Question | Answer |
Microorganismos mais comuns na EI: | - Aguda: Staphylococcus aureus - Sub-aguda: Streptococcus viridans - Drogaditos: Staphylococcus aureus - Próteses: Staphylococcus epidermidis - Streptococcus viridans → 30-40% - Staphylococcus aureus → 25% - Enterococcus → 5-15% |
Qual dos microorganismos abaixo é o mais frequente na endocardite precoce pós-operatório | Staphylococcus epidermidis. |
Qual dos diagnósticos abaixo pode estar relacionado à endocardite por Streptococcus bovis: | Câncer de cólon. |
Qual microorganismo mais frequente em endocardite em indivíduos que usam drogas injetáveis | Staphylococcus aureus. |
EI em multipuncionado | Staphylococcus aureus. |
Microrganismos em uma endocardite valvular precoce. | Staphylococcus epidermidis, Streptococcus. |
EI em drogaditos: | 60% dos drogaditos com EI costumam apresentar infecção da válvula tricúspide (quase exclusiva desse grupo) e raramente apresentam infecção da pulmonar. A infecção da tricúspide pode causar embolismo pulmonar séptico e gerar dor torácica e dispneia - Rx com infiltrados pulmonares (migratórios) que podem evoluir para cavitação. |
Paciente está sendo tratado para S. bovis por 4 semanas com boa evolução. Qual a conduta pós alta? | Deve ser realizada uma colonoscopia devido a possibilidade de carcinoma. |
Qual o mecanismo mais frequente em uma endocardite? | Pequeno trauma (lesão precursora) → formação de trombos microscópicos no folheto → infecção da matriz fibrinosa → vegetações perto da linha de coaptação (mitral > aórtica > tricúspide > pulmonar) → vegetações metastáticas → abscesso e formação de fístula |
Microorganismo mais frequente EI pós-operatório: | - Até 2 mês - Staphylococcus epidermidis - Mais próximo de 1 ano – Streptococcus viridans |
Sintomas da Endocardite: | - Febre, calafrios, anorexia, sudorese, perda de peso. - Alterações imunes, como manchas de Roth e nódulos de Osler. - Alterações vasculares, como petéquias e lesões de Janeway. - IAM, IC, esplenomegalia. |
Nódulos de Osler: | Há tumefações dolorosas nas polpas digitais por vasculites imunológicas causada por deposição de complexos imunes. |
Sinal de Roth: | Vasculite hemorrágica da retina. Fundoscopia: manchas brancas com halo avermelhado na retina. |
Assinalar qual mancha CUTÂNEA que não pertence a etiologia da endocardite: | Sinal de Roth |
Onde se localiza a mancha de Roth, a qual ocorre em 5-10% dos pacientes com endocardite infecciosa? | Retina. |
Durack, 1984, na Duke University elaborou critérios para diagnóstico de uma endocardite. Cite 3 menores: | - Febre (maior que 38ºC) - Fenômenos vasculares (embolia de grandes artérias, infarto pulmonar séptico, etc) - Fenômenos imunológicos: glomerulonefrite, nódulos de Osler, etc. |
Citar 2 critérios maiores para o diagnóstico de EI. | - Hemocultura continuamente positiva (3/4 exames+ ou 2 culturas positivas separadas por 12 horas) - ECO demonstrando vegetações (transesofágico é padrão- ouro) e mudança ou aparecimento de um novo sopro. |
Evidência ecocardiográfica de EI: | Vegetação, abscesso, deiscência parcial de prótese não existente parcialmente e nova disfunção valvar tipo regurgitação. |
Cite três alterações numa endocardite e em que ordem ser mostradas pelo ecocardio. | Vegetações, abcessos, deiscência de válvula. |
Achados no EQU de paciente com endocardite: | Microhematúria (pode ter cilindros hemáticos). |
ECG com BRE em pacientes com endocardite: | Abscesso Cardíaco (mau prognóstico). Conduta: cirurgia. |
Hemocultura da endocardite: | Microrganismos típicos em 2 culturas positivas separadas. Bacteremia persistente com microrganismos típicos (2 culturas positivas separadas por mais de 12 horas ou 3/4 culturas positivas com 1 hora de diferença entre a primeira e a última. |
Achado no ECG em abscesso valvar na EI: | BRE - Bloqueio de ramo esquerdo. |
Dor torácica intensa e EI em valva aórtica? | Embolo Séptico em Coronária. |
