Ícone do Modernismo e do
Manifesto Antropofágico, o quadro
Abaporu por Tarsila do Amaral
Em uma junção dos vocábulos tupis
aba (homem), pora (gente) e ú
(comer). Sendo assim, seu significado
é "homem que come gente" ou
"homem antropófago".
Início com Oswald de
Andrade em 1928
José Oswald de Sousa Andrade,
apelidado de Oswald de Andrade,
foi um poeta, escritor, ensaísta e
dramaturgo brasileiro, nasceu em
11 de janeiro de 1890 na cidade de
São Paulo. Era filho único de José
Oswald Nogueira de Andrade e de
Inês Henriqueta Inglês de Sousa
de Andrade. Formou-se em Direito
no Largo São Francisco em 1919
Inovação estética. Crítica
à tradição literária.
Liberdade formal.
CARACTERÍSTICAS
Assimilação de culturas, criação da
identidade nacional a partir da
"deglutinação" da cultura
principalmente europeia,
promovendo uma mudança de
paradigmas na sociedade. Gerar a
cultura e a arte a partir das
preexistentes, mas sem copiar.
Nacionalismo, ironia e
paródia
Rompimento com o clássico,
tradicional e com o conservador
PRINCIPAIS PINTORAS
TARSILA DO AMARAL
(1886-1976)
Tarsila do Amaral ou simplesmente Tarsila nasceu em
Capivari, interior de São Paulo em 1 de dezembro de 1886. É
considerada uma das principais artistas modernistas da
América Latina, descrita como "a pintora brasileira que
melhor atingiu as aspirações brasileiras de expressão
nacionalista em um estilo moderno". Ainda na infância Tarsila
passou parte de seu tempo em São Paulo, primeiro na casa
do avô e depois sucessivamente em um colégio de freiras do
bairro de Santana e no Colégio Sion. Mais tarde, julgando que
poderia oferecer à filha uma educação ainda melhor, seus
pais a matricularam no Colégio Sacré-Coeur de Barcelona, na
Espanha, onde estudou dois anos e completou seus estudos.
Nesse colégio Tarsila ganhou um prêmio de ortografia e teve
seus primeiros contatos com a pintura. Casou-se com Oswald
de Andrade em 1926 e, no mesmo ano, realizou sua primeira
exposição individual, na Galeria Percier, em Paris
ANTROPOFAGIA (1929)
A obra mais importante do período, Antropofagia
apresenta a união de outras duas obras, A Negra (1923) e
Abaporu (1928), os personagens se transpõem e se
interligam. A mudança de estado é uma das características
que difere essa obra das demais, o NEGRA aqui aparece
encoberta pelas pernas do personagem de ABAPORU, e ele
não apresenta a pose de pensado, mas sim aparece em um
diálogo. Além dos personagens , ainda é possível notar a
presença de variações de luz um uma vegetação verde
escura em contraste com um céu como tons rosados.
A RELIGIÃO BRASILEIRA (1927)
A cena não passaria despercebida ao olhar sensível e à
alma inquieta da pintora, que então vivia a sua fase
chamada Pau-Brasil, uma busca de cores, temas e
paisagens nacionais. Tarsila se apropria do arranjo
popular e lhe dá um formato modernista, agradável e
colorido. Com traços econômicos e linhas largas, apenas
insinua o contorno dos objetos, dando origem a uma
composição em muito inspirada nos movimentos rápidos
e nas cores fortes de Henri Matisse (1869 - 1954). A
religiosidade brasileira lhe dá o pretexto para
reconstruí-la sob linguagem modernista.
ANITA MALFATTI
(1989-1964)
Artes. Anita Malfatti, pintora brasileira, nasceu em 2 de
dezembro de 1889, em São Paulo. Aprendeu a pintar
com a mãe. No entanto, a artista estudou, em 1914, na
Academia Imperial de Belas Artes, na Alemanha, e, em
1915 e 1916, na Arts Students League of New York e na
Independent School of Art, nos Estados Unidos Sua
primeira exposição individual ocorreu em 1914, em São
Paulo, mas a de 1917 é a mais famosa, devido à sua
importância para o modernismo brasileiro.Em 1923 foi
estudar em Paris, e só voltou ao Brasil em 1928 para
ensinar desenho e pintura. A partir daí, a artista foi
relativamente afastando-se do modernismo.
A MULHER DE CABELOS VERDES (1916)
A mulher de cabelos verdes é uma obra que
retrata o valor da mulher em si, e romantiza o
processo de envelhecimento. Ela mostra que
as mulheres não devem se preocupar com os
cabelos brancos, pois eles são a sua força.
Assim, a causa formal se baseia no próprio
processo de envelhecimento, a material nos
cabelos brancos e a final e trazer uma
consciência sobre o tema retratado.
