DISCIPLINA APRECIAÇÃO MUSICAL 2016.1

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ESTE MATERIAL FAZ PARTE DA DISCIPLINA APRECIAÇÃO MUSICAL DO CURSO DE MÚSICA DA UFRN.
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DISCIPLINA APRECIAÇÃO MUSICAL 2016.1
  1. MÚSICA SACRA MEDIEVAL
    1. DELIMITAÇÃO DO PERÍODO
      1. APROXIMADAMENTE ENTRE OS SÉCULOS V E XV
        1. HILÁRIO, Franco Júnior. A Idade Média, nascimento do ocidente. 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 2004. Novas pesquisas historiográficas no século XX desmistificam os preconceitos referentes à Idade Média. (Heranças na cultura ocidental) • O termo medieval vem da expressão latina "medium aevum" (época intermediária) dada pelos historiadores renascentistas ao período compreendido entre o desaparecimento do Império Romano e os novos interesses pela cultura greco-romana no século 15.
        2. CONTEXTO HISTÓRICO
          1. QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO (DO OCIDENTE) NO SÉCULO V
            1. SURGE A IGREJA CATÓLICA
              1. Nos primeiros séculos as perseguição aos cristãos. Proibição dos cantos. Séc. I, II e III representava apenas grupos dispersos. Inexistência de uma doutrina específica unificada. Séc. III → proibição da Igreja por parte do Império. Séc. IV (313) → Decreto de autorização. A Igreja é permitida pelo Império Romano. Séc. IV (381) →A Igreja é decretada a Religião oficial do Império Romano.
                1. Com o fim do Império Romano (476), a grosso modo, a Igreja torna-se a verdadeira grande herdeira do Império. Séc. IV-V → processo de unificação das diversas doutrinas e ritos. Criação da hierarquia episcopal (mais tarde → Bispos, presbíteros, diáconos). Cerimônias e rituais (missa - missão, cantos).
                2. CANTOCHÃO (SÉC. V-VIII)
                  1. MONODIA (CANTO MONOFÔNICO)
                    1. A música ocidental foi monódica até o século IX. O termo monodia designa urna linha melódica — uma única voz — sem acompanhamento. Isto não impede que, na música vocal, esta voz única possa ser executada por um grupo de cantores: diz-se, então, que eles cantam em uníssono.
                      1. As primeiras peças musicais escritas foram religiosas. Eram peças do canto gregoriano, ou cantochão, que veio das igrejas orientais e está ligado à liturgia cristã. O cantochão é uma música modal. Um modo nada mais é do que a sucessão de todas as notas "naturais" — as teclas brancas do teclado do piano, por exemplo — a partir de uma dada nota.
                      2. MÚSICA POLIFÔNICA
                        1. POLIFONIA
                          1. Superposição de duas ou várias linhas melódicas que se desenrolam de maneira homogênea— guardando, cada uma delas, seu caráter particular.
                          2. O CONTRAPONTO
                            1. Chama-se contraponto à arte de combinar entre si as linhas melódicas. O primeiro "gesto contrapontístico" esboçou-se na Idade Média, ao que tudo indica no século IX, quando os monges tiveram a idéia de acompanhar o cantochão com uma segunda voz que seguia a melodia gregoriana, em paralelo, à distância de um intervalo de quarta. Esta primeira polifonia (música a várias vozes) denominava-se, em latim, organum. A cada nota do cantochão correspondia uma nota do acompanhamento: punctum contra punctum [ponto contra ponto]. Essa a gênese do termo contraponto.
                            2. ORGANUM
                              1. Organum: Técnica de colocar uma segunda melodia (segunda voz) acima ou abaixo do cantochão (primeira voz). A melodia gregoriana (cantochão) passou a se chamar vox principalis e a voz acrescentada vox organalis.
