O telefone, cuja invenção ajudou a sociedade, é útil. – O registro formal, em que o grau de prudência é máximo, e cujo conteúdo é mais elaborado ecomplexo é o preferido dos professores de língua portuguesa.
QUANTO – Ele encontrou tudo quanto procurava. – Bebia toda a cerveja quanta lhe ofereciam. – Todas quantas colaborarem serão beneficiadas. – Aqui há tantos movimentos quantos se podem esperar. – Explico tantas vezes quantas sejam necessárias. • É variável. • Aparece sempre após os pronomes “tudo, todo (e variações) e tanto (e variações)” seguidos ou não de substantivo ou pronome. Segundo o con- ceituado professor Carlos Rocha, não vem preposicionado, pois exerce função de sujeito e objeto direto apenas.
Onde • É invariável. • Aparece com antecedente locativo real ou virtual. • Substituível por em que, no qual (variações). • Pode ser antecedido, principalmente, pelas preposições a, de, por e para. Aglutina-se com a preposição a, tornando-se aonde, e com a preposição de, tornando-se donde.
Frases com o pronome relativo ONDE – A cidade onde (= em que/na qual) moro é linda. – O sítio para onde voltei evocava várias lembranças. – As praias aonde fui eram simplesmente fantásticas. – O lugar donde retornei não era tão bom quanto aqui. – A casa por onde passamos ontem era minha.
Como – Acertei o jeito como fazer as coisas. – Encontraram o modo como resolver a questão. – A maneira como você se comportou é elogiável. – Gosto da forma como aqueles atores contracenam. • É invariável. • Precedido pelas palavras modo, maneira, forma e jeito. • Equivale a “pelo qual”, normalmente.
Quando – Ele era do tempo quando se amarrava cachorro pelo rabo. – É chegada a hora quando (= em que) todos devem se destacar. • É invariável. • Retoma antecedente que exprime valor temporal. • Equivale a “em que”.
O Que Cai Mais na Prova? Esta é simplesmente a classe gramatical mais exigida em concursos, junto com verbo e conjunção. Simplesmente isso! Para ser mais específico: estude pronome pessoal oblíquo átono (principalmente “colocação pronominal”), pronome demonstrativo e pronome relativo.
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