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Mestrado GEOGRAFIA Note on Continentes, created by Alessandra S. on 17/07/2013.

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Europa

Europa Ocidental: Entre os países da Europa ocidental destacam-se a Espanha, França e o Reino Unido. Estes que possuem uma população de cerca de 196 milhões de habitantes, ou seja, trata-se de uma região muito populosa e povoada.


Bélgica, Holanda e Luxemburgo compõem uma das regiões mais industrializadas do mundo, junto com esses países destaca-se Benelux. Nessa região além da indústria destacam-se a produção de energia, a extração de minerais, o cultivo de cereais e a atividade turística, com destaque para Mônaco.

Europa Setentrional: A Europa Setentrional também tem a economia baseada na indústria, também destacando-se o minério de ferro, o grande potencial hidráulico para a produção de energia elétrica, e a grande produção de madeira de papel e celulose.

Quanto a pecuária, o destaque é a criação de bovinos que não é muito desenvolvida na região por causa do clima frio; e, quanto as produções agrícolas, destacam-se o cultivo de cereais, batata e beterraba açucareira.

Europa Oriental: A Europa Oriental tem também sua economia baseada na indústria, produção de energia e de minerais. Sendo que alguns países estão enfraquecidos por estarem passando por uma fase de transição entre o socialismo e o capitalismo.Os destaques da indústria oriental são a de Moscou e São Petersburgo.

Na agropecuária a maior parte de seu espaço é ocupado por cereais, principalmente o trigo.

Dentro da área agrícola destaca-se a criação de rebanhos bovinos, suínos e ovinos.

Europa Central: Na Europa Central, em relação à economia, destaca-se a indústria de equipamentos em geral. É uma das áreas mais ricas em carboníferas, com forte concentração siderúrgica e mecânica, mas com grande destaque para a Alemanha, com industrias siderúrgica, maquinária, química, automobilística e eletrotécnica, sendo assim uma grande potência mundial e apresenta baixa produtividade agrícola, fato que vem se modificando.

A agricultura da Europa Central tem como principal produção a de cereais e de beterraba açucareira. A pecuária dominante é a de bovinos, para a produção de laticínios, mas também se destaca a criação de suínos.

Europa Meridional: A Europa Meridional também tem sua economia baseada na indústria, destacando-se a Itália, que tem grande potencial no setor petroquímico e siderúrgico com grande influência de outros países como o EUA.

Na agricultura da Europa Meridional destaca-se o cultivo de cereais, trigo milho e beterraba açucareira.Nesta região a pecuária não é muito desenvolvida principalmente por causa do clima.

Autoria: Krusty

Ásia

Maior continente do mundo, com cerca de quarenta e quatro milhões e meio de quilômetros quadrados. É conhecido como parte integrante do chamado Velho Mundo, formando com a Europa o continente também denominado Eurásia.



As terras do continente da Ásia representam cerca de um terço das terras emersas no mundo. Seus pontos extremos no eixo leste-oeste são, ao leste, o estreito de Bering, e ao oeste a Cadeia do Cáucaso e os Montes Urais que o dividem da Europa, além dos Mares Cáspio, Egeu, Negro e Mediterrâneo. Ao norte, a Ásia é banhada pelo Oceano Glacial Ártico e ao sul pelos Oceanos Índico e Pacífico.


As terras da Ásia estão compreendidas entre as zonas tropical, subtropical, temperada e polar. Por sua imensa extensão no sentido longitudinal, a Ásia apresenta enormes diferenças de fuso horário em seu território.

A Ásia é politicamente dividida em países como Afeganistão, Arábia Saudita (monarquia absoluta), Armênia, Azerbaijão, Bangladesh, Brunei (sultanato), Butão (monarquia constitucional), Camboja (monarquia constitucional), Cazaquistão, China, Cingapura, Coréia do Norte, Coréia do Sul, Emirados Árabes Unidos (federação de emirados), Geórgia, Iêmen, Índia, Irã (república islâmica), Iraque, Israel, Japão (monarquia constitucional), Jordânia (monarquia constitucional), Kuweit (emirado), Laos, Líbano (monarquia constitucional), Mongólia, Myanma (estado unitário), Nepal (monarquia constitucional), Omã (sultanato), Papua-Nova Guiné (estado da Comunidade Britânica), Paquistão (república islâmica), Palestina (território autônomo sob ocupação de Israel), Qatar (emirado), Quirguistão, Rússia (federação de repúblicas), Síria, Sri Lanka, Tadjiquistão, Tailândia (monarquia constitucional), Taiwan (governo republicano chinês em Formosa), Turcomenistão, Turquia, Uzbequistão e Vietnã.

