Português SEFAZ - Aula 0

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Concursos Públicos Português Quiz on Português SEFAZ - Aula 0, created by Marcelo Albuquerque on 24/07/2018.
Marcelo Albuquerque
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Question 1

Question
1) FCC/TJ/TST/Administrativa/Segurança Judiciária/2012 Fazendo-se as alterações necessárias, o segmento grifado está substituído corretamente por um pronome em:
Answer
  • a) alçar a turma = alçar-lhe
  • b) retirou um conjunto deles = retirou-nos
  • c) guiar os estudantes = guiar-os
  • d) desconstruir a visão = desconstruir-lhe
  • e) analisaram os cursos de oito faculdades = analisaram-nos

Question 2

Question
2) FUNCAB/ASC/CBM AC/2012 No trecho “[...] esperando uma hipótese muito remota de trazê-LO de volta... [...]”, o pronome pessoal oblíquo átono O está corretamente empregado. A opção em que o pronome pessoal oblíquo átono destacado também está empregado de acordo com as regras da norma culta da língua é:
Answer
  • a) Não queira-ME mal, mas eu precisava fazer esse desabafo com você!
  • b) Demo-NOS conta, somente agora, de como a vida de um bombeiro é dura!
  • c) Encontraremos-NOS depois dessa chamada para comemorarmos a vida.
  • d) Quando sempre chamarem-ME, lembre que estarei disposto a salvar vidas!
  • e) Jamais desesperes-TE; chegarei logo, são, salvo e feliz. Salvei algumas vidas!

Question 3

Question
Atenção: Para responder à questão, leia o texto abaixo. Nasci na Rua Faro, a poucos metros do Bar Joia, e, muito antes de ir morar no Leblon, o Jardim Botânico foi meu quintal. Era ali, por suas aleias de areia cor de creme, que eu caminhava todas as manhãs de mãos dadas com minha avó. Entrávamos pelo portão principal e seguíamos primeiro pela aleia imponente que vai dar no chafariz. Depois, íamos passear à beira do lago, ver as vitóriasrégias, subir as escadarias de pedra, observar o relógio de sol. Mas íamos, sobretudo, catar mulungu. Mulungu é uma semente vermelha com a pontinha preta, bem pequena, menor do que um grão de ervilha. Tem a casca lisa, encerada, e em contraste com a pontinha preta seu vermelho é um vermelho vivo, tão vivo que parece quase estranho à natureza. É bonita. Era um verdadeiro prêmio conseguir encontrar um mulungu em meio à vegetação, descobrir de repente a casca vermelha e viva cintilando por entre as lâminas de grama ou no seio úmido de uma bromélia. Lembro bem com que alegria eu me abaixava e estendia a mão para tocar o pequeno grão, que por causa da ponta preta tinha uma aparência que a mim lembrava vagamente um olho. Disse isso à minha avó e ela riu, comentando que eu era como meu pai, sempre prestava atenção nos detalhes das coisas. Acho que já nessa época eu olhava em torno com olhos mínimos. Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade de mulungus que me restava na palma da mão na hora de ir para casa. Conseguia às vezes juntar um punhado, outras vezes apenas dois ou três. E é curioso que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham, de que árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas. Apenas sabíamos que surgiam no chão ou por entre as folhas e sempre numa determinada região do Jardim Botânico. Mas eu jamais seria capaz de reconhecer uma árvore de mulungu. Um dia, procurei no dicionário e descobri que mulungu é o mesmo que corticeira e que também é conhecido pelo nome de flor-de-coral. ''Árvore regular, ornamental, da família das leguminosas, originária da Amazônia e de Mato Grosso, de flores vermelhas, dispostas em racimos multifloros, sendo as sementes do fruto do tamanho de um feijão (mentira!), e vermelhas com mácula preta (isto, sim)'', dizia. Mas há ainda um outro detalhe estranho – é que não me lembro de jamais ter visto uma dessas sementes lá em casa. De algum modo, depois de catadas elas desapareciam e hoje me pergunto se não era minha avó que as guardava e tornava a despejá-las nas folhagens todas as manhãs, sempre que não estávamos olhando, só para que tivéssemos o prazer de encontrá-las. O fato é que não me sobrou nenhuma e elas ganharam, talvez por isso, uma aura de magia, uma natureza impalpável. Dos mulungus, só me ficou a memória − essa memória mínima. (Adaptado de: SEIXAS, Heloísa. Semente da Memória. Disponível em: http://heloisaseixas.com.br) No segmento de que árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas (3º parágrafo), o termo sublinhado pode ser substituído corretamente por:
Answer
  • a) de cuja
  • b) dos quais
  • c) de qual
  • d) de quanta
  • e) de cujos

Question 4

Question
4) FCC/TRE/SEFAZ MA/Arrecadação e Fiscalização de Mercadorias em Trânsito/2016 Não raro, o homem moderno considera construções antigas como bens ultrapassados, ...I... deveriam ceder lugar a edificações mais arrojadas. Preenche corretamente a lacuna I da frase o que se encontra em:
Answer
  • a) dos quais
  • b) nos quais
  • c) onde
  • d) os quais
  • e) aonde

Question 5

Question
5) FCC/Ana RH/ALMS/2016 A forma de tratamento, o emprego de pronomes e a linguagem utilizada estão plenamente adequados no seguinte caso:
Answer
  • a) Vimos respeitosamente à presença de Vossa Excelência, chefe dos Recursos Humanos, solicitar que se dê um jeito na situação precária em que se acham os funcionários recém-admitidos.
  • b) Senhor Governador: Vossa Senhoria deveis considerar que nossas demandas são justas, razão pela qual aqui as reexpomos.
  • c) Como o Senador não pode comparecer, falará em seu lugar seu assessor imediato, que tão bem representa Sua Excelência.
  • d) Não é por nada não, chefia, mas bem que podias honrar-nos a todos que o estimamos com um atendimento mais cordial.
  • e) Caros deputados, se não pretendeis votar a emenda ainda hoje, tomamos a liberdade de lembrar-lhes que a próxima semana estará tomada por outra pauta.

