Técnicas para o exame parasitológico de fezes (SEM IMAGENS)

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Apresentar de maneira sucinta e organizada as principais técnicas para o exame parasitológico de fezes.
Rafael Carvalho
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GISLAYNE THAIS RUIZ
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Rafael Carvalho
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Técnicas para o exame parasitológico de fezes (SEM IMAGENS)
  1. Finalidade do exame de fezes:
    1. O exame parasitológico é um teste realizado com amostras de fezes. O objetivo principal da análise é diagnosticar parasitas intestinais. Para isso, são utilizados critérios morfológicos. Ou seja, com o material coletado, a forma dos seres vivos é procurada e estudada
    2. Exame macroscópico
      1. Objetiva analisar as características macroscópicas das fezes, bem como odor, a consistência, a presença de muco, sangue, e até mesmo a presença de restos de vermes adultos - como no caso das proglótes grávidas de Taenia sp. - Alguns vermes aultos PODEM* ser identificados em sua íntegra também, como no caso do Ascaris lumbricoides e do Enterobius vermicularis
        1. MÉTODO DO ÁCIDO ACÉTICO GLACIAL: É para identificação de proglotes grávidas de Taenia
          1. PRINCÍPIO: Clarificação das proglótes de Taenia pela imersão em ácido Acético Glacial
            1. FINALIDADE: Permite a diferenciação das espécies de Taenia entre T. solium e T. saginata
            2. TAMIZAÇÃO: É um método de diagnóstico Parasitológico para a teníase
              1. PRINCÍPIO: É uma operação mecânica que ocorre por separação através de uma superfície perfurada permitindo a segregação de materiais sólidos. Em síntese é uma técnica fundamentada na peneiração do material biológico através de uma peneira metálica com o auxílio de uma torneira de água corrente
                1. FINALIDADE: É utilizado para a separação e a identificação de proglótes grávidas de Taenia sp.
              2. Exame microscópico
                1. Objetiva analisar e identificar de ovos ou larvas de helmintos, cistos, trofozoítos ou oocistos de protozoários por meio da análise microscópica do material fecal do paciente
                  1. Métodologias de EPF's em análise microscópica
                    1. Métodos Quantitativos
                      1. São métodos que permitem a contagem de ovos nas fezes, permitindo, assim verificar a intensidade do parasitismo
                        1. MÉTODO DE BABOSA:
                          1. PRINCÍPIO:Permite a contagem de ovos nas fezes, permitindo, assim verificar a intensidade do parasitismo através do cálculo quantitativo dos achados nas fezes contra o peso corporal do paciente
                            1. FINALIDADE: Contagem de ovos de helmintos, preferencialmente ovos de Schistosoma mansoni
                            2. MÉTODO DE KATO-KATZ:
                              1. PRINCÍPIO: Permite a contagem de ovos nas fezes, permitindo, assim verificar a intensidade do parasitismo através do cálculo quantitativo dos achados nas fezes contra o peso corporal do paciente
                                1. FINALIDADE: Contagem de ovos de helmintos, preferencialmente ovos de Schistosoma mansoni
                                2. MÉTODO DE BELL:
                                  1. PRINCÍPIO: Permite a contagem de ovos nas fezes, permitindo, assim verificar a intensidade do parasitismo através do cálculo quantitativo dos achados nas fezes contra o peso corporal do paciente
                                    1. FINALIDADE: Contagem de ovos de Schistosoma mansoni
                                    2. MÉTODO DE STOLL-HAUSHER:
                                      1. PRINCÍPIO: Permite a contagem de ovos nas fezes, permitindo, assim verificar a intensidade do parasitismo através do cálculo quantitativo dos achados nas fezes contra o peso corporal do paciente
                                        1. FINALIDADE: Contagem de ovos de ancilostomídeos. (Ancylostoma duodenale e Necator americanus)
                                    3. Métodos Qualitativos
                                      1. São os mais utilizados, demostrando a presença das formas parasitárias sem quantifica- lás, são classificados de acordo com o princípio do método
                                        1. MÉTODO BLAGG (MIFC):
                                          1. PRINCÍPIO: Sedimentação por centrifugação de fezes que foram conservadas em MIF
                                            1. FINALIDADE: É indicado preferencialmente para a pesquisa de cistos de protozoários e ovos leves de helmintos
                                            2. MÉTODO DE HOFFMANN, PONS E JANER:
                                              1. PRINCÍPIO: Sedimentação espontânea
                                                1. FINALIDADE: Permite o encontro de ovos e larvas de helmintos e de cistos de protozoários, sendo mais indicado para a pesquisa e identificação de ovos com maior densidade