Os altos planaltos asiáticos compreendem as maiores altitudes do mundo: localizados na zona central da Ásia, os altos planaltos do Tibet, por exemplo, apresentam altitude máxima em cerca de cinco mil metros. Este planalto é cercado de um cinturão de cadeias montanhosas como o Himalaia, que contorna o Tibet, apresentando altitude máxima de oito mil, oitocentos e quarenta metros com o Monte Everest. O Himalaia apresenta cerca de três mil quilômetros em sua extensão. Acredita-se que o território correspondente àÍndia, outrora separado do restante da Ásia, aproximou-se da área continental, ocorrendo um choque que teria resultado nos dobramentos terciários de que o Himalaia é formado.

Outros maciços de altitude considerável são o Hindu Kush e o Cáucaso. Os altos planaltos do Pamir, apresentando altitudes igualmente elevadas, são chamados como o “Telhado do Mundo”. Ao norte asiático há o Planalto Siberiano, que ao contrário dos planaltos descritos não apresenta grandes formações montanhosas e consiste em uma das mais antigas regiões da Terra quanto ao seu período de formação, apresentando solo amplamente desgastado. Na região do sul da Ásia há, ainda, os Planaltos da Arábia, do Irã e do Decan. Ainda na região leste da Ásia há a ocorrência de cadeias vulcânicas, em que a presença de muitos vulcões ainda ativos delimita parte da grande região da crosta terrestres conhecida como “Círculo de Fogo”, região que apresenta intenso vulcanismo.

Entre as regiões de planície na Ásia cita-se principalmente aquela cujo aspecto histórico assume grande importância: a Planície da Mesopotâmia, abrigando os Rios Tigre e Eufrates, é considerada como o “berço da civilização” na antiguidade. O continente asiático apresenta uma grande variedade climática, desde desertos quentes como o Deserto da Arábia, até o clima frio ártico da Ásia setentrional. Ambas as áreas apresentam grandes vazios demográficos.

Entre estes extremos tipos climáticos, há grandes variações: o clima equatorial que delimita uma pequena região como a da Indonésia e da Península Malaia: o clima temperado e seus subtipos, abrangendo áreas como a Ásia Central, além dos territórios como os da China, Japão, Sibéria e Coréia; o clima mediterrâneo ao oeste, restrito às cercanias dos Mares Egeu, Negro e região oriental do Mediterrâneo; enfim, o chamado clima de monções, que apresenta grandes períodos de seca em contraposição aos períodos chuvosos, ambos bastante definidos, resultantes respectivamente das monções continentais (deslocamento das áreas continentais para o oceano) e as monções marítimas (deslocam-se do oceano para o continente). O maior rio asiático em extensão é o Yang-tse Kiang, apresentando cerca de cinco mil e oitocentos quilômetros, trespassando todo o território chinês até desaguar no Mar do Leste da China.

Dos rios que deságuam no Oceano Índico destaca-se, na Índia, o Ganges que, ao lado do rio Brahmaputra originado no Planalto do Tibete, forma o grandioso Delta do Ganges, o maior no mundo, que desemboca na Baía de Bengala. A população asiática representa mais da metade da população mundial. Seu crescimento é acelerado, sobretudo como ocorreu na China durante meados do século XX, sendo o país que entre todos apresenta maior população. Apesar de seu grande contingente populacional, a distribuição demográfica pelo território asiático é extremamente desigual, dadas as grandes regiões em que se apresentam vazios demográficos (deserto da Arábia, regiões frias ao norte), em contraste com regiões como no Japão, no leste da China e sul da Índia, que apresentam as maiores densidades populacionais do globo. A predominância étnica é dos amarelos, ao lado de grupos menores formados por brancos e negros. Entre as principais religiões encontradas na Ásia estão o Hinduísmo, o Islamismo, o Xintoísmo, o Budismo, o Confucionismo e uma minoria cristã.

Autoria: Bernadete Warmling

África

África deriva de avringa ou afri, tribo berbere que na Antiguidade habitava o norte do continente. Começa a ser usado pelos romanos a partir da conquista de Cartago para designar províncias a noroeste do Mediterrâneo africano (atuais Tunísia e Argélia).


No século XVI, com o avanço dos europeus para o sul, o nome generaliza-se para todo o continente.

Limites – Paralelo 37º norte (cabo Bon na Tunísia); mar Mediterrâneo (N); mar Vermelho (NE); oceano Índico (L) e Paralelo 38º8' sul no oceano Atlântico (S, O e NO).

Área – 30,33 milhões de km² – 19% das terras emersas do planeta.

Divisão – 53 países.

População – 681,7 milhões de habitantes. Densidade média (hab./km²): 22,47.

