De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais -
DSM V: o TEA é um Transtorno caracterizado por um atraso do desenvolvimento
ou alterações funcionais
É manifestado na primeira infância
Perturbação do funcionamento da comunicação e das
interações sociais
Comportamento focalizado e repetitivo
Podem ser manifestadas estereotipias, seletividade alimentar, distúrbios de sono, crises
de birra e auto agressividade que dificultam a interação e convívio social
Atuação do Terapeuta Ocupacional
Atividades terapêuticas voltadas para o desenvolvimento de habilidades de
interação social e comunicação
As intervenções terapêuticas englobam interações entre ambiente, ocupação e pessoas, a fim de
auxiliar na identificação de atividades significativas e envolvimento na ocupação por meio das
relações interpessoais com respostas adaptativas, seja por palavras, gestos, ações, figuras,
adequadas para os diferentes contextos sociais
Ademais, o papel do profissional também está
relacionado na orientação à família, bem como os
diversos públicos, sejam eles professores ou outros
profissionais da área da saúde que ainda tem
dificuldade em compreender e lidar com s crianças
que têm autismo.
Segundo o COFITO 9, estas são algumas habilidades que o T.O pode desenvolver
• Habilidades da vida diária, tais como o treinamento do
toalete, vestir-se, escovar os dentes, pentear cabelos, calçar
sapatos, e outras habilidades de preparação; • Habilidades
motoras finas necessárias para a realização de caligrafia ou
cortar com uma tesoura; • Habilidades motoras utilizadas
para andar de bicicleta; • O sentar adequado, percepção de
competências, tais como dizer as diferenças entre cores,
formas e tamanhos; • Consciência corporal e sua relação com
os outros; • Habilidades visuais para leitura e escrita; •
Brincar funcional, resolução de problemas e habilidades
sociais; • Integração dos sentidos, realizado através da
abordagem de integração sensorial com objetivo de
diminuição de estereotipias;
Ao trabalhar sobre essas habilidades durante a terapia
ocupacional, uma criança com autismo pode ser capaz de:
• Desenvolver relacionamentos com seus pares e adultos; • Aprender a se concentrar em tarefas; • Expressar
sentimentos em formas mais adequadas; • Envolver-se em jogo com os pares; • Aprender a se auto-regular; •
Realizar atividades mais refinadas como: escovar dentes, lar laço, vestir-se etc. • Independência; • Aprendizagem;
• Autoconfiança;
Direitos garantidos por lei
No Brasil a pessoa com TEA tem os mesmos
direitos que todas as pessoas com deficiência
possuem.
A Lei n.12.764/12 instaura a Política Nacional de Proteção dos Direitos das Pessoas
com TEA, estabelecendo no parágrafo único do art. 1o “a pessoa com transtorno do
espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais”
(BRASIL, 2012).
Leis que asseguram o acesso à educação e a inclusão escolar de alunos com necessidades
educacionais especiais, entre eles o aluno com TEA.
Constituição Federal (1988), Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (BRASIL, 1990), Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional - LDB n°9394 (BRASIL, 1996), Política Nacional de Proteção dos direitos da
Pessoa com TEA (BRASIL, 2012) e Lei Brasileira de Inclusão (BRASIL, 2015)
A investigação e identificação do TEA devem pautar-se em
quatro critérios diagnósticos: (DSM-5)
Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em diferentes contextos, como
déficit na reciprocidade sócioemocional, déficits nos comportamentos comunicativos não verbais
utilizados para interação social e déficits para desenvolver, manter e compreender relacionamentos.
Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades.
Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos sensoriais do ambiente
No qual observa-se déficits na regulação dos inúmeros estímulos sensoriais que experienciam,
ocasionando padrões de respostas desviantes, presença de uma resposta exagerada ou
hiporresponsividade e comprometimento das funções sensoriorregulatórias (MOTA; CRUZ; VIEIRA,
2011).
Início dos sintomas, que deve acontecer no período do desenvolvimento.
Os sintomas causam prejuízo significativo no desempenho social, profissional e
outras áreas importantes ao indivíduo.
No TEA, a ausência de comportamentos relevantes para socialização, como contato visual, comunicação
interpessoal, seguimento de regras, ou em habilidades requeridas para realizar as atividades de vida diária
(AVD), dificultam o convívio social.
A teoria de IS busca explicar os problemas leves e moderados de aprendizagem e comportamento,
especialmente os problemas associados com incoordenação motora e dificuldade na modulação
sensorial, que não podem ser atribuídos a danos ou anormalidades do Sistema Nervoso Central
(AYRES, 1972).
Os transtornos de modulação sensorial estão presentes em crianças que apresentam dificuldades em
regular o grau, intensidade e natureza das respostas aos estímulos sensoriais, podendo, então, serem
classificados em hiporresponsividade sensorial, com pobre reação a estímulos relevantes do
ambiente; hiper-responsividade sensorial, com respostas aversivas ou de intolerância a estímulos
como toque, movimentos, luzes, sons, entre outros; e busca sensorial, com uma busca constante de
estímulos (SHIMIZU; MIRANDA, 2012).