Prova aplicação 2015

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UFPE colégio de aplição Quiz on Prova aplicação 2015, created by Erick Felipe de Oliveira Camel OLIVEIRA on 11/06/2016.
Erick Felipe de Oliveira Camel OLIVEIRA
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Question 1

Question
O PRECONCEITO LINGUÍSTICO E A ANÁLISE DO DISCURSO A sociedade brasileira é ainda uma sociedade preconceituosa. Os mais pobres são constantemente discriminados, e esse fato se agrava quando essa parcela da população não tem acesso à educação de qualidade. Nesse sentido, o falar escrever que fogem à norma padrão da forma culta da língua portuguesa são também alvos de críticas e pretextos para atitudes preconceituosas. O preconceito linguístico, como o próprio nome diz, é o pré-julgamento de pessoas com base na linguagem verbal. Ele parte do pressuposto de que só existe uma língua portuguesa digna deste nome, a ensinada nas escolas, explicada nas gramáticas e catalogada nos dicionários. A partir daí, aquele cujo discurso desvia dessa língua “correta” é discriminado e reprimido. O Brasil não tem uma unidade linguística, assim como não tem uma unidade sócio-econômica e cultural. O preconceito linguístico nada mais é do que um reflexo do real preconceito sofrido pelas pessoas de classes sociais mais baixas. Assim, faz-se necessário combater também essa modalidade de preconceito. Para isso, alguns pontos principais devem ser considerados, como a identificação do preconceito, a mudança de atitude e, principalmente, a definição do que é erro e de como deve ser ensinado o português nas escolas. (Fonte: Adaptado de Sara Baptista Martins. O preconceito linguístico e a análise do discurso. Disponívelhttp://www.usp.br/cje/jorwiki/exibir.php?id_texto=69, acesso em 10/07/2014, adaptado). Observe a seguinte sentença retirada do TEXTO 1: “O Brasil não tem uma unidade linguística, assim como não tem uma unidade sócio-econômica e cultural”. Assinale a alternativa que mantém a mesma ideia da sentença citada:
Answer
  • Se o Brasil tivesse uma unidade sócio-econômica e cultural, teria igualmente uma unidade linguística.
  • A unidade linguística pode estar presente no Brasil, porém, não se pode falar de unidade sócio-econômica e cultural.
  • Na mesma medida em que inexiste uma unidade sócio-econômica e cultural, o Brasil não tem uma unidade linguística.
  • Caso o Brasil tivesse uma unidade sócio-econômica e cultural, por outro lado, faltaria unidade linguística.

Question 2

Question
O que seria o preconceito linguístico? Ele existe? Se sim, qual a sua natureza? Se deve ser combatido, como todos os preconceitos, quais deveriam ser as armas de combate? Talvez seja bom começar por uma definição de preconceito. A do Dicionário Houaiss é bastante esclarecedora. Segundo essa fonte, preconceito é “qualquer opinião ou sentimento, quer favorável quer desfavorável, concebido sem exame crítico”, o que em seguida é mais bem especificado: “ideia, opinião ou sentimento desfavorável formado a priori, sem maior conhecimento, ponderação ou razão”. Na segunda acepção, o preconceito é definido como “atitude, sentimento ou parecer insensato, especialmente de natureza hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; intolerância”. Os preconceitos que se tornaram mais conhecidos e cujo combate é mais aceito são o racial e o de gênero. A expressão “preconceito linguístico” é mais ou menos corrente entre leitores de sociolinguística, disciplina que estuda o fenômeno da variação linguística, os fatores que a condicionam e as atitudes da sociedade em relação às variedades. Voltemos ao Houaiss, que assim define preconceito linguístico: “qualquer crença sem fundamento científico acerca das línguas e de seus usuários, como, p. ex., a crença de que existem línguas desenvolvidas e línguas primitivas, ou de que só a língua das classes cultas possui gramática, ou de que os povos indígenas da África e da América não possuem línguas, apenas dialetos”. No fundo, o preconceito linguístico é um preconceito social. É uma discriminação sem fundamento que atinge falantes inferiorizados por alguma razão e por algum fato histórico. Nós o compreenderíamos melhor se nos déssemos conta de que ‘falar bem’ é uma regra da mesma natureza das regras de etiqueta, das regras de comportamento social. Os que dizemos que falam errado são apenas cidadãos que seguem outras regras e que não têm poder para ditar quais são as elegantes. Isso não significa dizer que a norma culta não é relevante ou que não precisa ser ensinada. Significa apenas que as normas não cultas não são o que sempre se disse delas. E elas mereceriam não ser objeto de preconceito. A leitura de um ou dois capítulos de qualquer manual de linguística poderia fazer com que todos se convencessem de questivemos equivocados durante séculos em relação a conceitos como ‘falar errado’. Para combater esse preconceito, basta um pouco de informação. (Fonte: Sírio Possenti. Preconceito linguístico. Disponível emhttp://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado/preconceito-linguistico, acesso em 10/08/2014, adaptado). QUESTÃO 3 Dentre as opções temáticas, o assunto principal do TEXTO 2 é:
Answer
  • A. dialetos regionais
  • língua falada.
  • preconceito social.
  • história da Língua portuguesa.