Características Físicas do Continente Africano

É cortado pelo Equador e 75% do território situa-se entre os trópicos de Câncer e Capricórnio. É o continente mais tropical, embora possua faixas subtropicais nas extremidades norte e sul. Predominam altas temperaturas. Um terço do território é de áreas desérticas, 40% não têm rios. As terras aráveis somam 17,8% e as florestas, 31,5%. Detém 69% das terras áridas do planeta. O litoral é pouco recortado. As planícies são ocupadas por lagunas e pântanos. Apresenta cadeias de montanhas ao norte, os Atlas, na Tunísia, Argélia e Marrocos.

Relevo - O relevo Africano predominante planáltico apresenta considerável altitude média de 750m.Ocupa as regiões central e ocidental, em sua quase totalidade, planaltos intensamente erodidos, constituídos por rochas muito antigas e limitados por grandes escarpamentos. Ao longo do litoral, situam - se as planícies costeiras, geralmente estreitas , salvo a oeste e nordeste, quando se estendem para o interior .Na porção oriental da África encontra-se uma de suas características físicas mais marcantes: falha geológica estendendo-se de norte a sul, em que se sucedem planaltos e depressões relativas.É nessa região que se localizam os maiores lagos do continente, circundados por algumas das mais altas montanhas: Quilinmanjaro (5 895 metros), Quênia (5199 metros) e Ruvenzori (5 109 metros).

Podemos destacar ainda dois grandes conjuntos de terras altas, um no norte, outro no sul, do continente:

- a Cadeia dos Atlas, que ocupa a região sentrional do Marrocos, da Argéria e da Tunísia. Chegam atingir mais de 4 000 metros de altura;

- a Cadeia do Cabo, na África do Sul. É de formação antiga, culminando nos Montes Drakensberg com mais de 3 400 metros de altura.

Completando uma visão do relevo africano, é possível observar ainda a existência de antigos maciços montanhosos em diferentes pontos do continente.

O planalto dos Grandes Lagos assinala o início da inclinação do relevo africano.

Hidrografia - Tendo suas regiões norte e sul praticamente tomadas por desertos, a África possui relativamente poucos rios. Alguns deles são muito extensos e volumosos, por estarem localizados em regiões tropicais e equatoriais; outros atravessam áreas desérticas, tornando a vida possível ao longo de suas margens.

A maior importância cabe ao Rio Nilo, o segundo mais extenso do mundo. Nasce nas proximidades do Lago Vitória, percorre o nordeste africano e deságua no Mediterrâneo.

Além do Nilo, outros rios importantes para a África possui alguns são o Congo, o Niger eo Zambeze.

No que se refere aos lagos, a África possui alguns muitos extensos e profundos, a maioria situada no leste do continente, como o Vitória, o Niassa, o Rodolfo e o Tanganica.

Vegetação - Florestas equatoriais – Ocorrem nas baixas latitudes, compreendendo a parte centro-ocidental da África. Como estão em áreas quentes e úmidas, possuem folhas largas (latifoliadas) e sempre verdes (perenes). As árvores podem ter até 60 m (castanheira). Apresentam grande variedade de espécies (floresta heterogênea). Os solos em geral são pobres. São conhecidas como autofágicas (que se alimentam de si mesmas) em função da grande quantidade de húmus proveniente das folhas, galhos e troncos.

Savanas ou cerrados – Aparecem na faixa intertropical em locais onde ocorre uma estação seca (inverno), impedindo o aparecimento de florestas. São formações vegetais encontradas na larga faixa do centro da África, litoral da Índia. Têm plantas rasteiras (herbáceas), intercaladas por árvores de pequeno porte. No período de seca, as folhas caem para evitar a evaporação. No Brasil são chamadas de cerrado e na África, de savana.

Desertos – Nas áreas desérticas, como no Saara, Kalaari, Arábia e Irã, não há vegetação permanente. Em alguns locais, surge uma "erva rasteira" após as chuvas. Nas regiões onde aflora o lençol freático (lençol subterrâneo de água) podem surgir oásis, com palmeiras (tamareiras).

Quadro Humano do Continente Africano

Pequena população relativa e distribuição irregular - Apesar de ser o terceiro continente em extensão territorial, a África é relativamente pouco povoada. Abriga pouco mais de 600 milhões de habitantes e uma densidade demográfica de 20 habitantes por quilômetro quadrado.

Essa pequena ocupação demográfica encontra explicações nos seguintes fatores:

- grande parte do continente é ocupada por áreas desfavoráveis a concentrações humanas;

- os índices de mortalidade são muitos altos;

- a África é um continente que recebeu poucas correntes migratórias.

A população africana caracteriza-se também pela distribuição irregular. O Vale do Nilo, por exemplo, possui densidade demográfica de 500 habitantes por quilômetro quadrado, enquanto os desertos e as florestas são praticamente despovoados.

