PATOLOGIAS DERMATOLÓGICAS

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JULIETE CARVALHO ASSUNÇÃO LEÃO- 5º PERÍODO
Juliete Carvalho Assuncao
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Juliete Carvalho Assuncao
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PATOLOGIAS DERMATOLÓGICAS
  1. HANSENIASE
    1. ETIOLOGIA: Mycobacterium Leprae
      1. LOCAIS DE INFECÇÃO: Pele, sistema nervoso periférico, vias aéreas superiores, olhos e testiculos.
        1. TRANSMISSÃO: Incerta. Propaga-se provavelmente de pessoa para pessoa por meio de gotfículas respiratórias.
          1. ASPECTOS DEMOGRÁFICO: Países em desenvolvimento.
            1. PATOGÊNESE: O microorganismo é capaz de invadir e se multiplicar nos nervos periféricos e de infectar e de soobreviver nas celulas endoteliais e fagocíticas de muitos orgãos
              1. EPIDEMIOLOGIA: Incidência: 10 A 20 anos de idade. Prevalência: 30 a 50 anos, suscetibilidade nos africanos negros.
                1. CLASSIFICAÇÕES: Para os casos diagnosticados, deve-se utilizar a classificação operacional de caso de hanseníase proposta pela OMS, visando definir o esquema de tratamento com poliquimioterapia, e que se baseia no número de lesões cutâneas de acordo com os seguintes critérios: Paucibacilar (PB): casos com até cinco lesões de pele. Multibacilar (MB): casos com mais de cinco lesões de pele.
                  1. PAUCIBACILAR (PB): Hanseníase indeterminada: Estágio inicial da doença, com um número de até cinco manchas de contornos mal definidos e sem comprometimento neural. Tuberculóide: Manchas ou placas de até cinco lesões, bem definidas, com um nervo comprometido. Podendo ocorrer neurite (inflamação do nervo).
                    1. MULTIBACILAR (MB): Hanseníase dimorfa: Manchas e placas, acima de cinco lesões, com bordos às vezes bem ou pouco definidos, com comprometimento de dois ou mais nervos, e ocorrência de quadros reacionais com maior frequência. Virchowiana: Forma mais disseminada da doença. Há dificuldade para separar a pele normal da danificada, podendo comprometer nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos. Pode haver a ocorrência de neurite e eritema nodoso (nódulos dolorosos) na pele.
                      1. O Ministério da Saúde do Brasil definiu como caso de hanseníase o indivíduo que apresente um ou mais dos seguintes sinais cardinais e que necessita de tratamento poliquimioterápico: lesão(ões) e/ou área(s) da pele com alteração da sensibilidade térmica e/ ou dolorosa e/ou tátil; ou espessamento de nervo periférico, associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; ou presença de bacilos M. leprae, confirmada na baciloscopia de esfregaço intradérmico ou na biópsia de pele.
                      2. DIAGNÓSTICO: Clínico e epidemiológico, realizado por meio da anamnese, exame geral e dermato-neurólogico para identificar lesões ou áreas da pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas. : Manchas pálidas (hipocrômicas) ou avermelhadas na pele; Sensação de formigamento em mãos e pés; Dor ou sensibilidade na topografia dos nervos periféricos; Aumento do volume facial ou dos lóbulos da orelha; Feridas indolores em mãos e pés.
                        1. TRATAMENTO: Paucibacilar - em que existem até 5 lesões na pele: Rifampicina: 2 doses de 300 mg em um mês Dapsona: 1 dose mensal de 100 mg + dose diária 6 meses Multibacilar - em que existem mais de 5 lesões na pele, podendo também haver sinais e sintomas mais sistêmicos Rifampicina: 2 doses de 300 mg em um mês Clofazimina: 1 dose mensal de 300 mg + dose diária de 50 mg Dapsona: 1 dose mensal de 100 mg + dose diária 1 ano ou mais. Pessoas com lesões únicas sem comprometimento do nervo e que não podem tomar Dapsona podem tomar a combinação de Rifampicina, Minociclina e Ofloxacina nos centros de tratamento específicos.
