Estrutura externa e interna da obra "Os Lusíadas"

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Elementos da estrutura externa e interna da obra de Camões
Maria  Jacinto
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Maria  Jacinto
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    "Os Lusíadas"
    O Género Épico O género épico remonta à antiguidade grego e latina sendo os seus expoentes máximos Homero e Virgílio. A epopeia é um género narrativo em verso, em estilo elevado, que visa celebrar feitos grandiosos de heróis fora do comum reais ou lendários. Tem pois sempre um fundo histórico; de notar que o género épico é um género narrativo e que exige na sua estrutura a presença de uma ação, desempenhada por personagens num determinado tempo e espaço. O estilo é elevado e grandioso e possui uma estrutura própria, cujos principais aspetos são: Proposição - em que o autor apresenta a matéria do poema; Invocação - às musas ou outras divindades e entidades míticas protetoras das artes; Dedicatória - em que o autor dedica o poema a alguém, sendo esta facultativa; Narração - a ação é narrada por ordem cronológica dos acontecimentos, mas inicia-se já no decurso dos acontecimentos (“in medias res”), sendo a parte inicial narrada posteriormente num processo de retrospetiva, “flashback” ou “analepse.      

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    Presença de mitologia greco-latina - contracenando heróis mitológicos e heróis humanos. Os Lusíadas (1572): EPOPEIA DE IMITAÇÃO Epopeia porque é uma narração em verso de um facto histórico grandioso, de interesse para toda a Humanidade. Imitação porque segue os modelos das epopeias primitivas (ex.: a Ilíada e a Odisseia de Homero); contem dramatização das ações dos heróis como reflexo do conflito dos deuses (maravilhoso pagão) Canta os feito do presente em comparação com feitos grandiosos do passado, e é ainda a voz dos que se opunham aos Descobrimentos (ex.:  “Velho do Restelo”) Presença de mitologia greco-latina - contracenando heróis mitológicos e heróis humanos. Os Lusíadas (1572): EPOPEIA DE IMITAÇÃO
    Os deuses mitológicos
    Caption: : deuses mitológicos

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    Pesquisa sobre os deuses mitológicos
    Faz uma pesquisa sobre os principais deuses greco-latinos que fazem parte da obra camoniana. Elabora pequenas biografias sobre os deuses que surgem no Episódio do Consílio dos deuses; https://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_greco-romana https://www.hipercultura.com/mitologia-romana-principais-deuses/    

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    Caption: : a primeira página
      A obra divide-se em dez partes, às quais se chamam cantos. Cada canto tem um número variável de estrofes (em média de 110). O canto mais longo é o X, com 156 estrofes. As estrofes são oitavas, portanto constituídas por oito versos. Cada verso é constituído por dez sílabas métricas; nas sua maioria, os versos são heróicos (acentuados nas sextas e décimas sílabas). O esquema rimático é o mesmo em todas as estrofes da obra, sendo portanto, rima cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos (ABABABCC).
    Estrutura externa

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      Proposição Canto I, est. 1-3, em que Camões propõe-se cantar as grandes vitórias e os homens ilustres - “as armas e os barões assinalados”; as conquistas e navegações no Oriente (reinados de D. Manuel e de D. João III); as vitórias em África e na Ásia desde D. João a D. Manuel, que dilataram “a fé e o império”; e, por último, todos aqueles que pelas suas obras valorosas “se vão da lei da morte libertando”, todos aqueles que mereceram e merecem a “imortalidade” na memória dos homens. Invocação Canto I, est. 4-5, o poeta pede ajuda a entidades mitológicas, chamadas musas. Para além das estâncias 4 e 5, onde o poeta se dirige às Tágides, isso acontece várias vezes ao longo do poema, sempre que o autor precisa de inspiração: Dedicatória Canto I, est. 6-18, é a dedicatória do poema a D. Sebastião, que encara toda a esperança do poeta, que quer ver nele um monarca poderoso, capaz de retomar “a dilatação da fé e do império” e de ultrapassar a crise do momento. Termina com uma exortação ao rei para que também se torne digno de ser cantado, prosseguindo as lutas contra os Mouros.
    Estrutura interna

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    Dedicatória
    A dedicatória tem uma estrutura tipicamente clássica:   Exórdio (est. 6-8) - início do discurso;   Exposição (est. 9-11) - corpo do discurso;   Confirmação (est. 12-14) - onde são apresentados os exemplos;   Peroração (est. 15-17) - espécie de recapitulação ou remate;   Epílogo (est. 18) - conclusão.

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    Narração
    Começa no Canto I, est. 19 e constitui a ação principal que, à maneira clássica, se inicia “in medias res”, isto é, quando a viagem já vai a meio, “Já no largo oceano navegavam” (C. I, est. 19) , encontrando-se já os portugueses em pleno Oceano Índico. Este começo da ação central, a viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia, quando os portugueses se encontram já a meio do percurso do canal de Moçambique vai permitir: A narração do percurso até Melinde; A narração da História de Portugal até à viagem (por Vasco da Gama); A inclusão da narração da primeira parte da viagem; A apresentação do último troço da viagem.
      A narrativa organiza-se em quatro planos: o da viagem, e o dos deuses, em alternância, ocupam uma posição importante. A História de Portugal está encaixada na viagem. As considerações pessoais aparecem normalmente nos finais de canto e constituem, de um modo geral, a visão crítica do poeta sobre o seu tempo.

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    Tipos de episódios
    Episódios Mitológicos: Concílio dos Deuses no Olimpo Concílio dos Deuses Marinhos  Episódio Cavalheiresco: Os Doze de Inglaterra Episódios Bélicos: Batalha de Ourique Batalha do Salado Batalha de Aljubarrota
    Episódios Líricos: A Fermosíssima Maria Morte de Inês de Castro Despedida do Restelo  Episódios Naturalistas: Fogo de Santelmo e Tromba Marítima Escorbuto Tempestade  Episódios Simbólicos: Velho do Restelo Adamastor Ilha dos Amores
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