LITERATURA - ROMANTISMO

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APRESENTA QUESTÕES SOBRE O ROMANTISMO
ARTHUR MONTEIRO
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ARTHUR MONTEIRO
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491
5

Resource summary

Question 1

Question
1. (ENEM) Leia o soneto abaixo: “Já da morte o palor me cobre o rosto, Nos lábios meus o alento desfalece, Surda agonia o coração fenece, E devora meu ser mortal desgosto! Do leito embalde no macio encosto Tento o sono reter!… já esmorece O corpo exausto que o repouso esquece… Eis o estado em que a mágoa me tem posto! O adeus, o teu adeus, minha saudade, Fazem que insano do viver me prive E tenha os olhos meus na escuridade. Dá-me a esperança com que o ser mantive! Volve ao amante os olhos por piedade, Olhos por quem viveu quem já não vive!” (AZEVEDO, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000) O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda geração romântica, porém configura um lirismo que o projeta para além desse momento específico. O fundamento desse lirismo é:
Answer
  • a) a angústia alimentada pela constatação da irreversibilidade da morte.
  • b) a melancolia que frustra a possibilidade de reação diante da perda.
  • c) o descontrole das emoções provocado pela auto piedade.
  • d) o desejo de morrer como alívio para a desilusão amorosa.
  • e) o gosto pela escuridão como solução para o sofrimento.

Question 2

Question
2. Leia o poema abaixo: MOCIDADE E MORTE “Oh! eu quero viver, beber perfumes Na flor silvestre, que embalsama os ares; Ver minh’alma adejar pelo infinito, Qual branca vela n’amplidão dos mares. No seio da mulher há tanto aroma… Nos seus beijos de fogo há tanta vida… – Árabe errante, vou dormir à tarde À sombra fresca da palmeira erguida.” No trecho acima, de Castro Alves, reúnem-se vários dos temas e aspectos mais característicos de sua poesia. São eles:
Answer
  • a) identificação com a natureza, condoreirismo, erotismo.
  • b) aspiração de amor e morte, sensualismo, exotismo.
  • c) sensualismo, aspiração de absoluto, nacionalismo, orientalismo.
  • d) personificação da natureza, hipérboles, sensualismo velado, exotismo.
  • e) aspiração de amor e morte, condoreirismo, hipérboles.

Question 3

Question
No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente um outro estilo de época: o Romantismo. “Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.” (ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson,1957.) A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao romantismo está transcrita na alternativa:
Answer
  • a) “… o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas …”
  • b) “… era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça …”
  • c) “Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, …”
  • d) “Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos … “
  • e) “… o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.”

Question 4

Question
Leia o poema de Almeida Garrett. Quando eu sonhava, era assim Que nos meus sonhos a via; E era assim que me fugia, Apenas eu despertava, Essa imagem fugidia Que nunca pude alcançar. Agora que estou desperto, Agora a vejo fixar... Para quê? — Quando era vaga, Uma ideia, um pensamento, Um raio de estrela incerto No imenso firmamento, Uma quimera, um vão sonho, Eu sonhava — mas vivia: Prazer não sabia o que era, Mas dor, não na conhecia... ........................................... (Folhas caídas, 2013.) Uma temática comum à poesia romântica que pode ser percebida no poema é:
Answer
  • a) a crítica à alienação da literatura tradicional.
  • b) o desejo de fuga da realidade imediata.
  • c) a submissão da mulher aos anseios do homem.
  • d) a idealização do homem que vive no campo.
  • e) a busca de uma identidade nacional autêntica.

Question 5

Question
Se eu morresse amanhã! Se eu morresse amanhã, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã; Minha mãe de saudades morreria Se eu morresse amanhã! Quanta glória pressinto em meu futuro! Que aurora de porvir e que manhã! Eu perdera chorando essas coroas Se eu morresse amanhã! Que sol! que céu azul! que doce n’alva Acorda a natureza mais louçã! Não me batera tanto amor no peito, Se eu morresse amanhã! Mas essa dor da vida que devora A ânsia de glória, o dolorido afã… A dor no peito emudecera ao menos Se eu morresse amanhã! (Lira dos vinte anos, 2000.) O poema apresenta características que permitem situá-lo
Answer
  • a) na segunda fase do Romantismo, pela presença de sentimentos extremos e do culto à morte.
  • b) no Parnasianismo, devido à defesa e utilização de formas clássicas com ambição à perfeição.
  • c) no Modernismo, devido ao rompimento com os modelos formais tradicionais da poesia clássica e romântica.
  • d) na primeira fase do Romantismo, preocupada com a definição da sociedade brasileira a partir dos traços físicos e emocionais de seus indivíduos.
  • e) no Classicismo, interessado no equilíbrio formal, associado à temperança dos sentimentos e das ações.

