Souza J. Mitologia Grega, Volume I

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São resumos do livro Mitologia Grega, volume I de Junito de Souza Brandão
Graciano Garcia
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Capítulo I -- Preliminar

Como todo registro antigo, sua fonte de acesso não corresponde à obra em si, havendo, inevitavelmente, alterações. No caso dos mitos gregos, cujas principais fontes são os registros de poetas, historiadores e filósofos, não é diferente. Tais mecanismo de acesso estão para os mitos originais tais como uma fotografia está para uma pessoas na realidade. Diferentemente do que aconteceu com os mitos de outras regiões, como os do Oriente, os mitos helênicos não se mantiveram presentes em rituais religiosos. Isso prejudicou a preservação da originalidade simbólica .No caso da poesia, por exemplo, Homero e Hesíodo sempre apresentaram grandes preocupações estéticas. A métrica nem sempre pode se harmonizar à fidedignidade dos primeiros relatos mitológicos. Não bastasse essa "licença poética", é importante salientar que os deuses da Íliada e da Odisséia não eram rigorosamente deuses, pois eram tão imperfeitos quanto a maioria dos humanos. Dessa maneira, pode-se dizer que foram antropomorfizados.Mas os poetas foram somente o primeiro filtro do processo de desmitificação e dessacralização pelo qual passaram os mitos gregos. Em seguida aos artistas, vieram os filósofos. Os primeiros deles foram os jônios, que instituíram o LOGOS como guia fundamental das explicações, e não mais a fé e a superstição. Devido ao uso representativo dos mitos, esses filósofos foram responsáveis por torná-los sinônimos de ficção. Ainda no período do século V a. c. , houve mais dois mecanismos desse processo de enxugamento do valor mítico dos mitos clássicos: a dicotomização e a politização. O primeiro deles corresponde ao que se deu pelo uso dos mitos por parte de poetas e dramaturgos como Píndaro, Esquilo e Eurípedes. Ambos buscaram salientar apenas determinados pontos dos mitos a fim de dar evidência somente ao que lhes interessava, como um dado fundo moral. A politização se nota pela quantidade de heróis gregos que, a partir de relatos de certa época, necessariamente passavam pela cidade de Atenas. Mesmo no berço da Democracia esse processo não se esgotou. Os filósofos sofistas, céticos como um cão, fizeram questão de varrer os mitos das mentes de seus discípulos. A partir do século IV a. c., vieram interpretações novas que permitiram que os mitos clássicas ganhassem algum fôlego. Epicuro, com seu "sermão" acerca da impossibilidade da existência concomitante entre injustiça e a Providência fez por onde dessacralizá-los quase que totalmente. O uso do alegorismo, por sua vez, atribuiu ao mito apenas utilidade de revestimento que encobriria significados e suposições ocultas dos homens. O everismo corresponde a uma tese presente no livro História Sagrada, do filósofo alexandrino Evêmero, segunda a qual os mitos não passam de representações apoteóticas de grandes homens de um passado distante que se fossilizou. Ironicamente e graças a todo esse processo de dessacralização e do everismo e da alegoria, a I.C.A.R foi a instituição mais importante para salvaguardar os mitos helênicos até a Modernidade. Os dois últimos processos citados retiraram qualquer aparência nociva que tais mitos poderiam representar à Igreja. Dessa maneira, seguindo a tese do cardeal Jean Doncéloes, eles serviram de molduras para os fins didáticos dessa instituição cristã.Na Renascença, no entanto, os mitos puderam se libertar e já se apresentar com suas vestes mais típicas, tendo em vista a revalorização do período helênico e a maior liberdade de expressão.

