Augusto Comte

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Betania da Silva Suzuki
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Betania da Silva Suzuki
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Auguste Comte O nome Auguste Comte está intimamente ligado ao positivismo e normalmente lhe atribuem a paternidade da Sociologia por ter usado essa palavra pela primeira vez em 1839, no seu curso de Filosofia Positiva. O contexto histórico em que esse pensador viveu é marcado por "anarquias" e "desordem", os regimes despóticos e as consequentes revoluções eram frequentes. Esses acontecimentos levaram a população a uma insatisfação com a política generalizada, chegando a beirar a descrença. Situação que culminou com uma crise dos valores tradicionais. Diante desses acontecimentos, Comte procurou dar uma resposta e, pela combinação de elementos da obra de pensadores anteriores e contemporâneos, principalmente o Saint-Simon, elaborou um corpo teórico a que chamou de positivismo. A filosofia positiva tinha esse nome porque pretendia ser a contraposição das filosofias iluministas, que por sua vez, se caracterizavam por contestar as instituições sociais que ameaçavam a liberdade dos homens. Comte estava preocupado em organizar a realidade e não a modificar. Esse autor defendia que os estudos sociais deveriam ser feitos com verdadeiro espírito científico e objetividade. A sociologia deveria, tal como as demais ciências, dedicar-se à busca dos acontecimentos constantes e repetitivos da natureza. Para a investigação dos fenômenos sociais os mesmos procedimentos das ciências naturais deveriam ser empregados, tais como a observação, a experimentação, a comparação, etc.POSITIVISMO A autoria do termo positivismo é geralmente atribuída ao filósofo Augusto Comte (1798-1857) e é comumente entendida como a linha de pensamento que entende que o conhecimento científico sistemático é baseado em observações empíricas, na observação de fenômenos concretos, passíveis de serem apreendidos pelos sentidos do homem. Não apenas isso, o positivismo é a ideia da construção do conhecimento pela apreensão empírica do mundo, buscando descobrir as leis gerais que regem os fenômenos observáveis. Dessa forma trabalham as ciências naturais, como a biologia ou a química, que se debruçam sobre seus objetos de estudo em busca de estruturação das “regras” que constituem as formas de interação entre organismos e seus compostos no mundo biológico observável ou das interações entre diferentes reagentes químicos. Para Comte, a busca pelo conhecimento positivo constituiria a principal forma de construção de conhecimento do homem. Diante disso, os estudos das áreas das ciências humanas deveriam tomar esse mesmo rumo, de forma a produzir um real conhecimento com o objetivo último de compreender as leis que constituem e regem as interações entre indivíduos e fenômenos no mundo social, independente do tempo ou do espaço no qual se encontram. O pensamento de Augusto Comte se construía em paralelo aos acontecimentos históricos de sua época. A revolução francesa e a crescente industrialização da sociedade trouxeram à tona novos problemas e novas formas observáveis de processos de mudanças profundas na vida da sociedade tradicional da época. Comte buscava a criação de uma ciência da sociedade capaz de explicar e compreender todos esses fenômenos da mesma forma que as ciências naturais buscavam interpelar seus objetos de estudo. Ele acreditava ser possível entender as leis que regem nosso mundo social, ajudando-nos a compreender os processos sociais e dando-nos controle direto sobre os rumos que nossas sociedades tomariam, acreditando ser possível dessa forma prever e tratar os males sociais que nos afligiriam tal como trataríamos um corpo enfermo. A construção do conhecimento positivo só seria possível, então, por meio da observação dos fenômenos em seu contexto físico, palpável, ao alcance dos nossos sentidos e submetidos à experiência. Este seria o papel da ciência, a compreensão dos fenômenos passíveis de observação sensorial direta, com o intuito de entender, por meio da experiência, as relações entre esses fenômenos, de forma a abstrair as leis que regem as interações para que, assim, seja possível predizer como os acontecimentos envolvidos em determinado fenômeno se darão. A ciência e o método científico são a síntese das ideias positivistas. Lei dos três Estados ou Estágios O positivismo era visto por Comte como uma evolução inevitável da natureza humana. Para ele, todas as sociedades - de diferentes épocas e territórios - passariam necessariamente por três estados ou estágio consecutivos, cada um caracterizado por uma forma de pensar predominante. No primeiro estado, o teológico, os fenômenos sociais e da natureza seriam explicados enquanto resultados das ações divinas. No segundo estado, o metafísico, a busca por explicações recorreria a uma reflexão sobre a essência e o significado abstrato das coisas. Por fim, no estado positivo, as explicações sobre o mundo natural e social seriam fabricadas através da observação dos fenômenos, da elaboração de hipóteses e da formulação de leis universais. Ou seja, basicamente utilizando as regras do método científico. Levando essa percepção em conta, a missão de Comte torna-se elaborar uma ciência positiva capaz de explicar os fenômenos sociais através da aplicação da metodologia científica em busca de leis universais que fossem válidas para as dinâmicas humanas em todos os tempo e sociedades. O nome que Conte deu a essa ciência, a “física social”, revela que, para os positivistas, seria possível estudar a sociedade e formular suas leis de funcionamento com a mesma precisão e objetividade que se estuda o efeito da gravidade sobre os corpos ou o movimento dos astros no sistema solar. Uma vez conhecidas essas leis universais, a expectativa de Comte era de que os conflitos sociais pudessem ser eliminados através de reformas e intervenções comandadas pelo Estado. O positivismo de Comte se apresenta, portanto, não apenas enquanto teoria, mas também como projeto político para a gestão da sociedade. Apesar da grande influência que teve o positivismo, a ideia do progresso científico como destino comum a todos os povos e da história como um caminho de sentido único, atualmente é encarada como uma estratégia colonizadora que pretende impor a força os modos de vida ocidental para outras culturas. Referências BETONI, Camila. Augusto Comte; Infoescola. Disponível em: http://www.infoescola.com/biografias/auguste-comte/ RODRIGUES, Lucas De Oliveira. "Positivismo"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/positivismo.htm>. Acesso em 03 de outubro de 2016. Augusto Comte. Disponível em: http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/auguste-comte-307040.shtml

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