Autor d'Os Lusíadas que é um poema
épico, poema heroico narrativo
extenso, que se propõe exaltar os
feitos grandiosos de um herói coletivo
que é o povo português
Contexto em que foi escrito:
No séc.XVI, o século d o renascimento,
Portugal viva uma época áurea, vivia a
euforia dos Descobrimentos e tinha
consciência do seu papel no mundo.
Apesar disso o espírito crítico de Camões
não o inibi de nomear os erros do ser
humano.
Se por um lado, afirma a sua fé, a sua
confiança e orgulho no ser humano e nos
portugueses
Por outro, ele mostra-nos a face menos gloriosa, aponta as
suas críticas e dúvidas relativamente ao povo e à sociedade
em que viva
Estrutura Externa:
10 cantos
1102 estrofes de 8 versos (oitavas)
decassilábicos
Predomínio do versos
heroicos (acentos na 6ª e
10ª sílabas) e
excecionalmente sáfios
(acentos na 4ª, 8ª e 10ª
sílabas).
Esquema rimático invariável a b a b a b c c
Rima cruzada nos seis primeiros versos e
emparelhados nos dois últimos.
Estrutura Interna:
Proposição (Canto I, estrofes 1, 2 e 3)
Invocação (Canto I, estrofes 4 e 5)
Dedicatória (Canto I, estrofes 6-18)
Narração, in media res (Canto I, a partir da
estrofe 19)
Inicia-se in media res, quando
a viagem dos Portugueses já
vai a meio.
Camões oferece a sua obra ao rei D.Sebastião
Dirige-se às ninfas do Tejo, as Tágides, pedindo-lhes
inspiração
O poeta apresenta o assunto da sua epopeia, isto é, Camões anuncia o que se propõe cantar.
os guerreiros, os navegadores, os homens
ilustres que contribuíram para a construção do
"Novo Reino"
Planos estruturais:
Plano da viagem
Este plano é o fio condutor
de todo o poema,
conferindo-lhe unidade.
Plano da história
A narração da História de Portugal como forma de enaltecer o povo PortuguÊs
Plano da Mitologia
A intriga dos deuses acompanha a viagem de Vasco da Gama, tornando
a sua narração mais dinâmica, embelezando-a e enriquecendo-a.
A mitologia ajudará à divinização dos portugueses que conseguem vencer os deuses e
que, na Ilha dos Amores, alcançarão o prémio supremo ao casar com as ninfas, atingindo
a imortalidade
Plano das Considerações do poeta
Quase sempre no final dos cantos, essas
considerações constituem o momento em que o poeta:
se manifesta criticamente
expressa a sua opinião
faz reflexões
emite juízos de valor
profere lamentos, desabafos e lamentações
Esses versos correspondem a divagações em tom
crítico e didático, nas quais Camões, muitas vezes,
assume um tom conselheiro