“restauradores”, também conhecidos
como “caramurus” eram os mais
conservadores da época
Formado essencialmente pela figura de comerciantes
portugueses, burocratas e militares, estes defendiam o
retorno do imperador Dom Pedro I para o Brasil.
Defendiam também um regime monárquico fortemente
centralizado e criticavam fortemente os demais partidos
políticos da época.
Popularmente designados
como “chimangos”
Apesar de não concordarem com o absolutismo,
defendiam a manutenção de um regime monárquico
capaz de defender os interesses da elite
agroexportadora do país. Buscavam equilibrar o
aumento das funções do Poder Legislativo com uma
autoridade monárquica que se mostrasse
compromissada com as elites nacionais.
farroupilhas ou jurujubas
Mais heterogêneos em sua formação social, os liberais
exaltados,acreditavam que a autonomia das províncias deveria
ser aumentada. Integrado por pequenos comerciantes e
homens livres em posses, esse partido tinha uma relativa
influência entre as camadas populares urbanas do território
nacional. Entre outras coisas, eles reivindicavam reformas
políticas mais amplas, o fim do Conselho de Estado e do
Poder Moderador e, em alguns casos mais extremos, a
criação de uma República.
Ao longo do tempo, a
hegemonia política
exercida pelos liberais
moderados acabou
dando origem a uma
nova subdivisão que
gerou os partidos
regressista e
progressista
O primeiro tinha uma orientação mais
conservadora, já os progressistas
acreditavam na necessidade de se fazer
algumas concessões para os exaltados.
Estendendo-se de 1831 a 1840, o governo
regencial abriu espaço para diferentes correntes
políticas. Os liberais, subdivididos entre
moderados e exaltados, tinham posições políticas
diversas que iam desde a manutenção das
estruturas monárquicas até a formulação de um
novo governo republicano. De outro lado, os
restauradores – funcionários públicos, militares
conservadores e comerciantes portugueses –
acreditavam que a estabilidade deveria ser
reavida com o retorno de Dom Pedro I.
Cabanagem:
A Cabanagem (1835-40) foi uma revolta de cunho social
ocorrida na então Província do Grão-Pará, no Brasil. Entre as
causas dessa revolta citam-se a extrema miséria do povo
paraense e a irrelevância política à qual a província foi
relegada após a independência do Brasil. A denominação
Cabanagem remete ao tipo de habitação da população
ribeirinha mais pobre, formada principalmente por mestiços,
escravos libertos e índios. A elite fazendeira do Grão-Pará,
embora morasse muito melhor, ressentia-se da falta de
participação nas decisões do governo central, dominado
pelas províncias do Sudeste e do Nordeste.
Farroupilhas
Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha são
os nomes pelos quais ficou conhecido o conflito
entre sul-rio-grandenses republicanos e o governo
imperial. Durou de 1835 a 1845 e, para além da
então Província do Rio Grande do Sul, chegou a
alcançar a região de Santa Catarina, na região sul
do Brasil. À época do período Regencial brasileiro,
o termo farrapo era pejorativamente imputado aos
liberais pelos conservadores (chimangos) e com o
tempo adquiriu uma significação elogiosa, sendo
adotado com orgulho pelos revolucionários, de
forma semelhante à que ocorreu com os
sans-cullotes à época da Revolução Francesa.
Revolta do malês
A Revolta dos Malês foi um movimento que
ocorreu na cidade de Salvador (província da
Bahia) entre os dias 25 e 27 de janeiro de 1835.
Os principais personagens desta revolta foram
os negros islâmicos que exerciam atividades
livres, conhecidos como negros de ganho
(alfaiates, pequenos comerciantes, artesãos e
carpinteiros). Apesar de livres, sofriam muita
discriminação por serem negros e seguidores do
islamismo. Em função destas condições,
encontravam muitas dificuldades para ascender
socialmente
Os revoltosos, cerca de 1500, estavam muito
insatisfeitos com a escravidão africana, a
imposição do catolicismo e com a preconceito
contra os negros. Portanto, tinham como objetivo
principal à libertação dos escravos. Queriam
também acabar com o catolicismo (religião imposta
aos africanos desde o momento em que chegavam
ao Brasil), o confisco dos bens dos brancos e
mulatos e a implantação de uma república
islâmica.
