Mensagem

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Estrutura externa, contexto da Mensagem e análise de alguns poemas
mariana.calado
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Mensagem
  1. Estrutura Externa e Simbólica
    1. 44 poemas divididos em 3 partes (símbolos das 3 etapas da evolução do Império Português):
      1. 1º parte Brasão (simbologia: nascimento)
        1. Divide-se em 5 partes:
          1. Os Campos
            1. O dos Castelos
              1. Neste poema Pessoa personifica a Europa numa mulher, que se encontra imóvel, apoiada nos cotovelos. "olhos gregos, lembrando" remete para a herança cultural da Europa que Pessoa remonta à Grécia Antiga. O "olhar esfíngico e fatal", olhar predestinado e enigmático mostram um Portugal ("O rosto com que fita é Portugal.") com uma missão a desempenhar e com visão para o futuro (para o novo império, o 5º Império).
              2. O das Quinas
              3. Os Castelos
                1. Ulisses
                  1. "O mito é o nada que é tudo" o mito não é palpável, mas é o mito que vai fazer com que o nada passe a ser, no caso de Ulisses ele não existiu mas foi o suficiente para fundar Portugal " Este que aqui aportou,/ Foi por não ser existindo./ Sem existir nos bastou./ Por não ter vindo foi vindo/ E nos criou." Na última quintilha surge a ideia de que a vida sem o mito/ sem o sonho não vale nada.
                  2. Viriato
                    1. O Conde D. Henrique
                      1. D. Tareja
                        1. D. Afonso Henriques
                          1. D. Dinis
                            1. Neste poema não é a grandeza das acções concretizadas por D. Dinis que importam, mas o alcance do seu significado. Assim, D. Dinis representa os valores espirituais, simbolizados pela criação dos Estudos Gerais de Lisboa, pela sua faceta poética e por ser o semeador do pinhal de Leiria, que fornecerá a madeira para as caravelas dos Descobrimentos. É na altura da produção escrita que, visionariamente, ele já ouve o sussurro dos pinheiros que mandará plantar em Leiria, com a madeira dos quais se construirão as naus dos Descobrimentos. Levado pela inspiração e pelo sonho, antevê a riqueza, ainda escondida (sugerida pelo nome “trigo”) e a grandiosidade da pátria.
                            2. D. João o Primeiro e D. Filipa de Lencastre
                            3. As Quinas
                              1. D. Duarte, Rei de Portugal
                                1. D. Fernando, Infante de Portugal
                                  1. D. Pedro, Regente de Portugal
                                    1. D. João, Infante de Portugal
                                      1. D. Sebastião, Rei de Portugal
                                        1. D. Sebastião afirma-se como louco, mas a loucura que ele afirma não deve ser vista como algo depreciativo. Essa “loucura” deriva da sua ânsia de conseguir “grandeza”, a qual não depende da “Sorte” (destino), antes de uma procura incessante e de trabalho constante. Sem a loucura/ ousadia o homem é como um animal.
                                      2. A Coroa
                                        1. Nun'Álvares Pereira
                                        2. O Timbre
                                          1. A cabeça do Grifo: O Infante D. Henrique
                                            1. Uma asa do Grifo: D.João o Segundo
                                              1. A outra asa do Grifo: Afonso de Albuquerque
                                          2. 2º parte Mar Português (simbologia: vida)
                                            1. I. O Infante
                                              1. "Deus quer, o homem sonha, a obra nasce." o poema O Infante começa com uma máxima intemporal, apresenta uma gradação de consequências. "Sagrou-te e foste desvendando a espuma" a predestinação do Infante D. Henrique. "Quem te sagrou criou-te português" predestinação do povo português. Nos últimos versos vê-se a ideia de que Deus incumbiu o Infante e os portugueses de cumprirem uma missão, missão essa que consistia, no essencial, em fazer com que o mar fosse fonte união e não de separação. "Cumpriu-se o Mar e o Império se desfez./ Senhor falta cumprir-se Portugal!" Cumpriu-se o sonho do império marítimo, falta agora cumprir-se o sonho do quinto império.
