Tecnologias digitais na formação do docente e discente

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Tecnologias digitais na formação do docente e discente
  1. Fundamentação teórica na formação docente
    1. Há diversas maneiras de as tecnologias da informação e da comunicação se relacionarem com o currículo e a pedagogia escolar
      1. Para que isso ocorra é preciso que o professor seja formado para isso
        1. A meta é substancialmente aumentar o contingente de professores qualificados
          1. A primeira tarefa da união será a revisão da formação inicial continuada dos professores para alinha-las à BNCC
            1. A ação nacional será crucial nessa iniciativa, já que se trata da esfera que responde pela regulação do ensino superior, nível no qual se prepara grande parte desses profissionais essa é uma ação fundamental para a implementação eficaz da BNCC
      2. O que torna a formação do professor um desafio fantástico é a interação com o novo, transformando esse conjunto de práticas, habilidades e significados
        1. Tal "desafio" continuou a instigar pesquisas sobre a formação de professores em articulação com tecnologias digitais, entendendo -se que essas ressignificam a formação docente
          1. A existência da BNCC não é garantia de que seus pressupostos serão realmente efetivados na escola, pois, além dela, é preciso que haja o professor, “um/a protagonista central para a manutenção e/ou transformação de currículos o lançamento de quaisquer diretrizes curriculares acaba por trazer posicionamentos acerca da formação de professores/as para o cerne das discussões”
      3. As teorias sobre o currículo não são perspectivas acabadas,pois "convertem-se em marcos orientadores das concepções sobre a realidade que abarcam, e passam a ser formas, ainda que indiretas,de abordar os problemas práticos da educação"
        1. A BNCC trouxe novos tópicos para um grande debate, remetendo a toda história do ensino no país, impactando currículos, escola,livros didáticos, exames nacionais e etc
          1. A existência da BNCC não é garantia de que seus pressupostos serão realmente efetivados na escola,pois, além dela,é preciso que haja o professor
          2. A BNCC não é currículo, mas sim um documento que determina os conhecimentos essenciais que os alunos tanto da educação básica devem aprender ano a ano
            1. Os documentos tratam tanto da formação inicial quanto da continuada, fato que revela a BNCC como articuladora com um cenário internacional e como espaço de elos entre o ensino básico e o superior, já que os professores precisariam de formação para alinhar suas ações
            2. Os currículos das redes devem conter conhecimentos metodologias e abordagens pedagógicas de especificidades educais e culturais
              1. Tecnologias digitais nos documentos oficiais
                1. Segundo Saviani (2016, p. 82), “é preciso garantir não apenas o domínio técnico-operativo dessas tecnologias, mas a compreensão dos princípios científicos e dos processos que as tornaram possíveis”,
                  1. Em Szundy (2017), há reflexão sobre as concepções de linguagem que subjazem o documento e levam à percepção de uma consideração intrínseca do meio digital nas práticas de ensino
                2. Metodologia
                  1. Pelo foco na abordagem do digital, tendo em vista a considerável presença do termo digital no documento
                    1. Pelo trabalho com a leitura e a escrita, que revelam valores para os grupos
                    2. Este trabalho está situado no campo da Linguística Aplicada, em diálogo com os Novos Estudos do Letramento (Street, 2003), haja vista a centralização na linguagem e na relevância social (Valsechi e Kleiman, 2014), e configura-se como documental (Lüdke e André, 1986), tendo a BNCC como seu objeto. Trata-se de documento público não arquivado (Cellard, 2008), uma vez que está disponível para a realização de estudos.
                      1. A fim de compreender propostas com o digital nas diferentes áreas da BNCC, o processo de análise de conteúdo do documento foi iniciado com a tomada de decisão sobre a unidade de registro (Lüdke e André,1986), ou seja, segmentos de conteúdo e trechos de texto, a respeito do termo “digital”.