                          1. PROFILAXIA: Como medida de profilaxia, está indicado o exame de todos os contatos intradomiciliares de casos novos de hanseníase e a vacinação com BCG de todos os contatos sem qualquer dependência do fato de apresentarem cicatriz vacinal
                          2. LESHIMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
                            1. ETIOLOGIA: A doença é causada por protozoários do gênero Leishmania. No Brasil, há sete espécies de leishmanias envolvidas na ocorrência de casos de LT. As mais importantes são: Leishmania (Leishmania) amazonensis, L. (Viannia) guyanensis e L.(V.) braziliensis.
                              1. TRANSMISSÃO: A doença é transmitida ao ser humano pela picada das fêmeas de flebotomíneos (espécie de mosca) infectadas. Os insetos pertencentes à ordem Diptera, família Psychodidae, subfamília Phlebotominae, gênero Lutzomyia, conhecidos popularmente, dependendo da localização geográfica, como mosquito palha, tatuquira e birigui, são os principais vetores da Leishmaniose Tegumentar.
                              2. ASPECTOS DEMOGRÁFICO:Todos os continentes, exceto na australia. Regiões tropicais, subtropicaise Europa meridional. Areas rurais e urbanas.
                                1. LOCAIS DE INFECÇÃO: São mais acometidas as cavidades nasais, faringe, laringe e cavidade oral. As queixas mais comuns no acometimento nasal são obstrução, epistaxes, rinorréia e crostas; da faringe, odinofagia; da laringe, rouquidão e tosse; da cavidade oral, ferida na boca.
                                  1. PERÍODO DE INCUBAÇÃO. ÃO: No homem, o período de incubação, tempo que os sintomas começam a aparecer desde a infecção, é de, em média, 2 a 3 meses, podendo apresentar períodos mais curtos, de 2 semanas, e mais longos, de 2 anos.
                                    1. EPIDEMIOLOGIA: A LTA constitui um problema de saúde pública em 85 países, distribuídos em quatro continentes (Américas, Europa, África e Ásia), com registro anual de 0,7 a 1,3 milhão de casos novos. No Brasil, a LTA apresenta grande crescimento em todas as regiões do Brasil, tanto no número de casos como em disposição geográfica, observando-se surtos epidêmicos, na maioria das vezes relacionados ao processo predatório de ocupação das matas. As regiões norte e centro-oeste concentram o maior número de casos seguidas das regiões sudeste e nordeste. No Sul, o estado do Para
                                      1. PREVENÇÃO: População humana: adotar medidas de proteção individual, como usar repelentes e evitar a exposição nos horários de atividades do vetor (crepúsculo e noite) em ambientes onde este habitualmente possa ser encontrado; Vetor: manejo ambiental, por meio da limpeza de quintais e terrenos, para evitar o estabelecimento de criadouros para larvas do vetor; Atividades de educação em saúde: devem ser inseridas em todos os serviços que desenvolvam as ações de vigilância e controle da LT, com o envolvimento efetivo das equipes multiprofissionais e multinstitucionais, para um trabalho articulado nas diferentes unidades de prestação de serviços.
                                        1. DIAGNÓSTICO CLINICO: O diagnóstico clínico-epidemiológico é presuntivo. Na circunstância de lesões típicas de leishmaniose, o mesmo pode ser exercido especificamente se o paciente procede de áreas endêmicas ou esteve presente em lugares onde há casos de leishmaniose e, eventualmente, pela resposta terapêutica do paciente.