BAV de 1º grau na EI, o que é e qual a conduta? | Abscesso. Conduta: cirurgia. |
Paciente com EI começa a apresentar aumento da creatina, presença de cilindros hemáticos no EQU. Diagnóstico e conduta: | Glomerulonefrite. → Considerar toxicidade por aminoglicosídeos e substituí-los, se necessário. Glomerulonefrite por depósitos de complexos auto-imunes: continuar terapia antimicrobiana. |
Paciente com EI começa a apresentar dor súbita em hipocôndrio esquerdo. Diagnóstico e conduta: | Embolia séptica do baço → esplenectomia. |
Paciente com EI começa a apresentar bloqueio de ramo esquerdo no ECG. Diagnóstico e Conduta: | Abscesso cardíaco → cirurgia cardíaca. |
Paciente com prótese aórtica colocada há 50 dias interna com febre de 39, hipotenso, perda de 6 kg, VSG de 110, microhematúria, ecocardio com vegetações e abscesso periprótese e hemocultura a caminho. Conduta? | Tratamento empírico → Vancomicina 15 mg/kg EV a cada 12 horas por 4 a 6 semanas + Gentamicina 1 mg/kg EV a cada 8 horas por 2 semanas. |
Numa endocardite por estreptococo em válvula nativa, determinada por Strepto resistente à penicilina, qual a sua conduta terapêutica e o tempo de tratamento? | Ceftriaxona 2g IV a cada 24h por 4 a 6 semanas. Mais gentamicina 80mg IV de 8/8h pelo mesmo período. |
Numa endocardite que faz embolia esplênica, como diagnosticá-la? | Dor na costela inferior esquerda, presença de atrito nessa área, piora do quadro febril, leucocitose, VSG alto. Na eco: esplenomegalia e áreas ecodensas. Tomografia/ ressonância. |
O que causa insuficiência renal na endocardite? | Antibiótico nefrotóxico, deposição de complexos imunes nos glomérulos e embolia. |
Principal complicação da endocardite mesmo após anos da infecção: | Ruptura de aneurisma micótico. |
Complicações neurológicas da endocardite. | Embolia séptica, AVC, abcesso cerebral. |
Profilaxia da endocardite: | Amoxacilina 2g VO ou 50mg/kg em crianças 30 – 60 min antes. |
Profilaxia para endocardite: | Está indicada em valvas cardíacas protéticas, endocardite prévia de valva nativa, prolapso mitral com sopro, transplante cardíaco, cardiopatias congênitas cianóticas, complexas e coarctação da aorta. |
Profilaxia da endocardite em pacientes alérgicos a penicilina. | Ceftriaxone |
Profilaxia da Endocardite é mandatária na: | Tetralogia de Fallot. |
Qual desses procedimentos a profilaxia para endocardite é imprescindível? | Procedimentos dentários em grupos de alto risco e no Brasil de risco moderado também. |
Na CIA: | Não precisa profilaxia para endocardite. |
Tratamento da endocardite por S. Viridans comunitário: | Penicilina G cristalina e Gentamicina. |
Esquema de ATB em endocardite valvular tardia. | Penicilina + Gentamicina. |
Esquema antibiótico para tratamento de germes do grupo HACEK: | Tratar conforme antibiograma. Se for grave → tratamento empírico: VAR (Vanco, ampi, rifam) |
Tratamento para endocardite de válvula nativa por Streptococo resistente a penicilina: | Ceftriaxone + Gentamicina |
Situações de febre persistente durante o tratamento para endocardite: | HACEK, abscesso. |
Paciente com endocardite que continua febril, pensar em 3 coisas: | ATB incorreto, abscesso, aneurisma micótico, embolia esplência ou pulmonar, hipersensibilidade ao antibiótico, flebite, infecção urinária ou trato respiratório superior. |
Quando indicar cirurgia na endocardite? | Bacteremia persistente, Abscesso cardíaco, ICC(moderada/grave) por disfunção valvar, prótese instável com deiscência parcial, vegetações >10mm, endocardite fúngica, mais de dois embolismos, perda de função renal, falta de resposta ao tratamento clínico. |
Citar 3 indicações cirúrgicas para endocardite: | Comprometimento hemodinâmico, Febre persistente (> 10 dias de antibiótico), Toxemia, Perda da função renal, extensão da lesão para região perianular, infecção por fungos, Staphilo e gram negativos. |
Qual a miocardiopatia de melhor prognóstico? | Miocardiopatia hipertrófica. |
