Tratado Lógico-Filosófico

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Mapa mental esquematizando o Tratado Lógico-Filosófico de Ludwig Wittgenstein
Erlan Tostes
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Erlan Tostes
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Tratado Lógico-Filosófico
  1. 1. O mundo é tudo o que é o caso
    1. 1.1 O mundo é a totalidade dos fatos, não das coisas
      1. 1.1.1 O mundo é determinado pelos fatos, e por serem todos os fatos
        1. 1.1.2 Pois a totalidade dos fatos determina o que é o caso e também tudo o que não é o caso
          1. 1.1.3 Os fatos no espaço lógico são o mundo
          2. 1.2 O mundo resolve-se em fatos
            1. 1.2.1 Algo pode ser o caso ou não ser o caso e tudo o mais permanecer na mesma
          3. 4. O pensamento é a proposição com sentido
            1. 6. A forma geral da verdade é [p¯,ξ ¯,N (ξ¯)]
              1. 3. A figuração lógica é o pensamento
                1. 5. A proposição é uma função de verdade das proposições elementares (A proposição elementar é uma função de verdade em si mesma)
                  1. 2. O que é o caso, o fato, é a existência de todas as coisas
                    1. 2.0.1 O estado de coisas é uma ligação de objetos (coisas).
                      1. 2.0.1.1 É essencial para a coisa poder ser parte constituinte der estado de coisas.
                        1. 2.0.1.2 Nada é acidental na lógica: se uma coisa puder aparecer num estado de coisas, a possibilidade do estado de coisas já deve estar antecipada nela.
                          1. 2.0.1.2.2 Coisa é autônoma enquanto puder aparecer em todas as situações possíveis, mas esta forma de autonomia é uma forma de conexão com o estado de coisas, uma forma de heteronomia. (É impossível palavras comparecerem de dois modos diferentes, sozinhas e na proposição.)
                            1. 2.0.1.2.3 Se conheço o objeto, também conheço todas as possibilidades de seu aparecer em estados de coisas. (Cada uma dessas possibilidades deve estar na natureza do objeto.) • Não é possível posteriormente encontrar nova possibilidade.
                              1. 2.0.1.2.3.1 Para conhecer um objeto não devo com efeito conhecer suas propriedades externas — mas todas as internas.
                              2. 2.0.1.2.4 Ao serem dados todos os objetos, dão-se também todos os possíveis estados de coisas
                                1. 2.0.1.2.1 Parece, por assim dizer, acidental que à coisa, . que poderia subsistir sozinha e para si, viesse ajustar-se em seguida uma situação. Se as coisas podem aparecer em estados de coisas, então isto já. deve estar nelas. (Algo lógico não pode ser meramente-possível. A lógica trata de cada possibilidade e todas as possibilidades são fatos quê lhe pertencem.) Assim como não podemos pensar objetos espaciais fora do espaço, os temporais fora do tempo, assim não podemos pensar nenhum objeto fora da possibilidade de sua ligação com outros. Se posso pensar o objeto ligando-o ao estado de coisas, não posso então pensá-lo fora da possibilidade dessa ligação.
                                2. 2.0.1.3 Cada coisa está como num espaço de estados de coisas possíveis. Posso pensar este espaço vazio, mas não a. coisa sem o espaço.
                                  1. 2.0.1.3.1 O objeto espacial deve estar no espaço infinito. (O ponto no espaço é lugar do argumento.) A mancha no campo visual não deve, pois, ser vermelha, mas deve ter uma côr; tem, por assim dizer, uma espacialidade colorida em volta de si. O som deve possuir uma altura, o objeto do tato, uma dureza, e assim por diante.
                                  2. 2.0.1.4 Os objetos contêm a possibilidade de todas as situações.
                                    1. 2.0.1.4.1 A possibilidade de seu aparecer nos estados de coisas é a forma dos objetos.
                                  3. 2.0.2 O objeto é simples
                                    1. 2.0.2.0.1 Cada asserção sôbre complexos deixa-se dividir numa asserção sôbre suas partes constitutivas e naquelas proposições que descrevem inteiramente tais complexos.
                                      1. 2.0.2.1 Os objetos formam a substância do mundo. Por isso não podem ser compostos.