Question 6

Question
Leia o fragmento da obra “Senhora”, de José de Alencar. Quando Seixas achava-se ainda sob o império desta nova contrariedade, apareceu na sala a Aurélia Camargo, que chegara naquele instante. Sua entrada foi como sempre um deslumbramento; todos os olhos voltaram-se para ela; pela numerosa e brilhante sociedade ali reunida passou o frêmito das fortes sensações. Parecia que o baile se ajoelhava para recebê-la com o fervor da adoração. Seixas afastou-se. Essa mulher humilhava-o. Desde a noite de sua chegada que sofrera a desagradável impressão. Refugiava-se na indiferença, esforçava-se por combater com o desdém a funesta influência, mas não o conseguia. A presença de Aurélia, sua esplêndida beleza, era uma obsessão que o oprimia. Quando, como agora, a tirava da vista fugindo-lhe, não podia arrancá-la da lembrança, nem escapar à admiração que ela causava e que o perseguia nos elogios proferidos a cada passo em torno de si. No Cassino, Seixas tivera um reduto onde abrigar-se dessa cruel fascinação. Acesso em: 17.09.2015. Adaptado. É correto afirmar que essa obra pertence ao
Answer
  • Romantismo, pois ela critica os valores burgueses, exalta a natureza e a vida simples do campo, denunciando a corrupção e a hipocrisia na sociedade fluminense do século XX.
  • Romantismo, pois ela enaltece a fragilidade da mulher e exprime de forma contida os sentimentos das personagens, situando-as no contexto da sociedade paulista do século XX.
  • Romantismo, pois ela exalta a figura feminina, expõe, de maneira exacerbada, os sentimentos das personagens, tendo como pano de fundo os costumes da sociedade fluminense do século XIX.
  • Modernismo, pois ela idealiza a mulher e a juventude e trata da infelicidade dos amores não correspondidos, inserindo as personagens na sociedade fluminense do século XX.
  • Modernismo, pois ela se opõe ao exagero na expressão dos sentimentos e ao papel de submissão destinado às mulheres, retratando o cotidiano da sociedade paulista do século XX.

Question 7

Question
Outro traço importante da poesia de Álvares de Azevedo é o gosto pelo prosaísmo e o humor, que formam a vertente para nós mais moderna do Romantismo. A sua obra é a mais variada e complexa no quadro da nossa poesia romântica; mas a imagem tradicional de poeta sofredor e desesperado atrapalhou a reconhecer a importância de sua veia humorística. (Antonio Candido. “Prefácio”. In: Álvares de Azevedo. Melhores poemas, 2003. Adaptado.) A veia humorística ressaltada pelo crítico Antonio Candido na poesia de Álvares de Azevedo está bem exemplificada em:
Answer
  • Cavaleiro das armas escuras, Onde vais pelas trevas impuras Com a espada sanguenta na mão? Por que brilham teus olhos ardentes E gemidos nos lábios frementes Vertem fogo do teu coração?
  • Ontem tinha chovido... Que desgraça! Eu ia a trote inglês ardendo em chama, Mas lá vai senão quando uma carroça Minhas roupas tafuis encheu de lama...
  • Pálida, à luz da lâmpada sombria, Sobre o leito de flores reclinada, Como a lua por noite embalsamada, Entre as nuvens do amor ela dormia!
  • Se eu morresse amanhã, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã; Minha mãe de saudades morreria Se eu morresse amanhã!
  • Quando em meu peito rebentar-se a fibra, Que o espírito enlaça à dor vivente, Não derramem por mim nem uma lágrima Em pálpebra demente.

