Kairós x Chronos

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pensamento sobre tempo.
Cleiton Romão
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    Septuaginta - LXX A palavra “septuaginta” vem de “setenta” em grego. É a tradução da lei dos Judeus para o grego feita por 70 ou 72 sábios judeus na cidade de Alexandria, no norte do Egito. Depois que Alexandre o grande conquistou o império persa, incluindo o território de Israel, o grego se tornou a língua internacional da região. Muitos judeus que nasceram e cresceram em outras regiões não sabiam falar nem ler hebraico. Por isso, não podiam ler as Escrituras. Daí surgiu a necessidade de traduzir o Antigo Testamento para grego. Mitologia É necessário entender um pouco da cultura em que tudo foi escrito e tratado para compreender melhor o pensamento sobre tempo. Bem antes do cristianismo, a ideia de tempo (Kairós e Chronos) era utilizada pelos filósofos gregos, a começar por Hesíodo (+ ou – 750 e 650 a.C) – poeta e um dos pais da cultura grega.

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    Chronos era um titã que se tornou senhor do céu após destronar seu pai (Urano) e, a partir desse acontecimento, os titãs passaram a governar o mundo. O mito do Chronos ilustra temas como envelhecimento, mudança entre outros elementos relacionados ao tempo, Chronos personificava o senhor do tempo, aquele que tudo devora. De acordo com a mitologia, ele temia uma profecia segundo a qual seria tirado do poder por um de seus filhos, pois não queria que ninguém lhe sucedesse. Além dos próprios filhos, devorava os seres e o destino. Chronos deu origem a palavra cronômetro do nosso relógio que regulamenta o nosso tempo. Kairós era descrito como um jovem que não se preocupava com o relógio, calendário e o tempo cronológico. Era representado por um ser que sempre estava nu, de asas nos ombros e nos tornozelos, tinha mechas de cabelo caindo sobre a testa, mas a sua nuca é calva. Essa descrição simbolizava: ele só pode ser pego (agarrado pelos cabelos) em sua passagem por nós e, uma vez tendo passado, é impossível alcança-lo (não tem cabelos na nuca por onde possa ser puxado de volta). Kairós tem numa das mãos uma balança. A balança é símbolo do equilíbrio e da justiça:

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    Baseado em Ec 3.1 Tradução ACF (Pt) – TUDO tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Tradução BGT (Gr)  – τοῖς πᾶσιν χρόνος καὶ καιρὸς τῷ παντὶ πράγματι ὑπὸ τὸν οὐρανόν “Tudo tem o seu Chronos determinado, e há um Kairós para todo propósito” – existe um tempo cronológico dentro do qual vivemos, e dentro dele um momento oportuno para que se cumpram os propósitos.” Definições sobre Kairós e Chronos Kairós – “Tempo”, especialmente um “ponto no tempo”, “momento”, “tempo oportuno”, “oportunidade favorável”, “ponto justo”, “medida certa”, “lugar apropriado”, “aquilo que é conveniente apropriado ou decisivo”. Na teologia passou a ser usado para descrever a forma qualitativa do tempo ou “o tempo de Deus”; o tempo que não pode ser medido. É o tempo da oportunidade, livre do peso das cargas que se passam e da ansiedade das coisas que acontecem antes do tempo. Quando se fala em Kairós, se quer indicar que alguma coisa aconteceu tornando possíveis ou impossíveis certas coisas. Os gregos acreditavam que, com o Kairós, poderiam enfrentar o cruel e tirano Chronos.

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    Chronos – “Tempo”, “período de tempo”, “espaço de tempo, longo ou breve”. Chronos serve inicialmente para a designação formal de um espaço de tempo, ou ponto de tempo, refere-se ao tempo cronológico ou sequencial que pode ser medido. Ele controlava o tempo desde o nascimento até a morte. Um pensamento Grego era que chrono representava o tempo que faltava para a morte, uma vez que era impossível fugir do mesmo, todos seriam mais cedo ou mais tarde vencidos (devorados). Sobre a intervenção de Deus na história manifestando o Kairós Kairós é a intervenção de Deus no tempo. Quando Deus invade o Chronos, se estabelece o Kairós. Deus entrou na história para fazer o que tinha que ser feito, na hora que tinha que ser feito. E quando Ele se manifesta, o Kairós dignifica/dá sentido ao Chronos, aquele tempo, aquele minuto. O Espirito Santo é um agente preparador. Ele nos prepara para estarmos prontos para a manifestação de Deus através do Kairós, permitindo-nos viver um tempo oportuno e se alinhando com a vontade do pai.

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    Aplicando... Quando Deus promete a Abraão que lhe daria um herdeiro - apesar de Sara ser estéril e já avançada em idade - por ser sua esposa legítima, ela se torna coparticipante da promessa e, portanto, o “filho da promessa” viria dela. Porém, pelas circunstâncias racionais, ela não confiou na promessa designada ao seu marido, que se cumpriria no momento certo (Kairós). E Sara se sente pressionada pelo tempo, vendo que cada dia está mais velha tendo a impossibilidade de ser portadora da promessa. E assim Chronos vence uma batalha, e faz com que Sara por conta própria desse Agar a Abraão, sua serva para lhe gerar um filho, que deveria ser dela no tempo certo. Mas, Deus, no seu Kairós, vence a guerra contra Chronos enviando Isaque, através de Sara, cumprindo assim sua promessa e fazendo valer sua vontade soberana no tempo certo e apropriado.   Analisando as palavras de Jesus em João 7:8 “Subi vós a esta festa; eu não subo ainda a esta festa, porque ainda o meu tempo não está cumprido.” Podemos ver que Ele compreendeu e viveu esse principio, Ele andava no Chronos como qualquer um de nós, mas aguardando manifestar o tempo certo e oportuno para que através dEle se realizasse a vontade do Pai. “Jesus falou assim e, levantando seus olhos ao céu, e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti.” João 17.1
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