Cardiopatia associada com flutter atrial. | Miocardiopatia dilatada. |
Cite 5 causas de miocardiopatia dilatada: | Idiopática (mais comum), álcool/tóxica, viral, imunológica, familiar/genética. |
Cite 5 fatores que aumentam a mortalidade nos pacientes com miocardiopatia dilatada: | - Disfunção ventricular (FEVE <30%) - Arritmias ventriculares - Padrão de enchimento diastólico alterado - Disfunção VD - Dilatação cavitária - Hiponatremia <130 |
Cite 3 causas de óbito na miocardiopatia dilatada: | - Tromboembolismo pulmonar - IC progressiva - Arritmias (Taqui ou bradiarritmias ventriculares) - Morte súbita |
Mau prognóstico para miocardiopatia dilatada: (5) | Arritmias, ECG com BRE, embolia pulmonar, infecções, hiponatremia. |
Qual dos fatores preditivos abaixo é desfavorável na miocardiopatia dilatada? | Hiponatremia. |
Disfunção valvar - valvulopatia associada à miocardiopatia dilatada: | Insuficiência mitral ou tricúspide (em menor frequência). |
Mortalidade da miocardiopatia dilatada era de 50% antes do início do uso das novas drogas, qual é a taxa de mortalidade atualmente? | 20% |
Nome da doença que ocorre na gestante pelo 7º ou 8º mês: | Miocardiopatia dilatada periparto. |
Qual o período periparto em que pode ocorrer miocardiopatia? | Último trimestre a 5 meses depois. |
Qual a tríade de sintomas mais comuns na miocardiopatia hipertrófica? | Angina, dispnéia, síncope. |
Como é o quadro clínico usual no diagnóstico de miocardiopatia hipertrófica? . | Assintomático |
Qual dos fatores abaixo frequentemente é preditivo em evolução clínica na miocardiopatia hipertrófica: | Síncopes repetitivas. |
Preditores de mortalidade em miocardiopatia hipertrófica, em ordem (6): | 1 – PCR prévia ou TV sustentada espontânea (principal) 2 – Espessura parietal máxima > 30 mm 3 – Síncope e história familiar de morte súbita 4 – Resposta anormal de PS ao exercício 5 – TV não sustentada em Holter 6 – Obstrução basal em VSVE (via de saída do VE) |
Angina na miocardiopatia restritiva: | Não é comum na mio restritiva, exceto na amiloidose, pois as coronárias têm sua luz diminuída por infiltração dos vasos. |
Qual achado radiológico sugere ser sarcoidose como causa de miocardiopatia e de que miocardiopatia se trata? | Miocardiopatia restritiva – adenopatia bilateral hilar (85%). |
Origem do sopro na miocardiopatia hipertrófica: | Estenose sub-aortica e insuficiência mitral (secundária a estenose). A origem do sopro na miocardiopatia hipertrófica por uma obstrução mecânica no fluxo de saída do VE e fenômeno de vácuo que gera IM. |
Qual manobra aumenta o sopro da cardiomiopatia hipertrófica? | Insuficiência mitral - Manobra de Valsalva, Manobra de Muller, levantar-se subitamente, nitroglicerina. |
Ausculta na miocardiopatia hipertrófica: | Sopro sistólico de ejeção paraesternal. É aumentado por manobras que reduzem retorno venoso, como handgrip e posição ortostática. |
Origem do sopro na miocardiopatia hipertrófica: | Estenose sub-aórtica e insuficiência mitral (secundária a estenose). |
Miocardiopatia hipertrófica (posições e sopro; medicamentos): | - Posição de cócoras diminui o sopro, e posição ortostática acentua o sopro; - Relaxamento com β – bloqueadores, digital está contra-indicado. |
Medicamentos usados em miocardiopatia hipertrófica; | Betabloqueador, bloqueador do canal de cálcio. Não usar digitálico. |
Sopros que não se alteram ou aumentam com a Manobra de Valsalva: | Sopro da miocardiopatia hipertrófica e prolapso mitral. |
Qual achado laboratorial que podemos encontrar na miocardiopatia restritiva que pode nos auxiliar na sua etiologia? | Eosinofilia - eosinófilos acima de 1500 (S. Löffler). |
Exame ambulatorial comum na miocardiopatia restritiva: | Leucograma (Achado → Eosinofilia). |
De qual outra cardiopatia devemos fazer o diagnóstico diferencial da miocardiopatia restritiva? | Pericardite constritiva. (Padrão ouro para diferenciar pericardite da miocardiopatia restritiva é a TC). |
