A sociologia do alemão Max Weber (1864-1920) tem como premissa a ideia de que a
sociedade não é apenas uma “coisa” exterior e coercitiva que determina o comportamento
dos indivíduos, mas sim o resultado de uma enorme e inesgotável nuvem de interações
interindividuais.
A família é o lugar por excelência de difusão e do enraizamento dos valores
Capitalistas e Burgueses, é o espaço social onde as crianças aprendem desde
a tenra idade a pensar com a pensar com a cabeça da classe dominante.
Não seria suficiente a revolução política, e o controle do
poder do Estado pelos operários decorrente dela, para
socializar os meios de produção, pensavam Max e Engels.
A educação dará aos jovens a possibilidade de assimilar
rapidamente na pratica todo o sistema de produção e lhes
permitira passar sucessivamente de um ramo de produção
a outro.
Basta olharmos, nos dias que correm, pra o perfil de “trabalhador polivalente”
exigido pelas indústrias contemporâneas-em função da reestruturação produtiva
que ocorre na esteira da chamada terceira Revolução Industrial.
Hoje, o desenvolvimento tecnológico, com o advento da robótica e da informática,
permite ao capitalista realizar a mesma produção que antes o obrigava a empregar
milhares de operários, agora com apenas algumas dezenas de trabalhadores
superqualificados e, portanto, educados. Educados, mas nem por isso emancipado.
Weber e o pensamento sociológico: O ponto de partida de toda sociologia Weberiana reside no conceito de
“ação social” e no postulado de que a sociologia é uma ciência “compreensiva”.
Recusa tratar os “fatos” sociais como se fossem “coisas”. Para ele, isso simplesmente não é possível,
porque as “coisas” que eu vejo podem ser diferentes das “coisas” que você vê, embora vivamos na mesma
sociedade na mesma época histórica.
Porque os homens veem o mundo que os cerca a partir de seus valores.
O que é ação social? Para Weber, ela ocorre quando um indivíduo leva os outros em consideração no
momento de tomar uma atitude, de praticar uma ação.
Por “ação” (incluindo a omissa e a tolerância) entendemos sempre um comportamento compreensível com
relação a “objetivos”, isto é, um comportamento especificado ou caracterizado por um sentido (subjetivo)
“real” ou “mental”, mesmo que ele não seja quase percebido.
Agir em sociedade, portanto, implica em algum grau de racionalidade (inclusive a total irracionalidade) por
parte de quem age, e implica no fato de que esta racionalidade de cada indivíduo sempre está referida aos
outros indivíduos que os cercam. Isso é fundamental para entender Weber.
Construa um tipo ideal “puro” (Weber construía vários: tipos de ação social, tipos de dominação política,
etc...). O tipo é uma construção mental, feita na cabeça do investigador, a partir de vários exemplos
históricos. Ele é um exagero de perfeição, que jamais será encontrado na vida prática.
Olhe o mundo social que o cerca, esta teria inesgotável de eventos e processos, e selecione dele o aspecto
a ser investigado (não dá para ser tudo, tem que ser uma coisa de cada vez).
Compare o mundo social empírico com o tipo ideal que você construiu. Mas note bem: “Ideal” aqui não
significa “desejado” não significa “idealizado”, como por exemplo, idealizar o que seria uma “sociedade
perfeita”. Significa apenas que você escolhe as características mais “puras” dos tipos, e Weber achava que
os tipos de conduta mais puros são os mais racionais, no sentido de adequação entre meios e fins.
O indivíduo e as instituições sociais: Ele diz, basicamente, que o agir em comunidade é aquele agir que se
baseia nas expectativas que temos relação ao comportamento dos outros. Se dissermos “bom dia” ao
encontrar determinada pessoa é porque esperamos que ela responda “bom dia” também.
As regras, portanto, funcionam como uma espécie de “condensação de expectativas recíprocas” e, em
consequência disso, torna o universo social organizado e inteligível pelos atores individuais.
A esta coletividade Weber dá o nome de associação racional com fins. Os próprios membros da associação
estipulam os “órgãos”, os “fins”, os “estatutos” e o “aparato de coação” da associação. Como isso, cada
“sócio” confia que os demais se comportarão (aproximadamente) conforme as normas, e esta expectativa
são levadas em consideração na orientação de sua própria conduta.
Weber diz que associações humanas se institucionalizam. São instituições sociais, por exemplo, as formas
de comunidade religiosa as quais chamam as Igrejas ou as formas mais estruturais a vida política entre os
homens, as quais costumamos chamar Estado.