Ela promove o desenvolvimento de competências,
habilidades e conhecimentos, além de ter valor intrínseco
(essencial, específico, próprio) como construção humana e
patrimônio comum a ser apropriado por todos.
O belo é um conceito relacionado à determinadas
características visíveis nos objetos (ou seres). Eu posso
gostar do que é feio, do que é amargo ou assustador,
portanto não é o gosto que define o que é belo.
O belo é, para muitos, o conceito que define a arte. Entretanto, foi
apenas após o século XVIII que o conceito de belo foi usado para
qualificar objetos que fossem produzidos pelo ser humano. O século
XVIII vai inventar o termo belas artes, com o qual, desde então, nós
associamos arte e beleza, entretanto, tratou de separar novamente as
esferas da arte e do belo. Muito da arte de nossos contemporâneos tem
a intenção explícita de não ser bela, em sentido clássico. Quando pintou
a célebre Demoiselles d'Avignon, Picasso poderia ter tido várias
intenções (ou nenhuma) exceto a de querer fazer uma pintura bela. A
luta que as vanguardas trava
Ordem
O primeiro dos conceitos que, segundo Aristóteles, pode
qualificar uma obra como bela é o conceito de ordem. A ordem é
a disposição metódica dos elementos visuais segundo certas
relações preestabelecidas. Pressupõe-se, aqui, duas situações
distintas. Primeiro, um elenco de elementos visuais que possam
ser arranjados, isto é, cores, formas, pinceladas etc. Em segundo
lugar, um conjunto de normas sob a determinação das quais
aqueles elementos são arranjados. Na história da imagem, a
geometria era a principal norma sob a qual se organizavam os
elementos visuais com o intuito de obter ordem. A geometria
funcionaria como uma espécie de pano de fundo, de estrutura,
sobre a qual os elementos visuais eram dispostos.
Proporção
Podemos dizer que a proporção é estabelecida a partir
da comparação entre duas medidas. Tomadas duas
medidas quaisquer, a altura e a largura de uma pessoa,
por exemplo, ou a altura da cabeça de uma pessoa e a
altura de todo o seu corpo, ou a largura do olho e a
largura da cabeça etc. Estabelece-se um denominador
com o qual se equiparam as duas medidas entre si. As
proporções mais simples são as razões numéricas da
ordem de 1:1, isto é, a primeira medida considerada é
igual à segunda medida; 1:2, onde a primeira medida é a
metade da segunda e assim por diante. Algumas
proporções são mais sofisticadas e tradicionais. Uma
desta medidas, utilizada pelos gregos, perdurou por toda
a Idade Média, Renascimento e até os dias de hoje é
conhecida como seção áurea, ou seção de ouro.
Simetria
É denominada assim a semelhança entre
objetos (ou partes de um objeto) que
estejam posicionados em lados opostos de
uma linha média. Por exemplo, um rosto é
simétrico. Se traçarmos uma linha
imaginária desde a testa, passando pelo
nariz, e terminando no queixo, veremos que
os olhos se posicionam simetricamente de
um lado e do outro daquela linha. Assim
também ocorre com as duas orelhas, com as
duas narinas, com as duas metades da boca
etc. Todo o corpo humano é simétrico deste
modo. O uso da simetria é um dos recursos
utilizados para se produzir um objeto belo.
Graça
É um conceito proposto pelo século XVIII e pode ser
definido como a beleza em movimento. O objeto
gracioso não pode supor qualquer aparência de
dificuldade ou de esforço. É um movimento que
exprime uma fluidez e harmonia de gestos. A linha
curva é a linha que melhor descreve a trajetória de
um movimento gracioso.