Question 6

Question
6) FCC/Técnico/PGE MT/Técnico Administrativo/2016 Para Bauman, a livre regulação do mercado causa desigualdades e injustiças. Bauman questiona a livre regulação do mercado, pois, segundo ele, o mercadocria problemas, mas não consegue resolver os problemas. Fazendo-se as alterações necessárias, os elementos sublinhados acima foram corretamente substituídos por um pronome em:
Answer
  • a) lhe questiona − os resolver
  • b) lhe questiona − lhes resolver
  • c) a questiona − resolvê-los
  • d) a questiona − resolver-lhes
  • e) lhe questiona − resolvê-los

Question 7

Question
7) FCC/AJ/TRT 20/Judiciária/"Sem Especialidade"/2016 Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão. [Civilização e sofrimento] É uma afirmação corrente que boa parte da culpa dos sofrimentos humanos vem do que é chamado de nossa civilização. Seríamos bem mais felizes se a abandonássemos e retrocedêssemos a condições primitivas, satisfazendo nossos instintos básicos. Tal asserção me parece espantosa, porque é fato estabelecido – como quer que se defina o conceito de civilização – que tudo aquilo com que nos protegemos da ameaça das fontes do sofrer é parte da civilização. Como é que tantas pessoas chegaram a partilhar esse ponto de vista de surpreendente hostilidade à civilização? Acho que uma profunda insatisfação com o estado civilizacional existente preparou o solo no qual, em determinadas ocasiões históricas, formou-se essa condenação. (Adaptado de: FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Penguin & Companhia das Letras, 2011, p. 31) Criamos a nossa civilização e atribuímos à nossa civilização o papel de dirimir nossos sofrimentos, fazendo da nossa civilização uma espécie de escudo contra o furor dos nossos instintos, para que não reconheçamos os nossos instintos como forças que não podem ser controladas. Evitam-se as viciosas repetições da frase acima, substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:
Answer
  • a) lhe atribuímos − fazendo dela − os reconheçamos
  • b) a atribuímos − fazendo com ela − reconheçamos-lhes
  • c) atribuímo-la − fazendo dela − lhes reconheçamos
  • d) a ela atribuímos − fazendo-a − reconheçamo-los
  • e) lhe atribuímos − fazendo-lhe − os reconheçamos

Question 8

Question
8) FCC/Ana/DPE RS/Contabilidade/2017 A questão baseia no texto apresentado abaixo Sem privacidade Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares, redes sociais e dispositivos outros das mais variadas conexões? Os mais velhos devem se lembrar do tempo em que era feio “ouvir conversa alheia”. Hoje é impossível transitar por qualquer espaço público sem recolher informações pessoais de todo mundo. Viajando de ônibus, por exemplo, acompanham-se em conversas ao celular brigas de casal, reclamações trabalhistas, queixas de pais a filhos e vice-versa, declarações românticas, acordo de negócios, informações técnicas, transmissão de dados e um sem-número de situações de que se é testemunha compulsória. Em clara e alta voz, lances da vida alheia se expõem aos nossos ouvidos, desfazendo-se por completo a fronteira que outrora distinguia entre a intimidade e a mais aberta exposição. Nas redes sociais, emoções destemperadas convivem com confissões perturbadoras, o humor de mau gosto disputa espaço com falácias políticas – tudo deixando ver que agora o sujeito só pode existir na medida em que proclama para o mundo inteiro seu gosto, sua opinião, seu juízo, sua reação emotiva. É como se todos se obrigassem a deixar bem claro para o resto da humanidade o sentido de sua existência, seu propósito no mundo. A discrição, a fala contida, o recolhimento íntimo parecem fazer parte de uma civilização extinta, de quando fazia sentido proteger os limites da própria individualidade. Em meio a tais processos da irrestrita divulgação da personalidade, as reticências, a reflexão silenciosa e o olhar contemplativo surgem como sintomas problemáticos de alienação. Impõe-se um tipo de coletivismo no qual todos se obrigam a se falar, na esperança de que sejam ouvidos por todos. Nesse imenso ruído social, a reclamação por privacidade é recebida como o mais condenável egoísmo. Pretender identificar-se como um sujeito singular passou a soar como uma provocação escandalosa, em tempos de celebração do paradigma público da informação. (Jeremias Tancredo Paz, inédito) Perdeu-se a antiga privacidade, enterramos a antiga privacidade sob os conectores modernos, tornamos esses conectores modernos nossos deuses implacáveis, sob o comando desses conectores modernos trocamos escandalosamente todas as informações mais pessoais. Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:
Answer
  • a) enterramo-la − tornamo-los − sob cujo comando
  • b) enterramos-lhe − tornamo-lhes − sob cujo comando
  • c) enterramo-la − os tornamos − sob o qual comando
  • d) a enterramos − tornamos-lhes − sob o comando deles
  • e) enterramo-lhe − lhes tornamos − sob o comando dos quais

Question 9

Question
9) FCC/TJ/TRE PR/Administrativa/2017 Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. Muitos duvidam da existência do amor. Muitos afirmam ser ele uma invenção da literatura. Outros, que se trata de uma projeção neurótica imaginária. Uma patologia da família das manias. Há quem suspeite de que seja uma doença da alma. Estão errados. Quem conhece o amor sabe que ele habita entre nós. E sua presença nos faz sentir vivos. Por isso, o ressentimento é cego ao amor. A falta de amor na vida produz um certo ceticismo em relação ao mundo. Ou pior: o sentimento de inexistência. Um dos pecados maiores da inteligência é chegar à conclusão de que o amor é uma ficção. Muitas vezes, pessoas supostamente inteligentes consideram o amor algo ingênuo e pueril. A desconfiança se acha a mais completa das virtudes morais ou cognitivas. A armadilha de quem desconfia sempre é que ele mesmo se sente inexistente para o mundo porque este é sempre visto com desprezo. Outra suposta arma contra o amor é a hipocrisia. A hipótese de a hipocrisia ser a substância da moral pública parece que inviabiliza o amor por conta de sua cegueira para com esta hipocrisia mesma. É verdade: o amor não vê a hipocrisia. Søren Kierkegaard (1813-1855) diz que há um "abismo escancarado" entre eles. O amor é concreto como o dia a dia. Engana-se quem considera o amor abstrato e fantasioso. Kierkegaard nos lembra que o amor só se conhece pelos frutos. Isso implica que não há propriamente uma percepção do amor que não seja prática. O gosto do amor é a confiança nas coisas que ele dá a quem o experimenta. (Adaptado de: PONDÉ, Luiz Felipe Disponível em: www.folha.uol.com.br) A substituição do elemento sublinhado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes no segmento, foi realizada de acordo com a norma padrão em:
Answer
  • a) quem considera o amor abstrato = quem lhe considera abstrato
  • b) consideram o amor algo ingênuo e pueril = consideram-lhe algo ingênuo e pueril
  • c) parece que inviabiliza o amor = parece que inviabiliza-lhe
  • d) o ressentimento é cego ao amor = o ressentimento lhe é cego
  • e) o amor não vê a hipocrisia = o amor não lhe vê