Balaiada
Revolta popular ocorrida no Maranhão entre os anos de
1838 e 1841. Grande parte da população pobre do estado
era contra o monopólio político de um grupo de
fazendeiros da região. Estes fazendeiros comandavam a
região e usavam a força e violência para atingirem seus
objetivos políticos e econômicos.
Sabinada
A Sabinada foi uma revolta feita por militares, integrantes da
classe média (profissionais liberais, comerciantes, etc) e rica da
Bahia. A revolta se estendeu entre os anos de 1837 e 1838.
Ganhou este nome, pois seu líder foi o jornalista e médico
Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira.
Os revoltosos eram contrários às imposições políticas e
administrativas impostas pelo governo regencial. Estavam
profundamente insatisfeitos com as nomeações de autoridades
para o governo da Bahia, realizadas pelo governo regencial. O
estopim da revolta ocorreu quando o governo regencial decretou
recrutamento militar obrigatório para combater a Guerra dos
Farrapos, que ocorria no sul do país.
Os revoltosos queriam mais autonomia
política e defendiam a instituição do
federalismo republicano, sistema que daria
mais autonomia política e administrativa às
províncias.
Carrancas
A Revolta de Carrancas deu-se em
Minas Gerais, onde desde 1833 as
autoridades e senhores estavam mais
vigilantes em relação a rebeldia escrava.
Eles estavam convencidos da necessidade
de maior aparato policial e de leis que
inibissem as repetidas e ousadas ações
rebeldes. Uma dessas ações, ainda que
pouco conhecida, foi a revolta de
Carrancas, em 1833. Carrancas ficava a
286 km ao sul de Belo Horizonte e, entre
1833 e 1835, dos seus 4.053 habitantes,
61,5% eram escravos.
Manuel Do Congo
A Revolta de Manuel Congo, em 1828, no
município de Paty do Alferes, Rio de
Janeiro, foi planejada para reunir escravos
de diferentes senhores e criar um quilombo
nas matas do município, situação comum
durante todo o período em que houve
escravidão no Brasil. O levante reuniu
cerca de 200 cativos, pertencentes a
diferentes donos.
Praieira
A Revolução Praieira foi uma
revolta de caráter liberal e
federalista ocorrida na província
de Pernambuco entre os anos de
1848 e 1850. Dentre as várias
revoltas ocorridas durante o Brasil
Império, esta foi a última. Ganhou
o nome de praieira, pois a sede
do jornal comandado pelos
liberais revoltosos (chamados de
praieiros) localizava-se na rua da
Praia.
Economia no Segundo
Reinado
Na segunda metade do século XIX, o café tornou-se o
principal produto de exportação brasileiro, sendo também
muito consumido no mercado interno. Os fazendeiros
(barões do café), principalmente paulistas, fizeram fortuna
com o comércio do produto. As mansões da Avenida
Paulista refletiam bem este sucesso. Boa parte dos lucros
do café foi investida na indústria, principalmente nas
cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, favorecendo o
processo de industrialização do Brasil.
Muitos imigrantes europeus, principalmente
italianos, chegaram para aumentar a
mão-de-obra nos cafezais de São Paulo, a partir
de 1850. Vieram para, aos poucos, substituírem
a mão-de-obra escrava que, devido as pressões
da Inglaterra, começava a entrar em crise. Além
de buscarem trabalho nos cafezais do interior
paulista, também foram para as grandes
cidades do Sudeste que começavam a abrir
muitas indústrias.
Politica do Segundo Reinado
Lei Eusébio de Queiróz (1850): extinguiu oficialmente o tráfico de
escravos no Brasil - Lei do Ventre Livre (1871): tornou livre os filhos
de escravos nascidos após a promulgação da lei. - Lei dos
Sexagenários (1885): dava liberdade aos escravos ao completarem
65 anos de idade. - Lei Áurea (1888): assinada pela Princesa Isabel,
aboliu a escravidão no Brasil.