                              2. ORGANUM PARALELO
                                1. Organum Paralelo: vox organalis se movimenta em paralelo em intervalos de quartas, quintas e oitavas.
                                  1. https://www.youtube.com/watch?v=QH71sxmG9wY
                                    1. https://www.youtube.com/watch?v=W4rYZmEnZO8
                                    2. ORGANUM LIVRE
                                      1. o longo do desenvolvimento do Organum , outros movimentos (oblíquo e contrário) foram introduzidos dando origem ao Organum livre. Neste Organum, as dissonâncias aparecem como intervalos de passagem entre os intervalos de 4ª e uníssono. A partir daí as linhas melódicas ficam mais independentes. - A voz organal canta acima da voz principal
                                        1. https://www.youtube.com/watch?v=TgWaz78yuGg
                                        2. ORGANUM MELISMÁTICO
                                          1. o organum melismático, com os melismas aparecendo de fato em grande número (à razão de vinte notas para uma) na voz organal, a tal ponto que a voz principal fica relegada, de certo modo, a um segundo plano e passa a servir apenas de apoio à voz que, tempos antes, era a de acompanhamento. Com o nome de tenor (do latim tenere, sustentar), passa a caber à voz principal o registro grave do canto. Por essa simples denominação da voz que é, na verdade, a voz litúrgica, pode-se compreender que, agora, no espírito dos clérigos músicos, a liturgia importa menos que a função técnica das partes. Com tal mudança, o canto gregoriano se ofusca diante da nova escrita do organum.
                                            1. https://www.youtube.com/watch?v=ngCRm7uLirA
                                            2. DOCUMENTÁRIO DA BBC (REVOLUÇÃO GÓTICA).
                                              1. https://www.youtube.com/watch?v=6nKV4gx_qdE
                                              2. ESCOLA DE NOTREDAME
                                                1. LEONIN
                                                  1. Léonin, primeiro mestre da Escola de Notre-Dame, é reconhecido pelo autor anônimo de um tratado (o Anonymus TV, de Coussemaker) como o melhor compositor de organa de seu tempo. Seu Magnus liber [Livro magno, ca 1180] contém uma série de organa para o Gradual e o Antifonário, 33 para a Missa, 13 para as Horas, com vistas ao embelezamento do serviço divino. Léonin ora pratica a escrita melismática para a voz que ocupa o registro agudo, dando liberdade à voz tenor litúrgica, ora trabalha com o descanto. Foi o primeiro a medir a duração dos valores da voz tenor, de modo a obter um contraponto rigoroso nota-contra-nota, como se vê nitidamente no Audi filia [Ouve filha] do Propter veritatem [Por amor da verdade].
                                                  2. CLAUSULA DE DISCANTUS
                                                    1. Essas cláusulas (em latim clausulae) constituem autênticas pequenas composi- ções independentes, cujo grande número leva a pensar que devam ter sido executadas fora de um contexto litúrgico definido. Delas nascerá o moteto. Note-se que Pérotin, em seus organa, acrescenta uma ou duas vozes suplementares ao tecido polifónico de Léonin. Seus dois famosos quadrupla (na realidade, três vozes sobre a voz tenor) —Viderunt omnes [Viram todos, 1198], para o Gradual de Natal, e Sederunt principes [Tomaram assento os primeiros, 1199], para a festa de Santo Estêvão, em 26 de dezembro — foram destacados pelos teóricos da época como um acontecimento na evolução da escrita musical.
                                                    2. PEROTIN
                                                      1. Pérotin, o outro grande mestre de Notre-Dame, retoma a obra de Léonin. Encurta-a — sempre de acordo com o que está escrito no Anonymus TV— para dar às peças polifónicas uma dimensão que convenha ao tempo da liturgia e que seja proporcional ao comprimento das partes de cantochão com as quais elas se alternam. Pérotin escreve de maneira mais breve as velhas seções do descanto e, sobretudo, substitui as cláusulas de organum melismático, longas demais, por cláusulas de descanto necessariamente mais breves.
                                                        1. TRIPLUM
                                                          1. https://www.youtube.com/watch?v=ba5LXi760D8
                                                          2. QUADRUPLUM
                                                            1. https://www.youtube.com/watch?v=PhqWgfGK1Xw
                                                            2. MOTETO
                                                              1. o mais complexo, o mais bem resolvido e o mais surpreendente, também, de todos os gêneros polifó- nicos. Com Pérotin, as clausúlete, como já se disse, assumiram uma vida independente da Uturgia. Não fazia muito sentido cantá-las usando, como únicas palavras, as da voz tenor. Voltou-se, então, a prestigiar o procedimento adotado com êxito nos tropos: encaixar palavras (em francês mot > petit mot > motet) nas melodias preexistentes. Foi assim que nasceu o moteto.
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