Qual a miocardiopatia com maior acúmulo de material de ponta (trombose da ponta do ventrículo)? | Miocardiopatia restritiva por S. Loeffler. |
Que miocardiopatia pode estar acompanhada de elevação nos níveis de ferritina? | Miocardiopatia restritiva (hemocromatose). |
Qual droga não deve ser usada na miocardiopatia hipertrófica? | Digoxina. |
4 causas de Miocardiopatia restritiva/obliterativa: | Fibrose endomiocárdica (mais comum), amiloidose, sarcoidose, S. Loeffler. |
Na miocardiopatia alcoólica, além do tratamento normal para IC, mais qual medicamento deve ser usado: | Suplementação de B1. |
Qual vitamina está provavelmente deficiente nos pacientes com miocardiopatia alcoólica? | B1 |
Exames para miocardiopatia alcoólica: | - Gama-gt (mais sensível pra alcoolismo crônico) - Hemograma (anemia por falta de B1) |
Complicação mais temida nas cardiopatias com hipofluxo: | AVC. |
Citar 3 tratamentos não-medicamentosos para miocardiopatia: | - Restrição hídrica e salina - Não ingerir bebidas alcoólicas - Administrar vacinas para prevenir infecções - Repouso relativo |
Arritmia mais comum na população geral? | Fibrilação atrial. |
Qual arritmia cujo pulso é irregular, sendo possível causador de embolias periféricas, como AVC? | Fibrilação atrial. |
Assinale a arritmia mais frequente no hipertireoidismo | Fibrilação atrial |
Qual arritmia que mais acomete pacientes com endomiocardiofibrose? | Fibrilação atrial. |
Qual arritmia que mostra no ECG uma frequência atrial de 300 e FC de 150 bpm? | Flutter Atrial. |
Arritmia por intoxicação digitálica: quais são os 3 principais sintomas? | - Mais característica: TAP 2:1 - Mais frequente: Extrasítole ventricular Sintomas: Náusea, vômito, intolerância alimentar, visualização de halos amarelos, palpitações, síncope. |
Sintoma não cardíaco após taquicardia supraventricular: | Poliúria. |
Reação vasodepressora + taquicardia sinusal: | A reação vasodepressora é desencadeada pela redução do volume intracardíaco mais a estimulação de receptores Beta1. Dessa forma a reação vasodepressora se transforma em resposta a taquicardia, fenômeno este observado em tilt-tests. A taquicardia sinusal é controlada pelo SN parassimpático que o modula negativamente e o simpático o modula positivamente. |
Nome da síndrome que cursa com taquicardia e bradicardia: | Doença do nó sinusal. |
Doença do Nó Sinusal: | Cursa com a síndrome Bradicardia-taquicardia. Deve ser investigada com ECG-Holter em idosos com síncope. |
Intervalo do QRS para ser considerado Taqui com QRS alargado: | 0,12 s |
Arritmia mais comum numa bradicardia: | Bradicardia sinusal. |
Em qual dessas situações encontramos a presença de taquicardia sinusal? (6) | Febre, hipovolemia, sepse, exercício físico, anemia e hipertireoidismo. |
Reação vasodepressora + taquicardia sinusal: | Febre |
3 características do ECG da síndrome de Wolf-Parkinson-White e a sua importância clínica: | - Resposta: Intervalo PR curto, ondas delta e complexo QRS alargado. - A pessoa nasce com um via acessória que conduz estimulo elétrico do átrio ao ventrículo. É a causa mais comum de taquiarritmia em bebês e crianças. Pode levar à morte súbita ao excesso de exercício. |
Qual medicamento está contra-indicado na Síndrome de Wolf-Parkinson-White? | Digoxina (alternativas: amiodarona, propafenona, sotalol, dipiridamol). |
Fármaco que piora bradicardia: | Clonidina. |
Quais ritmos não são chocáveis: | Assistolia e atividade elétrica sem pulso. |
Cardiopatia associada com flutter atrial. | Cardiopatias que sobrecarregam os átrios, como patologias mitrais e disfunção do VE. |
4 diagnósticos diferencias de arritmias com FC>170bpm e QRS alargado? | - Taquicardia ventricular polimórfica sustentada - Taquicardia supraventricular com bloqueio de ramo - Taquicardia por reentrada em via acessória forma antidrômica - Fibrilação atrial na síndrome de WPW. |