                                              2. II. Horizonte
                                                1. Na primeira estrofe deste poema o poeta descreve o encanto dos navegadores ao verem tornar-se real o que antes era abstracto, terminando com "Splendia sobre as naus da iniciação." as naus portuguesas tinham sido impulsionadas pelos ventos do sonho e da esperança. Na segunda estrofe há uma descrição gradativa. Na terceira e última estrofe há uma definição poética de sonho "O sonho é ver as formas invisíveis" terminando com "Os beijos merecidos da Verdade." que são a recompensa e o alcançar da verdade. Este poema apresenta-nos o sonho como motor da ação dos Descobrimentos, é o sonho que movido pela esperança e pela vontade desperta no homem o desejo de conhecer, de procurar a verdade.
                                                2. III. Padrão
                                                  1. IV. O Mostrengo
                                                    1. V. Epitáfio de Bartolomeu Dias
                                                      1. VI. Os Colombos
                                                        1. VII. Ocidente
                                                          1. VIII. Fernão de Magalhães
                                                            1. IX. Ascensão de Vasco da Gama
                                                              1. X. Mar Português
                                                                1. Os sacrifícios necessários para que os Portugueses conquistassem o mar traduzem-se na morte de muitos dos que partiram e no sofrimento dos que ficaram em terra, daí que o poeta dê realce, através do uso de uma linguagem emotiva. Outra ideia que ressalta da 1.ª estrofe é a de que o mar é português, tão alto foi o custo que a sua conquista implicou "Para que fosses nosso, ó mar!". Esta estrofe assume um cariz épico, uma vez que nela predomina a valorização do sofrimento e do espírito de sacrifício dos Portugueses, capazes de superar provações extremas e de, desse modo, provar a sua grandeza espiritual. Na segunda estrofe há um balaço/ justificação dos sacrifícios "Valeu a pena? Tudo vale a pena/ Se a alma não é pequena/ Quem quer passar além do Bojador/ Tem que passar além da dor./ Deus ao mar o perigo e o abismo deu, /Mas nele é que espelhou o céu."
                                                                2. XI. A Última Nau
                                                                  1. XII. Prece
                                                                  2. 3º parte O Encoberto (simbologia: morte e ressurreição)
                                                                    1. divide-se em 3 partes:
                                                                      1. Os Símbolos
                                                                        1. D. Sebastião
                                                                          1. O Quinto Império
                                                                            1. Crítica ao conformismo de quem vive sem sonho e elogio da insatisfação e descontentamento. O sonho como característica fundamental de uma vida plena/autêntica. Ressurgirá das trevas, da noite do obscurantismo que caracteriza os dias da escrita do poeta, um novo dia, uma nova era, que responderá ao apelo de "loucura" feito por D. Sebastião, o rei que da morte fez vida, porque como mito se fixou na memória colectiva de um povo. Esse império será, logicamente, o Quinto Império português. E assim, "...no atro (= escuro) / Da erma noite..." se fará luz.
                                                                            2. O Desejado
                                                                              1. As Ilhas Afortunadas
                                                                              2. Os Avisos
                                                                                1. O Bandarra
                                                                                  1. António Vieira
                                                                                    1. "Screvo meu livro à beira-mágoa"
                                                                                    2. Os Tempos
                                                                                      1. Noite
                                                                                        1. Tormenta
                                                                                          1. Calma
                                                                                            1. Antemanhã
                                                                                              1. Nevoeiro
                                                                                                1. Nevoeiro símbolo de indefinição, do desconhecido, do prenúncio de algo. "Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,/ Define com perfil e ser/ Este fulgor baço da terra" estado em que se encontrava Portugal (num estado de indefinição) "Que é Portugal a entristecer-/ Brilho sem luz e sem arder". Há uma crise de identidade nacional "Ninguém sabe que coisa quer./ Ninguém conhece o que a alma tem," "Ó Portugal, hoje és nevoeiro.../ É a Hora!" O poema termina com um apelo/ uma incitação à mudança.
                                                                                      2. Contexto da escrita
                                                                                        1. Depois de terem sido escritos os Lusíadas o império português entra em declínio, fomos perdendo território e por consequência riquezas, no século XIX a situação agrava-se com as invasões francesas, ficamos sob o domínio dos ingleses e o nosso atraso em relação à Europa era cada vez maior. O governo monárquico caiu em descrédito e com o Ultimato Inglês o orgulho nacional sangrava de humilhação.
                                                                                        Show full summary Hide full summary

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