                                        1. 2.0.2.1.1 Se mundo não possuísse substância, para uma proposição ter sentido dependeria de outra proposição ser verdadeira.
                                          1. 2.0.2.1.2 Seria, pois, impossível traçar uma figuração do mundo (verdadeira ou falsa).
                                          2. 2.0.2.2 o que um mundo, pensado muito diferente do real, deve possuir algo — uma forma — comum com éste mundo real.
                                            1. 2.0.2.3 Esta forma fixa consiste precisamente em objetos.
                                              1. 2.0.2.3.1 Substância do mundo pode determinar apenas uma forma, mas não propriedades materiais; já que estas são primeiramente representadas pelas proposições — primeiramente formadas pela configuração dos objetos.
                                                1. 2.0.2.3.2 Aproximadamente falando: os objetos são desprovidos de cor.
                                                  1. 2.0.2.3.3 Dois objetos de mesma forma lógica — abstraindo suas propriedades externas — se diferenciam um do outro apenas por serem distintos.
                                                    1. 2.0.2.3.3.1 Ou uma coisa possui propriedades que nenhuma outra possui e desse modo é possível sem mais separá-la de outras por uma descrição e referir-se a ela; ou, ao contrário, existem várias coisas que possuem todas suas propriedades em comum, sendo então impossível em geral indicar uma delas. Se a coisa não se distingue por nada, não posso então distingui-la, pois do contrário estaria distinguida.
                                                  2. 2.0.2.4 Substância é o que subsiste independentemente do que ocorre
                                                    1. 2.0.2.5 Ela é forma e conteúdo
                                                      1. 2.0.2.5.1 Espaço, tempo e cor (coloridade) são formas dos objetos.
                                                      2. 2.0.2.6 Só se houver objetos, pode haver forma fixa do mundo.
                                                        1. 2.0.2.7 O fixo, o subsistente e o objeto são um só.
                                                          1. 2.0.2.7.1 O objeto é o fixo, o subsistente; a configuração é o mutável, o instável.
                                                            1. 2.0.2.7.2 A configuração dos objetos forma o estado de coisas.
                                                          2. 2.0.3 No estado de coisas os objetos se ligam uns aos outros como elos de uma cadeia.
                                                            1. 2.0.3.1 No estado de coisas os objetos estão uns em relação aos outros de um modo determinado.
                                                              1. 2.0.3.2 O modo pelo qual os objetos se vinculam no estado de coisas constitui a estrutura do estado de coisas.
                                                                1. 2.0.3.3 A forma é a possibilidade da estrutura
                                                                  1. 2.0.3.4 A estrutura do fato é constituída pelas estruturas dos estados de coisas.
                                                                  2. 2.0.4 A totalidade dos subsistentes estados de coisas é o mundo
                                                                    1. 2.0.5 A totalidade dos subsistentes estados de coisas determina também quais estados de coisas não subsistem
                                                                      1. 2.0.6 A subsistência e a não-subsistência dos estados de coisas é a realidade. (Chamamos de fato positivo à subsistência de estados de coisas e de negativo à não-subsistência deles.)
                                                                        1. 2.0.6.1 Os estados de coisaasão independentes uns dos outros.
                                                                          1. 2.0.6.2 Da subsistência ou da não-subsistência de um estado de coisas não é possível concluir a subsistência ou a não-subsistência de outro.
                                                                            1. 2.0.6.3 A realidade inteira é o mundo.
                                                                            2. 2.1 Fazemo-nos figurações dos fatos
                                                                              1. 2.1.1 A figuração presenta a situação no espaço lógico, a subsistência e a não-subsistência de estados de coisas.
                                                                                1. 2.1.2 A figuração é um modelo da realidade
                                                                                  1. 2.1.3 Na figuração, seus elementos correspondem aos objetos
                                                                                    1. 2.1.3.1 Os elementos da figuração substituem nela os objetos.
                                                                                    2. 2.1.4 A figuração consiste em que seus elementos estão uns em relação aos outros de um modo determinado
                                                                                      1. 2.1.4.1 A figuração é um fato
                                                                                      2. 2.1.5 Os elementos da figuração estando uns em relação aos outros de um modo determinado, isto representa as coisas estando umas em relação às outras. Esta vinculação dos elementos da figuração chama-se sua estrutura e a possibilidade dela, sua forma de afiguração.