A quase totalidade dos países africanos exibe características típicas de subdesenvolvimento: elevadas taxas de natalidade e de mortalidade, bem como expectativa de vida muito baixa. Resulta desses fatores a preponderância de jovens na população, que, além apresentarem menor produtividade , requisitam grandes investimentos em educação e nível de emprego.

Maioria negra e diversos grupos brancos - A maior parte da população africana constituída por diferentes povos negros, mas é expressiva quantidade de brancos, que vivem principalmente na porção setentriorial de continente, ao norte do Deserto do Saara.

sudaneses: em sua maior parte habitam as savanas que se estendem do Atlântico ao vale superior do Rio Nilo. Vivem basicamente do agricultura ;

bantos: habitam a metade do sul do continente e têm como atividades principais a criação gado e a caça;

nilóticos: são encontrados na região do Alto do Nilo e caracterizam-se pela estatura elevada;

pigmeus: de pequena estatura, vivem principalmente na selva do Congo e em seus arredores, onde baseiam sua subsistência na caça e na coleta de raízes;

bosquimanos e hotentotes: habitam a região do Deserto de Calaari, distinguem-se como grandes caçadores de antílopes e avestruzes.

Em correspondência com os três diferentes ramos étinico-culturais, encontram-se na África três regiões principais: o islamismo, que se manifesta sobretudo na África Branca, mas é também professado por numerosos povos negros; o cristianismo, religião levada por missionários e professada em pontos esparsos da continente; o animismo, seguindo por toda África Negra.

Um continente de famintos - Adversidades climáticas somente ampliam a miséria de milhares de africanos, que vivem abaixo das condições mínimas de sobrevivência.

Com a agricultura extensiva, matas são derrubadas e em seus limites o deserto avança.

Outro problema é o descompasso existente entre o enorme crescimento populacional eo reduzido crescimento populacional e o reduzido crescimento, ou mesmo estagnação, da agropecuária.

Conflitos de um continente mal dividido - A atual divisão política da África somente se configurou nas décadas de 60 e 70. Durante séculos, o continente foi explorado pelas potências européias - Inglaterra, França, Portugal, Espanha, Bélgica, Itália e Alemanha, em zonas de influencia adequadas aos seus interesses. Ao conseguirem a independência, os países africanos tiveram de se moldar às fronteiras legadas pelos colonizadores. Estas, por um lado, separavam de modo artificial grupos humanos pertences às mesmas tribos, falantes dos mesmos dialetos e praticantes dos mesmos dialetos e praticantes dos mesmos costumes, submetia-os, por outro lado, à influencia de valores europeus.

A segregação racial assumiu formas rígidas e violentadas: bairros, meios de transporte, casa de comércios, igrejas etc. eram reservados para uso dos negros. as leis do aparheid - segregação racial institucionalizada - proibiam que os negros se candidatassem a cargos políticos, que concorressem com os brancos a um emprego, que freqüentassem quaisquer ambientes que não lhes fossem expressamente destinados.

Regiões Geográficas do Continente Africano

Norte da África - Abrangendo Egito, Líbia, Argélia, Tunísia e Marrocos, a região é fonte de preocupação para a Europa em virtude do crescente fluxo migratório desses países, em especial para a França e Alemanha. Durante as décadas de expansão econômica de 70 e 80 esse fluxo é bem recebido por facilitar a substituição dos trabalhadores europeus, mais qualificados e mais caros, por trabalhadores imigrantes nos serviços pesados e insalubres. A recessão do final dos anos 80 e a rápida elevação do desemprego tecnológico invertem a situação, já que os imigrantes passam a disputar vagas de trabalho com os trabalhadores europeus. Crescentes medidas restritivas são adotadas pelos países europeus para deter as migrações, agravando os problemas econômicos e sociais do norte da África.

África Meridional - As mudanças ocorridas na África do Sul e as possibilidades de pacificação de Angola e Moçambique geram ações unificadas entre os países da região para integrarem seus mercados e enfrentar em melhores condições a competitividade do mercado internacional.

África do Sul - As eleições multirraciais e multipartidárias de 1994, com a eleição de Nelson Mandela para presidente, abrem um novo capítulo na história do país, extinguindo totalmente a política do apartheid e estabelecendo direitos de cidadania para a maioria negra da população. O sistema de governo adotado, no qual todos os partidos com representação no Parlamento também estão representados no governo, necessita de um período de tempo para comprovar sua viabilidade. As tendências separatistas dos zulus e dos direitistas brancos permanecem presentes, embora a situação econômica tenha melhorado com o fim do bloqueio econômico e a retomada do fluxo de investimentos.

