DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
- para Ricardo Abramovay:
é o processo de ampliação permanente das
liberdades substantivas dos indivíduos em
condições que estimulem a manutenção e a
regeneração dos serviços prestados pelos
ecossistemas às sociedades humanas. Ele é
formado por uma infinidade de fatores
determinantes, mas cujo andamento
depende, justamente, da presença de um
horizonte estratégico entre seus
protagonistas decisivos.
CONCEITOS BÁSICOS
- José Ely da Veiga
cita 3 abordagens:
1. Como sinônimo de crescimento econômico – numa visão de que
desenvolvimento está diretamente relacionado a riqueza material; 2. Como
mito, miragem, ilusão- numa visão pessimista em que alguns pensadores não o
veem como possibilidade, mas como um meio de manipulação ideológica.
3. Como possibilidade – como “um caminho do meio” entre as duas visões
anteriormente citadas, não como realidade ainda mas possível de ser
construída por uma sociedade que busca mais poder de escolha, mais
oportunidades de viverem como desejam.
DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL -
Philippe Bonnal, Ademir A. Cazella e
Renato S. Maluf mostram o esforço
para a construção esse conceito que
originam lógicas distintas:
ação pública, ação coletiva ou regulação social,
enfoques que podem se sobrepor e, em maior ou
menor grau, gerar sinergias positivas ou
negativas.. Citam ainda que território é um
conceito polissêmico, cujos sentidos dependem
do olhar disciplinar de quem dele se vale, como
também da problemática política e social do
contexto em questão.
REVOLUÇÃO VERDE - Zander
Navarro:
“revolução verde”, materializou-se de fato sob um padrão
tecnológico o qual, onde foi implantado de forma significativa,
rompeu radicalmente com o passado por integrar fortemente
as famílias rurais a novas formas de racionalidade produtiva,
mercantilizando gradualmente a vida social e, em lento
processo histórico, quebrando a relativa autonomia setorial
que em outros tempos a agricultura teria experimentado
Nelson Giordano Delgado
PROJETO NEOLIBERALISMO - se originou (e foi expressão) da
restauração conservadora mundial liderada pelos Estados Unidos,
desde o início dos anos 1980, tendo em vista a retomada de sua
hegemonia econômica, política e militar que pareceu ameaçada,
para suas elites, pelos acontecimentos ocorridos, em várias
dimensões, na década de 1970. No caso brasileiro, a política
macroeconômica norte-americana desencadeou, no início dos
anos 1980, como vimos, a crise da dívida externa, obrigando o país
a um ajustamento econômico unilateral, que desestruturou a
economia e fragilizou inteiramente a capacidade do Estado
formular políticas públicas ativas.
PROJETO DEMOCRATIZANTE - representado inicialmente
no meio rural pela proposta de reforma agrária e de
desenvolvimento rural fundado na agricultura familiar,
mas que deverá incorporar posteriormente novos atores
e propostas, como veremos, e que é pautado, entre
outros elementos, pela afirmação da expansão da
agricultura de mercado interno, do reconhecimento dos
direitos sociais das populações rurais, da democratização
do acesso às políticas públicas, e do objetivo
fundamental da segurança alimentar e nutricional da
população brasileira.
DESENVOLVIMENTISMO
Papel do Estado no alicerce de fundação
do projeto nacional-desenvolvimentista
cumpre o objetivo de identificar seus limites e
alcances, mantida a perspectiva
“intervencionista”
Fazendo uma simplificação extrema, é possível dizer que o que
prevaleceu no Brasil dos anos 30 até o início da década de 80 [...] foi a
idéia de construção da nação, baseada na industrialização via
substituições de importações, tendo o Estado como demiurgo, vários
matizes de nacionalismo como ideologia e o populismo sob suas
diferentes formas como sustentação política. Foi a isso que se
convencionou chamar ‘nacional-desenvolvimentismo’, que não chega a
ser um conceito, mas descreve e sintetiza um projeto político e um
estilo de ação (Martins, 1991: 3).
Conterato e Felippi: No Brasil, a chave para a
compreensão do desenvolvimentismo nos
remete: (a) à dinamização do crescimento
industrial por via do mecanismo de substituição
de importações, ou seja, da produção, pelas
empresas nacionais, de manufaturas antes
importadas; (b) à expansão da infraestrutura
(portos, estradas, escolas técnicas, centros de
pesquisa e universidades) com forte e decisiva
participação do Estado, como base da
economia; (c) ao incremento substancial no
consumo doméstico através de aumentos reais
de salário e crescimento do emprego (tanto
público/estatal quanto privado).