Maurice Tardif-Saberes docentes e formação profissional.

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Maurice Tardif- Saberes docentes e formação profissional. Introdução
Karolyn Dacri
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Question Answer
Introdução (Pág 9 até a 23) Mentalismo-O saber dos professores é uma saber social: 5 porquês. 1° Esse saber é social por ser partilhado por todo um grupo de agentes-os professores- Possuem uma formação comum, trabalham numa mesma organização e estão sujeitos a condicionamentos e recursos comparáveis.
2° sua posse e sua utilização repousam sobre todo um sistema que vem garantir a sua legitimidade e orientar sua definição e utilização; Um professor nunca define sozinho o seu próprio saber profissional. 3° Seus próprios objetos são sociais-práticas sociais- O professor não trabalha apenas um ''objeto'', ele trabalha com sujeitos e em função de um projeto: Transformar os alunos, educa-los e instrui-los.
''Ensinar é agir com outros seres humanos, é saber agir com outros seres humanos que sabem que lhes ensino, é saber que ensino a outros seres humanos que sabem que sou um professor.'' 4°O que os professores ensinam-( ''saberes a serem ensinados'') e sua maneira de ensinar (''saber-ensinar'') evoluem com o tempo e as mudanças sociais. No campo da pedagogia,o que era ''verdadeiro'', ''útil'' e ''bom'' ontem já não o é mais hoje.
5° O saber dos professores não é um conjunto de conteúdos cognitivos definidos de uma vez por todas, mas um processo em construção ao longo de uma carreira profissional na qual o professor aprende progressivamente a dominar seu ambiente de trabalho, ao mesmo tempo em que se insere nele e o interioriza por meio de regras de ação que se tornam parte integrante de sua ''consciência prática''. No sociologismo, o saber real dos atores concretos é sempre associado a outra coisa que não a sim mesmo, e isso determina a sua inteligibilidade para o pesquisador, ao mesmo tempo em que priva os atores de toda e qualquer capacidade de conhecimento e de transformação de sua própria situação e ação.
Social- Relação entre mim e os outros repercutindo em mim,, relação com os outros em relação a mim, e também relação de mim para comigo mesmo quando essa relação é presença do outro em mim mesmo. O saber dos professores depende, por um lado, das condições concretas nas quais o trabalho deles se realiza e, por outro, da personalidade e da experiência profissional dos próprios professores. Nessa perspectiva, o saber dos professores parece estar assentado em transações constantes entre o que eles ''são'' e o que eles '' fazem''.
A minha perspectiva procura, portanto, salientar o saber dos professores na INTERFACE ENTRE O INDIVIDUAL E O SOCIAL, entre o ator e o sistema, a fim de captar a sua natureza social e individual como um todo. Ela se baseia num certo número de fios condutores: (6) 1° Saber e trabalho: O saber dos professores deve ser compreendido em íntima relação com o trabalho deles na escola e na sala de aula. O saber está a serviço do trabalho.Isso significa que as relações dos professores com os saberes nunca são relações estritamente cognitivas: são relacionadas medidas pelo trabalho que lhes fornece princípios para enfrentar e solucionar situações cotidianas.
2°Diversidade do saber: O saber dos professores é plural, compósito, heterogêneo, porque envolve, no próprio exercício do trabalho, conhecimentos e um saber-fazer bastante diversos, provenientes de fontes variadas e, provavelmente, de natureza diferente. 3°Temporalidade do saber: O saber dos professores é plural e também temporal, é adquirido no contexto de uma história de vida e de uma carreira profissional. Antes mesmo de ensinarem, os futuros professores vivem nas salas de aula e nas escolas- e, portanto em seu futuro local de trabalho-durante aproximadamente 16 anos. Oral, tal impressão é necessariamente formada, pois eleva os futuros professores a adquirirem crenças, representações e certezas sobre a prática do oficio de professor, bem como sobre o que é ser aluno. Em suma, antes mesmo de começarem a ensinar oficialmente, os professores já sabem de muitas maneiras o que é o ensino por causa de toda a sua história escolar anterior.
4°A experiência de trabalho enquanto fundamento do saber: Ensinar é mobilizar uma ampla variedade de saberes, reutilizando-os no trabalho para adapta-los e transforma-los pelo e para o trabalho. A experiência de trabalho, por tanto é apenas um espaço onde o professor aplica saberes, sendo ela mesma saber do trabalho sobre saberes, em suma: Reflexividade, retomada, reprodução, reiteração daquilo que se sabe naquilo que se sabe fazer, afim de produzir sua própria prática profissional. 5° Saberes humanos a respeito de seres humanos: É a ideia de trabalho interativo, ou seja, um trabalho onde o trabalhador se relaciona com o seu objeto de trabalho fundamentalmente através da interação humana. A questão do saber está ligada, assim, à dos poderes e regras mobilizados pelos atores sociais na interação concreta. Ela também está ligada a interrogações relativas aos valores, à ética e às tecnologias da interação.
6° Saberes e formação de professores: vontade de encontrar nos cursos de formação de professores uma nova articulação e um novo equilíbrio entre os conhecimentos produzidos pelas universidades a respeito do ensino e os saberes desenvolvidos pelos professores em suas práticas cotidianas.
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