Hist. Br. 4: Invasões holandesas

Após o desencadeamento [blank_start]da Reforma Protestante[blank_end] na Europa, a partir de 1517, diversas tensões e reviravoltas políticas passaram a ocorrer em diversas nações.

Em [blank_start]1578[blank_end], morre o jovem rei Dom Sebastião, de Portugal, na Batalha de Alcácer-Quibir; sem deixar herdeiros, em [blank_start]1580[blank_end] o trono português sucumbiu ao trono espanhol, era o início da União Ibérica.

Antes de Portugal unir-se à Espanha, a relação comercial que os portugueses mantinham com os holandeses era [blank_start]amistosa[blank_end] e [blank_start]sem[blank_end] grandes confrontos.

Com a União Ibérica, a Espanha, que, como nação [blank_start]católica[blank_end], era uma ferrenha opositora política do [blank_start]protestantismo[blank_end] holandês, passou a determinar o modo como os [blank_start]portugueses[blank_end] passariam a gerir seus engenhos de açúcar e a comercializar esse produto. Entretanto, antes, o refinamento e a distribuição do açúcar [blank_start]português[blank_end] produzido no Brasil eram feitos [blank_start]pela Holanda[blank_end].

A rixa entre Espanha e Holanda provocou uma reação violenta da [blank_start]Holanda[blank_end]. Os holandeses, entre o fim do século [blank_start]XVI[blank_end] e o início do [blank_start]XVII[blank_end], começaram a invadir e a pilhar as regiões da costa [blank_start]ocidental[blank_end] da África, então pertencentes a Portugal, bem como a colônia americana desse país, o Brasil.

As invasões começaram com a ocupação de [blank_start]Salvador[blank_end], em [blank_start]1624[blank_end]. Os chamados homens bons refugiaram-se nas fazendas próximas à capital e organizaram a resistência. Depois de duros golpes, os holandeses se renderam, em maio de [blank_start]1625[blank_end]. Tinham permanecido [blank_start]na Bahia[blank_end] por um ano. - Boris Fausto

Após essa tentativa rechaçada de dominar a cidade de [blank_start]Salvador[blank_end], os holandeses tentaram mais uma vez estabelecerem-se no [blank_start]nordeste[blank_end] brasileiro, mas, agora, na região [blank_start]de Pernambuco[blank_end]. Essa região era cobiçada principalmente em razão da sua ampla estrutura erguida em torno da economia [blank_start]açucareira[blank_end].

De [blank_start]1637 a 1644[blank_end], Maurício de Nassau governou a região [blank_start]de Pernambuco[blank_end] e realizou transformações grandiosas na infraestrutura e no sistema de produção [blank_start]açucareira[blank_end]. Data dessa época uma grande efervescência de atividades artísticas e científicas, sobretudo com a vinda de [blank_start]naturalistas[blank_end] europeus, patrocinados por Nassau, para estudar a fauna e a flora do Brasil. O “Brasil Holandês” teve fim após as “guerras de reconquista”, que caracterizaram o período entre 1645 e 1654.

Em [blank_start]1644[blank_end], Nassau é demitido polo governo holandês e deixa o Brasil. Os holandeses aumentam os impostos. Fato que gera uma revolta entre os pernambucanos. Com apoio [blank_start]de Portugal[blank_end], os colonos brasileiros expulsaram os holandeses após as batalhas de Monte Tabocas (1646), Guararapes (1648) e Campina do Taborda (1654).

Com a expulsão dos holandeses a produção açucareira brasileira entra [blank_start]em declínio[blank_end]. Portugal, em [blank_start]péssimas[blank_end] condições econômicas, após a libertação da Espanha, passa a explorar [blank_start]ainda mais[blank_end] a colônia brasileira.