Parasitologia I - Conceitos Gerais

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Parasitologia I - Mestrado Integrado de Medicina Veterinária Conceitos Gerais
Rita Fernandes
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Rita Fernandes
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Question Answer
Comensalismo Associação obrigatória entre dois ou mais indivíduos de espécies diferentes; um deles é beneficiado mas o outro não é prejudicado (ex: amebas intestinais nos vertebrados domésticos)
Mutualismo Associação de cooperação íntima entre dois seres; mantém as características individuais mas não conseguem viver, comer ou reproduzir-se satisfatoriamente sem a presença do outro (ex: pulgões e formigas)
Simbiose Mutualismo obrigatório, benéfico para as duas partes; as necessidades cada indivíduo são satisfeitas pelo outro (ex: bactérias ciliadas do rúmen)
Parasitismo Associação obrigatória ou não, com benefício unilateral para o parasita e prejuízo unilateral para o hospedeiro
Parasitose Quando o parasitismo dá origem a lesões ou patologias
Grupos de Parasitas mais importantes Protozoários Artrópodes Helmintes
Modos de parasitismo Parasitismo acidental/ocasional Parasitismo facultativo Parasitismo obrigatório Parasitismo errático Hiperparasitismo Pseudoparasitismo
Parasitismo obrigatório (indispensável para a sobrevivência do parasita) Parasitismo temporário/intermitente Parasitismo sazonal/estacional Parasitismo periódico Parasitismo contínuo/permanente
Parasitismo errático Localização anormal (ex: Fasciola hepatica (típica do fígado) no pulmão
Hiperparasitismo Parasitas de outros parasitas; típico nos insetos e importante no controlo de pragas agrícolas
Pseudoparasitismo Elementos tomados como parasitas sem na verdade o serem (ex: grãos de pólen nas fezes de aves e mamíferos)
Oioxenia Especificidade só para um determinado hospedeiro ou espécie
Estenoxenia Especificidade estreita para hospedeiros do mesmo género
Oligoxenia Especificidade estreita para hospedeiros da mesma família
Eurixenia Especificidade alargada para hospedeiros de diferentes famílias e géneros
Quanto maior a adaptação ao hospedeiro: Menor número de hospedeiros Menor reação do hospedeiro Menor consequência patogénica
Ectoparasitas Localiza-se no exterior do hospedeiro - pele e aberturas naturais (ex: carraças, piolhos e pulgas)
Endoparasitas Localizam-se no interior do hospedeiro - aparelhos gastrointestinal, órgãos, tecidos, sangue, etc
Microbiótipo ou Habitat Refere-se à localização específica do parasita (mais específico que endo ou ectoparasita) - ex: Fasciola hepatica parasita apenas o fígado
Infeção Termo utilizado para a multiplicação de endoparasitas (protozoários, helmintes e ácaros de sarna)
Infestação Termo utilizado para a multiplicação de ectoparasitas (pulgas, carraças, piolhos)
Vias de entrada de formas parasitárias Oral Aérea Genital Transplacentária Transmamária Transcutânea
Vias de saída de formas parasitárias Fecal Aérea Urinária Muscular (ex: predação)
Ações nocivas diretas dos parasitas Ação mecânica - obstrução, compressão, traumatismo (perturbam funções mecânicas sem lesar tecidos) Ação espoliadora - retiram nutrientes Ação irritativa/inflamatória Ação tóxica Ação infecciosa
Ações infecciosas Direta - parasita veicula microorganismo diretamente (ex: carraça inocula vírus, riquetsias, etc) Indireta - parasita não é causa direta da infecção mas é porta de entrada para infecções posteriores
Ações nocivas indiretas do parasitismo Perdas económicas na indústria pecuária Aumento de gastos em profilaxias/terapêuticas Diminuição do bem-estar animal
Hospedeiro definitivo Aquele em que o parasita atinge a sua maturidade sexual
