MEDICINA LEGAL

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TANATOGNOSE
Khertton Rafael
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Khertton Rafael
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MEDICINA LEGAL
  1. TANATOGNOSE
    1. É a parte da tanatologia que estuda o diagnóstico da realidade da morte
      1. ABIÓTICOS/AVITAIS/VITAIS NEGATIVOS
        1. FENÔMENOS ABIÓTICOS IMEDIATOS
          1. PERDA DA CONSCIÊNCIA, ABOLIÇÃO DO TÔNUS MUSCULAR COM IMOBILIDADE, PERDA DA SENSIBILIDADE, RELAXAMENTO DOS ESFINCTERES, CESSAÇÃO DA RESPIRAÇÃO, CESSAÇÃO DOS BATIMENTOS CARDÍACOS, AUSÊNCIA DE PULSO, FÁCEIS HIPOCRÁTICA E PÁLPEBRAS PARCIALMENTE CERRADAS
          2. FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
            1. Resfriamento paulatino do corpo, rigidez cadavérica, espasmo cadavérico, manchas verdes abdominal, de hipóstase e livores cadavéricos, dessecamento: decréscimo de peso, pergaminhamento da pele e das mucosas dos lábios; modificações dos globos oculares; mancha da esclerótica; turvação da córnea transparente; perda da tensão do globo ocular; formação da tela viscosa.
              1. RESFRIAMENTO: Não ocorre com rigorosa uniformidade, evolução influenciada por fatores ambientais, idade, panículo adiposo, agasalhos (barreira).
                1. RIGIDEZ CADAVÉRICA: reação química de acidificação num estado de contratura muscular que desaparece quando se inicia a putrefação.
                  1. ESPASMO CADAVÉRICO/RIGIDEZ CATALÉPTICA, ESTATUÁRIA OU PLÁSTICA: rigidez cadavérica instantânea, sem relaxamento muscular que precede a rigidez comum. Espasmo cadavérico - súbito e violento = indivíduo guarda a posição que mantinha quando a morte o surpreendeu.
                    1. HIPÓSTASES VISCERAIS: deposição do sangue nas partes em declive do cadáver, em torno de 2 a 3 horas após a morte, em forma de estrias, ou arredondadas, que se agrupam posteriormente, em placas, em extensas áreas corporais. Permanecendo e decorridas 8 a 12 horas, fixam-se definitivamente nos órgãos internos, não mais se deslocando qualquer que seja a mudança de posição do cadáver.
                      1. LIVORES: sangue permanece estagnado no interior dos vasos devido ao cessamento da circulação. Cor varia segundo o meio de morte.
                        1. DESSECAÇÃO POR EVAPORAÇÃO TEGUMENTAR: determina o decréscimo de peso, mais acentuado nos recém nascidos (8g por quilo de peso, nas 24 horas), podendo alcançar maior peso nos adultos, conforme sejam as condições do falecido e ambientais; a pele torna-se seca, pergaminhada e pardacenta. A desidratação confere consistência dura e pardacenta às mucosas dos lábios, principalmente nos cadáveres de recém nascidos e de crianças lesando-os de tal forma que o perito menos avisado poderá confundi-la com traumatismos ou ação de substâncias cáusticas, e modificações dos globos oculares traduzidas pela mancha negra da esclerótica (sinal de Sommer e Larcher), turvação da córnea transparente, perda da tensão do olho e formação da tela viscosa.
                    2. FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS
                      1. CONSERVADORES
                        1. Mumificação
                          1. Saponificação
                          2. DESTRUTIVOS
                            1. AUTÓLISE: Logo depois da morte cessam com a circulação as trocas nutritivas intracelulares, determinando autolise dos tecidos seguida de acidificação, por aumento da concentração iônica de hidrogênio e consequente diminuição do pH.
                              1. PUTREFAÇÃO: se inicia, após a autólise, pela ação de micróbios aeróbios, anaeróbios e facultativos em geral sobre o ceco, porção inicial do grosso intestino onde mais se acumulam os gases e que, por guardar relação de contiguidade com a parede abdominal da fossa ilíaca direita, determina por primeiro, nessa região, o aparecimento da mancha verde abdominal, a qual, posteriormente, se difunde por todo o tronco, cabeça e membros, a tonalidade verde-enegrecida conferindo ao morto aspecto bastante escuro.
                                1. PERÍODOS TRANSFORMATIVOS NA PUTREFAÇÃO
                                  1. CROMÁTICO/PERÍODO DE COLORAÇÃO: Tonalidade verde enegrecida dos tegumentos, originada pela combinação do hidrogênio sulfurado nascente com a hemoglobina, formando a sulfometemoglobina, surge, em nosso meio, entre 18 e 24 horas após a morte, durando, em média, 7 dias.
                                    1. PERÍODO GASOSO: Os gases internos da putrefação migram para a periferia provocando o aparecimento na superfície corporal de flictenas contendo líquido leucocitário hemoglobínico com menor teor de albuminas em relação às do sinal de Chambert, e de enfisema putrefativo que crepita à palpação e confere ao cadáver a postura de boxeador e aspecto gigantesco, especialmente na face, no tronco, no pênis e bolsas escrotais. O odor característico da putrefação se deve ao aparecimento do gás sulfídrico. Esse período dura em média duas semanas.
                                      1. Período coliquativo (liquidação) — A coliquação é a dissolução pútrida das partes moles do cadáver pela ação conjunta das bactérias e da fauna necrófaga. Os gases se evolam, o odor é fétido e o corpo perde gradativamente a sua forma. Dependendo das condições de resistência do corpo e do local onde está inumado, esse período pode durar um ou vários meses, terminando pela esqueletização;
                                        1. Período de esqueletização — A ação do meio ambiente e da fauna cadavérica destrói os resíduos tissulares, inclusive os ligamentos articulares, expondo os ossos e deixando-os completamente livres de seus próprios ligamentos. Os cabelos e os dentes resistem muito tempo à destruição. Os ossos também resistem anos a fio, porém terminam por perder progressivamente a sua estrutura habitual, tornando-se mais leves, frágeis e, alguns, quebradiços.
                                      2. MACERAÇÃO
                                        1. É o fenômeno destrutivo concomitante à putrefação, resultante da umidade ou excesso de água sobre o cadáver.
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