Autoria: Marcio Moreira

Antártida

O Tratado Antártico teve sua assinatura e aplicação já no contexto da Guerra Fria.




Quando de seu estabelecimento, em 1959, apesar do desejo de alguns países na divisão do continente, a ocupação das áreas geladas da Antártida poderia servir como um pretexto para o acirramento das disputas entre as grandes potências, que já viviam na era nuclear. Além disso essa ocupação encontrava, como ainda encontra, sérios problemas, impostos pelo quadro natural adverso, somados. considerando a época da assinatura do Tratado, a restrições de caráter tecnológico maiores que as atuais.

Apesar de seu aspecto aparentemente democrático e aberto, o Tratado Antártico, que, como vimos, condicionava a partilha do continente ao desenvolvimento de pesquisas i loco, excluía as nações tecnologicamente mais atrasadas.

No entanto, o cenário geopolítico sofreu alterações no decorrer dos anos. A estratégia militar de ontem cedeu lugar à preocupação ecológica de hoje; como resultado disso. tivemos a Conferência de Madri de 1991, que condicionou a ação dos países presentes na Antártida ao campo científico, e, ratificada pelaECO-92, estabeleceu parâmetros para a ação do homem na região.

A Antártida insere-se na questão estratégica global no ponto de vista tático, econômico, científico e ambiental.

Do ponto de vista tático, era de interesse das potências militares dispor do continente antártico para a realização de testes nucleares e, ao mesmo tempo, agregar ao continente armas estratégicas fundamentais para o controle de posições importantes no hemisfério austral.

Economicamente, o continente antártico situa-se numa posição estratégica dos transportes mundiais, pois a navegação oceânica ou aérea na região e/ou adjacências é de fundamental importância para os países do hemisfério sul e na ligação oriente-ocidente, excetuando-se as águas do Ártico e o canal do Panamá.

Além dos transportes, as reservas naturais da Antártida constituem importantes recursos futuros, seja de água doce (90% das reservas mundiais), minerais metálicos e atômicos e combustíveis fósseis. Considere-se também o potencial alimentar das águas antárticas, como baleias, peixes e o krill.

No campo científico, as pesquisas da comunidade antártica vêm-se revelando bastante importantes, contribuindo sobremaneira no estudo do clima, dinâmica das geleiras, paleoclima, evolução, astronomia, biologia, geologia, e em áreas relativas ao estudo da vida no planeta.

O meio ambiente encontra na Antártida um campo de estudo amplo, em que destacamos os esforços para a compreensão da dinâmica do processo de glaciação e no acompanhamento da evolução dos danos provocados pelo homem na camada de ozônio.

O Brasil na Antártida

Com vistas no Tratado Antártico, o Brasil, tardiamente, passou a integrar a comunidade científica estabelecida no continente.

Em 1982, a primeira expedição científica brasileira atingiu o continente, composta de duas embarcações: o navio polar “Barão de Teffé” e o navio oceanográfico “Professor Wladimir Besnard”, e algumas dezenas de cientistas.

A Base Comandante Ferraz, inaugurada em 6 de fevereiro de 1984, localizada na Ilha Rei Jorge, integrou o Brasil à comunidade instalada na Antártida, embora, por questões materiais e financeiras, as pesquisas brasileiras caminhem muito lentamente.

Veja no mapa onde fica a base brasileira na Antártida



A diminuição da camada de ozônio e sua relação com a Antártida

A utilização dos clorofluorcarbonos (CFCs) e sua emissão na atmosfera foram estudadas pelos cientistas, que verificaram que esses compostos destroem a camada de ozônio que protege o nosso planeta da radiação ultravioleta.

Os deslocamentos das correntes de ar fazem com que essa incidência venha ocorrendo de forma mais acentuada na Antártida (essa descoberta ocorreu em 1983 e desde essa época as pesquisas se acentuaram nesse sentido, buscando causas e conseqüências dos danos provocados a plantas, animais e enfermidades nos seres humanos: câncer de pele e catarata (problema nos olhos). Na ECO-92 (RJ) esse problema foi levantado e um acordo foi realizado para impedir a emissão do CFC.

Estudam-se ainda os efeitos dessa diminuição da camada de ozônio na Antártida, sendo que, na Estação Palmer (EUA), descobriu-se que altos níveis de radiação ultravioleta podem danificar o pigmento clorofiliano, que é fundamental na realização da fotossíntese do fitoplâncton, e que reduz o crescimento das plantas. Teme-se que este fato afete a vida no continente gelado, comprometendo a cadeia alimentar, uma vez que ameaça o krill, um elo-chave na cadeia alimentar antártica.

De acordo com os cientistas, “peixes, baleias, pingüins e aves voadoras dependem do krill e, se acontecer algo a ele, o sistema inteiro entrará em crise.”

