A Call

O conceito sala AIS Virtual é entendida como a automação pela internet de todos os processos envolvendo sala AIS e o modelo que está sendo buscado é automação completa. Mesmo sabendo-se que isso poderá levar alguns anos para ser completamente viabilizado devido a infraestrutura no país. Para atingir este objetivo, trabalha-se em 3 frentes: Melhoria e implantação dos TR´s SIGMA nas salas AIS atuais da INFRAERO e do DECEA; Desenvolvimento e implantação do plano de voo na internet; Implantação da sala Ais virtual. É importante perceber que, apesar de o foco ser a sala AIS Virtual, a sua implantação está sendo tratada conjuntamente com a implantação dos TR´s do SIGMA e da internet. Isso se deve pelo fato de ser completamente dependente do desenvolvimento dos itens anteriores e também do comportamento de migração dos usuários para o serviço prestado na internet. Atualmente, o trabalho de desenvolvimento de melhoria dos TR´s do SIGMA está tendo ótimos resultados e vários avanços já foram atingidos. Pois, a postura do CGNA está sendo de cooperar com o desenvolvimento mantendo pessoal na Atech para retirar dúvidas e utilizando o C-AIS SP como laboratório. Para se ter uma idéia, no dia 19/03/2015 foi quebrada uma das mais difíceis importantes barreiras para a operação do TR pelos integrantes do CGNA. O problema existia pelo fato de que o modelo criado não permitia a replicação da base de dados dos TR no mesmo ambiente. A empresa alocou esforços para a correção, porém levará muito tempo para concluir por ser de alta complexidade. O novo modelo se baseia em por um dos computadores TR como servidor WEB e os outros o acessando. Em caso de contigência, os outros poderão ser facilmente acessados pelo browse. Ou seja, uma solução mais simples com ótima redundância e que economiza esforços na implementação do C-AIS que será uma das bases para o plano de vôo na internet. Os passos que estão sendo dados na evolução do TR estão relacionados à melhor aceitação pelo operador, quanto ao melhor tratamento das mensagens e quanto a sua automação do envio. Sendo que neste último caso, uma tabela de exceção está sendo criada para tratar a questão dos acordos operacionais. Ou seja, todo plano que esteja correto será enviado automaticamente para os endereços de destino. Mesmo aqueles com regras especiais como é o caso dos planos relacionados a acordos operacionais. Um dos maiores problemas que se enfrenta em relação a essa questão é que os acordos podem ser baseados em muitos parâmetros. E, realmente, desenvolver a inteligência para resolver as diversas possibilidades não está sendo simples. Ajudaria muito se houvesse um padrão para criação e nessa questão o CGNA poderá contribuir com sugestões. Esse padrão é importante até mesmo para a perpetuação da automação ao longo dos anos, pois as novas regras seriam criadas dentro da capacidade do que é possível automatizar. Ainda sobre a questão dos planos de vôo, esporadicamente ocorrem alterações nas regras de preenchimento. E até onde é de nosso conhecimento, estas alterações são solicitadas pela ICAO com uma antecedência de até 2 anos. O ideal é que, havendo o entendimento que a adoção de tal solicitação é necessária, a mesma seja repassada imediatamente ao CGNA para inclusão no próximo contrato de evolução dos sistemas impactados. Um exemplo disso foi a não obrigatoriedade da alternativa no voo visual que impactou em alterações significativas na ferramenta. Outro problema é a grande quantidade de correções por NOTAM que surgem todos os dias. Não estamos sugerindo que se acabem as correções, mas que pelo menos se concentrem de forma coordenada com o ICA e com o CGNA para haja tempo de implementação da base de dados. Pois será muito desagradável ao piloto que estiver preenchendo um plano de vôo receber uma mensagem de erro porque determinado ponto ou aerovia que foi publicada em NOTAM não tenha sido inserida na base de dados. No caso da rotas preferenciais, a equipe realizou uma coordenação interna no CGNA, mas o ideal é que haja um trabalho neste sentido de condensar a liberação das informações. Acreditamos inclusive que essa ação se refletirá positivamente em outros sistemas. Ou seja, basta respeitar o calendário AIRAC que é estabelecido pelo SDOP. Após a criação das tabelas dos acordos operacionais, a atenção será voltada para a tabela que permitirá a distribuição da carga de trabalho entre as localidades. Esta tabela será essencial para a implementação do C-AIS CGNA e para a redução gradativa da carga em outras localidades. Além de permitir SJC operar como backup do C-AIS do CGNA. O principal óbice neste sentido tem sido em relação às constantes quedas do link da EMBRATEL. Este problema também trará impactos na implementação da Interface de plano de vôo que será disponibilizado na internet. A equipe do SDTE está trabalhando no sentido de disponibilizar um balanceador de carga e também de novos links de 64mb/seg. Paralelamente a isso tudo, uma equipe de técnicos do CGNA está percorrendo as salas AIS preparando a infraestrutura necessária para a implantação. Essa ação está sendo importante também para determinar as salas com melhores condições de receber os TR e para criar uma “atmosfera positiva” durante o recebimento. Tendo em vista que como o software terá um desempenho melhor em locais providos de melhor tecnologia, a reação negativa das pessoas