Português

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Correntes literárias da língua, período histórico, principais características, autores que se destacam e obras.
Rosana Verneque
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    Trovadorismo (1189 - 1418)
      Longo período da Baixa Idade Média Europeia, que tem o Feudalismo como sistema político, social e econômico.  Reúne os primeiros registros poéticos da língua Portuguesa Na filosofia,na ciência e nas artes prevalecem as concepções que colocam Deus no centro do pensamento visão teocêntrica. Há duas vertentes básicas:  Vertente Lírica: cantigas de amor e de amigos Vertente Satírica: cantigas de escárnio e de maldizer.  Os autores das cantigas são os trovadores. a prosa, prevalece a novela de cavalaria, protagonizada por heróis nobres.

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    Humanismo (1418 - 1527)
    Período de transição na Europa, entre a decadência do Feudalismo e seus valores, marcado pelo Catolicismo e sua visão teocêntrica do mundo,. Surgimento do Renascimento, que começa no século XV, em Florença, e coloca o homem no centro das questões filosóficas e da arte (visão antropocêntrica). Linguagem simples e utiliza redondilhas (versos com cinco ou sete sílabas poéticas). Gil Vicente, o maior representante desse período na língua portuguesa, destaca-se pela produção de autos (textos de inclinação religiosa e moralizante), como o Auto da Barca do Inferno, e farsas (textos irônicos de temática profana), como A Farsa de Inês Pereira. No Auto da Barca do Inferno (1517), há diálogos com o Anjo e o Diabo, comportamentos reprovados pela Igreja Católica.

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    Classicismo (1527 - 1580)
    Período literário que se desenvolve no Renascentismo europeu, nos séculos XV e XVl, que coloca o homem no centro do pensamento filosófico e artístico. Simultâneo à Reforma Protestante (1517 - 1564), i,pulsionada pela burguesia em ascensão contra a hegemonia do catolicismo da nobreza em decadência. Nas artes, retoma personagens e valores da Antiguidade clássica, principalmente dos mitos greco-latinos resgatados em obras como  Eneida, de Virgílio, e a Odisseia, de Homero. Na poesia lírica, os principais temas são as emoções humanas, o sofrimento amoroso e o questionamento da existência. Na poesia épica, predominam a narração de episódios históricos ou lendários e a retomada de exaltações de caráter humanista-nacionalista, fortemente inspiradas nos clássicos greco-latinos. Em língua portuguesa, o grande nome do período é Luís Vaz de Camões, autor de vasta obra poética lírica, como o soneto Amor É Fogo que Arde Sem se Ver, e épica, como Os Lusíadas. Nesta última, os efeitos dos navegadores portugueses em direção às índicas são igualados às façanhas de heróis da Antiguidade.

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    Quinhentismo (1500 - 1601)
    Primeiras manifestações literárias no Brasil colônica, que tem como marco A Carta de Pero Vaz de Caminha. Período do Mercantilismo e das grandes navegações dos países europeus. No Brasil, há uma expansão do catolicismo, em reação à Reforma Protestante que ocorre na Europa. A literatura divide-se basicamente em textos religiosos, como os do padre jesuíta José de Anchieta, e de informação da nova colônia, como o diário de Pero Lopes de Sousa, o tratado de Pero de Magalhães Gândavo e os tratados descritivos de autoria de Gabriel Soares de Sousa e Fernão Cardim.

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    Barroco (1601 - 1768)
    Retomada dos valores religiosos do catolicismo, em oposição aos do Classicismo. Seu marco na Europa é o Concílio de Trento ( reação da Igreja Católica à Reforma Protestante), na Itália, em 1575 a 1563. Na Espanha e em Portugal, considera-se o início em 1580, quando há a unificação das coroas (União Ibérica) e a morte de Camões. No Brasil, o marco é a publicação, em 1601, de Prosopopeia, poema de Bento Teixeira. Temas: Temática religiosa, mas tenta conciliar a fé e a razão, abordando o pecado e a salvação, os prazeres mundanos condenados pelos valores religiosos e pelos conflitos morais.  
     Características, autores e obras:  ​​​​​​​​​​​​​​Os contrastes, os paradoxos a antítese (oposição entre duas ideias) e a aproximação de ideias antagônicas são típicos desse período histórico. As principais correntes são o Cultismo, em que o maior expoente é o poeta Gregório de Matos (Boca do Inferno)