Arritmia no IAM: | Extrassístole ventricular tratada com lidocaína |
Qual era a arritmia mais frequente na fase aguda do IAM? | Extrassístoles. |
Flutter atrial: (definição) | frequência atrial acima de 250 bpm, ausência de uma linha isoelétrica entre ondas atriais (ondas f), aspecto de dente de serra, FC de 150 (2:1) e QRS estreito. |
Arritmia 300 atrial e ventricular 150: | Flutter atrial |
Taquicardia mais comum na displasia arritmogênica do V: | TV com padrão de BRE. |
Deposição de gordura e morte súbita em jovem: | Displasia arritmogênica. |
Assinale a indicação absoluta de se parar um teste ergométrico | Taquicardia ventricular sustentada. |
Paciente chega à emergência com dispnéia, sudorese... ECG: RR, frequência atrial 164 e frequência 82 e QRS estreito. Principal hipótese diagnóstica? | Taquicardia supra ventricular paroxística 2:1 |
Paciente de 79 anos deu entrada na emergência com historia de palpitações após estado gripal. O ECG revela fibrilação atrial com resposta ventricular media de 140 bpm com estabilidade hemodinâmica. Segundo relato da família o doente apresenta esta arritmia há mais de 4 anos . Ultimamente não usava qualquer medicação. Qual a estratégia mais adequada? | Redução da FC mais anticoagulação. |
Antiarrítmico indicado para paciente com extra-sístoles e Q-T prolongado: | Beta bloqueador. |
Em relação as drogas antiarrítmicas assinale a alternativa correta: | Drogas do grupo I-C apresentam significante efeito pró-arrítmico. |
Alteração do ECG em fenômeno de Brugada: | Padrão de BRD e elevação do segmento ST em V1, V2 e V3. Diagnóstico diferencial inclui a displasia arritmogênica de VD, o aneurisma septal após IAM e, muito provavelmente, indivíduos normais com o padrão eletrocardiográfico de Eideken. |
PCR: (definição) | Apneia + ausência de pulso (se houver ritmo: Atividade Elétrica Sem Pulso - AESP), fibrilação ventricular no ECG, ciclos 30/2, desfibrilação 360J inicial. Se estiver em taquicardia ventricular e aplicar desfibrilação (não sincronizada), pode evoluir para fibrilação ventricular - aplicar outro choque. |
Fibrilação Ventricular. Conduta: | Desfibrilação elétrica 2/2min, RCP nestes intervalos, adrenalina 1mg de 3/3min, amiodarona 300mg e mais 150mg depois, se necessário. |
O que gera melhor sobrevida em FV/TV: | Desfibrilador. |
Conduta para evitar dano neurológico pós-reanimação: | Causar hipotermia (Temp. Central deve ser mantida em 32-34ºC por 12-24h). |
Quais são os ritmos cardíacos associados à PCR e qual é o principal? | Fibrilação ventricular (principal), taquicardia ventricular, atividade elétrica sem pulso (AESP) e assistolia (pior prognóstico). |
Citar os ritmos cardíacos mais frequentes na PCR e qual a conduta: | → Ritmos chocáveis: fibrilação ventricular sem pulso e taquicardia ventricular. Conduta: Compressões e respiração até a chegada do DEA -> Desfibrilação -> 5 ciclos de compressões/respirações -> Recuperou? -> Se não, novo choque -> Compressões/ respiração. Medicações: Aplicar adrenalina 1 mg (ou vasopressina) de 3/3 minutos; amiodarona no máximo 2 vezes (300 mg e mais 150 mg depois) com intervalo de 3 minutos. → Ritmos não chocáveis por desfibrilador: assistolia e atividade elétrica sem pulso (AESP). Conduta: Compressões 30/2 e aplicação de adrenalina 1 mg de 3/3 min. Não se usa antiarrítmico (amiodarona) nem choque. |
Por que faz PCR em pneumotórax? | Tensão do tórax por pneumotórax é uma das causas reversíveis de PCR. Há comprometimento do retorno venoso. O coração passa a bater com dificuldade contra a pressão que fica positiva devido à entrada de ar no tórax e comprime os órgãos. |
Ritmo inicial encontrado em 80% das PCRs: Fibrilação Ventricular. | Fibrilação Ventricular. |
Frequência das compressões torácicas na reanimação cardiopulmonar? | 100/min. |
Caso clínico de AESP, com paciente apresentando turgência jugular, hiperssonoridade a percussão do lado esquerdo e ausência de murmúrio vesicular nesse lado. Citar os 5Hs e os 5Ts e fazer o diagnóstico: | - Diagnóstico: PCR por tensão do tórax por pneumotórax. (pneumotórax hipertensivo). |