será minimizada e abrirá portas para a completa substituição do SAIS. Neste ínterim, a interface da internet do SIGMA já deverá ter sido criada e implantada e uma nova fase será iniciada com a inclusão também das empresas aéreas e das EPTA no sistema. Esta fase é essencial porque reduzirá significativamente a quantidade de mensagens erradas e permitirá realocar a as equipes do C-AIS para um trabalho mais voltado a automação. Tenta-se também inserir as aeronaves com planos de voo oriundos do exterior entrando no país, mas ainda não se chegou a uma solução plausível. Ajudaria muito, porém, se fosse publicado que todo plano oriundo do exterior adentrando ao Brasil seja encaminhado adicionalmente ao endereço telegráfico do CGNA. Essa medida é necessária em termos de melhoria do SIGMA para correlacionamento dos planos de vôo. Será necessário também no acompanhamento dos vôos durante as Olimpíadas e Paralimpíadas de 2016. Um problema relevante que afeta atualmente o tratamento dos planos é a quebra de uma fibra ótica que interliga os bastidores do CGNA. Para a solução deste problema, dois processos foram feitos sendo que o primeiro expirou o prazo para adesão no final de 2014 e o segundo não conseguiu-se a adesão, apesar do grande esforço da Intendência nos dois casos. Será necessário fazer um Termo de referência para licitação desta fibra e esse trabalho é muito mais demorado que uma adesão e requer mais esforço da equipe focada na implantação. A partir do momento em que a Interface da internet estiver pronta, a intenção será iniciar o processo de abrangência de regiões. Para abarcar as salas, deverão ser feitos estudos no sentido de compreensão da demanda em cada região. Tendo em vista que a internet não é ainda um meio totalmente disponibilizado no país. Fazendo com que muitos sejam dependentes principalmente do telefone. É esse o principal motivo de termos que desenvolver os TR e a interface da internet para só então buscarmos a automação completa. De acordo com o andamento dos trabalhos, a versão Beta do plano de vôo integrado ao SIGMA deverá ser disponibilizada até junho e quando teremos aproximadamente 15 salas AIS implantadas. Agora, uma questão que está limitando o avanço é a pouca quantidade de técnicos do CGNA. Para se ter uma idéia, contamos com 1 tenente, 1 Suboficial e 1 Sargento não totalmente dedicados nesta função tendo em vista que a quantidade de técnicos para atendimento das atividades diárias do CGNA também está muito limitada. Estes técnicos, atualmente, estão envolvidos na manutenção do SIGMA do CGNA e de SJC, na preparação da infraestrutura das salas AIS, treinamentos das equipes dos regionais, treinamentos dos operadores do CGNA, especificações e etc. Ou seja, operando com uma carga de trabalho bem elevada. Para melhorar esta situação, estima-se a necessidade de aquisição de 5 técnicos exclusivos para o SIGMA e mais 3 para o CGNA de modo que se reduza a sobreposição de tarefas. No âmbito da centralização dos planos, até que a internet passe a ser o principal meio de transmissão dos planos já com a versão do SIGMA e, também, que o número de salas AIS com o SIGMA seja relativamente grande, continuará havendo uma grande quantidade de mensagens tratadas pelo PLNC e essa situação “mina” os esforços da equipe que trata os planos. Por esse motivo é necessário que haja um complemento de pessoal deste setor quando o C-AIS CGNA for aberto de modo a atingir inicialmente o número 32 operadores para revezamento em turnos considerando-se que o C-AIS SP ainda estará operando paralelamente por algum tempo. O número aproximado devido à dificuldade em se dimensionar corretamente a demanda. À medida que as salas forem sendo absorvidas pela virtualização, este número terá que ir sendo revisto. Não significa que representará um aumento e sim uma revisão para atendimento da demanda. Pois, não é possível se prever com certeza qual será o comportamento do usuário em relação à aceitação do sistema. Mesmo que estejamos fazendo o melhor possível e buscando inclusive que se torne referência mundial. Tendo em vista que a demanda do telefone tenderá a se estabilizar em um patamar bem baixo, mas nunca zerar por uma série de fatores culturais, técnicos, operacionais, contigenciais e de infraestrutra. Mesmo havendo a necessidade de um aumento deste número quando se iniciar a fase de absorção, não deverá haver grande impacto de pessoal tendo em vista que haverá a liberação nas salas absorvidas e também pelo automação que estará mais evoluído. Ou seja, não se espera uma simples troca de pessoal por serem menos pessoas envolvidas no processo com uma qualidade de trabalho melhor. Mesmo havendo a necessidade do inicial envio de mais pessoas para o CGNA. Dois outros recursos estão sendo criados: o primeiro é a integração do slot no preenchimento do plano de vôo e o outro é a integração ao Web Service da ATAM para melhorar a captação e o controle dos recursos de modo que o preenchimento esteja disponível somente no caso da quitação das tarifas ter sido feita. Cabe ressaltar que a CISCEA tem sido fundamental para a execução do planejamento tendo em vista que tem dado apoio irrestrito e muita confiança na CGNA para a condução dos trabalhos e coloco-me a disposição de V.Exa. para os esclarecimentos julgados necessários.

Estratégia de implantação do Plano de voo centralizado e sala Ais Virtual