Tratado Antártico

A descoberta do continente antártico é controvertida. Atribui-se a Américo Vespúcio a navegação das águas antárticas já no início do século XVI. O inglês James Cook cruzou o Circulo Polar Antártico no final do século XVIII sem, no entanto, atingir o continente.

Em 1820 três expedições atingiram o continente: a do russo Bellingshausen, a do britânico Bransfield e a do americano Palmer. Mas apenas em 1907 o explorador Roald Amundsen atingiu o Pólo Sul.

Seguiram-se outras expedições e surgiram as primeiras reivindicações territoriais sobre o continente.

Em 1944 foram estabelecidas as primeiras estações permanentes de pesquisa.

A 1ª Conferência Antártida realizada em Paris no mês de julho daquele ano, que estabeleceu regras para a ocupação do continente, reuniu doze países.

O Tratado Antártico foi assinado em 10 de dezembro de 1958 e passou a vigorar em 1961, estabelecendo que ao sul do paralelo 60, que encerra o continente Antártico, as nações interessadas poderiam utilizar, além do próprio continente, ilhas, oceanos e mares, apenas para desenvolvimento científico para fins pacíficos.

No ano de 1991, o tratado propunha uma divisão do continente gelado entre os países que integrassem a comunidade científica antártica.

Aos signatários originais do tratado aderiram Alemanha, Áustria, Brasil, Bulgária, Canadá, China, Coréia do Norte, Coréia do Sul, Cuba, Dinamarca, Equador, Espanha, Finlândia, Grécia, Holanda, Hungria, Índia, Itália, Papua Nova Guiné, Peru, Polônia, Romênia, Suécia, República Tcheca, Eslováquia e Uruguai.

Por: Renan Bardine

América do Norte

Subcontinente que compreende o Canadá, os Estados Unidos e o México. Inclui também a Groenlândia, o departamento francês de ultramar de Saint Pierre e Miquelon e a colônia britânica de Bermudas.



A América do Norte tem mais de 395 milhões de habitantes (segundo estimativas para 1997). Junto com a América Central, as Antilhas e a América do Sul, forma o continente americano. A definição de América do Norte algumas vezes inclui também a América Central e as Antilhas.

AMBIENTE NATURAL

Limita-se ao norte com o oceano Ártico, ao leste com o oceano Atlântico, ao sul com o golfo do México e o istmo de Tehuantepec e a oeste com o oceano Pacífico. A superfície do continente é de aproximadamente 23,5 milhões de km2. A América do Norte pode ser dividida em cinco importantes regiões fisiográficas. A metade oriental do Canadá, a maior parte da Groenlândia e porções de Minnesota, Wisconsin, Michigan e Nova York nos Estados Unidos fazem parte do Escudo Canadense.

A segunda região faz parte de uma planície costeira, que ocupa a maior parte do leste dos Estados Unidos e do México. Nos Estados Unidos, a planície costeira é limitada a oeste por uma terceira região, que compreende a cordilheira formada principalmente pelos montes Apalaches. A quarta região abrange a parte central do continente, que vai do Canadá meridional até o sudoeste do Texas e compreende uma extensa planície. A quinta região, que é também a mais ocidental e engloba grande parte do México, é uma área de orogenia ativa, formada por grandes cordilheiras (montanhas Rochosas e sierra Madre), planaltos (planaltos do Colorado e o planalto Mexicano) e bacias profundas (a Great Basin).

Dois importantes sistemas de drenagem — o sistema dos Grandes Lagos e o rio São Lourenço e o sistema dos rios Mississippi e Missouri— dominam a hidrografia da América do Norte oriental e central. Do Canadá ocidental o rio Mackenzie flui para o oceano Glacial Ártico. Em direção ao golfo do México e ao mar das Antilhas correm os rios Bravo e Pánuco. No Pacífico deságuam os rios Colorado, Sonora, Yaqui, Balsas, Colúmbia, Fraser e Yukón. Embora a América do Norte possua uma considerável variedade de climas, é possível identificar cinco importantes regiões climáticas. Os dois-terços setentrionais do Canadá e do Alasca, da mesma forma que toda a Groenlândia, têm climas subártico e ártico. Uma segunda região climática abrange os dois-terços orientais dos Estados Unidos e do Canadá meridional.

Essa região carateriza-se por um clima úmido em que as quatro estações são muito diferenciadas. A terceira região inclui o interior do oeste dos Estados Unidos e grande parte do norte do México. A maior parte dessa zona é desértica e montanhosa. A quarta região climática engloba uma estreita região ao longo do oceano Pacífico que vai desde o Alasca meridional até a Califórnia meridional.