                                                                                        1. 2.1.5.1 A forma de afiguração é a possibilidade de que as coisas estejam umas em relação às outras como os elementos da figuração.
                                                                                          1. 2.1.5.1.1 A figuração enlaça-se com a realidade; deste modo: estendendo-se para ela
                                                                                            1. 2.1.5.1.2 É como padrão de medida que se aplica à realidade.
                                                                                              1. 2.1.5.1.2.1 Somente os pontos mais exteriores das linhas divisórias tocam o objeto a ser medido
                                                                                              2. 2.1.5.1.3 Segundo essa concepção, também pertence à figuração a forma afigurante que precisamente a torna figuração
                                                                                                1. 2.1.5.1.4 A relação afigurante consiste nas coordenações dos elementos da figuração e das coisas
                                                                                                  1. 2.1.5.1.5 Estas coordenações são, por assim dizer, antenas dos elementos da figuração, com as quais esta toca a realidade.
                                                                                                2. 2.1.6 Os fatos, para serem figuração, devem ter algo em comum com o que é afigurado.
                                                                                                  1. 2.1.6.1 Pode haver algo idêntico na figuração e no afigurado a fim de que um possa ser a figuração do outro
                                                                                                  2. 2.1.7 O que a figuração deve ter em comum com a realidade para poder afigurar à sua maneira — correta ou falsamente — é sua forma de afiguração
                                                                                                    1. 2.1.7.1 A figuração pode afigurar qualquer realidade cuja forma ela possui. A figuração espacial, tudo o que é espacial; a colorida, tudo que é colorido, etc.
                                                                                                      1. 2.1.7.2 Sua forma de afiguração, contudo, a figuração não pode afigurar; apenas a exibe.
                                                                                                        1. 2.1.7.3 A figuração representa seu objeto de fora (seu ponto de vista é sua forma de representação), por isso a figuração representa seu objeto correta ou falsamente
                                                                                                          1. 2.1.7.4 A figuração não pode, porém, colocar-se fora de sua forma de representação.
                                                                                                          2. 2.1.8 cada figuração, de forma qualquer, deve sempre ter em comum com a realidade para poder afigurá-la em geral — correta ou falsamente — é a forma lógica, isto é, a forma da realidade
                                                                                                            1. 2.1.8.1 Se a forma da afiguração é a forma lógica, a figuração chama-se lógica
                                                                                                              1. 2.1.8.2 Toda figuração também é lógica. (No entanto, nem toda figuração é, por exemplo, espacial.)
                                                                                                              2. 2.1.9 A figuração lógica pode afigurar o mundo
                                                                                                              3. 2.2. A figuração tem em comum com o afigurado a forma lógica da afiguração
                                                                                                                1. 2.2.0.1 O afiguração afigura a realidade, pois representa uma possibilidade da subsistência e da não-subsistência de estados de coisas.
                                                                                                                  1. 2.2.0.2 A figuração representa uma situação possível no espaço lógico
                                                                                                                    1. 2.2.0.3 A figuração contém a possibilidade da situação, a qual ela representa
                                                                                                                      1. 2.2.1 A figuração concorda ou não com a realidade, é correta ou incorreta, verdadeira ou falsa.
                                                                                                                        1. 2.2.2 A figuração representa o que representa, independentemente de sua verdade ou falsidade, por meio da forma da afiguração
                                                                                                                          1. 2.2.2.1 O que a figuração representa é o seu sentido
                                                                                                                            1. 2.2.2.2 Na concordância ou na discordância de seu sentido com a realidade consiste sua verdade ou sua falsidade
                                                                                                                              1. 2.2.2.3 Para reconhecer se uma figuração é verdadeira ou falsa devemos compará-la com a realidade
                                                                                                                                1. 2.2.2.4 Não é possível reconhecer apenas pela figuração se ela é verdadeira ou falsa
                                                                                                                                  1. 2.2.2.5 Não existe uma figuração a priori verdadeira
                                                                                                                              Show full summary Hide full summary

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