ESQUISTOSSOMOSE

ESQUISTOSSOMOSE

Agente Etiológico
1. Schistosoma mansoni
Conceito
1. Enfermidade parasitaria causada pelo helminto.
Transmissão
1. A transmissão desse parasita se dá pela liberação de seus ovos através das fezes do homem infectado. Em contato com a água, os ovos eclodem e libertam larvas que infectam caramujos hospedeiros intermediários que vivem nas águas doces. Após quatro semanas as larvas abandonam o caramujo na forma de cercárias e ficam livres nas águas naturais.
Epidemiologia
1. Encontra-se distribuída em várias regiões tropicais do globo, com prevalência mundial estimada de 207 milhões de indivíduos. O Ministério de Saúde estima em 2,5 milhões o número de pacientes com a esquistossomose no Brasil.
Formas Evolutivas
1. As formas evolutivas consistem no verme adulto, ovo, miracídio, esporocisto, cercária e esquistossômulo.
  1. A cercária representa a segunda fase de vida livre do parasito. É uma larva com corpo e cauda, adaptada à vida aquática. Na pele do homem, a penetração é consumada pela ação lítica e movimentos intensos da larva, nesse processo a cercária perde sua cauda.
  2. O miracídio é o primeiro estágio de vida livre do parasita. As fezes infectadas são lançadas em rios e lagos, os miracídios nadam ao encontro do H.Int. o caramujo.
  3. Ao entrar em contato com a água, os ovos maduros incham, eclodem e libertam larvas ciliadas, denominadas miracídios.
  4. Ao penetrar as partes moles do moluscos, o miracídio perde parte de suas estruturas. As células se reorganizam e transformam-se em um saco alongado repleto de células germinativas. Esse saco é o esporocisto.
  5. Depois de atravessar a pele, ela passa a ser chamada de esuistossômulo.
  6. Os vermes adultos vivem nos vasos sanguíneos que ligam o intestino ao fígado (sistema porta_hepático) do hospedeiro.
Sintomas
1. Fase Crônica
  1. Esquistossomose hepatoesplênica
    1. Doença no fígado, inflamação e obstrução a passagem do sangue por fibrose, barriga d'água, esplenomegalia (aumento do baço) e varizes do esôfago.
  2. Esquistossomose Intestinal
    1. A retenção de ovos na parede do intestino causa diarreia sanguinolenta, cólicas e emagrecimento. A intensa resposta inflamatória do corpo contra ovos pode causar ulcerações na parede do intestino, granulomas e obstrução á passagem de fezes.
2. Fase Aguda
  1. A febre Katayama é a fase aguda da esquistossomose , sendo causada por uma reação do sistema imune a migração e á produção de ovos do parasita no organismo. Ocorre entre duas a oito semanas após a exposição. Os sintomas incluem febre, calafrios, dor muscular, dor nas articulações, tosse seca, diarreia, perda do apetite e dor de cabeça.
Ciclo Biológico
1. Heteróxeno
Prevenção
1. A prevenção da esquistossomose é baseado no tratamento em larga escala de grupos de risco
  1. Educação Sanitária
  2. Controle de caramujos em lagos e rios
  3. Saneamento básico
  4. Água potável
Tratamento
1. Fase inicial: Na dermatite cercária, uso de antiparasitários, anti-histamínicos locais e corticosterróides.
2. Fase crônica: Uso de betabloqueadores são extremamente relevantes
3. Tratamento específico
  1. Praziquantel: Adulto dose única 50 mg/kg via oral de 4 à 12 horas (cápsula 600 mg/ml)
  2. Oxamniquine: (cápsula 250 mg, solução 50 mg/ml)
    1. Criança: Dose única de 20 mg/kg por via oral após a refeição.
    2. Adulto: Dose única de 5 mg/kg por via oral após a refeição.
Diagnóstico
1. Diagnóstico Clínico
  1. É feito uma anamnese minuciosa, incluindo informações a cerca da história geográfica, da exposição, banhos em rios e lagos e sinais e sintomas da infecção.
2. Diagnóstico Diferencial
  1. A esquistossomose pode ser confundida com diversas doenças, em função das diferentes manifestações que ocorrem durante sua evolução, por esse motivo é necessário fazer o diferencial para que não haja um falso diagnóstico.
3. Métodos Parasitológicos
  1. Avaliação Laboratorial

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