Question 10

Question
10) FCC/Analista Judiciário/TRE AP/Judiciária/2006 Atenção: Para responder à questão, considere a crônica (Texto I) e o poema (Texto II) que seguem. Texto I O jivaro Um sr. Matter, que fez uma viagem de exploração à América do Sul, conta a um jornal sua conversa com um índio jivaro, desses que sabem reduzir a cabeça de um morto até ela ficar bem pequenina. Queria assistir a uma dessas operações, e o índio lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com um inimigo. O Sr. Matter: − Não, não! Um homem, não. Faça isso com a cabeça de um macaco. E o índio: − Por que um macaco? Ele não me fez nenhum mal! Texto II Anedota búlgara Era uma vez um czar naturalista que caçava homens. Quando lhe disseram que também se caçam borboletas [e andorinhas ficou muito espantado e achou uma barbaridade. (Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia) O czar caçava homens, não ocorrendo ao czar que, em vez de homens, se caçassem andorinhas e borboletas, parecendo-lhe uma barbaridade levar andorinhas e borboletas à morte. Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se, de forma correta, os elementos sublinhados por, respectivamente,
Answer
  • a) não o ocorrendo de tais levá-las.
  • b) não ocorrendo-lhe dos mesmos levar-lhes.
  • c) lhe não ocorrendo destes as levar-lhes.
  • d) não ocorrendo-o dos cujos as levarem.
  • e) não lhe ocorrendo destes levá-las.

Question 11

Question
11) FCC/Analista Judiciário/TRT 1/Judiciária/2013 Atenção: A questão refere-se ao texto que segue. Cada um fala como quer, ou como pode, ou como acha que pode. Ainda ontem me divertiu este trechinho de crônica do escritor mineiro Humberto Werneck, de seu livro Esse inferno vai acabar: “− Meu cabelo está pendoando – anuncia a prima, apalpando as melenas. Tenho anos, décadas de Solange, mas confesso que ela, com o seu solangês, às vezes me pega desprevenido. − Seu cabelo está o quê? − Pendoando – insiste ela, e, com a paciência de quem explica algo elementar a um total ignorante, traduz: − Bifurcando nas extremidades. É assim a Solange, criatura para a qual ninguém morre, mas falece, e, quando sobrevém esse infausto acontecimento, tem seu corpo acondicionado num ataúde, num esquife, num féretro, para ser inumado em alguma necrópole, ou, mais recentemente, incinerado em crematório. Cabelo de gente assim não se torna vulgarmente quebradiço: pendo-a.” Isso me fez lembrar uma visita que recebemos em casa, eu ainda menino. Amigas da família, mãe e filha adolescente vieram tomar um lanche conosco. D. Glorinha, a mãe, achava meu pai um homem intelectualizado e caprichava no vocabulário. A certa altura pediu ela a mim, que estava sentado numa extremidade da mesa: − Querido, pode alcançar-me uma côdea desse pão? − Por falta de preparo linguístico não sabia como atender a seu pedido. Socorreu-me a filha adolescente: − Ela quer uma casquinha do pão. Ela fala sempre assim na casa dos outros. − A mãe ficou vermelha, isto é, ruborizou, enrubesceu, rubificou, e olhou a filha com reprovação, isto é, dardejou-a com olhos censórios. Veja-se, para concluir, mais um trechinho do Werneck: “Você pode achar que estou sendo implicante, metido a policiar a linguagem alheia. Brasileiro é assim mesmo, adora embonitar a conversa para impressionar os outros. Sei disso. Eu próprio já andei escrevendo sobre o que chamei de ruibarbosismo: o uso de palavreado rebarbativo como forma de, numa discussão, reduzir ao silêncio o interlocutor ignaro. Uma espécie de gás paralisante verbal.” (Cândido Barbosa Filho, inédito) “Ruibarbosismo” é um neologismo do qual se valeu o autor do texto para lembrar o estilo retórico pelo qual se notabilizou o escritor baiano. Não haverá prejuízo para a correção da frase acima ao se substituírem os segmentos sublinhados, na ordem dada, por:
Answer
  • a) a que recorreu - que fez notável.
  • b) do qual incorreu - com que se afamou.
  • c) a cujo recorreu – o qual celebrizou.
  • d) em que fez uso – em cujo deu notabilidade.
  • e) em cujo incorreu – com o qual se propagou.

