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CUIDADOS PALIATIVOS

Definição (OMS 2002)
1. Assistência multidisciplinar que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares
  1. Contexto
    1. Doença ativa incurável, irreversível e progressiva
2. Prevenção e alívio do sofrimento, identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais
3. Eutanásia
  1. Prática para abreviar a vida, a fim de aliviar ou evitar sofrimento para os pacientes
    1. Qualidade de vida
4. Distanásia
  1. Morte difícil ou penosa, usada para indicar o prolongamento do processo, por meio de tratamento que apenas prolonga a vida biológica do paciente, sem qualidade de vida e sem dignidade
    1. Obstinação terapêutica
      1. Futilidade terapêutica
        Intervenções que não produzem qualquer benefício significativo para o paciente
    2. Quantidade de vida
5. Ortanásia
  1. Boa morte, digna, correta
  2. Morte desejável, na qual não ocorre o prolongamento da vida artificialmente, através de procedimentos que acarretam aumento do sofrimento e alteram o processo natural
6. Suicídio Assistido
  1. Eutanásia voluntária
Quando indicar?
1. Doença ativa e progressiva que ameaça a vida
2. Doença crônica em evolução com prognóstico curto
3. Doença que não responde aos tratamentos curativos existentes
4. ↑↑↑ Dependência
Sintomas terminais X Condutas
1. Fadiga
2. Dor intensa
3. Anorexia, perda de peso e disfagia
4. Dispnéia
5. Constipação e diarréia
6. Náusea e vômito
7. Tosse
8. Confusão mental
9. Depressão e ansiedade
10. Agitação e insônia
11. Hemorragia
12. Lesões
Embasamento Legal e Ético no Brasil
1. Resolução nº1955/2012 do CFM
  1. Art. 1º Definir diretivas antecipadas de vontade
    1. Sobre cuidados e tratamentos que quer
  2. Art. 2º Na impossibilidade de expressar vontade, o médico levará em consideração uma manifestação prévia
  3. Art. 3º As diretivas prevalecerão sobre qualquer parecer médico
  4. Art. 4º Tudo deve ser registrado em prontuário
  5. Art. 5º Na ausência de diretivas e representantes o médico se dirige aos comitês de ética
  6. Dispõe sobre as diretivas antecipadas de vontade dos pacientes
2. Resolução nº1805/2006 do CFM
  1. O médico autorizado pelo paciente ou seu responsável legal pode limitar ou suspender tratamentos exagerados e desnecessários que prolonguem a vida do doente em fase terminal de enfermidades graves e incuráveis
3. CEM
  1. CAP. II, PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
    1. VI - O médico guardará absoluto respeito pelo ser humano e atuará sempre em seu benefício. Jamais utilizará seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade
    2. XXII - Nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados
  2. É vedado ao médico
    1. Art. 41 – Abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu representante legal
      1. Parágrafo único – Nos casos de doença incurável e terminal, deve o médico oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis sem empreender ações diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou obstinadas, levando sempre em consideração a vontade expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu representante legal

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