                                          1. DIAGNOSTICO LABORATORIAL: O diagnóstico laboratorial da LTA é confirmado, com encontro do parasito, pela pesquisa direta por aposição de tecido em lâmina, cultura em meio específico e inoculação em hamster, além de exame histopatológico e reação em cadeia de polimerase (PCR). Exames imunológicos, como intradermorreação de Montenegro (IDRM) e imunofluores­cência indireta, são métodos indiretos que também ajudam na definição diagnóstica.
                                            1. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: com outras doenças sempre deve ser visto, principalmente, com sífilis, hanseníase, tuberculose, micobacterioses atípicas, histoplasmose, granuloma facial de linha média, lúpus eritematoso discoide, psoríase, infiltrado linfocítico de Jessner, vasculites, carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular, histiocitoma, linfoma cutâneo, outros tumores, etc.
                                              1. CASO DESCARTADO: Quando o caso se apresentar suspeito, mas o diagnóstico laboratorial apresentar-se negativo, ou caso seja suspeito, mas o diagnóstico laboratorial seja positivo para outro tipo de patologia. Considerar que os casos descartados deverão ser investigados tendo em conta outras possibilidades diagnósticas. Vide diagnostico diferencial.
                                          2. TRATAMENTO: A droga de primeira escolha para tratamento de lesões cutâneas e/ou mucosas é o antimoniato de N-metilglucamina, em frascos de 5 ml com 81mg de antimônio por cada ml. Prescrever cuidados locais de acordo com o aspecto da lesão. Se não houver cicatrização completa em até 12 semanas após o término do primeiro esquema de tratamento, repetir o esquema apenas uma vez, por 30 dias. Em caso de não resposta, encaminhar o paciente para o serviço de referência.
                                            1. CLASSIFICAÇÃO: A leishmaniose tegumentar americana (LTA) pode apresentar as seguintes formas clínicas:
                                              1. CUTÂNEA (LC) caracterizada por uma pápula eritematosa que evolui para uma úlcera geralmente indolor, que aparece no local da picada do vetor;
                                                1. a DISSEMINADA (LD), caracterizada pelo aparecimento de múltiplas lesões papulares e de aparência acnei­forme que acometem vários segmentos corporais, envolvendo com frequência a face e o tronco;
                                                  1. a MUCOSA (LM), que é uma lesão secundária que atinge principalmente a orofaringe, com comprometimento do septo cartilaginoso e demais áreas associadas;
                                                    1. e a forma CLINICA DIFUSA (LCD), que inicia de maneira insidiosa, com lesão única e má resposta ao tratamento, evoluindo de forma lenta com formação de placas e múltiplas nodulações não ulceradas reco­brindo grandes extensões cutâneas.(4)
                                                    2. PATOGÊNIA: A ação patogênica do parasito está relacionada com a destruição celular provocada pela reprodução das formas amastigotas. Na fase inicial da doença, a multiplicação do protozoário nas proximidades do ponto de inoculação provoca uma reação inflamatória caracterizada pela formação de um pequeno nódulo
                                                      1. Leishmaniose cutânea: duas a três semanas após a picada pelo flebótomo aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.Os sintomas da Leishmaniose Tegumentar (LT) são lesões na pele e/ou mucosas. As lesões de pele podem ser única, múltiplas, disseminada ou difusa. Elas apresentam aspecto de úlceras, com bordas elevadas e fundo granuloso, geralmente indolor. As lesões mucosas são mais frequentes no nariz, boca e garganta. Quando atingem o nariz, podem ocorrer: entupimentos; sangramentos; coriza; aparecimento de crostas; feridas. Na garganta, os sintomas são: dor ao engolir; rouquidão; tosse.
                                                      2. HANSENÍASE E LTA: ambas podem afetar o tecido submucoso, provocar resposta granulomatosa crônica e epidemiológicamente acometer populações vulnerávenotificações compulsória.is e são de notificação omplusória. Tanto os bacilos de Hansen quanto os protozoários do gênero Leishmania , ao entrarem noorganismo, são fagocitados por macrófagos.
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