Consciente: periferia. Informações do mundo interno e externo.
Inconsciente: pensamentos recalcados.
Pré-Consciente: acesso com esforço da memória.
Pulsão: tem fonte na excitação corporal. É uma força que faz o organismo tender para um objetivo
sexualidade: tudo que provoca prazer
EGO, ID, SUPEREGO
Annotations:
Ego: eu. serve como mediador entre superego e desejos do ID. Instância central da personalidade.
Id: pólo pulsional da personalidade. Expressão psíquica da pulsão.
Superego: regras internalizadas e consciência moral.
RECOMENDAÇÕES AO MÉDICO QUE PRATICA A PSICANÁLISE (1912)
“A questão da análise é ignorante” ele mesmo discute se a análise deveria ou não
ser exclusividade dos médicos. Mesmo com raízes e origem na medicina (Freud
estudava neurologia), ela não é uma prática exclusiva de profissionais com essa
formação. Desse modo, leia as “recomendações ao médico que pratica a
psicanálise” como dirigidas aos analistas em geral.
A) Memória,organização,atenção
flutuante
Trata-se da tarefa de lembrar se de todos os inumeráveis nomes, datas, lembranças,
pormenorizadas e produtos patológicos que cada paciente comunica no decurso de
meses e anos de tratamento, e de não confundi-los com material semelhante produzido
por outros pacientes em tratamento, simultânea ou previamente.ecordar os relatos
pronunciados por cada paciente. Ele esclarece que, com a técnica da atenção flutuante, o
analista não precisa tomar notas durante a sessão. “(…) escutar e não se preocupar em
anotar alguma coisa”. Em outras palavras, tratar-se-ia de uma contrapartida à
associação livre feita pelo analisando, na medida em que o analista, ao não tentar
compreender e lembrar, estaria lançando mão da sua “memória inconsciente”.
B) Não elaborar notas
durante a sessão
Primeiro que isso desfoca a atenção do analista
com o analisado,A ação de tomar notas seria uma
forma de seleção sobre aquilo que é trazido pelo
paciente, isto é, seria uma forma de fixar mais ou
menos atenção sobre esse ou aquele elemento da
associação livre, o que se oporia à ideia da escuta
despreocupada quanto à lembrança ou não de
alguma associação trazida pelo paciente.
Exceções para datas específicas,sonhos ou
conclusões
C) Pesquisas cientificas,
experiencia,especulacão
Também quanto à possibilidade de tomar notas, ainda
que para fins científicos, Freud descarta a possibilidade
de fazê-las durante a sessão sem que isso prejudicasse
a atenção flutuante. Assim, essas anotações poderiam
ser feitas após a sessão. Falando novamente sobre a
construção científica em cima de um caso, Freud
aconselha que estes sejam trabalhados cientificamente
apenas após o seu encerramento, visto que “(…) são
mais bem sucedidos os casos em que agimos sem
propósito, surpreendendo-nos a cada virada, e que
abordamos sempre de modo desapercebido e sem
pressupostos (…) não especular e nem cogitar
enquanto analisa”.
D) Modelo do cirurgião ,suspensão de
afetos e neglicencia da compaixão
humana
Freud empreende, então, uma analogia entre o trabalho
do terapeuta e o trabalho de um cirurgião. O cirurgião,
assim como o analista, deve deixar todos os seus afetos
de lado de forma que esteja em jogo, no momento da
cirurgia, apenas a operação, que deve ser realizada da
melhor forma possível. Assim, a “ambição terapêutica”, a
ambição de curar, seria o mais perigoso sentimento para
o psicanalista. Destarte, o analista não deve se ater às
expectativas, ao reconhecimento, ao retraimento perante
as críticas. Esses afetos apenas trabalhariam em desfavor
do paciente, assim como em uma cirurgia.
E) Análise,Psicanalista
Como solução para esse problema é prescrita a
necessidade de que o analista se submeta também a uma
análise (a não ser que se trate daqueles que conseguem
analisar seus próprios sonhos, isto é, realizar a
autoanálise). O risco da dispensa da autoanálise ou da
análise por parte do analista residiria na possibilidade de
uma projeção na ciência das peculiaridades de sua pessoa,
o que poderia enviesar a sua percepção e interpretação
F) ESPELHO, INFLUÊNCIA ,NEUTRALIDADE
Freud (1912) alerta também sobre os perigos dos jovens
psicanalistas no exercício desua tarefa, que podem cair no
erro de colocar sua própria individualidade acima do
paciente,compartilhando experiências e correndo o risco de
iniciar um tratamento por sugestão. Essatécnica não obtém
exito no que se refere a revelação do que é o inconsciente
para o paciente.Para Freud (1912), é fundamental que o
médico seja como um espelho para o paciente,
nãorevelando nada sobre sua vida.
G) Atividade Pedagógicsas
Tão pouco o médico deveria repousar sobre o paciente
ambições pedagógicas, assim como não deveria operar
com a ambição terapêutica, pois deve respeitar as
limitações do doente, colocando as capacidades do
mesmo sempre a frente do seu próprio desejo.
H) Limites,analisando e o
intelecto
or fim, é feita a ressalva acerca de uma colaboração intelectual
do paciente. Freud aponta que a leitura de textos sobre a
psicanálise não deveria ser proposta pelo analista, na medida em
que o próprio analisando precisaria traçar seu próprio caminho
na análise, sem recorrer em demasia à teorização. A eficácia da
análise seria advento do respeito à regra psicanalítica e não do
conhecimento teórico sobre a psicanálise.