Tipos de hospedeiro definitivo Hospedeiro normal - maior prevalência do parasita Hospedeiro vicariante - alternativa na ausência do hospedeiro normal Hospedeiro reservatório - hospedeiro normal que alberga parasitas comuns ao Homem e animais domésticos
Hospedeiro Intermediário Alberga as fases larvares (intermediárias); serve de fonte de infeção para o Hospedeiro Definitivo
Tipos de Hospedeiro Intermediário Hospedeiro de Transporte Hospedeiro Paraténico Hospedeiro Intermediário Vicariante Hospedeiro Intermediário Infectante Passivo Hospedeiro Intermediário Infectante Ativo
Hospedeiro Paraténico Acumula as formas invasivas dos helmintes e transfere-os para o Hospedeiro Definitivo; Aumenta o sucesso da infecção (pode amplificar, acumular ou concentrar o parasita)
Hospedeiro Intermediário Vicariante Serve de alternativa na ausência do Hospedeiro Intermediário Normal
Hospedeiro Intermediário Infectante Passivo Transporta a forma infectante do parasita, mas a infecção do Hospedeiro Definitivo é casual (não ativa)
Hospedeiro Intermediário Infectante Ativo Transporta a forma infectante do parasita e transmite-a de forma ativa; os Vetores são Hospedeiros Intermediários Infectantes especiais
Vectores Animais invertebrados ou veículos inanimados capazes dr transmitir parasitas entre dois hospedeiros
Vectores Biológicos Vector multiplicativo - quando o parasita se multiplica dentro do vector Vector evolutivo - quando o parasita sofre evolução no vector
Vectores Mecânicos Artrópode (parasita ou não) com capacidade de perfuração e que atua como transporte de um parasite sem que este sofra alteração
Fómite Objectos inanimados que transportam parasitas entre hospedeiros
Ciclos Biológicos Conjunto de transformações sofridas pelo parasita até chegar ao estado adulto
Ciclos Biológicos Monoxenos Parasita desenvolve-se totalmente num hospedeiro, sem necessitar de hospedeiro intermediário para passar para outro hospedeiro definitivo (transmissão dá-se por disseminação externa - ex: fezes)
Ciclos Biológicos Heteroxenos O parasita necessita de um ou mais hospedeiro intermediário para completar o seu ciclo e para que haja transmissão para o hospedeiro definitivo
Ciclo Auto-heteroxeno Tipo de Ciclo Heteroxeno em que o hospedeiro definitivo é também hospedeiro intermediário, albergando fases adultas e larvares (típico em ciclos onde há predação)
Período Pré-Patente (PPP) Período parasitológico desde o momento em que o parasita penetra no hospedeiro até os ovos, oocistos e outros estados do ciclo biológico possam ser demonstrados por métodos laboratoriais
Período Patente (PP) Período parasitológico em que os parasitas são facilmente revelados
Período Sub-patente Em alguma protozoonoses, pode seguir-se ao período patente, não se observando a presença de protozoários com métodos laboratoriais; em regra, sucede-se a esta etapa um novo período patente
Períodos Clínicos Período de Incubação Período de Sintomas Período de Convalescença Período Latente Período de Recaída
Período de Incubação Desde o momento em que o parasita penetra no hospedeiro até ao aparecimento dos primeiros sintomas
Período de Sintomas Vai desde o início dos primeiros sintomas até que estes desapareçam
Período de Convalescença Pico da doença, nas protozoonoses inicia-se logo após o acme sintomatológico, acabando quando o hospedeiro é curado
Período de Latência Ausência de sintomas sem que o parasita tenha sido totalmente destruído
Período de Recaída Novo aumento da carga parasitária e reaparecimento dos sintomas após a fase de latência (muito importante pois os animais já estão debilitados e pode ser fatal)
Nomenclatura Zoológica (Nome + Sufixo) Classe: - ea (ex: Strongyloidea) Ordem: - ida (ex: Strongylida) Família: - idae (Ex: Strogylidae) Género: ex: Strongylus
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