A cidade e suas redes

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Mapa mental de Geografia do capítulo 6
Marina Chiamulera
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Marina Chiamulera
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A cidade e suas redes
  1. A urbanização brasileira
    1. No Brasil, o processo acelerado de urbanização ocorreu no período de industrialização do pós-Segunda Guerra, com a formação de um mercado interno integrado, principalmente na Região Sudeste do país.
      1. Entre 1965 e 2000, o crescimento da população urbana ultrapassou o crescimento médio da população total e o crescimento da população rural ficou muito aquém. De acordo com a Pnad , realizada pelolBGE, o nível de urbanização no Brasil em 2007 era de 83,5%.
        1. Nos países da OCDE a densidade demográfica superior a 150 hab./km² é um parâmetro para que uma localidade seja considerada urbana. Mas na parte dos países desenvolvidos, uma cidade só é definida como tal se possuir determinadas infraestruturas e equipamentos coletivos e funcionar como um polo de distribuição de bens e serviços. No Brasil , é considerada urbana toda a população residente nas sedes do município ou de distrito e nas demais áreas definidas como urbanas pelas legislações municipais. Por isso, alguns estudiosos acreditam que o Brasil apresenta nível de urbanização
    2. O êxodo rural
      1. A urbanização brasileira apoiou-se no êxodo rural, associado a dois condicionantes: a repulsão da força de trabalho do campo e a atração dessa força de trabalho para as cidades.
        1. A modernização técnica do trabalho rural e a persistência de uma estrutura fundiária concentradora são algumas das causas da repulsão. O monopólio das terras por uma elite causou carência de terras para a maioria dos trabalhadores rurais.
          1. Os migrantes dirigem-se às cidades em busca de empregos e salários. O mercado urbano permitiu o surgimento do trabalho informal. Juntamente, as cidades dispõem de serviços públicos de assistência social e hospitalar.
            1. Para as populações expulsas do campo, a cidade é uma promessa de sobrevivência.
      2. Urbanização e desigualdades regionais
        1. O processo de urbanização se manifesta em todo o pais. Contudo, registram-se fortes diferenças no ritmo da transferência da população do meio rural para o meio urbano. As desigualdades no ritmo da urbanização causam as disparidades econômicas regionais e a inserção diferenciada de cada região na economia nacional.
          1. No Sudeste, a população urbana ultrapassou a rural em 1950. A elevada participação da população urbana na população regional expressa um estágio de modernização econômica, e o peso decisivo da economia urbana na produção da riqueza.
            1. A Região Sul teve urbanização lenta até 1970. A estrutura agrária, baseada na propriedade familiar, dificultava a transferência da população para o meio urbano. Mas com a mecanização da agricultura e a concentração da propriedade fundiária nas últimas décadas, o êxodo rural foi impulsionado.
              1. No-Nordeste, a estrutura agrária sobre minifúndios familiares contribuiu para reter a força de trabalho no campo e controlar o ritmo do êxodo rural. O insuficiente desenvolvimento do mercado regional reduziu a atração exercida pelas cidades.
                1. A urbanização do Centro-Oeste foi impulsionada pela fundação de Brasília, em 1960 e pelas rodovias de integração nacional que interligaram a capital com o Sudeste e a Amazônia. As grandes propriedades voltadas para a pecuária e por culturas mecanizadas de soja e cereais acentuou a tendência à urbanização. Desde 1960 Centro-Oeste tornou-se a segunda região mais urbanizada do pais
                  1. A Região Norte transformou-se de mais urbanizada, na menos urbanizada em1980. A elevada participação da população urbana, até 1960, refletia a reduzida população total da região. O fluxo de migrantes e as frentes pioneiras agrícolas abertas na Amazônia restringiram o crescimento relativo da população urbana regional
        2. A rede urbana brasileira
          1. O espaço geográfico abrange as redes formadas pelos sistemas de fluxos de pessoas, bens, serviços, capitais e informações da sociedade contemporânea. Nas redes urbanas, as cidades desempenham a função de nós, ou vértices, desses sistemas de fluxos.
            1. De acordo com o estudo Regiões de Influência das cidades 2007, a rede urbana brasileira compõe-se de 802 cidades que funcionam como centros de comandos do território, classificadas de acordo com critérios como a gestão pública e empresarial, a oferta de serviços especializados e a presença de domínios na internet. As categorias utilizadas são as seguintes:
              1. . Centros de zona: cidades de menor porte, com a atuação restrita a sua área imediata.
                1. . Centros sub-regionais: sediam atividades de estão relativamente pouco complexas.
                  1. . Metrópoles: são os 12 principais centros urbanos do país. Destacam-se São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
                  2. . Capitais regionais: têm área de influência de âmbito regional e são referidas como destino para um grande número de atividades.