Numa PCR, após o primeiro choque qual o próximo passo? | Reiniciar compressões. |
Chance de sobrevida de paciente socorrido no 8º minuto da parada cardiorrespiratória (PCR): | 20% |
Sinais vitais em paciente chegado à emergência: | FR, FC, PA, saO2, TA. |
Massa muscular perdida em choque cardiogênico: | 40%. Intoxicação por digital: inversão onda T, depressão ST. |
4 componentes do choque: | - Hipoperfusão tecidual - Hipóxia - Acidose - Disfunção orgânica |
Qual a cardiopatia congênita mais comum em neonatos: | - Resposta: CIV (30-35%) - CIA (6-8%), PCA (6-8%), Coarctação (5-7%), Tetralogia de Fallot (5-7%) e Transposição de grandes vasos (3-5%). |
Comunicação interventricular (CIV): | Na CIV pequena geralmente o paciente é assintomático. Na CIV moderada ocorre hiperfluxo pulmonar, com sintomas de ICC, infecções respiratórias de repetição e déficit de crescimento. Na CIV grave ocorre grande dilatação das cavidades esquerdas, com sinais graves de ICC. Sopro holossistólico na borda esternal esquerda, Ictus do VE deslocado lateral e inferiormente |
Comunicação interatrial (CIA), no exame físico o que acha na ausculta, palpação, inspeção? Quais cavidades atingidas? | Desdobramento fixo de B2, sopro sistólico audível em borda esternal esquerda. Sintomas: muitas vezes assintomático; sintomas comuns são dispnéia e palpitações. As cavidades atingidas são o AD e VD. |
Quais cavidades cardíacas estão sobrecarregadas na CIA? | AD e VD. |
Citar os três tipos de CIA: | - Seio venoso: septo atrial alto, junto à entrada da cava superior. - Óstio primário: adjacente às valvas atrioventriculares. - Óstio Secundário: mais comum, na fossa oval. |
Na CIA tipo ostium secundum: | Não precisa profilaxia para endocardite. |
B2 na comunicação interatrial (CIA): | Sempre desdobrada, independente do componente pulmonar, desdobramento fixo. |
Locais anatômicos de CIA que podem ser fechados por via transcutânea com a técnica de Amplatzer? | CIA tipo ostio secundum. |
Cardiopatias congênitas com hipertrofia: | CIA (AD e VD), PCA (VE), CIV (VE e AE) e Tetralogia de Fallot (VD). |
Cardiopatias congênitas com hipoplasia? | Tetralogia de Fallot – hipoplasia da artéria pulmonar. |
Cardiopatia congênita prevalente em pacientes com síndrome de Down: | Defeito do septo atrioventricular. |
Em um neonato prematuro, qual a cardiopatia congênita mais prevalente: | PCA (persistência do canal arterial). |
Cardiopatia congênita com sopro contínuo: | PCA. |
Transposição dos grandes vasos: | Aorta saindo do ventrículo direito e artéria pulmonar saindo do ventrículo esquerdo. Gera duas circulações separadas, uma venosa, outra arterial. Se não houver comunicação entre os sistemas (2/3 tem PCA, 1/3 tem CIV), é incompatível com a vida. Tratamento cirúrgico – cirurgia de Jatene: inversão dos vasos. |
Sinais e sintomas da IC congênita no neonato: | Taquipneia, sudorese, "mamadas prolongadas", tiragem intercostal e atraso no desenvolvimento ponderal. Não se vê edema, mas pode ocorrer hepatomegalia. |
Qual dos sinais de IC abaixo não é observado em lactentes: | Edema periférico. |
Qual a complicação mais temida em neonatos com Cardiopatias congênitas? | AVC |
Por que uma cardiopatia não-cianótica torna-se cianótica: | Síndrome de Eisenmenger: obstrução vascular pulmonar grave, inversão do gradiente pressórico gerando inversão do fluxo sanguíneo na comunicação, gerando shunt direito-esquerdo. |
Síndrome de Eisenmenger: | Obstrução vascular pulmonar grave, inversão do gradiente pressórico gerando inversão do fluxo sanguíneo na comunicação, gerando shunt direito-esquerdo. |
Em quanto tempo ocorre o fechamento do canal arterial? | 24 horas. |
Tetralogia de Fallot: | CIV perimembranoso, estenose pulmonar, desvio da aorta para direita (dextroposição), hipertrofia do VD. |
