O coagulograma corresponde a um grupo de exames de sangue
solicitado pelo médico para avaliar o processo de coagulação do
sangue, identificando qualquer alteração e indicando, assim, o
tratamento para a pessoa de modo a evitar complicações.
O coagulograma deve ser feito com o paciente em jejum de 2 a 4 horas e consiste
na recolha de uma amostra de sangue que é encaminhada para análise, com
exceção do Tempo de Sangramento (TS), que é feito na hora e consiste na
observação do tempo que leva para o sangramento parar.
O coagulograma é constituído por alguns exames que avaliam a presença de
todos os fatores envolvidos na coagulação sanguínea
1. Tempo de sangramento (TS)
2. Tempo de Protrombina (TP)
3. Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA)
4. Tempo de Trombina (TT)
5. Quantidade de plaquetas
Quando há uma lesão tecidual, as plaquetas dirigem-se
rapidamente para o local da lesão, com o objetivo de auxiliar
no processo de estancamento do sangue. As plaquetas
ativadas fixam-se no endotélio do vaso lesado por meio do
fator de von Willebrand e, em seguida, alteram o seu formado
e liberam substâncias no plasma para recrutar mais plaquetas
para o local da lesão e, assim, formar o tampão plaquetário
primário.
Esse teste é muito sensível e é feito a partir da adição
da trombina em baixas concentrações no plasma
sanguíneo, sendo o tempo de coagulação influenciado
pela quantidade de fibrinogênio presente no plasma.
O TTPA normalmente é importante para acompanhar os pacientes que
fazem uso de Heparina, que é um anticoagulante, ou que apresentam
problemas na coagulação sanguínea, sendo útil para identificar alterações
relacionadas aos fatores de coagulação.
Esse exame tem como objetivo verificar o funcionamento da via
extrínseca da coagulação, já que consiste na avaliação do tempo
em que o sangue leva para formar o tampão secundário após a
exposição à tromboplastina cálcica, que é o reagente usado no
teste.
Por meio do resultado do TS é possível avaliar a hemostasia
e a presença ou ausência do fator de von Willebrand, que é
um fator presente nas plaquetas que possui papel
fundamental no processo de coagulação sanguínea.
As coagulopatias ou distúrbios hemorrágicos são condições que afetam a forma
como os coágulos sanguíneos se formam, gerando sangramentos mais fáceis e
abundantes que o normal ou ante condições que normalmente não os produzem.
As coagulopatias podem ser herdadas ou adquiridas
Exemplos de distúrbios hemorrágicos hereditários incluem
hemofilia A e B e doença de von Willebrand.
As adquiridas podem ser devidas a deficiências e defeitos nas
plaquetas sanguíneas e/ou nos fatores de coagulação ou ao
uso de medicações antiplaquetárias e anticoagulantes que são
tomadas para a profilaxia e tratamento de condições médicas
potencialmente produtoras de trombos, como fibrilação atrial,
trombose venosa profunda, acidente vascular cerebral,
embolia pulmonar e infarto do miocárdio.
As coagulopatias também podem ocorrer devido a condições como anemia,
deficiência de vitamina K, leucemia, cirrose hepática e HIV.
o corpo produz 13 fatores de coagulação que atuam em cascata, juntamente
com as plaquetas sanguíneas, para deter as hemorragias. A coagulação do
sangue é afetada se algum desses fatores estiver deficiente ou defeituoso
Distúrbios genéticos, como hemofilia e doença de Von Willebrand, podem causar uma redução nos
fatores de coagulação. Os anticoagulantes também impedem a formação adequada de coágulos. A
coagulopatia também pode ocorrer como resultado de disfunção ou níveis reduzidos das plaquetas.
As coagulopatias são caracterizadas por sangramentos prolongados e excessivos após
lesões acidentais ou procedimentos médicos e odontológicos. Em alguns casos, podem
ocorrer sangramentos espontâneos no interior das articulações, músculos ou outras
partes do corpo, os quais podem causar dores, inchaço e rigidez.
Outros sinais e sintomas dos distúrbios hemorrágicos incluem manchas roxas como consequência de
contusões simples, púrpura, sangramentos nasais, sangramento nas gengivas, menorragia e sangue
na urina ou fezes.