            2. Os espaços metropolitanos
              1. O processo de urbanização brasileiro foi essencialmente concentrador. Em 1950, o Brasil tinha três cidades de grande porte: Rio de Janeiro, São Paulo e Recife. Em 2000, 30 aglomerações urbanas já tinham mais de meio milhão de habitantes.
                1. No Brasil, o caráter concentrador da urbanização foi um reflexo das condições em que ocorreu a modernização econômica. Desde a década de 1930 e no pós-guerra, a industrialização baseou-se em investimentos de capital, pelo Estado, pelas transnacionais ou por conglomerados privados nacionais.
                  1. A natureza monopolista dos empreendimentos econômicos acarretou a concentração dos recursos produtivos e a oferta de empregos. Um número de cidades tornou-se alvo dos investimentos. Essas aglomerações evoluíram como polos de atração demográfica e grandes mercados consumidores. A concentração econômica determinou a aglomeração espacial: o resultado foi a metropolização, ou seja, a formação de uma metrópole.
                    1. Recentemente o crescimento vegetativo das grandes cidades diminuiu, o ritmo das migrações inter-regionais reduziu-se sensivelmente, o padrão do êxodo rural modificou-se e o poder de atração das cidades médias tornou-se maior que o das metrópoles.
              2. As regiões metropolitanas
                1. A conurbação impulsionou a metropolização. A expansão econômica das metrópoles produziu crescimento demográfico do núcleo urbano central e dos núcleos situados no seu entorno. Em alguns casos, a integração das manchas urbanizadas realizou-se fisicamente e as estradas que se ligavam foram incorporadas como avenidas à circulação viária metropolitana. Em outros, as manchas urbanizadas permanecem separadas por áreas rurais, mas ocorreu completa integração funcional.
                  1. Os processos de metropolização e conurbação geraram um descompasso entre os limites municipais e a mancha urbanizada. Os primeiros definem o território administrado pelo poder público municipal. A segunda é a expressão geográfica da cidade real. Os problemas de infraestrutura manifestam-se nitidamente nesses municípios conurbados.
                    1. A Lei Complementar nª 14, de 1973, reconheceu os desafios gerados pelo processo de conurbação e criou a noção de região metropolitana, A 5 regiões metropolitanas são estruturas territoriais especiais que configuram unidades de planejamento integrado do desenvolvimento urbano.
                      1. A Constituição de 1988 delegou aos estados o poder de legislar sobre a criação de regiões metropolitanas. Por isso, diversas novas regiões metropolitanas foram criadas em 1990. Seis são nucleadas por capitais estaduais: São Luís, Vitória, Natal, Florianópolis, Maceió e Goiânia. Em Santa Catarina, foram estabelecidas o Vale do Itajaí, nucleada por Blumenau, e a do Norte/Nordeste, nucleada por Joinville. No norte do Paraná, criaram-se mais duas, nucleadas por Londrina e Maringá. Em de São Paulo foram criadas as regiões metropolitanas da Baixada Santista, em torno de Santos, e de Campinas.
                2. A megalópole e a metrópole expandida
                  1. São Paulo e Rio de Janeiro configuram o principal eixo econômico do país. A expansão das suas regiões metropolitanas e das cidades localizadas sobre o eixo de circulação que as conecta está conduzindo ao surgimento da primeira megalópole do país
                    1. São Paulo e Rio de Janeiro estão conectados por eixos rodoviários e ferroviários no Vale do Paraíba. Nesse eixo, adensa-se o espaço urbanizado que está sob o comando das metrópoles.Na parte paulista do Vale, destacam-se os centros industriais de São José dos Campos e Taubaté. Na parte fluminense, há o polo siderúrgico de Volta Redonda.
                      1. A existência de barreiras físicas muito nítidas contribui para a concentração urbana ao longo do Vale do Paraiba. A expansão das cidades do eixo acarreta processos locais de conurbação.
                        1. Os problemas de circulação da megalópole decorrem da intensidade dos fluxos gerados pela concentração urbana e industrial. Esses problemas são agravados pela presença de polos de turismo de praia. . O projeto de modernização ferroviária e a implantação de um trem-bala surgem como alternativa para descongestionar o transporte de pessoas e mercadorias na megalópole.
                          1. No leste de São Paulo,a urbanização extensiva manifesta-se na configuração de outro sistema de cidades de escala similar à da megalópole.Trata-se da metrópole expandida ou macrometrópole, que ocupa a área centralizada de São Paulo e limitada pelos quatro centros regionais circundantes.A metrópole expandida tem raio máximo de 100 km.
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