Question 3

Question
O PRECONCEITO LINGUÍSTICO E A ANÁLISE DO DISCURSO A sociedade brasileira é ainda uma sociedade preconceituosa. Os mais pobres são constantemente discriminados, e esse fato se agrava quando essa parcela da população não tem acesso à educação de qualidade. Nesse sentido, o falar escrever que fogem à norma padrão da forma culta da língua portuguesa são também alvos de críticas e pretextos para atitudes preconceituosas. O preconceito linguístico, como o próprio nome diz, é o pré-julgamento de pessoas com base na linguagem verbal. Ele parte do pressuposto de que só existe uma língua portuguesa digna deste nome, a ensinada nas escolas, explicada nas gramáticas e catalogada nos dicionários. A partir daí, aquele cujo discurso desvia dessa língua “correta” é discriminado e reprimido. O Brasil não tem uma unidade linguística, assim como não tem uma unidade sócio-econômica e cultural. O preconceito linguístico nada mais é do que um reflexo do real preconceito sofrido pelas pessoas de classes sociais mais baixas. Assim, faz-se necessário combater também essa modalidade de preconceito. Para isso, alguns pontos principais devem ser considerados, como a identificação do preconceito, a mudança de atitude e, principalmente, a definição do que é erro e de como deve ser ensinado o português nas escolas. QUESTÃO 2 Observe a seguinte sentença retirada do TEXTO 1: “aquele cujo discurso desvia dessa língua ‘correta’ é discriminado e reprimido.” Em qual das alternativas há uma palavra que NÃO faz parte da família da palavra “discriminado”?
Answer
  • Discriminação.
  • Discriminante.
  • Descriminatório.
  • Discriminável

Question 4

Question
O que seria o preconceito linguístico? Ele existe? Se sim, qual a sua natureza? Se deve ser combatido, como todos os preconceitos, quais deveriam ser as armas de combate? Talvez seja bom começar por uma definição de preconceito. A do Dicionário Houaiss é bastante esclarecedora. Segundo essa fonte, preconceito é “qualquer opinião ou sentimento, quer favorável quer desfavorável, concebido sem exame crítico”, o que em seguida é mais bem especificado: “ideia, opinião ou sentimento desfavorável formado a priori, sem maior conhecimento, ponderação ou razão”. Na segunda acepção, o preconceito é definido como “atitude, sentimento ou parecer insensato, especialmente de natureza hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; intolerância”. Os preconceitos que se tornaram mais conhecidos e cujo combate é mais aceito são o racial e o de gênero. A expressão “preconceito linguístico” é mais ou menos corrente entre leitores de sociolinguística, disciplina que estuda o fenômeno da variação linguística, os fatores que a condicionam e as atitudes da sociedade em relação às variedades. Voltemos ao Houaiss, que assim define preconceito linguístico: “qualquer crença sem fundamento científico acerca das línguas e de seus usuários, como, p. ex., a crença de que existem línguas desenvolvidas e línguas primitivas, ou de que só a língua das classes cultas possui gramática, ou de que os povos indígenas da África e da América não possuem línguas, apenas dialetos”. No fundo, o preconceito linguístico é um preconceito social. É uma discriminação sem fundamento que atinge falantes inferiorizados por alguma razão e por algum fato histórico. Nós o compreenderíamos melhor se nos déssemos conta de que ‘falar bem’ é uma regra da mesma natureza das regras de etiqueta, das regras de comportamento social. Os que dizemos que falam errado são apenas cidadãos que seguem outras regras e que não têm poder para ditar quais são as elegantes. Isso não significa dizer que a norma culta não é relevante ou que não precisa ser ensinada. Significa apenas que as normas não cultas não são o que sempre se disse delas. E elas mereceriam não ser objeto de preconceito. A leitura de um ou dois capítulos de qualquer manual de linguística poderia fazer com que todos se convencessem de questivemos equivocados durante séculos em relação a conceitos como ‘falar errado’. Para combater esse preconceito, basta um pouco de informação. (Fonte: Sírio Possenti. Preconceito linguístico. Disponível emhttp://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado/preconceito-linguistico, acesso em 10/08/2014, adaptado). QUESTÃO 4 No que diz respeito ao significado da expressão “preconceito linguístico”, no TEXTO 2, podemos afirmar que o autor escolhe a definição:
Answer
  • do Dicionário Houauiss.
  • da Sociolinguística.
  • das regras gramaticais.
  • da mídia.