                    3. Concepções de letramento nas diferentes áreas
                      1. Ao considerar os modelos de letramento propostos por Street (1984), o emprego desse termo ocorre pelo viés ideológico, já que “letramento é uma forma socialmente construída [sua] constituição depende de formações políticas e ideológicas, sendo estas também responsáveis por suas consequências”
                        1. Assim, o modelo ideológico opõe-se ao autônomo, no sentido de que o letramento é concebido como um conjunto de práticas sociais em seus contextos, e não mais como habilidades de âmbito universal (Street, 1984).
                          1. Algumas práticas que são consideradas pelo letramento científico, no documento são: atividades de campo, manejo de dados, discussões etc. Seria por meio delas que os alunos iriam lidar com o texto escrito, visando às práticas sociais de emprego da língua, dialogando com “uma linha de pensamento que considera que a ciência esteja associada a questões sociais” (Silva et al., 2018, p. 88)
                            1. Hoje, podemos encontrar novas discussões sobre o letramento científico em outros domínios que não só nas Ciências. Na leitura do documento, o termo “científico” restringiu-se aos trabalhos da área, fazendo-nos questionar a respeito do que sejam o “letramento científico” e a ciência.
                              1. Na pesquisa de Silva et al. (2018), oda Natureza citando exemplos de outras áreas. Além disso, nem mesmo os professores de linguagem como s entrevistadovoltaram-se às Ciências lócus de produção de ciência.s de Educalíngua nem os demais entrevistados consideraram os estudos dação Física e Letras, na tentativa de explicar o que era ciência,
                                1. destaca que, com o tempo, teorias são revistas na tentativa de buscar a ciência plural. Logo, não é possível traçar “concepções universais de ciência, pois o interesse maior é o da emancipação do sujeito em relação à sua natureza ou a limitações sociais, envolvendo concepções diversas”
                                  1. Com efeito, verificamos a limitação do entendimento de letramento científico expresso pela BNCC, pois apenas na área de Ciências ele é mencionado. Ao refletir sobre a formação docente inicial, urge a amplitude da discussão sobre o fazer científico, principalmente nas licenciaturas.
                                    1. Na área de Matemática, aborda-se “letramento matemático”, compreendido como a “capacidade individual de formular, empregar e interpretar a matemática em uma variedade de contextos [...] raciocinar matematicamente e utilizar conceitos, procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas para descrever, explicar e predizer fenômenos” (Brasil, 2017, p. 264, grifos nossos)
                                      1. Segundo Fonseca (2004, p. 27), há diferentes designações para tratar de uma noção de Matemática como uma prática sociocultural: “alfabetismo, alfabetismo funcional, letramento [...] numeramento [...]”. O autor, assim como a BNCC, emprega “letramento”, em função da concepção de “habilidades matemáticas como constituintes das estratégias de leitura que precisam ser implementadas para uma compreensão da diversidade de textos que a vida social nos apresenta”
                                        1. Toda a discussão, centrada em uma postura reflexiva sobre linguagem na Matemática, apresenta a necessidade de uma nova postura para professores e alunos. Estes, na maioria das vezes, acreditam que na aula de Matemática não é preciso ler e refletir, mas apenas se chegar a respostas lógicas. Com essa nova proposta do documento, essas ideias precisam ser repensadas, pois o aluno deve saber utilizar seus conhecimentos em problemas reais
                                          1. Para Santos et al. (2017, p. 4), a fim de desenvolver habilidades matemáticas, é necessário que o sujeito se constitua como ser letrado, ou seja, que entenda e aplique práticas de leitura e escrita para “resolver problemas não somente escolares, mas de práticas cotidianas [...] ações relacionadas aos diferentes usos socioculturais da matemática”. Por esse motivo é que a BNCC afirma que os currículos devem aproximar as temáticas de matemáticas ao universo da cultura, das contextualizações.