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    Arcadismo (1768 - 1836)
    Fundação da academia literária denominada Arcádia Lusitana, em Lisboa, 1756, inaugura o Arcadismo. No Brasil, o marco é a publicação de Obras Poéticas, em 1768, por Cláudio Manuel Costa. O Iluminismo é a corrente de pensamento que predomina na Europa durante o séc. XVIII, e prevalece a razão sobre a fé. No Brasil, a independência dos EUA (1776) e a Revolução Francesa (1789) motivam os jovens poetas de Vila Rica a organizar a Inconfidência Mineira (1789) Características, autores e obras: O soneto clássico é a principal forma na poesia, e, no Brasil, aparece também com variações. Tomás A. Gonzaga - Dirceu (Cartas Chilenas e Liras - inclui Marília de Dirceu); Cláudio M. da Costa (Obras Poéticas, Vila Rica); José B. da Gama (O Uruguai); Frei José de Santa Rita Durão (Caramuru).
    Temas: Poetas buscam harmonia com a natureza, em contraposição à vida nas cidades. Para eles, só o campo devolveria a paz de espírito e a ração humana. Exploram temas como o carpe diem (viver o dia intensamente) Muitos poetas criam pseudônimos, como antigos pastores gregos e latinos. Cláudio Manuel da Costa assina como Glauceste Satúrnio, e Tomás Antônio Gonzaga como Dirceu. É comum a adoção de musas inspiradoras, como a Marília, que inspirou Gonzaga a escrever os versos líricos de Marília de Dirceu.

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    Realismo (1881 - 1922)
    Na Europa, teve início em 1857, com a publicação do romance Madame Bovary, de Gustave Flaubert. O romance O Crime do Padre Amaro (1875) de Eça de Queirós, é considerado o primeiro livro vinculado à corrente realista na literatura portuguesa. O primeiro romance realista brasileiro é Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, publicado em 1881. Movimento Realista ocorre durante a segunda fase da Revolução Industrial, e diversas obras apresentam como protagonistas indivíduos pertencentes ao proletariado urbano. Em lugar de heróis, as personagens de romance realista são pessoas comuns, cheias de problemas e limitações.
    A realidade dos operários e dos demais setores marginalizados da população é tratada à luz das teorias sociológicas emergentes. Temas: ​​​​​​​Em oposição à subjetividade do Romantismo, os escritores realistas concebem a realidade segundo uma visão materialista e objetiva. Os textos trazem uma observação atenta de paisagens, pessoas e fenômenos. O mundo burguês não é mais visto como uma superação positiva do Antigo Regime (monarquias) e passa a ser considerado um universo problemático.

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    Realismo (1881 - 1922)
    Características, autores e obras: Fronteiras entre o social e o psicológico muitas vezes determinam o jogo realista de "aparência vs essência". Surgem nessa época "romances de tese", narrativas que funcionam como um "laboratório" onde o escritor desenvolve estudos acerca da realidade exterior. No Brasil, Machado de Assis (Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro) Em Portugal, destaca-se Eça de Queirós (O Crime do Pr. Amaro, O primo Basílio, A Cidade e as Serras) e Antero de Quental. Outro nome representativo é o romantista e teatrólogo Artur de Azevedo, que consolidou a comédia de costumes no país.

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    Romantismo (1836 - 1881)
    A publicação do poema Camões, de Almeida Garret, em 1825, é considerado um marco do Romantismo em Portugal. No Brasil, o marco é o livro Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães, em 1836. O Romantismo está ligado à consolidação da burguesia, com a Revolução Industrial na Inglaterra e a Revolução Francesa, em 1789. Características: Valores como o individualismo e o sentimentalismo são elementos centrais. A liberdade formal e a imaginação criativa ocupam o lugar das regras de composição clássicas; os exageros dos sentimentos e a subjetividade são valorizados, em vez do equilíbrio e da objetividade. No Brasil, o movimento teve três momentos, ou gerações, bem definidos:

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    Romantismo (1836 - 1881)
    Primeira Geração Escritores que exaltam os valores nacionais e veem nos índios os legítimos heróis das narrativas, tendência por isso conhecida como Indianismo. Autores: José de Alencar (O Guarani, Ubirajara, Iracema); Gonçalves dias (Primeiros Cantos, Segundos Cantos).
    Segunda Geração Vertente marcada pela exacerbação do sentimento amoroso, sentimentalismo, introspecção e subjetividade, também chamada de Ultrarromantismo. Autores: Álvares de Azevedo (Noite na Taberna); Casimiro de Abreu (As Primaveras);

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    Romantismo (1836 - 1881)
    Terceira Geração Etapa libertária do movimento, é marcada pela defesa de ideias, linguagem grandiloquente, carregada de hipérbole (ênfases exageradas). A luta contra a escravidão renderia ao poera Castro Alves o adjetivo "condoreiro", por almejar voos tão altos quanto os do condor. Autor: Castro Alves (Espumas Flutuantes, Os Escravos - livro que inclui Vozes d'África e O Navio Negreiro).
    Manuel Antônio de Almeida Exceção entre os autores do Romantismo, sua obra foge completamente dos padrões românticos. Seu livro Memórias de Um Sargento de Milícias (1852 - 1853) tem tom irônico e satírico, introduz a figura do malandro e é um precursor do Realismo.

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