Question 5

Question
O que seria o preconceito linguístico? Ele existe? Se sim, qual a sua natureza? Se deve ser combatido, como todos os preconceitos, quais deveriam ser as armas de combate? Talvez seja bom começar por uma definição de preconceito. A do Dicionário Houaiss é bastante esclarecedora. Segundo essa fonte, preconceito é “qualquer opinião ou sentimento, quer favorável quer desfavorável, concebido sem exame crítico”, o que em seguida é mais bem especificado: “ideia, opinião ou sentimento desfavorável formado a priori, sem maior conhecimento, ponderação ou razão”. Na segunda acepção, o preconceito é definido como “atitude, sentimento ou parecer insensato, especialmente de natureza hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; intolerância”. Os preconceitos que se tornaram mais conhecidos e cujo combate é mais aceito são o racial e o de gênero. A expressão “preconceito linguístico” é mais ou menos corrente entre leitores de sociolinguística, disciplina que estuda o fenômeno da variação linguística, os fatores que a condicionam e as atitudes da sociedade em relação às variedades. Voltemos ao Houaiss, que assim define preconceito linguístico: “qualquer crença sem fundamento científico acerca das línguas e de seus usuários, como, p. ex., a crença de que existem línguas desenvolvidas e línguas primitivas, ou de que só a língua das classes cultas possui gramática, ou de que os povos indígenas da África e da América não possuem línguas, apenas dialetos”. No fundo, o preconceito linguístico é um preconceito social. É uma discriminação sem fundamento que atinge falantes inferiorizados por alguma razão e por algum fato histórico. Nós o compreenderíamos melhor se nos déssemos conta de que ‘falar bem’ é uma regra da mesma natureza das regras de etiqueta, das regras de comportamento social. Os que dizemos que falam errado são apenas cidadãos que seguem outras regras e que não têm poder para ditar quais são as elegantes. Isso não significa dizer que a norma culta não é relevante ou que não precisa ser ensinada. Significa apenas que as normas não cultas não são o que sempre se disse delas. E elas mereceriam não ser objeto de preconceito. A leitura de um ou dois capítulos de qualquer manual de linguística poderia fazer com que todos se convencessem de questivemos equivocados durante séculos em relação a conceitos como ‘falar errado’. Para combater esse preconceito, basta um pouco de informação. (Fonte: Sírio Possenti. Preconceito linguístico. Disponível emhttp://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado/preconceito-linguistico, acesso em 10/08/2014, adaptado). QUESTÃO 5 No contexto do TEXTO 2, podemos inferir que a expressão “falar bem”, na voz do autor Sírio Possenti, e a frase da professora “Isso é lá Português que se fale” na tirinha de Chico Bento, personagem de Maurício de Sousa, estão relacionadas, respectivamente, a uma questão de:
Answer
  • adequação ao comportamento social; adequação à norma culta.
  • fineza no português; ensino de língua.
  • fluência natural da fala; comportamento correto.
  • gramática normativa; ensino de idioma.