Question 12

Question
12) FCC/Analista Judiciário/TRT 16/Administrativa/2014 Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo − um fragmento de O espírito das leis, obra clássica do filósofo francês Montesquieu, publicada em 1748. [Do espírito das leis] Falta muito para que o mundo inteligente seja tão bem governado quanto o mundo físico, pois ainda que o mundo inteligente possua também leis que por sua natureza são invariáveis, não as segue constantemente como o mundo físico segue as suas. A razão disso reside no fato de estarem os seres particulares inteligentes limitados por sua natureza e, consequentemente, sujeitos a erro; e, por outro lado, é próprio de sua natureza agirem por si mesmos. (...) O homem, como ser físico, tal como os outros corpos da natureza, é governado por leis invariáveis. Como ser inteligente, viola incessantemente as leis que Deus estabeleceu e modifica as que ele próprio estabeleceu. Tal ser poderia, a todo instante, esquecer seu criador − Deus, pelas leis da religião, chamou-o a si; um tal ser poderia, a todo instante, esquecer-se de si mesmo − os filósofos advertiram-no pelas leis da moral. (Montesquieu − Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 33 e 34) As leis humanas são falíveis, os homens desrespeitam as leis humanas e destituem as leis humanas do sentido de uma profunda equidade que deveria reger as leis humanas. Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:
Answer
  • a) desrespeitam a elas – destituem-nas − deveria reger-lhes
  • b) desrespeitam-lhes − as destituem − deveria regê-las
  • c) desrespeitam-nas − lhes destituem − lhes deveria reger
  • d) lhes desrespeitam – destituem-lhes − deveria regê-las
  • e) desrespeitam-nas – destituem-nas − as deveria reger

Question 13

Question
13) FCC/AJ/TRT 2/Administrativa/2014 Muita gente não enfrenta uma argumentação, prefere substituir uma argumentação pela alegação do gosto, atribuindo ao gosto o valor de um princípio inteiramente defensável, em vez de tomar o gosto como uma instância caprichosa. Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados por, respectivamente,
Answer
  • a) substituir-lhe – atribuindo-o - tomá-lo
  • b) substituí-la – atribuindo-lhe - tomá-lo
  • c) substituí-la – lhe atribuindo - tomar-lhe
  • d) substituir a ela – atribuindo a ele – lhe tomar
  • e) substituir-lhe – atribuindo-lhe – tomar-lhe

Question 14

Question
14) FCC/TJ/TST/Administrativa/2012 Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. Todos os jogos se compõem de duas partes: um jogo exterior e um jogo interior. O exterior é jogado contra um adversário para superar obstáculos exteriores e atingir uma meta externa. Para o domínio desse jogo, especialistas dão instruções sobre como utilizar uma raquete ou um taco e como posicionar os braços, as pernas ou o tronco para alcançar os melhores resultados. Mas, por algum motivo, a maioria das pessoas têm mais facilidade para lembrar estas instruções do que para executá-las. Minha tese é que não encontraremos maestria nem satisfação em algum jogo se negligenciarmos as habilidades do jogo interior. Este é o jogo que se desenrola na mente do jogador, e é jogado contra obstáculos como falta de concentração, nervosismo, ausência de confiança em si mesmo e autocondenação. Em resumo, este jogo tem como finalidade superar todos os hábitos da mente que inibem a excelência do desempenho. Muitas vezes nos perguntamos: Por que jogamos tão bem num dia e tão mal no outro? Por que ficamos tensos numa competição ou desperdiçamos jogadas fáceis? Por que demoramos tanto para nos livrar de um mau hábito e aprender um novo? As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem novos troféus, mas elas trazem recompensas valiosas, que são permanentes e que contribuem de forma significativa para nosso sucesso posterior, tanto na quadra como fora dela. (Adaptado de W. Timothy Gallwey. O jogo interior de tênis. Trad. de Mario R. Krausz. S.Paulo: Textonovo, 1996. p.13) Substituindo-se os elementos grifados em segmentos do texto, com os ajustes necessários, ambos os pronomes foram empregados corretamente em:
Answer
  • a) como posicionar os braços / alcançar os melhores resultados = como posicioná-los / alcançar-lhes
  • b) não encontraremos maestria / negligenciarmos as habilidades = não encontraremo-la / negligenciarmo-nas
  • c) especialistas dão instruções / como utilizar uma raquete = especialistas dãonas / como utilizá-la
  • d) superar obstáculos exteriores / atingir uma meta externa = superar-nos / atingi-la
  • e) não acrescentem novos troféus / elas trazem recompensas = não lhes acrescentem / elas as trazem

Question 15

Question
15) FCC/Aux. Judiciário/TRF 2/Administrativa/2007 A fronteira da biodiversidade é azul. Atrás das ondas, mais do que em qualquer outro lugar do planeta, está o maior número de seres vivos a descobrir. Os mares parecem guardar as respostas sobre a origem da vida e uma potencial revolução para o desenvolvimento de medicamentos, cosméticos e materiais para comunicações. Sabemos mais sobre a superfície da Lua e de Marte do que do fundo do mar. Os oceanos são hoje o grande desafio para a conservação e o conhecimento da biodiversidade, e os especialistas sabem que ela é muitas vezes maior do que hoje conhecemos. Das planícies abissais - o verdadeiro fundo do mar, que ocupa a maior parte da superfície da Terra - vimos menos de 1%. Hoje sabemos que essa planície, antes considerada estéril, está cheia de vida. Nos últimos anos, não só se fizeram novos registros, como também se descobriram novas espécies de peixes e invertebrados marinhos - como estrelas-do-mar, corais, lulas e crustáceos. Em relação à pesca, porém, há más notícias. Pesquisadores alertam que diversidade não é sinônimo de abundância. Há muitas espécies, mas as populações, em geral, não são grandes. A mais ambiciosa empreitada para conhecer a biodiversidade dos oceanos é o Censo da Vida Marinha, que reúne 1.700 cientistas de 75 países e deverá estar pronto em 2010. Sua meta é inventariar toda a vida do mar, inclusive os microorganismos, grupo que representa a maior biomassa da Terra. Uma pequena arraia escura, em forma de coração, é a mais nova integrante da lista de peixes brasileiros. Ela foi coletada entre os Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, a cerca de 900 metros de profundidade. Como muitas espécies marinhas recém-identificadas, esta também é uma habitante das trevas. O mar oferece outros tipos de riqueza. Estudos feitos no exterior revelaram numerosas substâncias extraídas de animais marinhos e com aplicação comercial. Há substâncias de poderosa ação antiviral e até mesmo anticancerígena. Há também uma esponja cuja estrutura inspirou fibras óticas que transmitem informação com mais eficiência. Outros compostos recémdescobertos de bactérias são transformados em cremes protetores contra raios ultravioleta. Vermes que devoram ossos de baleias produzem um composto com ação detergente. Já o coral-bambu é visto como um substituto potencial para próteses ósseas. (Adaptado de Ana Lucia Azevedo. Revista O Globo. 19 de março de 2006, p.1821) A substituição do segmento grifado pelo pronome correspondente está feita de modo INCORRETO em:
Answer
  • a) parecem guardar as respostas = parecem guardá-las.
  • b) que ocupa a maior parte da superfície da Terra = que a ocupa.
  • c) oferece outros tipos de riqueza = oferece-os.
  • d) revelaram numerosas substâncias = revelaram-nas.
  • e) produzem um composto = produzem-lhe.