Sintomas tetralogia de Fallot: | Cefaleia intensa, dor torácica em aperto + palavra q não deu p entender. Quando não há obstrução do trato de saído do VD pode-se identificar um quadro de IC devido a CIV. Quando ocorre obstrução do trato de saída ocorre cianose. No exame físico ausculta-se um sopro sistólico ao longo da borda esternal esquerda e a segunda bulha é praticamente única. |
Cardiopatias congênitas com hipotrofia: | Tetralogia de Fallot. |
Tetralogia de Fallot: | A posição genupeitoral ou cócoras alivia os sintomas, pois aumentam a resistência periférica e diminuem o shunt direita-esquerda. |
Bloqueio de ramo esquerdo: | Desdobramento paradoxal de B2. |
Pericardite – Achados na ausculta, na anamnese, na ECO e no ECG: | - Anamnese: dor retroesternal, ventilatório-dependente, de longa duração, alivia com a inclinação do tronco para frente. Pode estar presentes semelhantes a um quadro gripal, como febre e dor no corpo. - Ausculta: atrito pericárdico (ruído sisto-diastólico). - ECO: derrame pericárdico, porém sua ausência não exclui diagnóstico. - ECG: supra ST em muitas derivações, concavidade do supra ST e inversão de onda T - o ST reverte para a linha de base. |
Dor da pericardite: | Precordial, duração de horas, ventilatório dependente, piora com tosse, alivia sentado inclinado para frente, irradia para pescoço e ombro esquerdo. |
Causas pericardite (10): | Tuberculose, urêmica, neoplásica, viral, idiopática, inflamatória, pós-IAM, relacionada à colagenoses (Lupus), hipotireoidismo, pós-cirúrgica. Em países desenvolvidos → pós-cirurgia. |
5 causas de derrame pericárdico sem ser por pericardite: | Trauma, neoplasia, ruptura de parede pós-infarto, dissecção de aorta ascendente e pós-cirurgia. |
Causas pericardite aguda dilatada: | Idiopática, viral, inflamatória, pós-IAM. Urêmica e relacionada a colagenoses. |
Doença metabólica relacionado com doença pericárdica: | Hipotireoidismo. |
Maior causa de pericardite em pacientes com HIV? | Tuberculose. |
Pericardite tuberculosa comumente ocorre em: | Pacientes com HIV. |
Quantos dias após um IAM ocorre a pericardite pós-IAM? | 1-2 dias. |
Quando tempo para desenvolver-se a Síndrome de Dressler? | 2-3 semanas após IAM |
Qual o período de desenvolvimento de pericardite pós-pericardiotomia? | 2 semanas a 2 anos após. |
Medicamento que pode causar pericardite: | Hidralazina e procainamida (principais) e isoniazida e difenil-hidantoína (menos prováveis). |
Qual a conduta inicial num paciente 14º dia pós-IAM que toma anticoagulante oral e que faz pericardite ou tamponamento? | Em casos de pericardite isolada deve-se suspender o uso de anticoagulante oral devido ao risco de desenvolver tamponamento cardíaco. Já quando o tamponamento está estabelecido a melhor conduta é suspender o anticoagulante e realizar pericardiocentese de alívio. |
Cardiopatia que dá maior volume de derrame pericárdico: | Neoplasia. |
Na pericardite aguda o supradesnivelamento de ST visto no ECG acomete quase todas as derivações, exceto: | AVR e V1. |
Conduta em paciente com pericardite pós-IAM: | Inicialmente AINEs; Dependendo da extensão, cx |
Tamponamento: | As primeiras manifestações são dispneia, taquipneia e taquicardia. → Tríade de Beck: hipotensão arterial + bulhas hipofonéticas + turgência jugular. - Pulso paradoxal: redução da PA sistólica em mais de 10 mmHg na inspiração, é uma exacerbação da condição fisiológica. |
Causas tamponamento: | Trauma, IAM (por ruptura da parede livre), dissecção da aorta ascendente, síndrome pós pericardiotomia, pericardites (é muito raro). |
Líquido necessário para tamponamento: | 150-200 mL quando de forma aguda e até 2000 mL quando o derrame pericárdico evolui cronicamente. |