Question 6

Question
O que seria o preconceito linguístico? Ele existe? Se sim, qual a sua natureza? Se deve ser combatido, como todos os preconceitos, quais deveriam ser as armas de combate? Talvez seja bom começar por uma definição de preconceito. A do Dicionário Houaiss é bastante esclarecedora. Segundo essa fonte, preconceito é “qualquer opinião ou sentimento, quer favorável quer desfavorável, concebido sem exame crítico”, o que em seguida é mais bem especificado: “ideia, opinião ou sentimento desfavorável formado a priori, sem maior conhecimento, ponderação ou razão”. Na segunda acepção, o preconceito é definido como “atitude, sentimento ou parecer insensato, especialmente de natureza hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; intolerância”. Os preconceitos que se tornaram mais conhecidos e cujo combate é mais aceito são o racial e o de gênero. A expressão “preconceito linguístico” é mais ou menos corrente entre leitores de sociolinguística, disciplina que estuda o fenômeno da variação linguística, os fatores que a condicionam e as atitudes da sociedade em relação às variedades. Voltemos ao Houaiss, que assim define preconceito linguístico: “qualquer crença sem fundamento científico acerca das línguas e de seus usuários, como, p. ex., a crença de que existem línguas desenvolvidas e línguas primitivas, ou de que só a língua das classes cultas possui gramática, ou de que os povos indígenas da África e da América não possuem línguas, apenas dialetos”. No fundo, o preconceito linguístico é um preconceito social. É uma discriminação sem fundamento que atinge falantes inferiorizados por alguma razão e por algum fato histórico. Nós o compreenderíamos melhor se nos déssemos conta de que ‘falar bem’ é uma regra da mesma natureza das regras de etiqueta, das regras de comportamento social. Os que dizemos que falam errado são apenas cidadãos que seguem outras regras e que não têm poder para ditar quais são as elegantes. Isso não significa dizer que a norma culta não é relevante ou que não precisa ser ensinada. Significa apenas que as normas não cultas não são o que sempre se disse delas. E elas mereceriam não ser objeto de preconceito. A leitura de um ou dois capítulos de qualquer manual de linguística poderia fazer com que todos se convencessem de questivemos equivocados durante séculos em relação a conceitos como ‘falar errado’. Para combater esse preconceito, basta um pouco de informação. (Fonte: Sírio Possenti. Preconceito linguístico. Disponível emhttp://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado/preconceito-linguistico, acesso em 10/08/2014, adaptado). QUESTÃO 6 A personagem Chico Bento apresenta-se como um bom exemplo da diversidade cultural e linguística do nosso país, considerando que a variação é um fenômeno natural das línguas. Com base no contexto da tirinha introdutória do TEXTO 2, aponte a alternativa que melhor explica o uso social da língua portuguesa através da gramática normativa:
Answer
  • “ocê” – a palavra deriva do pronome demonstrativo “você”.
  • “minhas nota” – o pronome possessivo “minhas” deveria estar no singular, concordando com o substantivo “nota”.
  • “sabê” – o particípio da forma verbal “saber” perde o “r” final, aspecto comum na pronúncia oral dos brasileiros.
  • “mais” – a conjunção que marca ideia de oposição grafa-se: “mas”.