Question 16

Question
16) FCC/TJ/TRT 6/Administrativa/Segurança/2012 Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte. Os livros de história sempre tiveram dificuldade em falar de mulheres que não respeitam os padrões de gênero, e em nenhuma área essa limitação é tão evidente como na guerra e no que se refere ao manejo de armas. No entanto, da Antiguidade aos tempos modernos a história é fértil em relatos protagonizados por guerreiras. Com efeito, a sucessão política regularmente coloca uma mulher no trono, por mais desagradável que essa verdade soe. Sendo as guerras insensíveis ao gênero e ocorrendo até mesmo quando uma mulher dirige o país, os livros de história são obrigados a registrar certo número de guerreiras levadas, consequentemente, a se comportar como qualquer Churchill, Stálin ou Roosevelt. Semíramis de Nínive, fundadora do Império Assírio, e Boadiceia, que liderou uma das mais sangrentas revoltas contra os romanos, são dois exemplos. Esta última, aliás, tem uma estátua à margem do Tâmisa, em frente ao Big Ben, em Londres. Não deixemos de cumprimentá-la caso estejamos passando por ali. Em compensação, os livros de história são, em geral, bastante discretos sobre as guerreiras que atuam como simples soldados, integrando os regimentos e participando das batalhas contra exércitos inimigos em condições idênticas às dos homens. Essas mulheres, contudo, sempre existiram. Praticamente nenhuma guerra foi travada sem alguma participação feminina. (Adaptado de Stieg Larsson. A rainha do castelo de ar. São Paulo: Cia. das Letras, 2009. p. 78) Levando-se em conta as alterações necessárias, o termo grifado foi corretamente substituído por um pronome em:
Answer
  • a) coloca uma mulher no trono = coloca-na no trono
  • b) dirige o país = lhe dirige
  • c) integrando os regimentos = integrando-lhes
  • d) liderou uma das mais sangrentas revoltas = liderou-na
  • e) registrar certo número de guerreiras = registrá-lo

Question 17

Question
17) FCC/EST/BB/2012 Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. Da solidão Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão. Basta que em redor delas se arme o silêncio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma presença humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se o peso do céu desabasse sobre a sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio do fim do mundo. No entanto, haverá na terra verdadeira solidão? Tudo é vivo e tudo fala, em redor de nós, embora com vida e voz que não são humanas, mas que podemos aprender a escutar, porque muitas vezes essa linguagem secreta ajuda a esclarecer o nosso próprio mistério. Pintores e fotógrafos andam em volta dos objetos à procura de ângulos, jogos de luz, eloquência de formas, para revelarem aquilo que lhes parece não o mais estático dos seus aspectos, mas o mais comunicável, o mais rico de sugestões, o mais capaz de transmitir aquilo que excede os limites físicos desses objetos, constituindo, de certo modo, seu espírito e sua alma. Façamo-nos também desse modo videntes: olhemos devagar para a cor das paredes, o desenho das cadeiras, a transparência das vidraças, os dóceis panos tecidos sem maiores pretensões. Não procuremos neles a beleza que arrebata logo o olhar: muitas vezes seu aspecto – como o das criaturas humanas – é inábil e desajeitado. Amemos nessas humildes coisas a carga de experiências que representam, a repercussão, nelas sensível, de tanto trabalho e história humana. Concentradas em sua essência, só se revelam quando nossos sentidos estão aptos para as descobrirem. Em silêncio, nos oferecerão sua múltipla companhia, generosa e quase invisível. (Adaptado de Cecília Meireles, Escolha o seu sonho) Solidão? Muitos de nós tememos a solidão, julgamos invencível a solidão, atribuímos à solidão os mais terríveis contornos, mas nunca estamos absolutamente sós no mundo. Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:
Answer
  • a) lhe tememos - a julgamos invencível - a atribuímos
  • b) tememo-la – julgamo-la - invencível atribuímo-la
  • c) tememos a ela – lhe julgamos invencível – lhe atribuímos
  • d) a tememos – julgamo-la invencível - atribuímos-lhe
  • e) a tememos – julgamos invencível a ela – lhe atribuímos

Question 18

Question
18) FCC/Analista Judiciário/TRT 1/Apoio Especializado/Tecnologia da Informação/2014 Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte. Novas fronteiras do mundo globalizado Apesar do desenvolvimento espetacular das tecnologias, não devemos imaginar que vivemos em um mundo sem fronteiras, como se o espaço estivesse definitivamente superado pela velocidade do tempo. Seria mais correto dizer que a modernidade, ao romper com a geografia tradicional, cria novos limites. Se a diferença entre o “Primeiro” e o “Terceiro” mundo é diluída, outras surgem no interior deste último, agrupando ou excluindo as pessoas. Nossa contemporaneidade faz do próximo o distante, separando-nos daquilo que nos cerca, ao nos avizinhar de lugares remotos. Neste caso, não seria o outro aquilo que o “nós” gostaria de excluir? Como o islamismo (associado à noção de irracionalidade), ou os espaços de pobreza (África, setores de países em desenvolvimento), que apesar de muitas vezes próximos se afastam dos ideais cultivados pela modernidade. (Adaptado de: ORTIZ, Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 220) As novas tecnologias estão em vertiginoso desenvolvimento, mas não tomemos as novas tecnologias como um caminho inteiramente seguro, pois falta às novas tecnologias, pela velocidade mesma com que se impõem, o controle ético que submeta as novas tecnologias a um padrão de valores humanistas. Para evitar as viciosas repetições do texto acima é preciso substituir os segmentos sublinhados, na ordem dada, pelas seguintes formas:
Answer
  • a) lhes tomemos – falta-lhes – submeta-lhes
  • b) tomemos a elas − lhes falta − lhes submeta
  • c) as tomemos – falta-lhes − as submeta
  • d) lhes tomemos − lhes falta − as submeta
  • e) as tomemos − falta a elas – submeta-las