                                            1. Na área de Linguagens, o documento emprega a noção dos “novos” e dos “multiletramentos”. Segundo Rojo (2012), pela necessidade do trabalho com a diversidade cultural e linguística na escola, passou-se a pensar em uma pedagogia dos multiletramentos, em 1996, a partir de um manifesto resultante de um colóquio do Grupo de Nova Londres - grupo de pesquisadores dos letramentos
                                              1. Os textos compostos de muitas linguagens (semioses) exigem “capacidades e práticas de compreensão e produção de cada uma delas (multiletramentos) para fazer significar” (Rojo, 2012, p. 19).
                                                1. Por isso, na BNCC, no componente Língua Portuguesa, sugere-se a exploração das ltucuras locais, das culturas juvenis, valorizando o resgate, a valoração e a divulgação da produção artística dos jovens, dos indígenas etc.
                                                  1. Tão logo, compreender outros elementos que acarretam no entendimento das práticas letradas pela BNCC é indispensável, como o entendimento sobre as tecnologias (digitais) envolvidas e os gêneros discursivos que as constroem.
                          2. Independentemente do termo empregado pelas áreas (“letramento científico”; “letramento matemático”; “multiletramentoolíticos e ideológicoss”), a noção de letramento se volta ao modelo ideológico, compreendendo-se as práticas de escrita como formas socialmente construídas, dependentes de aspectos políticos e ideológicos
                        2. Entendimento sobre tecnologias digitais na BNCC
                          1. Ao entendermos a BNCC como potencial modificadora de formas de atuação de professores e, portanto, incidente em (im)possíveis mudanças em sua formação, percebemos um posicionamento do documento: o necessário domínio de tecnologias digitais pelo docente
                            1. Na primeira competência, o digital é visto como um universo e se integraria a outros coexistentes pelos quais transitam os indivíduos, o que se aproxima à ideia de ciberespaço (Lévy, 1999)
                              1. Na segunda competência, as tecnologias são ferramentas para se agir concretamente
                                1. Na quarta competência, o digital é evocado com nova conotação: a de linguagem. As áreas necessitam empregar diferentes linguagens, ou seja, o entendimento não é mais como espaço ou ferramenta, mas semiose
                                  1. Na quinta competência, entende-se o digital como TDIC e uma abordagem delas, dentro e fora da escola, aos moldes de uma “pedagogia dos multiletramentos”, fundamentada na diversidade de letramentos
                                    1. Ao serem delineados, cremos que poderemos contribuir para reflexões sobre a formação docente que se repercutem no ensino escolar com tecnologias digitais. Com efeito, é preciso despertar a atenção dos professores para a discussão dos valores atribuídos ao digital, nas diferentes áreas, diante do novo documento oficial para o ensino, incluindo-se os formadores de professores, papel no qual nos identificamos.
                                      1. A BNCC diz propor a compreensão, a utilização e a criação de tecnologias digitais de forma significativa, reflexiva e ética, para que o aluno produza conhecimento, resolva problemas, atribuindo ao aluno papel mais responsável, autônomo e colaborativo
                          2. Gêneros discursivos associados ao meio digital propostos nas áreas
                            1. Antes de tratar desses gêneros e de suas implicações para o ensino, é importante mencionar que os concebemos como elementos compostos de conteúdo temático, forma composicional e estilo, então realizados em práticas de linguagem de uma esfera social (Bakhtin, 2003[1953]
                              1. A partir dessa forma de inclusão dos gêneros discursivos, analisamos os dizeres de todas as áreas do documento, para encontrar sua indicação ou menção, em interseção com tecnologias digitais, visto ser a atuação em práticas contemporâneas, a forte ênfase da BNCC
                                1. É inegável a tentativa de a BNCC promover um trabalho com o digital em todas as áreas, explicitado desde sua “Introdução” e nas “Competências gerais”.
                                  1. A ênfase excessiva nos (novos) gêneros pode contradizer ainda a ideia de gênero discursivo que baseia o próprio documento, já que, como instiga Corrêa (2018, p. 120), o surgimento dos novos gêneros pode levar a “perde[re]m-se de vista as práticas sociais
                                    1. De outro modo, os desafios para a formação docente (inicial e continuada) são também reflexos da BNCC
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