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Capítulo II: Mito, rito e religião

A) Mito: narrativa de uma criação na qual se conta de que modo algo que não era começou a ser (ex: surgimento do arco-iris). Tomado como verdadeiro por um povo Refere-se a tempos princípios: ille tempore Dá-se mediante entes sobrenaturais Representação coletiva: é passado de geração a geração objetivo: Explicar a complexidade do real Para isso, tomam mão da ilogicidade e da irracionalidade. Para Roland Barthes: os mitos são um modo de significação. Desse maneira, a forma é mais relevante que o significado imediato.Por falar em significado, os mitos têm um significado profundo que, segundo a teoria de Jung, representa um elo entre o consciente e o incosciente coletivo. Este não é capaz de ser formulado por conceitos, apenas por símbolos, no que, em grande metida, consistem os mitos. Os símbolos são a expressão imagitiva de um significado que não se consegue conceituar.Os mitos,pois, linguagem imagística do ille tempore. Conceitos importantes: Mitema: unidade de uma tradição cultural Mitologema: soma dos elementos de uma tradição, ou a soma de mitemas Mitologia: estudo dos mitos concebidos como verdadeiros. B) Religião: vem do latim Religare, que significa ligar. Seguinda a origem etmológica, religião consiste na ligação do individua com a Providência. Pode ser também concebida como a ritualização do mito*Rito: consiste na expressão do mito. O rito permite ao crente voltar aos tempos primordiais e ter acesso as forças que deram origem às coisas. B) O tempo do mito: CIRCULARO fato do tempo do mito ser circular permitem que o homem possa recomeçar sua vida para poder recriá-la com total motivação. O sagrado é o tempo da eternidade. Ele provoca no homem o sentimento de coragem e esperança. Se é o caráter sagrado que permite o sentimento de revelação ( hierofania), o objeto pelo qual isso se dá é indiferente, pois poderia ser qualquer um outro.

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A Grécia antes da Grécia e a chegada dos Indo-Europeus

Períodos: a) Neolítico I: 4500-3000 b) Neolítico II: 3000-2600 c) Bronze antigo ou Heládico antigo: 2600-1950 d) Primeiras invasões gregas ( Jônios) na Grécia: 1950 e) Bronze médio ou Período Micênico: 1580-1100 f) últimas invasões, dórios: 12001.Passagem do período Neolítico I para o II: * Invasões de povos desconhecidos * Sítio de Dimini, em Tessália: * uma acrópole * Megarón ( local arredondado, típico de monarquias da época) * Agrícola * Mulher: cuida da agricultura; homem, do rebanho #Divindade principal: Terra-mãe: * hipostase da agricultura *indica fertilidade2. Virada do período Neolítico para o Bronze Antigo: CHEGADA DOS ANATÓLIOS * Oriundos da Ásia Menor * Centro principal: Lerna, na Argólia * Sociedade agrícola * Expansionistas: dominaram da região da Macedônia à Ilha de Creta * Divindade Principal: Grande-Mãe * indica fertilidade e fecundidade * Introdução da Linguística: Dão nomes há vários lugares e coisas * Introduzem o Bronze * Realização de sacrifícios: * acreditavam na imortalidade da alma3. Final do Bronze Antigo:* Desaparecimento dos anatólios * vinda dos Indo-Europeus *origem: Mar Negro * SEM unidade política, de raça e territorial(imperial) *COM unidade linguística e religiosa * Nômades: Em virtude dessa característica, a maior parte continuou suas peregrinações, o que ocasionou divisões e misturas. Aqueles que foram para Ásia menor originaram armênios, indo-iranianos e Hitita; os que foram para Europa, Celtas, eslavos, italicos, gregos, germânicos... * Para hélade: Jônios, Aqueus, eólicos e dórios. OBS: diferença de 800 anos entre jônios e dóriosCaracterísticas mais comuns dos indo-europeus: * Família patriarcalista * nômades * estrutura militar forte * bons agricultores: Dominavam técnicas de rebanho e conheciam o cavalo. Radical DEIWOS, que significa "denominação do céu", remete ao que é luminoso, claro e brilhante. No latim: deus; grego: zeús, ou zeús-pater (zeus pai), significa alto, poderoso. Também era característico dos indo-europeus seus próprios mitos, rituais e sacrifícios.

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