Question 19

Question
19) FCC/AFTE/SEFAZ PE/2014 Instruções: A questão refere-se ao texto abaixo. Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A razão vem de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas populares ou as personagens das velhas farsas de mamulengos. Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas erradas. Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe. Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito. O vestuário da personagem − fraquezinho humorístico, calças lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha − também se fixou pelo consenso do público. Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito. Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o dandismo do grotesco. Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do ouro e O - circo. Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico. Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público. Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator comum de todas as expressões humanas. (Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”. Crônicas da província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 21920) A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo INCORRETO em:
Answer
  • a) arremedar a marcha desgovernada de um tabético = arremedá-la
  • b) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou-as por outras
  • c) ela destruía a unidade física do tipo = ela a destruía
  • d) pôs em evidência o fator comum = pô-lo em evidência
  • e) eliminou imediatamente a variante = eliminou-na

Question 20

Question
20) FCC/AJ/TRE-RS/Judiciária/2010 A frase em total concordância com o padrão culto escrito é:
Answer
  • a) Dirigimo-nos a V.Sa. para solicitar que, em vossa apreciação do documento, haja bastante precisão quanto aos pontos que quereis ver alterados.
  • b) Senhor Ministro, sabemos todos que Vossa Excelência jamais fizestes referência desairosa ao poder legislativo, mas desejamos pedir-lhe que desfaça o mal-entendido.
  • c) Ao encontrar-se com Sua Magnificência, não se conteve: − Senhor Reitor, sou o mais novo membro do corpo docente e vos peço um minuto de sua atenção.
  • d) Assim que terminou a cerimônia, disse à Sua Santidade: − Ponho-me a vossa disposição se acaso deseje mandar uma mensagem ao povo brasileiro.
  • e) Entendemos que V.Exa. necessita de mais dados sobre a questão em debate e, assim, lhe pedimos que nos conceda um prazo para que o documento seja mais bem elaborado.

Question 21

Question
21) FCC/ACE/TCE-CE/Controle Externo/Auditoria Governamental/2015 Atenção: A questão refere-se ao texto que segue. Eduardo Coutinho, artista generoso Uma das coisas mais bonitas e importantes da arte do cineasta Eduardo Coutinho, mestre dos documentários, morto em 2014, está em sua recusa aos paradigmas que atropelam nossa visão de mundo. Em vez de contemplar a distância grupos, classes ou segmentos, ele vê de perto pessoa por pessoa, surpreendendo-a, surpreendendo-se, surpreendendo-nos. Não lhe dizem nada expressões coletivistas como “os moradores do Edifício”, os “peões de fábrica”, “os sertanejos nordestinos”: os famigerados “tipos sociais”, usualmente enquadrados por chavões, dão lugar ao desafio de tomar o depoimento vivo de quem ocupa aquela quitinete, de investigar a fisionomia desse operário que está falando, de repercutir as palavras e os silêncios do morador de um povoado da Paraíba. Essa dimensão ética de discernimento e respeito pela condição singular do outro deveria ser o primeiro passo de toda política. Nem paternalismo, nem admiração prévia, nem sentimentalismo: Coutinho vê e ouve, sabendo ver e ouvir, para conhecer a história de cada um como um processo sensível e inacabado, não para ajustar ou comprovar conceitos. Sua obsessão pela cena da vida é similar à que tem pela arte, o que torna quase impossível, para ele, distinguir uma da outra, opor personagem a pessoa, contrapor fato a perspectiva do fato. Fazendo dessa obsessão um eixo de sua trajetória, Coutinho viveu como um homem/artista crítico para quem já existe arte encarnada no corpo e suspensa no espírito do outro: fixa a câmera, abre os olhos e os ouvidos, apresenta-se, mostra-se, mostra-o, mostra-nos. (Armindo Post, inédito) Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na seguinte frase:
Answer
  • a) A perspectiva ética aonde Coutinho manifesta todo o respeito pela pessoa que retrata é uma das características nas quais seus filmes se distinguem.
  • b) O paternalismo e o sentimentalismo, posições das quais muitos se agarram para tratar o outro, não são atitudes por onde Coutinho tenha mostrado qualquer inclinação.
  • c) As expressões coletivistas, com cujas Coutinho jamais se entusiasmou, são chavões em que se deixam impressionar as pessoas de julgamento mais apressado.
  • d) As pessoas por quem Coutinho se interessasse eram retratadas de modo a ter destacados os atributos pelos quais ele se deixara atrair.
  • e) Os paradigmas já mecanizados, nos quais muitos se deixam nortear, não mereciam de Coutinho nenhum crédito, pois só lhe importava a singularidade de cuja as pessoas são portadoras.

Question 22

Question
22) FCC/Analista/BACEN/Área 1/2006 Está correto o emprego de ambos os elementos destacados na frase:
Answer
  • a) Os sonhos de cujos nos queremos alimentar não satisfazem os desejos com que a eles nos moveram.
  • b) A expressão de Elio Gaspari, a qual se refere o autor do texto, é "cidadãos descartáveis", e alude às criaturas desesperadas cujo o rumo é inteiramente incerto.
  • c) Os objetivos de que se propõem os neoliberais não coincidem com as necessidades por cujas se movem os "cidadãos descartáveis".
  • d) As miragens a que nos prendemos, ao longo da vida, são projeções de anseios cujo destino não é a satisfação conclusiva.
  • e) A força do nosso trabalho, de que não relutamos em vender, dificilmente será paga pelo valor em que nos satisfaremos.