Tem invernos relativamente temperados, mas úmidos, e verões quase secos. A maior parte do sul do México possui clima tropical. A floresta mais notável é a taiga, ou floresta boreal, uma enorme extensão de árvores, em sua maioria coníferas, que cobre boa parte do Canadá meridional e central e se estende até o Alasca. No leste dos Estados Unidos, as florestas são mistas, dominadas por árvores caducifólias. Na parte ocidental do continente, as florestas estão associadas principalmente às cordilheiras montanhosas e nelas predominam as coníferas.

Na Califórnia, a sequóia de madeira vermelha e a sequóia gigante são as espécies mais importantes. As florestas tropicais do México caraterizam-se por uma grande variedade de espécies. Destacam-se os grandes mamíferos, como os ursos, o carneiro canadense, o urso formigueiro, a jaguatirica, o veado, o bisão (que era característico da fauna do norte do México e dos Estados Unidos, e atualmente só se encontra em rebanhos protegidos), o caribu, o alce americano, o boi almiscarado e o wapiti. Entre os grandes carnívoros estão o puma, o jaguar (nas regiões mais meridionais), o lobo e seu parente menor, o coiote, e, no extremo norte, o urso polar.

Os numerosos répteis, como a cobra coral, as víboras, o monstro de Gila e o lagarto de contas, habitam o sudoeste dos Estados Unidos e do México. A América do Norte possui enormes jazidas de grande variedade de minerais, entre os quais se destacam os seguintes: o petróleo e o gás natural no Alasca meridional, no Canadá ocidental e no sul e oeste dos Estados Unidos e do México oriental; grandes leitos de carvão no leste e no oeste do Canadá e dos Estados Unidos; e as grandes jazidas de minério de ferro do leste do Canadá, do norte de Estados Unidos e do centro do México.

POPULAÇÃO

Com exceção da zona central do México, os povos indígenas do subcontinente viviam dispersos geograficamente. Os europeus dizimaram-os e deslocaram-os. A maioria da população atual da América do Norte é de ascendência européia. Pelo menos 35% dos habitantes do Canadá são de ascendência britânica e cerca de 4% são de origem francesa.

A população dos Estados Unidos de ascendência britânica ou irlandesa chega a 29% dos habitantes. Os negros constituem cerca de 12%, os alemães 23%, os hispanos 9% e os habitantes de origem asiática 2,9%. Os povos indígenas americanos e os inuit (esquimós) representam um contigente de cerca de 1,8 milhão nos Estados Unidos e de 400 mil no Canadá. Cerca de 55% da população mexicana é formada por mestiços.

Da população restante, 30% são de origem indígena americana e 15% de origem européia. Em 1997, os Estados Unidos tinham 271,6 milhões de habitantes, o México 94,3 milhões de habitantes, o Canadá 29,9 milhões de habitantes e a Groenlândia (estimativas para 1995) 55.700 habitantes. A maior parte da população concentra-se na metade oriental dos Estados Unidos e nas adjacências de Ontário e Quebec, na costa do Pacífico dos Estados Unidos e no planalto central do México. No geral, a densidade populacional da América do Norte é moderada.

No México é de 43 hab/km2, nos Estados Unidos de 27,2 hab/km2 e de 2,6 hab/km2 no Canadá. O inglês é a língua mais utilizada. A população hispânica dos Estados Unidos fala espanhol. O francês é falado por um-quarto da população canadense. Muitos dos povos indígenas dos Estados Unidos, do Canadá e da Groenlândia utilizam suas línguas tradicionais. O espanhol é a língua dominante no México. Porém mais de cinco milhões de mexicanos falam línguas indígenas.

ECONOMIA

A agricultura tem uma importância maior no México do que nos demais países da América do Norte e proporciona emprego a cerca de 25% da população ativa. A agricultura de subsistência ainda existe, principalmente no sul. A agricultura comercial desenvolveu-se, sobretudo, na planície central e no norte do país.

Nos Estados Unidos e no Canadá, a agricultura é dominada por fazendas mecanizadas, que produzem imensas quantidades de produtos vegetais e animais. As Grandes Planícies do centro dos Estados Unidos e as províncias da pradaria canadense (Alberta, Manitoba, Saskatchewan) são importantes centros produtores mundiais de cereais, sementes oleaginosas e gado.

A agricultura da Califórnia produz grande quantidade de culturas de irrigação. A silvicultura é um dos setores básicos da economia canadense. Importantes indústrias de produtos florestais prosperam também nos estados do oeste e do sudeste dos Estados Unidos. A pesca é a principal atividade econômica da Groenlândia. Há muito que a indústria vem sendo o principal setor econômico dos Estados Unidos.