                                                2. MÉTODO DE FAUST COLS:
                                                  1. PRINCÍPIO: Flutuação por centrifugação em sulfato de zinco
                                                    1. FINALIDADE: É indicado para a pesquisa de protozoários, permitindo também o encontro de ovos leves de helmintos.
                                                    2. MÉTODO DE RUGAI e MÉTODO DE BAERMANN-MORAES :
                                                      1. PRINCÍPIO: Concentração de larvas por hidrotropismo e termotropismo
                                                        1. FINALIDADE: É indicado para a pesquisa de larvas de Stongyloides stercoralis
                                                        2. MÉTODO DE WILLIS:
                                                          1. PRINCÍPIO: Flutuação espontânea em solução saturada de cloreto de sódio
                                                            1. FINALIDADE: É indicado para a pesquisa de ovos leves de helmintos (Ancilostomídeos)
                                                            2. MÉTODO DE FITA GOMADA (GRAHAM):
                                                              1. PRINCÍPIO: Imprint da região de pesquisa do parasito Enterobius vermicularis - região anal e perianal - por meio do uso de uma fita gomada, também denominada SWAB-Anal
                                                                1. FINALIDADE: Se destina a evidenciação de ovos de Enterobius vermicularis
                                                                2. ´MÉTODO DE ANALISE DIRETO A FRESCO:
                                                                  1. PRINCÍPIO: É a análise do material fecal do paciente em sua forma mais natural e sem adição de conservantes ou coloração, feita de forma direta enquanto o mesmo encrontra-se ainda fresco e portanto deve ser feita a pesquisa dentro de 30min após a coleta
                                                                    1. FINALIDADE: Permite a pesquisa de diferentes parasitos nas fezes, sendo mais indicada para a pesquisa de protozoários e a análise da motilidade de trofozoítos
                                                                    2. MÉTODO DE RITCHIE:
                                                                      1. PRINCÍPIO: Sedimentação por centrifugação de fezes que foram conservadas em formol 10%
                                                                        1. FINALIDADE: É indicado preferencialmente para a pesquisa de cistos de protozoários e ovos leves de helmintos.
                                                                3. Coleta de amostras e orientações ao paciente
                                                                  1. As amostras podem ser coletadas a partir de qualquer evacuação do dia, tendo sido emitidas espontaneamente e sem que haja contaminação de urina ou solo. O recipiente de coleta deve estar limpo, seco e preferencialmente apresentar uma boca larga. Cada amostra deve seguir com o nome completo do paciente, seu respectivo número de identificação, sua idade, sexo e identificação clínica
                                                                    1. O paciente DEVE ser orientado para que cuide para NÃO CONTAMINAR as fezes com água do vaso sanitário ou urina, defecando PREFERENCIALMENTE sobre um local LIMPO E SECO, previamente forrado com papel ou mesmo diretamente ao frasco de coleta. Caso não haja a possibilidade do material ser coletado diretamente no frasco de coleta, o mesmo devera ser transportado para o frasco com o auxílio de uma espátula. Em geral a quantidade de fezes indicada para a coleta é em torno de 1/3 dos frascos comumente cedidos pelo laboratório, quais possuem cerca de 80ml de capacidade. É importante informar também a necessidade de que caso haja a presença de SANGUE, MUCO ou mesmo fases DIARREICAS nas fezes, estas partes DEVEM ser IGUALMENTE coletadas, pois são elementos IMPORTANTES PARA A ANÁLISE DA AMOSTRA
                                                                      1. Também é importante salientar que as amostras coletadas DEVEM ser transportadas ao laboratório O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL, e caso não seja possível fazer o transporte de imediato, o material portanto DEVERA SER MANTIDO SOB REFRIGERAÇÃO CONSTANTE
                                                                    Show full summary Hide full summary

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