INQUÉRITOS ALIMENTARES OU INQUÉRITO DIETÉTICOS

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Alguns aspectos sobre Inquéritos Alimentares ou Dietéticos
Stephanie Castro A.8
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Stephanie Castro A.8
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INQUÉRITOS ALIMENTARES OU INQUÉRITO DIETÉTICOS
  1. DEFINIÇÕES
    1. São métodos utilizados para avaliação de consumo alimentar de indivíduos e populações em um determinado período de tempo estabelecido previamente.
      1. Podem fornecer informações, tanto qualitativas como quantitativas, a respeito da ingestão alimentar, possibilitando relacionar a dieta ao estado nutricional do indivíduo e ao aparecimento de doenças crônico-degenerativas.
      2. Procedimento metodológico onde se obtém informações quantitativas e/ou qualitativas sobre o consumo alimentar de indivíduos, grupos e populações.
        1. Usado em crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes. Pode avaliar o consumo atual e pregresso. Pode ser o início de uma investigação e da identificação de deficiências nutricionais. Cada método apresenta vantagens e desvantagens.
      3. Não há um "melhor método", mas sim um método adequado a uma determinada situação.
        1. UTILIDADES
          1. - Conhecer a quantidade de calorias, macro e micronutrientes ingeridas pelo paciente; - Investigar a relação entre estado nutricional e saúde; - Na prática clínica, pode ser o primeiro passo na identificação de deficiências nutricionais; - Identificar padrões de consumo; - Estabelecer diagnósticos e condições de risco; - Planejar políticas e programas de intervenção/educação alimentar; - Observar os hábitos alimentares inadequados com a finalidade de corrigi-los; - Forma de prevenção de determinadas doenças, especialmente em crianças e adolescentes; - Sugere alteração do estado nutricional, porém deve-se usar outros indicadores para confirmar o diagnóstico nutricional; - Orientar políticas públicas nacionais; - Orientar estudos epidemiológicos
          2. FATORES QUE DETERMINAM A SUA ESCOLHA
            1. - O objetivo do levantamento da ingestão alimentar; - Objetivo dos diversos inquéritos alimentares; - Tipo de informação dietética; - O que será avaliado (nutrientes/ energia, alimentos, grupos de alimentos, padrão alimentar); - Características da população alvo (como escolaridade, patologias limitantes,etc); - Recursos materiais e econômicos disponíveis; - Se o indivíduo encontra-se hospitalizado; - Situação socioeconômico-cultural; - Disponibilidade de tempo do entrevistado; - Tempo previsto para a realização da consulta; - Envolvimento do entrevistado (motivação, empatia); - Tipo de estudo epidemiológico; - Tamanho da amostra necessária; - Pessoal disponível; - Nível de exatidão dos dados desejados
              1. FATORES QUE DIFICULTAM O REGISTRO DAS INFORMAÇÕES
                1. - Dependência da memória do entrevistado; - Necessidade do mesmo ser alfabetizado; - Interferência no comportamento alimentar; - Dependência da participação/colaboração efetiva do paciente (inquéritos que necessitam de registro por muitos dias tem altos índices de abandono pelos pacientes); - Omissão ou destaque de alimentos; - Número de aplicações do instrumento
              2. CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS
                1. MÉTODOS QUALITATIVOS: Possuem informações sobre os tipos de alimentos consumidos, não permitem o cálculo da adequação da dieta
                  1. - História Alimentar ou Dietética; - Questionário de frequência de consumo alimentar
                  2. MÉTODOS QUANTITATIVOS: Possuem informações sobre os tipos de alimentos e suas quantidades ingeridos, permitem o cálculo da adequação da dieta
                    1. - Recordatório 24 horas; - Registro ou Diário Alimentar
                    2. SEGUNDO O PERÍODO DE TEMPO EM QUE AS INFORMAÇÕES SÃO COLHIDAS
                      1. MÉTODOS PROSPECTIVOS: Que registram a informação presente
                        1. - Registro Alimentar ou Diário Alimentar; - Pesagem de alimentos
                        2. MÉTODOS RETROSPECTIVOS: Que colhem a informação sobre o consumo do passado imediato ou de longo prazo
                          1. - Recordatório 24 horas; - Frequência Alimentar; - História Alimentar
                      2. HISTÓRICO ALIMENTAR OU DIETÉTICO (HA): Proposto por Burke (1947); avaliar o consumo alimentar habitual; informações sobre hábitos passados e presentes: n° refeições, apetite, preferências, uso suplementos, R24h e outras informações adicionais.
                        1. RECORDATÓRIO DE 24 HORAS (R24H): Proposto por Bertha Burcke (1930); usado para avaliar a ingestão de alimentos e nutrientes de indivíduos e grupos populacionais; não pode ser usado em dia seguintes a finais de semana e feriados
                          1. VANTAGENS: • Curto tempo de administração; • Não altera ingestão do indivíduo; • Vários R24h podem estimar a ingestão habitual; • Pode ser usado em qualquer idade e em analfabetos; • Baixo custo
                            1. DESVANTAGENS: • Depende da memória; • Problemas de comunicação; • Só 1 R24h não estima a ingestão habitual; • Dificuldade de definir tamanho porções; • Síndrome flat slope
                          2. QUESTIONÁRIO DE FREQUÊNCIA ALIMENTAR (QFA): Também desenvolvido por Burke (1947) e adaptado por Willett (final da década de 60); obter informação qualitativa, semi-quantitativa ou quantitativa sobre o padrão alimentar e ingestão de alimentos ou nutrientes específicos; prevê medir a exposição
                            1. REGISTRO OU DIÁRIO ALIMENTAR (DA): Proposto por Burke e Stuart (década de 30); avaliar ingestão alimentar em um período de 3 dias; uso de formulários próprios; alternar períodos – semana e fim de semana
                              1. VANTAGENS: • Alimentos anotados no momento do consumo; • Não depende da memória; • Menor erro quando bem orientado; • Mede consumo atual; • Maior precisão e exatidão de medidas ingeridas
                                1. DESVANTAGENS: • Consumo pode ser alterado; • Depende do entrevistado; • Dificuldade de estimar porções; • Menor adesão de homens; • Requer tempo; • Conhecimento de medidas caseiras
                              2. VANTAGENS: • Uso em estudos epidemiológicos; • Estima ingestão habitual; • Rápido e simples de administrar; • Não altera padrão de consumo; • Categorias de consumo
                                1. DESVANTAGENS: • Depende da memória passada; • Desenho do instrumento; • Limitação em analfabeto e idoso; • Viés de informação; • Complexidade da lista de alimentos; • Quantificação pouco exata
                              3. VANTAGENS: • Elimina variações do dia-adia; • Leva em consideração a variação sazonal; • Descrição de ingestão habitual em relação aos aspectos qualitativos e quantitativos
                                1. DESVANTAGENS: • Requer nutricionistas treinados; • Dificuldade de padronização/variabilidade; • Depende da memoria do entrevistado; • Tempo de administração longo; • Alto custo
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