A maior concentração de fábricas ocorre no cinturão industrial que se estende de Boston a Chicago. Essa atividade econômica também é importante no Canadá e concentra-se nas cidades de Ontário, Quebec, Colúmbia Britânica e Alberta e atualmente é uma atividade em franco desenvolvimento na economia mexicana. Os Estados Unidos, o Canadá e o México são parceiros comerciais graças ao Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), que entrou em vigor em 1994, determinando a eliminação das barreiras comerciais entre esses três países.

HISTÓRIA

A ocupação humana da América do Norte começou no período quaternário, talvez há cerca de 50.000 anos. Provavelmente, povos de raça mongolóide alcançaram o subcontinente a partir da Ásia. Eric, o Vermelho, explorou e colonizou a Groenlândia. Depois, Leif Eriksson desembarcou em algum lugar situado entre Labrador e Nova Inglaterra.

As explorações européias da América do Norte adquiriram importância com a viagem realizada em 1492 por Cristóvão Colombo. Em 1497, Giovanni Caboto, navegante a serviço da Inglaterra, percorreu as costas de Labrador, Terra Nova e Nova Inglaterra. Em 1519, Hernán Cortés chegou ao México e conquistou a região. O êxito surpreendente da ocupação deveu-se, em grande parte, às lutas que dividiam os povos indígenas. A divisão interna era especialmente grave no império asteca, que dominava com mão de ferro as outras etnias do centro do México.

Os maias, outro grande povo mexicano, não foram capazes de oferecer uma resistência efetiva aos espanhóis, que os encontraram já em plena decadência. As colônias criadas pelos espanhóis na área do México agruparam-se no Vice-reinado da Nova Espanha. As autoridades espanholas completaram a conquista do México e ocuparam grandes áreas agora situadas ao sul dos Estados Unidos.

A França explorou e colonizou o continente desde o Canadá até o sul. Em 1524, Giovanni da Verrazano, a serviço da França, percorreu a costa norte-americana desde o cabo Fear até o cabo Breton. O explorador francês Jacques Cartier explorou o rio São Lourenço. Em 1682, Robert Cavalier e Henri de Tonty navegaram pelo Mississippi e reclamaram a posse de todos os territórios banhados por esse rio.

A coroa inglesa reivindicou os seus direitos sobre América do Norte com base na viagem de Cabot, mas durante quase um século não fez qualquer tentativa de colonização. Depois de 1607, os ingleses colonizaram progressivamente todo o litoral Atlântico entre a colônia francesa da Acádia e a espanhola da Flórida. Os principais assentamentos franceses fixaram-se no Canadá e próximo da desembocadura do Mississippi. As possessões inglesas consistiam em 13 colônias que se estendiam ao longo do litoral Atlântico. Como conseqüência de suas tentativas de expansão para o oeste, os ingleses acabaram entrando em conflito com os franceses. Em 1689, as duas potências começaram uma luta pela supremacia militar e colonial.

Depois de quatro guerras, os franceses capitularam e cederam à Grã-Bretanha todas as suas possessões no Canadá e também a parte da Louisiana ao leste do Mississippi. A Guerra da Independência Norte-americana (1776-1783) fez nascer os Estados Unidos da América. O êxito das Treze Colônias em sua independência da Inglaterra teve repercussões nas colônias espanholas da América. O México tornou-se independente em 1821. No final do século XIX e início do XX, o Canadá também obteve total autonomia da Grã-Bretanha. A expansão territorial dos Estados Unidos foi marcada por uma guerra impiedosa contra os povos indígenas, que resistiram à invasão de suas terras.

Não foram somente os conflitos armados que dominaram esses povos, mas também a assimilação pela força e a expropriação de suas terras. Nos Estados Unidos e no Canadá, a maioria dos povos indígenas americanos continuam vivendo em reservas.

Além da compra de territórios contíguos, os Estados Unidos obtiveram outras regiões das Américas do Norte e Central: o Alasca, Porto Rico, a zona do Canal de Panamá e as ilhas Virgens norte-americanas. A hegemonia que os Estados Unidos exercem no subcontinente começou em 1823 com a Doutrina Monroe (“América para os americanos”), ainda que na prática ela não se aplicasse a América do Sul até depois da I Guerra Mundial. O único conflito sério depois da independência foi a Guerra México-Estados Unidos, na qual o primeiro perdeu metade do seu território. Durante o século XX, a tendência à hegemonia norte-americana, sob a forma de amizade mútua entre as nações americanas, tomou forma em 1910 com o estabelecimento da União Pan-americana. Em 1948 nasceu a Organização dos Estados Americanos, para executar o tratado do Rio de Janeiro e como sistema de segurança coletivo. As relações entre os Estados Unidos e o Canadá têm sido amistosas e cooperativas, desde a Guerra de 1812.