Question 7

Question
TEXTO 3 DIFERENÇAS REGIONAIS NA FALA PRECONCEITO LINGUÍSTICO (Publicado em 08/01/2010) Em seu livro “Educação em língua materna: a sociolinguística na sala de aula”, Stella Maris Bortoni-Ricardo afirma que as tirinhas do Chico Bento, que na década de 1980 quase tiveram sua publicação impedida pelo Conselho Nacional da Cultura, o qual alegava um possível mau exemplo às crianças brasileiras, que passariam a falar “errado” como o personagem em questão, servem, não obstante a tudo isso, de excelente material para ser usado em sala de aula: “Chico Bento pode se transformar, em nossas salas de aula, em um símbolo do multiculturalismo que ali deve ser cultivado. Suas historinhas são também ótimos recursos para despertarmos em nossos alunos a consciência da diversidade sociolinguística.” (BORTONI-RICARDO, 2004, p.46). Sendo assim, uma vez que professores disponham de materiais afins, é possível conduzir um rico debate acerca da variedade linguística e das diferenças regionais. Com isso, na escola, os professores poderão contribuir para minimizar os efeitos do preconceito que há nos tratamentos dispensados aos fenômenos que existem nas formas de comunicação de pessoas habitantes ou provenientes de algumas regiões do Brasil, como é o caso desse personagem de Maurício de Sousa. Assim como nas tirinhas do Chico Bento, há preconceitos circulando em vários meios de comunicação, como na mídia em que programas de vários gêneros da televisão brasileira transferem características rudes e grotescas à figura do cidadão nordestino, dando a ideia de ele ser uma pessoa inferior aos demais. Quando um programa televisivo quer figurar um “homem do interior”, por exemplo, frequentemente o coloca em situação inferior aos outros personagens, provocando risos nos companheiros de cena e nos espectadores. O que ocorre nessa questão é que se deixa de problematizar a língua e passa-se a problematizar o falante desta e, ainda, a região geográfica na qual este está localizado, uma vez que as diferenças sociais e culturais não são respeitadas. É por isso que o tema precisa ser amplamente discutido na sociedade para conscientização geral. (Fonte: Disponível em http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1717, acesso em 10/07/2014, adaptado). QUESTÃO 7 Podemos afirmar que o TEXTO 2 e o TEXTO 3 NÃO dialogam tematicamente quanto:
Answer
  • ao ensino da variedade linguística na escola.
  • à crítica ao preconceito linguístico.
  • ao preconceito contra o nordestino.
  • à pluralidade da língua portuguesa.

Question 8

Question
TEXTO 3 DIFERENÇAS REGIONAIS NA FALA PRECONCEITO LINGUÍSTICO (Publicado em 08/01/2010) Em seu livro “Educação em língua materna: a sociolinguística na sala de aula”, Stella Maris Bortoni-Ricardo afirma que as tirinhas do Chico Bento, que na década de 1980 quase tiveram sua publicação impedida pelo Conselho Nacional da Cultura, o qual alegava um possível mau exemplo às crianças brasileiras, que passariam a falar “errado” como o personagem em questão, servem, não obstante a tudo isso, de excelente material para ser usado em sala de aula: “Chico Bento pode se transformar, em nossas salas de aula, em um símbolo do multiculturalismo que ali deve ser cultivado. Suas historinhas são também ótimos recursos para despertarmos em nossos alunos a consciência da diversidade sociolinguística.” (BORTONI-RICARDO, 2004, p.46). Sendo assim, uma vez que professores disponham de materiais afins, é possível conduzir um rico debate acerca da variedade linguística e das diferenças regionais. Com isso, na escola, os professores poderão contribuir para minimizar os efeitos do preconceito que há nos tratamentos dispensados aos fenômenos que existem nas formas de comunicação de pessoas habitantes ou provenientes de algumas regiões do Brasil, como é o caso desse personagem de Maurício de Sousa. Assim como nas tirinhas do Chico Bento, há preconceitos circulando em vários meios de comunicação, como na mídia em que programas de vários gêneros da televisão brasileira transferem características rudes e grotescas à figura do cidadão nordestino, dando a ideia de ele ser uma pessoa inferior aos demais. Quando um programa televisivo quer figurar um “homem do interior”, por exemplo, frequentemente o coloca em situação inferior aos outros personagens, provocando risos nos companheiros de cena e nos espectadores. O que ocorre nessa questão é que se deixa de problematizar a língua e passa-se a problematizar o falante desta e, ainda, a região geográfica na qual este está localizado, uma vez que as diferenças sociais e culturais não são respeitadas. É por isso que o tema precisa ser amplamente discutido na sociedade para conscientização geral. (Fonte: Disponível em http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1717, acesso em 10/07/2014, adaptado). QUESTÃO 8 Os textos 2 e 3 mencionam o personagem de Chico Bento, igualmente, para: A. valorizar a leitura de quadrinhos na infância. B. evidenciar a variedade regional por ele falada. C. influenciar a fala das crianças. D. disseminar o preconceito linguístico.
Answer
  • A
  • B
  • C
  • D

