INTERDISCIPLINARIDADE E INTEGRAÇÃO CURRICULAR NO ENSINO
INTERDISCIPLINARIDADE
Constrói na ambiguidade da parceria e da solidão
No Brasil iniciou com a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (1971)
Estudos feito por Ivani Catarina Arantes Fazenda
[...] a favor de uma prática e de uma
pesquisa interdisciplinar alicerçada na
abertura à compreensão dos aspectos
ocultos do ato de aprender e dos
aparentemente expressos,
colocando-os em questão. Isso só é
possível a partir de uma profunda
imersão no trabalho cotidiano, ou seja,
na própria prática do docente e do
pesquisador.
Cinco são os princípios que subsidiam as
práticas interdisciplinares
Humildade
para aceitar a
necessidade
da revisão do
seu projeto,
incorporando
as novas
informações
que os
olhares do
grupo
propiciarem,
aprofundando
assim as
dimensões da
sua pesquisa.
Coerência
alicerçada em
percepções
existenciais e
intelectuais,
nas quais os
saberes se
complementam
e
as
práticas
externam
crenças
e
convicções.
Espera
que delineia
um tipo de
saber que não
está em
nenhuma parte,
porque
pertence a
todos e a cada
um. É um saber
construído no
coletivo, no
ritual do
encontro,
desenhando
ligações entre a
organização dos
dados da
pesquisa e das
próprias
subjetividades.
Respeito
ao fazer do
outro, que
pela reflexão
e análise
apontem
novos rumos
para o
trabalho,
alicerçadosa
valores
éticos,
estéticos e
culturais.
Desapego
ao
suspender
a própria
subjetividade
e
transcender
o
texto
para
poder,
de
fato,
interpreta-lo.
Afetividade e a
ousadia são
atributos que
determinam ou
identificam esses
princípios
Percurso metodológico de construção das
pesquisas em interdisciplinaridade
O que significa
ser
interdisciplinar?
Que atitude a
interdisciplinaridade
exige de um
pesquisador?
Como é formar um pesquisador
para ser interdisciplinar?
4 Indicadores: (1) ser
interdisciplinar, (2)
atitude
interdisciplinar, (3)a
prática de formar o
pesquisador para ser
interdisciplinar e a
(4) importância do
grupo na efetivação
de um processo de
pesquisa
interdisciplinar.
Pesquisas construídas
ao longo dos últimos
anos na
Interdisciplinaridade
tem procurado
permitir que seus
pesquisadores
descubram talentos
não visíveis, mas que a
sensibilidade é capaz
de nos mostrar. Por
isso, a importância da
conexão com a Arte
em todos os âmbitos
de discussão e
vivência. É um projeto
de vida no qual
professor e
pesquisador se lançam
a projetos maiores.
CURRÍCULO
De acordo com a base de dados do Conselho Nacional de Desenvol-vimento
Científico e Tecnológico – CNPq2, encontram-se disponíveis cento e
dezessete entradas para o descritor currículo, o que revela tamanha
pluralidade de temáticas sobre o tema.
iniciada pelos trabalhos de Bobbit, em 1918, até as
análises propostas por Michel Young, em 1971.
currículo e conhecimento devem estar atrelados de forma a
educação atender um determinado objetivo, que podem diver-gir
em função da corrente teórica adotada.
Teoria da eficiência (BOBBIT, 1918), que defendia um
currículo voltado à administração escolar, o conhecimento
selecionado para este tipo de currículo deveria se
direcionar à formação de habilidades, objetivando
produ-zir para atender a economia e a sociedade.
A teoria do
conhecimento
progressivista,
desenvolvida por
John Dewey,
chegou ao Brasil
pelo movimento
da Escola Nova,
década de 1920.
Já a teoria curricular de Tyler (1949)
articula as técnicas eficientistas com o
pensamento progressivista.
De acordo com Lopes e Macedo (2011, p.
25-26), existem elementos comuns no que
tange as definições de currículo entre as
teorias de Bobbit, Dewey e Tyler. Em todas
elas, “é enfatizado o caráter prescritivo do
currículo, visto como um planejamento das
atividades da escola realizado segundo
crité-rios objetivos e científicos”.
Movimento da Nova
Sociologia da Educação (NSE),
conduzido por Michael
Young. Foi nessa época que
se passou a entender que “o
currículo não forma apenas
os alunos, mas o próprio
conhecimento, a partir do
momento em que seleciona
de forma interessada aquilo
que é objeto da
escolarização”.
De acordo com Sacristán (2000),
conceber o currículo como um
conjunto de atividades que visam
transformar o mundo significa
pensar em um currículo
articulado a uma prática reflexiva
e considerar ainda que nele
interagem relações culturais e
sociais. Destaca-se, então, que
essa práxis não se re-fere tão
somente a comportamentos
didáticos da sala de aula.
Em face das considerações apresentadas, compreende-se o currículo em um cenário
educativo complexo, no qual é necessário conhecer práticas “políticas e administrativas que
se expressam em seu desenvolvimento, às condições estruturais, organizativas, mate-riais,
dotação de professorado, à bagagem de ideias e significado que lhe dão forma e que o
modelam em sucessivos passos de transfor-mação” (SACRISTÁN, 2000, p. 21).