O HOMEM AMARELO (1917)
Um dado muito interessante sobre o quadro é que essa
polêmica acerca da obra de Anita Malfatti acabou se
sobrepondo à produção da artista. O Homem Amarelo é,
certamente, um de seus trabalhos mais reconhecidos;
entretanto, quase sempre é associado (assim como suas
outras criações) ao embate modernista do qual Anita se
tornou símbolo maior por força da circunstância das críticas
de Monteiro Lobato.Particularmente, esse quadro me
chama a atenção pelo aspecto intrigante e, ao mesmo
tempo galante do homem pintado por Anita. Seu olhar para
fora da tela deixa em aberto o mistério de seu foco de
atenção. Sua gravata torta subentende um movimento
brusco, o que aumenta o interesse pela incógnita que
constitui o alvo do seu olhar. O forte contraste das cores e
os traços marcados do rosto tornam o conjunto da
composição uma combinação peculiar de informações. E, na
arte, a estranheza sem dúvida torna tudo mais interessante.
PRINCIPAIS ESCRITORES
MÁRIO DE ANDRADE
(1893-1945)
Mário de Andrade nasceu em 9 de outubro de
1893, na cidade de São Paulo. Ele é um dos
principais nomes da primeira geração
modernista. Suas obras apresentam
nacionalismo crítico, liberdade formal e
valorização da linguagem coloquial. Além da
literatura, o autor tinha outros interesses
artísticos, por isso estudou piano e canto.
Também foi professor de História da Música e
da Estética no Conservatório Dramático e
Musical da cidade de São Paulo, em 1922. Nesse
ano, participou da Semana de Arte Moderna. A
partir de então, foi um dos porta-vozes do
movimento modernista até a sua morte,
ocorrida em 25 de fevereiro de 1945, em São
Paulo.
Livro Macunaíma, de Mário de
Andrade. Macunaíma, livro de
Mário de Andrade publicado em
1928, é considerado um dos
principais romances
modernistas. A obra é uma
rapsódia sobre a formação do
Brasil, em que vários elementos
nacionais se cruzam numa
narrativa que conta a história de
Macunaíma, o herói sem nenhum
caráter.
Menotti Del Picchia
(1892-1988)
Menotti Del Picchia nasceu na cidade de São Paulo, no
dia 20 de março de 1892. Era filho do jornalista Luigi Del
Picchia e de Corina Del Corso, imigrantes italianos. Com
cinco anos de idade mudou-se com a família para a
cidade de Itapira. Iniciou seus estudos em Campinas,
São Paulo e seguida estudou no Ginásio Diocesano São
José, em Pouso Alegre, Minas Gerais. De volta a São
Paulo, em 1909 ingressou na Faculdade de Direito do
Largo de São Francisco. Em 1912 casa-se com a
fazendeira Antonieta Rudge Miller com quem teve sete
filhos. Em 1913 concluiu o curso de Direito e publicou
seu primeiro livro “Poemas do Vício e da Virtude”. No
ano seguinte voltou para Itapira, onde trabalhou como
advogado e dirigiu os jornais, Diário de Itapira e O Grito!
teve diversas experiências em vida incluindo a
participação na Semana de Arte Moderna na década de
20, mas faleceu em 25 de fevereiro de 1945 (51 anos) em
São Paulo, SP
Menotti Del Picchia, publicou o
longo poema “Juca Mulato” (1917),
onde retrata uma temática
nacionalista através da figura
pacata e resignada do caboclo. ...
Juca Mulato, de natureza simples
e solitária “caboclo do mato” se
apaixona pela filha da patroa,
busca ajuda do feiticeiro Roque
para que lhe cure o mal do amor.
PRINCIPAL MÚSICO
Heitor Villa-Lobos
Heitor Villa-Lobos é um compositor brasileiro
que nasceu no bairro de Laranjeiras, zona sul do
Rio de Janeiro, no dia 5 de março de 1887. Filho
de Raul Villa-Lobos, diretor da Biblioteca do
Senado e músico amador, e da dona de casa
Noêmia Monteiro, grandes incentivadores dos
estudos do filho. Aprendeu com o pai a tocar
violão e violoncelo. .Em 1905, Villa-Lobos viajou
para o Nordeste e extasiou-se com a riqueza do
folclore. Em 1907 escreveu “Os Cantos
Sertanejos”, para pequena orquestra. Nessa
época, buscando uma formação acadêmica,
matriculou-se no curso de Harmonia de
Frederico Nascimento, no Instituto Nacional de
Música, mas não se adaptou à disciplina dos
estudos. Passou a ganhar a vida tocando
violoncelo, piano, violão e saxofone nos teatros e
cinemas cariocas.
Durante a ditadura do Estado Novo (1937-1945),
quando era obrigatório o ensino de música nas
escolas, o maestro foi Secretário de Educação Musical
e orientava os professores da rede pública sobre como
ensinar música. Sob sua batuta, promovia
apresentações de canto orfeônico que reunia
estudantes em estádios de futebol. Ressentido porque
suas músicas eram pouco executadas no Brasil,
Villa-Lobos costumava desabafar: “Não tive o justo
reconhecimento em meu próprio país”. Depois da II
Guerra, o maestro iniciou uma turnê pelos Estados
Unidos e pela Europa, onde suas peças eram
executadas no circuito dos mais prestigiados teatros.
O músico captura a transição do rural para o urbano, do
tradicional para o moderno, enquanto o poeta tece as
imagens desse processo — vida, ciranda, destino, noite,
campo e cidade — com o linguajar característico dos
brasileiros.