Question 23

Question
23) FCC/TL/ALE-RN/Técnico Legislativo/2013 O segmento grifado nas expressões abaixo está corretamente substituído pelo pronome correspondente em:
Answer
  • a) que enfunavam as velas dos barcos = enfunavam-nos
  • b) sentir o tempo em termos de ritmos orgânicos = sentir-lhe
  • c) só os hebreus e os persas zoroastrianos adotavam a percepção progressiva do tempo = adotavam-a
  • d) A linguagem preservou tais sensações culturais em torno do tempo = preservou-o
  • e) as culturas que residualmente cultuavam um eterno retorno = cultuavam-no

Question 24

Question
24) FCC/AP/MANAUSPREV/Administrativa/2015 Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. Numa definição solta, a floresta tropical é um tapete multicolorido, estruturado e vivo, extremamente rico. Uma colônia extravagante de organismos que saíram do oceano há 400 milhões de anos e vieram para a terra. Dentro das folhas ainda existem condições semelhantes às da primordial vida marinha. Funciona assim como um mar suspenso, que contém uma miríade de células vivas, muito elaborado e adaptado. Em temperatura ambiente, usando mecanismos bioquímicos de complexidade quase inacessível, processam-se átomos e moléculas, determinando e regulando fluxos de substâncias e energias. A mítica floresta amazônica vai muito além de um museu geográfico de espécies ameaçadas e representa muito mais do que um simples depósito de carbono. Evoluída nos últimos 50 milhões de anos, a floresta amazônica é o maior parque tecnológico que a Terra já conheceu, porque cada organismo seu, entre trilhões, é uma maravilha de miniaturização e automação. Qualquer apelo que se faça pela valorização da floresta precisa recuperar esse valor intrínseco. Cada nova iniciativa em defesa da floresta tem trilhado os mesmos caminhos e pressionado as mesmas teclas. Neste comportamento, identificamos o que Einstein definiu como a própria insanidade: “fazer a mesma coisa, de novo, esperando resultados diferentes”. Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades para a harmonização dos interesses da sociedade contemporânea com uma Amazônia viva e vigorosa. Para chegarmos lá, é preciso compenetração, modéstia, dedicação e compromisso com a vida. Com os recursos tecnológicos disponíveis, podemos agregar inteligência à ocupação, otimizando um novo uso do solo, que abra espaço para a reconstrução ecológica da floresta. Podemos também revelar muitos outros segredos ainda bem guardados da resiliente biologia tropical e, com isso, ir muito além de compreender seus mecanismos. A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos princípios que guiam o funcionamento da natureza. Uma lista curta desses princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus, constata que a natureza é propelida pela luz solar; utiliza somente a energia de que necessita; recicla todas as coisas; aposta na diversidade; demanda conhecimento local; limita os excessos internamente; e aproveita o poder dos limites. (Adaptado de: NOBRE, Antônio Donato. O Futuro Climático da Amazônia. Disponível em: www.ccst.inpe.br) Considere: recuperar esse valor intrínseco mostram numerosas oportunidades compreender seus mecanismos Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos sublinhados acima foram corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:
Answer
  • a) o recuperar − mostram-lhes − os compreender
  • b) lhe recuperar − as mostram − compreendê-los
  • c) recuperar-lhe − mostram-nas − compreender-lhes
  • d) recuperá-lo − mostram-nas − compreendê-los
  • e) recuperá-lo − lhes mostram − lhes compreender

Question 25

Question
25) FCC/TCE/TCE-CE/Controle Externo/Auditoria de Tecnologia da Informação/2015 Atenção: A questão refere-se ao texto que segue. Preconceitos Preconceitos são juízos firmados por antecipação; são rótulos prontos e aceitos para serem colados no que mal conhecemos. São valores que se adiantam e qualificam pessoas, gestos, ideias antes de bem distinguir o que sejam. São, nessa medida, profundamente injustos, podendo acarretar consequências dolorosas para suas vítimas. São préjuízos. Ainda assim, é forçoso reconhecer: dificilmente vivemos sem alimentar e externar algum preconceito. São em geral formulados com um alcance genérico: “o povo tal não presta”, “quem nasce ali é assim”, “música clássica é sempre chata”, “cuidado com quem lê muito” etc. Dispensamnos de pensar, de reconhecer particularidades, de identificar a personalidade própria de cada um. “Detesto filmes franceses”, me disse um amigo. “Todos eles?” − perguntei, provocador. “Quem viu um já viu todos”, arrematou ele, coroando sua forma preconceituosa de julgar. Não confundir preconceito com gosto pessoal. É verdade que nosso gosto é sempre seletivo, mas ele escolhe por um critério mais íntimo, difícil de explicar. “Gosto porque gosto”, dizemos às vezes. Mas o preconceito tem raízes sociais mais fundas: ele se dissemina pelas pessoas, se estabelece sem apelação, e quando damos por nós estamos repetindo algo que sequer investigamos. Uma das funções da justiça institucionalizada é evitar os preconceitos, e o faz julgando com critério e objetividade, por meio de leis. Adotar uma posição racista, por exemplo, não é mais apenas preconceito: é crime. Isso significa que passamos, felizmente, a considerar a gravidade extrema das práticas preconceituosas. (Bolívar Lacombe, inédito) Empregam-se corretamente as expressões destacadas em:
Answer
  • a) O crime racial constitui uma maneira de penalizar aqueles de que se deixam levar por atitudes que rejeitam um outro a quem se é diferente.
  • b) As ações movidas por preconceito, aonde se observa um juízo prévio de um indivíduo de que não se conhece muito bem, devem ser repreendidas.
  • c) A propagação de preconceitos, fenômeno pelo qual todos podemos ser responsáveis, deve ser abrandada por penalizações rigorosas, às quais os infratores estejam sujeitos.
  • d) O preconceito é uma maneira com que os grupos sociais encontraram para excluir aqueles que são considerados estranhos e de quem não se confia.
  • e) As leis são um meio ao qual o preconceito pode ser contido, mas não extinto, pois ele estará presente mesmo nas culturas às quais o punem com rigor.

