Revisão para História Medieval AP1 2017.1 CEDERJ UNIRIO.

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Revisão para História Medieval AP1 2017.1 CEDERJ UNIRIO.
  1. Base bibliográfica: Jeróme BASCHET, "A civilização feudal", em sua "primeira parte", ou seja, capítulos que tratam desde da fragmentação da unidade Romana Ocidental até o século XV.
    1. A leitura de BASCHET diferencia-se por abordar nos capítulos uma discussão historiográfica muito rica. O autor também problematiza uma série de questões através de diálogos com medievalistas.
      1. 5. Portanto, a parir desses pressupostos, podemos analisar a obra de BASCHET da seguinte maneira: Abraça uma concepção de “longa Idade Média” (influência de Le Goff) com a argumentação de que há traços de herança feudal até nas conquistas hispânicas na América. Rompe, portanto, com a concepção habitual de que a Idade Média “termina” por volta do ano de 1400, com a tomada turca de Constantinopla. Enxerga o movimento de Reconquista como motivador da expansão do cristianismo. Propõe, por último, repensar a passagem da Idade Média para a Idade Moderna, uma vez que não verifica corte incisivo entre as épocas.
    2. Século X ao XV, mas é necessário repensar essas datações.
      1. Questionar a associação da Idade Média à "idade do caos" ou do "obscurantismo". Essa noção foi posteriormente criada provavelmente com o objetivo de descaracterizar o modelo de civilização do período. A Idade Média apresenta uma série de aspectos importantes que contribuiram muito com o desenvolvimento ocidental. Ficar, pois, atento a questões que busquem analisar a Idade Média à luz do Iluminsimo, por exemplo.
        1. O que se depreende da leitura de BASCHET na primeira parte? Sobre as invasões Bárbaras, há uma dupla crítica. Primeiro porque “Bárbaro”, assim como na História Antiga, é, aqui, o não-grego e o não-romano. Roma adquiriu no seu apogeu o status de civilização-padrão. Logo, as invasões bárbaras remetem a uma espécie de declínio civilizatório.
          1. Interessa também notar que algumas invasões foram violentas, mas a instalação dos povos germânicos precisa ser compreendida como uma infiltração lenta, como uma imigração muita das vezes pacífica. Essa é, geralmente, uma leitura difícil de fazer.
            1. Talvez uma explicação para criarmos a noção de uma “guerra infinita” naquele período, provém das narrativas cinematográficas que estigmatizam a Idade Média com uma época puramente sangrenta.
          2. Declínio comercial e urbano: Os movimentos migratórios colocaram fim à unidade romana, produzindo consequências (insegurança, falta de recursos financeiros, destruição de cidades romanas etc) sobretudo ao comércio, fundamental ao Império.
            1. Desaparecimento da escravidão (Aqui é necessário atentar para a diferença entre Servo e Escravo, uma vez que o escravismo clássico dará origem, na Idade Média, à preponderância do trabalho servil. Vocês, aliás, foram alertados recentemente através da plataforma, sobre um erro de tradução no Baschet. O tradutor erra ao falar de escravidão quando o termo a ser traduzido era “servage”. Compreendam o escravo com um objetivo, cujo dono tem direitos de posse, vida ou morte. Já o servo, mesmo superexplorado, possui um caráter humano)
              1. Há uma boa discussão historiográfica quanto às causas clássicas que apontam o fim da escravidão com motivação à fragmentação romana. Outras causas, segundo BASCHET, também podem ser apontadas. Por exemplo: 1) Causas religiosas – O cristianismo não era enfático na condenação da escravidão. Obviamente o homem adquiriu, após sua expansão, maior “característica humana”, mas a própria Igreja manteve suas fontes de escravos. 2) Causas militares – O fim das guerras romanas de expansão teriam colocado fim às reservas de escravos por conquista. No entanto, no século V, verifica-se aumento no número de escravos. Importante salientar também que a escravidão por dívida já estava proibida.
              2. Na aula 3 (pp. 85-97) e na sequência, na aula 4 (pp. 98-109) é necessário basear a leitura em aspectos que giram em torno das discussões historiográficas acerca do período do ano 1000. BASCHER faz um apanhado entre medievalistas e suas concepções. Segundo ele, DUBY, afirma que o período do ano 1000 é uma época de enorme mutação, ao passo que BARTHÉLEMY entende que há uma continuação que supera a mudança de milênio. (toda essa discussão foi realizada na tutoria presencial).
                1. Atentar para as características das civilizações bizantinas e muçulmanas (AD1 – Quadro cronológico, questão 1)
                  1. Na aula 5 (“Feudalidade e a organização da aristocracia”), BASCHET defende o uso do termo Aristocracia à Oligarquia porque no contexto medieval estudado, baseado também nos escritos de MORSEL, a nobreza, apesar de constituir um grupo que exerce a dominação social é, também, bastante aberto e fluido.
                    1. Ainda na aula 5, há a discussão sobre “ser nobre”. Nobre, no começo, é o “bem-nascido”. Posteriormente, dois grupos se fundem: grupos familiares e milities. Em resumo, ser nobre era “nascer bem”, mas também fazer valer o seu prestígio social sobre os inferiores. Essas discussões são importantes porque em muitas APs discussões semelhantes foram frutos de questões.
                    2. Diferenciação entre ADUBAMENTO e HOMENAGEM. No século XI, o Adubamento é visto com a entrega das armas para se fazer cavaleiro. Mais tarde, vira ritual mais consistente, ocorrendo geralmente na adolescência, quando o jovem recebe armas de um nobre, juntamente com o gesto de “colação”, violento golpe sobre a nuca ou o ombro, com a mão ou a lateral da espada, simbolizando um rito de passagem. A Igreja tem papel importante, o que garante uma estruturação ideológica à cavalaria. Já a Homenagem é, por assim dizer, um avanço no ritual, sendo que a entrega, dessa vez é de terra, realizada através de um juramento de lealdade e fidelidade entre Senhor e o seu Vassalo.
                      1. Ainda é preciso salientar que nos capítulos posteriores há uma discussão sobre as obrigações servis, onde BASCHET descreve a Talha, a Banalidade, a Mão Morte etc.
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