Question 8

Question
Já conheço os passos dessa estrada, Sei que não vai dar em nada, Seus segredos sei de cor. Já conheço as pedras do caminho E sei também que ali sozinho Vou ficar, tanto pior. O que é que eu posso contra o encanto Desse amor que eu nego tanto, Evito tanto, E que, no entanto, volta sempre a enfeitiçar Com seus mesmos tristes velhos fatos, Que num álbum de retratos Eu teimo em colecionar Lá vou eu de novo como um tolo Procurar o desconsolo Que eu cansei de conhecer. Novos dias tristes, noites claras, Versos, cartas, minha cara, Ainda volto a lhe escrever Pra lhe dizer que isto é pecado, Eu trago o peito tão marcado De lembranças do passado Ee você sabe a razão. Vou colecionar mais um soneto, Outro retrato em branco e preto A maltratar meu coração. (HOLANDA, Chico Buarque; JOBIM, Antônio Carlos. Retrato em branco e preto. Disponível em: < http://www. vagalume.com.br/elis-regina/retrato-em-preto-e-branco.html > Acesso em: 03/03/2015. Na canção de Chico Buarque de Holanda e Antônio Carlos Jobim, pode-se apontar que a atitude pessimista do eu lírico diante do sentimento amoroso o caracteriza dentro do
Answer
  • Modernismo.
  • eoclassicismo.
  • Romantismo.
  • Barroco.
  • Impressionismo.

Question 9

Question
Leia o soneto Fanatismo, da poeta portuguesa Florbela Espanca. Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida. Meus olhos andam cegos de te ver. Não és sequer razão do meu viver Pois que tu és já toda a minha vida! Não vejo nada assim enlouquecida... Passo no mundo, meu Amor, a ler No mist'rioso livro do teu ser A mesma história tantas vezes lida!... "Tudo no mundo é frágil, tudo passa... Quando me dizem isto, toda a graça Duma boca divina fala em mim! E, olhos postos em ti, digo de rastros: "Ah! podem voar mundos, morrer astros, Que tu és como Deus: princípio e fim!..." (Sonetos, 1997.) A temática desse poema pode ser relacionada ao
Answer
  • Modernismo, pois se notam experimentações linguísticas que objetivam dar uma linguagem rebuscada e hermética ao texto.
  • Classicismo, uma vez que a presença de seres da mitologia clássica é evidente na descrição que o eu lírico faz de si mesmo.
  • Barroco, visto que o eu lírico condena o fanatismo atrelado a crenças e a misticismos considerados irracionais.
  • Romantismo, visto que o eu lírico despreza a contenção dos sentimentos e expressa suas emoções de forma exacerbada.
  • Arcadismo, pois o eu lírico e o ser amado inserem-se em um ambiente campestre em que os elementos da natureza são descritos detalhadamente.

Question 10

Question
Considere-se o seguinte trecho de “I-Juca-Pirama”, poema de Gonçalves Dias (1823-1864): “No meio das tabas de amenos verdores, / Cercadas de troncos — cobertos de flores, / Alteiam-se os tetos d’altiva nação; / São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, / Temíveis na guerra, que em densas coortes / Assombram das matas a imensa extensão.” (DIAS, Gonçalves. Poesia e Prosa Completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998. p. 379). Trata-se de um poema:
Answer
  • indianista, pela construção de uma imagem heroica do indígena brasileiro.
  • modernista, pela apropriação de termos regionais como “taba” e “tronco”.
  • nacionalista, pela tematização da luta dos índios contra os portugueses.
  • árcade, pela referência à natureza brasileira (“das matas a imensa extensão”).
  • simbolista, pelo caráter sugestivo das imagens (“amenos verdores” e “densas coortes”).

Question 11

Question
Um romance, um poema, um conto podem, de alguma forma, vir ao encontro das inquietações humanas, representando, de maneira simbólica, medos, desejos, sonhos, preocupações, alegrias, que são parte da experiência vivida. Dentro dessa perspectiva, a literatura assume funções, tais como: divertir, construir identidades, propiciar conhecimento. Leia os versos abaixo e assinale a alternativa que sugere uma reflexão sobre a valorização da identidade nacional brasileira. I “Ora (direis) ouvir estrelas! Certo/Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,/Que, para ouvi-las, muita vez desperto [...] (Olavo Bilac) II Minha terra tem palmeiras,/Onde canta o Sabiá;/As aves, que aqui gorjeiam,/Não gorjeiam como lá. (Gonçalves Dias) III Eu, Marília, não fui nenhum vaqueiro,/fui honrado pastor na tua aldeia;/vestia finas lãs e tinha sempre/a minha choça do preciso cheia. (Tomás Antônio Gonzaga) Dos trechos acima, expressa(m) nacionalidade
Answer
  • apenas II.
  • apenas I e II.
  • apenas I e III.
  • apenas II e III.
  • I, II e III.
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