Conceituar pulso paradoxal arterial e pulso venoso e indicar em qual cardiopatia esse pulso é mais comum. | Fisiologicamente há uma redução quase imperceptível da pressão arterial sistólica durante a inspiração. Em um paciente com pulso paradoxal (na maioria das vezes paciente com tamponamento cardíaco) há uma diminuição exacerbada da PAS durante a inspiração (pelo menos 10mmHg) por abaulamento do septo interventricular da D para E. No pulso paradoxal venoso, há turgência jugular com a inspiração (sinal de Kussmaul), comumente encontrado na pericardite constritiva |
Tratamento tamponamento: | Pericardiocentese e cirurgia. |
Pericardite constritiva (definição, clínica e etiologia): | Quadro crônico de espessamento e fibrose do pericárdio, causando disfunção diastólica do miocárdico. → Sinais clínicos: dispneia, edema pulmonar, turgência jugular com sinal de Kussmaul, desconforto e aumento do perímetro abdominal, abdome protuberante, edema. → Etiologia: tuberculose (mais comum), pós-cirurgia cardíaca, após radioterapia. → Diagnóstico diferencial: miocardiopatia restritiva. |
Achado radiológico na Pericardiopatia Crônica: | Silhueta cardíaca/Pericárdio calcificado (mas está presente em apenas 25% dos pacientes) → TC e RM são de grande ajuda. |
Na pericardite constritiva o Knock pericárdico é um som: | Diastólico precoce audível no BEE. |
Tratamento pericardite constritiva: | Pericardiectomia. |
Qual das causas abaixo é a principal na etiologia da endocardite? a) SIDA b) Tuberculose c) Viral d) Drogas e) Doenças Reumáticas | E) DOENÇAS REUMÁTICAS |
Agente de endocardite que pode causar febre que dura mais de 1 semana após início de antibiótico: | HACEK |
3 Achados no EQU de paciente com endocardite: | Hematúria, microhematúria, cilindros, proteinúria e piúria. |
Como é a Torsade de Pointes no ECG? | ECG com QT longo, no qual os complexos QRS se torcem de forma periódica ao redor da linha zero. |
Qual arritmia está associada à intoxicação digitálica? | TAP 2:1, extra-sistoles ventriculares (mais comum), BAV, taquicardia atrial com bloqueio, taquicardia juncional não paroxística e taquicardia ventricular bidirecional (é a mais característica). |
Dissociação atrio-ventricular, o que esperar do exame físico | Presença de onda V gigante: pela estase de sangue no átrio, a onda V passa a ocupar toda a sístole e a onda A praticamente desaparece quando não há contração atrial adequada. Não pode ter B4 pela mesma razão que não haverá onda a, já que ambas indicam contração do átrio. |
Em qual dessas situações encontramos a presença de taquicardia sinusal? | Febre. |
Drogas que causam Torsades de Points: | Amitriptilina e haldol |
Achado característico no ECOcardio na miocardiopatia hipertrófica além da hipertrofia septal assimétrica: | MAS Movimento anterior sistólico (do folheto anterior da válvula mitral) |
Arritmia mais comum na Síndrome de WolffParkinsonWhite: | Taquicardia Supraventricular Paroxística ou Taquicardia Atrial Paroxística (mesma coisa uma e a outra) |
Três fatores de risco para endocardite fúngica: | Imunossupressão, prótese valvar mecânica e cateter vascular |
Achado nos exames laboratoriais que PODE estar relacionado A UMA miocardiopatia restritiva/obliterativa: | Hipergamaglobulinemia (atentem que essa questão é DIFERENTE da questão do banco) |
Taquicardia Atrial Multifocal, causa: | Relacionada a doença pulmonar severa (Alternativa correta: DPOC) |
Grau de reentrada AV no flutter atrial\ Padrão de bloqueio entre os mais comuns: | 4:1 (o mais comum é 2:1, mas não tinha essa opção) |
Duas drogas utilizadas no TILT Test (ou Teste de Inclinação): | Isoproterenol Nitrato |
Qual o mecanismo desencadeador da síncope situacional e qual classe de drogas usada no tratamento: | Mecanismo: Taquicardia Classe de medicamentos utilizada para tratar: Betabloqueadores |
Limite da Fração de Ejeção na miocardiopatia dilatada para determinar indicação de CDI: | 35% |
Sigla “A.M.P.L.A.” na emergência: | Alergia, Medicações, Passado mórbido, Líquidos/alimentos, Ambiente |
Paciente com morte súbita (75% dos casos): | Cardiopatia isquêmica |
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