Question 9

Question
TEXTO 4 PRONOMINAIS Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro TEXTO 5 ARTE MATUTA Eu nasci ouvindo os cantos das aves de minha serra e vendo os belos encantos que a mata bonita encerra foi ali que eu fui crescendo fui vendo e fui aprendendo no livro da natureza onde Deus é mais visível o coração mais sensível e a vida tem mais pureza. Sem poder fazer escolhas de livro artificial estudei nas lindas folhas do meu livro natural e, assim, longe da cidade lendo nessa faculdade que tem todos os sinais com esses estudos meus aprendi amar a Deus na vida dos animais. Quando canta o sabiá Sem nunca ter tido estudo eu vejo que Deus está por dentro daquilo tudo aquele pássaro amado no seu gorjeio sagrado nunca uma nota falhou na sua canção amena só canta o que Deus ordena só diz o que Deus mandou. QUESTÃO 9 Depois de ter lido os textos 4 e 5, diante das afirmações, escreva (1) se a sentença indicar uma informação do texto “Pronominais” e (2) se a sentença indicar informação do texto “Arte matuta”: ( ) Descreve que a verdadeira gramática é da inspiração da natureza. ( ) Descreve que a verdadeira gramática é da inspiração do cidadão comum. ( ) Questiona a gramática normativa e suas regras para defender uma opinião. ( ) Faz uso de um tom saudosista e até religioso. ( ) Utiliza versos brancos, ou seja, sem rima. ( ) Utiliza rima em sua poesia. Agora, marque a alternativa correta com base nas respostas acima:
Answer
  • 1 – 2 – 1 – 2 – 2 - 1
  • 2 – 1 – 1 – 2 – 1 – 2
  • 2 – 1 – 2 – 2 – 1 – 1
  • 1 – 2 – 2 – 1 – 1 – 1

Question 10

Question
O repentista pernambucano Oliveira de Panelas, erradicado na Paraíba, também mostra sua visão acerca dos valores culturais do Nordeste e da fala peculiar do nordestino. O repente abaixo é um forte manifesto a favor dos valores regionais: TEXTO 6 EU NÃO TROCO MEU OXENTE NO OK DE SEU NINGUÉM Isso de mercy bou cour É negócio pra francês! Eu vou lá falar inglês Pra dizer I love you! Eu sou mais gosto de tu Minha fogosa, meu bem! Meu pro mode e meu que nem Tem um ritmo diferente, Eu não troco o meu oxente No OK de seu ninguém. Eu não troco meu sertão Por cinco ou seis Hollywood Nem pensem que Robin Hood Vale mais que Lampião, Sou muito mais Gonzagão Tocando seu xenhenhém, Aposto como He-man Não sabe fazer repente, Eu não troco o meu oxente No OK de seu ninguém. Não cantam com meu gogó Michael Jackson e On The Block, Vinte festivais de rock Não “chega” aos pés de um forró! Whisky escocês não tem Sabor de nossa aguardente, Eu não troco o meu oxente No OK de seu ninguém. Não dou a minha sanfona... Pela guitarra estrangeira; Nota dez pra brasileira Nota zero pra Madonna. Iron Maiden, quando vem Não tem moléstia que aguente, Eu não troco o meu oxente No OK de seu ninguém. (Fonte: Disponível em www.oliveiradepanelas.com.br, acesso em 10/07/2014, adaptado). QUESTÃO 10 Sobre o gênero textual e a tipologia do TEXTO 6, é incorreto afirmar:
Answer
  • O texto é um poema.
  • O tipo textual predominante é o descritivo.
  • As marcas de oralidade são típicas ao gênero ao qual pertence o texto.
  • Em todas as estrofes, há dois versos que se repetem, reforçando a ideia central do texto.

Question 11

Question
QUESTÃO 11 Depois de ter lido o TEXTO 6, observe as sentenças abaixo e marque V (verdadeiro) ou F (falso) nos parênteses ao lado das afirmações. Não se esqueça de marcar no espaço correto na folha de resposta. A. ( ) No texto, a expressão “oxente”, que usualmente tem valor de interjeição, apresenta função adverbial, marcada pelo uso do pronome possessivo “meu”. B. ( ) O texto centraliza sua temática na defesa dos valores regionais, usando o humor e a ironia, características predominantes dos textos orais. C. ( ) As marcas de oralidade do texto são exclusivamente assinaladas pelo uso de estrangeirismos, ou seja, expressões em outros idiomas, bem como nomes próprios em língua estrangeira. D. ( ) A concordância nominal está incorreta na expressão “nossa aguardente”, visto que a gramática normativa indicaria “nosso aguardente”.
Answer
  • F F F F
  • V V V V
  • F V F V
  • V V F F
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