São métodos utilizados para avaliação
de consumo alimentar de indivíduos e
populações em um determinado período
de tempo estabelecido previamente.
Podem fornecer informações, tanto
qualitativas como quantitativas, a
respeito da ingestão alimentar,
possibilitando relacionar a dieta ao
estado nutricional do indivíduo e ao
aparecimento de doenças
crônico-degenerativas.
Procedimento metodológico onde
se obtém informações
quantitativas e/ou qualitativas
sobre o consumo alimentar de
indivíduos, grupos e populações.
Usado em crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes.
Pode avaliar o consumo atual e pregresso. Pode ser o início de
uma investigação e da identificação de deficiências nutricionais.
Cada método apresenta vantagens e desvantagens.
Não há um "melhor método", mas sim um método
adequado a uma determinada situação.
UTILIDADES
- Conhecer a quantidade de calorias, macro e micronutrientes ingeridas
pelo paciente; - Investigar a relação entre estado nutricional e saúde; -
Na prática clínica, pode ser o primeiro passo na identificação de
deficiências nutricionais; - Identificar padrões de consumo; - Estabelecer
diagnósticos e condições de risco; - Planejar políticas e programas de
intervenção/educação alimentar; - Observar os hábitos alimentares
inadequados com a finalidade de corrigi-los; - Forma de prevenção de
determinadas doenças, especialmente em crianças e adolescentes; -
Sugere alteração do estado nutricional, porém deve-se usar outros
indicadores para confirmar o diagnóstico nutricional; - Orientar políticas
públicas nacionais; - Orientar estudos epidemiológicos
FATORES QUE DETERMINAM
A SUA ESCOLHA
- O objetivo do levantamento da ingestão alimentar; - Objetivo dos diversos inquéritos
alimentares; - Tipo de informação dietética; - O que será avaliado (nutrientes/ energia, alimentos,
grupos de alimentos, padrão alimentar); - Características da população alvo (como escolaridade,
patologias limitantes,etc); - Recursos materiais e econômicos disponíveis; - Se o indivíduo
encontra-se hospitalizado; - Situação socioeconômico-cultural; - Disponibilidade de tempo do
entrevistado; - Tempo previsto para a realização da consulta; - Envolvimento do entrevistado
(motivação, empatia); - Tipo de estudo epidemiológico; - Tamanho da amostra necessária; - Pessoal
disponível; - Nível de exatidão dos dados desejados
FATORES QUE DIFICULTAM O
REGISTRO DAS INFORMAÇÕES
- Dependência da memória do entrevistado; - Necessidade do mesmo ser
alfabetizado; - Interferência no comportamento alimentar; - Dependência da
participação/colaboração efetiva do paciente (inquéritos que necessitam de
registro por muitos dias tem altos índices de abandono pelos pacientes); -
Omissão ou destaque de alimentos; - Número de aplicações do instrumento
CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS
MÉTODOS QUALITATIVOS: Possuem informações sobre os tipos de
alimentos consumidos, não permitem o cálculo da adequação da dieta
- História Alimentar ou Dietética; -
Questionário de frequência de consumo
alimentar
MÉTODOS QUANTITATIVOS: Possuem informações sobre os tipos de alimentos e
suas quantidades ingeridos, permitem o cálculo da adequação da dieta
- Recordatório 24 horas; -
Registro ou Diário Alimentar
SEGUNDO O PERÍODO DE TEMPO EM
QUE AS INFORMAÇÕES SÃO COLHIDAS
MÉTODOS PROSPECTIVOS: Que registram a informação presente
- Registro Alimentar ou Diário Alimentar;
- Pesagem de alimentos
MÉTODOS RETROSPECTIVOS: Que colhem a informação sobre o
consumo do passado imediato ou de longo prazo
- Recordatório 24 horas; - Frequência
Alimentar; - História Alimentar
HISTÓRICO ALIMENTAR OU DIETÉTICO (HA): Proposto por Burke
(1947); avaliar o consumo alimentar habitual; informações sobre
hábitos passados e presentes: n° refeições, apetite, preferências,
uso suplementos, R24h e outras informações adicionais.
RECORDATÓRIO DE 24 HORAS (R24H): Proposto por Bertha
Burcke (1930); usado para avaliar a ingestão de alimentos e
nutrientes de indivíduos e grupos populacionais; não pode
ser usado em dia seguintes a finais de semana e feriados
VANTAGENS: • Curto tempo de administração; • Não
altera ingestão do indivíduo; • Vários R24h podem
estimar a ingestão habitual; • Pode ser usado em
qualquer idade e em analfabetos; • Baixo custo
DESVANTAGENS: • Depende da memória; •
Problemas de comunicação; • Só 1 R24h não estima
a ingestão habitual; • Dificuldade de definir
tamanho porções; • Síndrome flat slope
QUESTIONÁRIO DE FREQUÊNCIA ALIMENTAR (QFA): Também
desenvolvido por Burke (1947) e adaptado por Willett (final da
década de 60); obter informação qualitativa, semi-quantitativa
ou quantitativa sobre o padrão alimentar e ingestão de
alimentos ou nutrientes específicos; prevê medir a exposição
REGISTRO OU DIÁRIO ALIMENTAR (DA): Proposto por
Burke e Stuart (década de 30); avaliar ingestão alimentar
em um período de 3 dias; uso de formulários próprios;
alternar períodos – semana e fim de semana
VANTAGENS: • Alimentos anotados no momento do consumo;
• Não depende da memória; • Menor erro quando bem
orientado; • Mede consumo atual; • Maior precisão e exatidão
de medidas ingeridas
DESVANTAGENS: • Consumo pode ser alterado; • Depende do
entrevistado; • Dificuldade de estimar porções; • Menor adesão de
homens; • Requer tempo; • Conhecimento de medidas caseiras
VANTAGENS: • Uso em estudos
epidemiológicos; • Estima
ingestão habitual; • Rápido e
simples de administrar; • Não
altera padrão de consumo; •
Categorias de consumo
DESVANTAGENS: • Depende da memória passada; •
Desenho do instrumento; • Limitação em analfabeto e
idoso; • Viés de informação; • Complexidade da lista de
alimentos; • Quantificação pouco exata
VANTAGENS: • Elimina variações do
dia-adia; • Leva em consideração a
variação sazonal; • Descrição de
ingestão habitual em relação aos
aspectos qualitativos e quantitativos
DESVANTAGENS: • Requer nutricionistas treinados; •
Dificuldade de padronização/variabilidade; •
Depende da memoria do entrevistado; • Tempo de
administração longo; • Alto custo