Desenvolvimento Humano é o estudo cientifico de mudanças que acontecem ao longo do ciclo da
vida, envolvendo variáveis afetivas, sociais, cognitivas e biológicas. Desta forma, faz interface com
diversas áreas do conhecimento como: biologia, psiquiatria, sociologia, antropologia, genética,
ciência da família, educação, história e medicina. Essa interface também acontece com outras áreas
da psicologia como: psicologia social, personalidade, cognitiva, psicanálise, entre outras.
O desenvolvimento humano III especificamente estuda variáveis externas e internas dos indivíduos que levam as
mudanças no comportamento na fase adulta, sendo respectivamente adulto jovem (20 a 40 anos), adulto
intermediário (40 a 60 anos), adulto maduro (60 anos em diante), influenciando o processo biopsicossocial do
individuo.
Fase Adulto Jovem (20-40 anos). Essa
fase passa por três papeis
fundamentais: profissional, conjugal e
parental.
Desenvolvimento Físico: Entre os 20 e
30, tem mais tecido muscular, cálcio nos
ossos, massa cerebral, visão, audição e
olfato, capacidade de oxigenação e
sistema imunológico mais eficiente.
Recupera-se mais rápido! Auge da força,
energia e resistência! Padrão: até os 40,
quando a queda é mais significativa do
que antes. Capacidade reprodutiva:
mais risco de aborto aos 30 do que aos
20! Fertilidade diminui; mas no homem
não há declínio... normalmente é uma
fase tranquila, devido o sistema
imunológico ser mais eficiente, porem
ocorre muitas mortes por acidente,
suicídio, homicídio, não tanto por
doenças. No final dessa fase que
normalmente começam aparecer
doenças.
Desenvolvimento Cognitivo:
A inteligência geral aumenta. O
pensamento é formal no inicio da
vida adulta, no entanto, ao longo
do período, vai ocorrendo
mudanças na estrutura do
pensamento, se tornando mais
pragmático.
Crise do Adulto Jovem
Conforme Erick Erickson
definiu como uma fase de
intimidade X isolamento. Onde
o jovem vai em busca de um
amor, em busca do papal
conjugal, caso isso não ocorra
da forma de um apego seguro,
o adulto pode entrar na fase do
isolamento ou apresentar
apego inseguro sufocante.
Saúde mental: Maior risco
de transtornos entre 25 e 44
anos (depressão, ansiedade,
abuso substancias e
esquizofrenia).
O apoio social é fator que
influencia na saúde e
cognição. A tendência a se
perceber o apoio como
sendo “suficiente”
relaciona-se com a
segurança do apego
básico do sujeito: quanto
mais seguro o apego,
maior nossa sensação de
apoio social pode ser.
Desenvolvimento Psicossocial: Assumir seu
lugar na sociedade: aquisição, aprendizado e
desempenho de 3 papéis fundamentais:
profissional, conjugal e parental. Primeiro
emprego, ganhar dinheiro.
Responsabilidades civis. Ruptura interna
com os pais – mais completa autonomia;
velhice dos pais: aposentadoria, doença ou
morte.
Outro aspecto relevante é o tique-taque do
relógio social, que atuam como postes de
sinalização que nos informam sobre quais
comportamentos são apropriados em
determinada idade e cultura, sendo definidos
como pontuais ou impontuais. Conforme o relógio
social é estipulado que nessa fase ocorra á saída
da casa dos pais (autonomia), a busca pela
profissão, escolha conjugal, ter responsabilidades,
parentalidade, ingressar em um curso superior, ou
seja, é nessa fase que decidimos quem seremos
posteriormente nas outras idades adultas.
Escolha do trabalho: influências da
família; educação e QI; sexo e
personalidade. A satisfação aumenta ao
se dominar mais o trabalho.
O jovem adulto se torna fisicamente e
psicologicamente independente de sua
família nuclear. Há medida que domina
papéis do início da vida adulta fica mais
confiante e capacitado à individualidade.
Os que não casam: opção
ou fontes alternativas de
apoio (pais, trabalho).
Pode-se pensar em um
maior grau de riscos
psicológicos. Sem filhos:
há uma queda na
satisfação conjugal.
Fase Adulto Intermediário (40-60 anos). Nessa
fase os papeis mudam, a vida profissional e
familiar tornam-se menos exigentes, há mais
tempo para relações conjugal, para fazerem o
que realmente gostam.
Desenvolvimento Físico: Há uma
perda gradativa da memoria, visão,
audição e capacidade reprodutiva. Há
mais índices de morte por doenças
crônicas e menor numero de mortes
por homicídio e suicídio.
Crise do adulto Intermediário:
Conforme Erick Erickson definiu
como uma fase de generatividade X
estagnação. Nessa fase o individuo
tem a preocupação com tudo que
pode ser gerado, desde filhos até
ideias e produtos. Ele se dedica a
geração e ao cuidado com o que ele
gerou. É uma forma de valer todo o
esforço de sua vida, de saber que
tem um pouco de si nos outros. Caso
essa transmissão não ocorra, o
individuo acha que tudo que fez e
tudo que não construiu não valeu a
pena, devido não ter como dar
prosseguimento, seja em forma de
um filho, um sócio, uma empresa,
uma pesquisa, etc.
Desenvolvimento
Cognitivo: Habilidades
mantidas ou ampliadas
(vocabulário amplia,
soluções mantêm-se).
Saúde Mental: Nessa
fase também ocorre a
crise da meia idade,
fato de dar-se conta da
própria mortalidade,
novas limitações
físicas, mudanças de
alguns papeis. Não são todos.
Desenvolvimento Psicossocial:
Papéis mudam; trabalho ao
máximo; vida familiar e
profissional menos exigentes; há
mais tempo para relação
conjugal ou de parceria.
Satisfação conjugal aumenta na
meia idade: diminui a sobrecarga
de papéis; menopausa pode dar
mais liberdade sexual;
problemas se reduzem nas
uniões intactas.
Personalidade: Normalmente a
personalidade do adulto
intermediário não muda
muito, a menos que ocorra
uma grande mudança em
sua vida
Inteligência: A inteligência
cristalizada (base de
conhecimento) tende a
aumentar, no entanto, a
inteligência fluida (envolve
capacidades de raciocinar
rapidamente) tende a
diminuir.
Cuidado dos Netos e Pais: Muitos adultos
intermediários apontando dificuldades com
as mudanças de papeis de avós e pais. O
conflito de papeis e sentimentos de
ambivalência são especialmente intensos
quando os avós tem que assumir uma função
mais exigente, que seria, voltar a serem pais
em tempo integral. Isso também se aplica
também com o cuidado com os pais. Muitos
filhos acreditam que cuidar dos pais é uma
chance de retribuir os anos de amor
recebidos por eles, no entanto, muitas vezes
acabam influenciando em suas próprias vidas,
devido terem que tentar manter um equilíbrio
entre cuidar dos pais, cuidar se seus filhos
(caso tenha), dar atenção ao esposo (a) e
terem suas próprias vidas.