Question 26

Question
26) FCC/DPE RS/2011 Atenção: Responda à questão com base no texto. Texto Lição de bom senso O Ministério da Educação (MEC) contornou com habilidade e bom senso a polêmica gerada em torno do veto, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), de um livro do escritor Monteiro Lobato, sob o pretexto de que contém expressões racistas. A alternativa encontrada pelo ministro foi a de acrescentar um esclarecimento de que, em 1933, quando a obra foi publicada pela primeira vez, o país tinha hábitos diferentes e algumas expressões não eram consideradas ofensivas, como ocorre hoje. É importante que esse tipo de decisão sirva de parâmetro para situações semelhantes, em contraposição a tentações apressadas de recorrer à censura. O caso mais recente de tentativas de restringir a livre circulação de ideias envolve a obra Caçadas de Pedrinho, na qual a turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo sai em busca de uma onça-pintada. Ocorre que, ao longo de quase oito décadas de carreira do livro, o Brasil não conseguiu se livrar de excessos na vigilância do politicamente correto, nem de intolerâncias como o racismo. Ainda assim, já não convive hoje com hábitos como o de caça a animais em extinção e avançou nas políticas para a educação das relações étnico-raciais. Assim como em qualquer outra manifestação artística, portanto, o livro que esteve sob ameaça de censura precisa ter seu conteúdo contextualizado. Se a personagem Tia Nastácia chegou a ser associada a estereótipos hoje vistos como racistas, é importante que os educadores se preocupem em deixar claro para os alunos alguns aspectos que hoje chamam a atenção apenas pelo fato de o país ter evoluído sob o ponto de vista de costumes e de direitos humanos. No Brasil de hoje, não há mais espaço para a impunidade em relação a atos como o racismo. Isso não significa, porém, que seja preciso revolver o passado, muito menos sem levar em conta as circunstâncias da época. (Editorial Zero Hora, 18/10/2010) O pronome se pode se deslocar sintaticamente, sem provocar erro gramatical, na afirmativa
Answer
  • a) não conseguiu livrar-se, porque é próclise ao verbo no infinitivo.
  • b) não se conseguiu livrar, porque é próclise ao advérbio.
  • c) não se conseguiu livrar, porque é ênclise ao auxiliar.
  • d) não conseguiu livrar se, porque é próclise ao verbo principal.
  • e) não conseguiu livrar-se, porque é ênclise ao verbo no infinitivo.

Question 27

Question
27) FCC/DPE/RS/2014 Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo, conferência pronunciada por Joaquim Nabuco a 20 de junho de 1909 na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos. Viajando uma vez da Europa para o Brasil, ouvi o finado William Gifford Palgrave, meu companheiro de mesa, escritor inglês muito viajado no Oriente, perguntar ao comandante do navio que vantagem lhe parecia ter advindo da descoberta da América. Por sua parte, não lhe ocorria nenhuma, salvo, apenas, o tabaco. Foi a primeira vez que ouvi exprimir essa dúvida, mas anos depois vim a comprar um velho livro francês, de um Abbé Genty, livro intitulado: L’Influence de la découverte de L'Amérique sur le bonheur du genre humain, e soube então que a curiosa questão havia sido proposta seriamente para um prêmio pela Academia de Lyon, antes da Revolução Francesa, e que estava formulada do seguinte modo: "Tem sido útil ou prejudicial ao gênero humano a descoberta da América?". O trabalho de Genty não passa, em seu conjunto, de uma declamação oca, onde não há nada a colher além da esperança que o autor exprime na regeneração da humanidade pela nova nação americana. Na independência dos anglo-americanos, vê "o sucesso mais apto a apressar a revolução que reconduzirá a felicidade à face da Terra". E acrescenta: "É no seio da República recém-nascida que se acham depositados os verdadeiros tesouros destinados a enriquecer o mundo". O livro merece por isso ser conservado, mas a época em que foi escrito, 1787, não permitia ainda que se pudesse avaliar a contribuição do Novo Mundo para o bem-estar da humanidade. Era já a aurora do dia da América, mas nada mais senão a aurora. George Washington presidia à Convenção Constitucional, porém a influência desse grande acontecimento ainda não fora além do choque causado ao Velho Mundo. Ainda não produzira a Revolução Francesa. Sua importância não podia por enquanto ser imaginada. Há na vida das nações um período em que ainda não lhes foi revelado o papel que deverão desempenhar. O feitio que a influência romana tomaria não podia ser previsto nem nos grandes dias da República. Uma conversa entre César e Cícero sobre o papel histórico da Gália ou da Bretanha não poderia levar em conta a França ou a Inglaterra. Hoje mesmo, quem poderia dizer algo de essencial sobre o Japão ou a China? Do Japão, pode-se afirmar que, para o mundo exterior, está apenas na aurora. Quanto à China, continua velada na sua longa noite, brilhando apenas para si própria. Na história da humanidade, a impressão de qualquer um deles poderá sequer imaginar-se? Mas já se pode estudar a parte da América na civilização. Podemos desconhecer suas possibilidades no futuro, como desconhecemos as da eletricidade; mas já sabemos o que é eletricidade, e também conhecemos a individualidade nacional do vosso país. As nações alcançam em época determinada o pleno desenvolvimento de sua individualidade; e parece que já alcançastes o vosso. Assim podemos falar com mais base que o sacerdote francês nas vésperas da Revolução Francesa. (A parte da América na civilização. In Essencial Joaquim Nabuco. org. e introd. Evaldo Cabral de Mello. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2010, p. 531/532) Há na vida das nações um período em que ainda não lhes foi revelado o papel que deverão desempenhar. Sobre o pronome destacado acima, afirma-se com correção, considerada a norma padrão escrita:
Answer
  • a) pode ser apropriadamente substituído por "à elas", posicionada a expressão após a palavra revelado.
  • b) constitui um dos complementos exigidos pela forma verbal presente na oração.
  • c) está empregado com sentido possessivo, como se tem em "Dois equívocos comprometeram-lhe o texto".
  • d) dado o contexto em que está inserido, se sofrer elipse, não altera o sentido original da frase.
  • e) está empregado em próclise, mas poderia adequadamente estar enclítico à forma verbal.
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