RAIVA

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Veterinária Mind Map on RAIVA, created by Iandra Silvério on 17/11/2020.
Iandra Silvério
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Iandra Silvério
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RAIVA
  1. Etiologia
    1. Ordem: Mononegavirales
      1. Famílias: Filoviridae, Paramyxoviridae, Bornaviridae e Rhabdoviridae.
        1. A família Rhabdoviridae está subdividida em dois subgrupos de vírus de plantas, um grupo de vírus de peixes e três grupos de vírus de mamíferos, este último correspondendo aos gêneros:
          1. Vesiculovirus: relacionado com doença vesicular em animais;
            1. Ephemerovirus: relacionado com a febre efêmera dos bovinos;
              1. Lyssavirus: relacionado com encefalomielite fatal em mamíferos
        2. O que é a Raiva?
          1. A raiva é uma doença aguda do Sistema Nervoso Central (SNC) que pode acometer todos os mamíferos, inclusive os seres humanos. É caracterizada por uma encefalomielite fatal causada por vírus do gênero Lyssavirus.
          2. Transmissores
            1. Em países onde a raiva canina é controlada e não existem morcegos hematófagos os principais transmissores são os animais silvestres terrestres
              1. raposas (Vulpes vulpes), os coiotes (Canis latrans), os lobos (Canis lupus), as raposas-do-ártico (Alopex lagopus), os raccoon-dogs (Nyctereutes procyonoides), os guaxinins (Procyon lotor), os skunks (Mephitis mephitis), entre outros.
              2. Onde a doença não é controlada, como ocorre na maioria dos países dos continentes africano, asiático e latino-americano, o vírus é mantido por várias espécies de animais domésticos e silvestres.
                1. No Brasil, a principal espécie animal transmissora da raiva ao ser humano continua sendo o cão, embora os morcegos estejam cada vez mais aumentando a sua participação, podendo ser os principais responsáveis pela manutenção de vírus no ambiente silvestre.
                  1. raposas (Dusicyon vetulus), jaritatacas (Conepatus sp), guaxinins (Procyon cancrivorous), sagüis (Callithrix jachus), cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), morcegos hematófagos e não hematófagos.
                2. Patogenia
                  1. Porta de entrada:
                    1. A inoculação das partículas de vírus da raiva no organismo de um animal suscetível ocorre por lesões da pele provocadas, na maioria das vezes, pela mordedura de um animal infectado, que esteja eliminando vírus na saliva.
                      1. É possível, ainda, que a infecção ocorra por feridas ou por soluções de continuidade da pele, quando em contato com saliva e órgãos de animais infectados
                        1. Período de incubação:
                          1. Ser humano,: 20 a 60 dias; em cães, é de 3 a 8 semanas; em bovinos à campo é de 60 a 75 dias; em caprinos e ovinos é de de 17 a 18 dias; em asininos é de 92 a 99 dias e em equinos, 179 a 190 dias..
                            1. Disseminação
                              1. Após um período de incubação variável, seguido de replicação viral no tecido conjuntivo e muscular circunvizinhos no ponto de inoculação, a infecção se dissemina rapidamente alcançando o SNC. Em certas circunstâncias, as partículas podem penetrar diretamente nos nervos periféricos, sem replicação prévia nos tecidos não nervosos.
                                1. O receptor da acetilcolina (AchR) por meio da glicoproteína, liga-se especificamente ao receptor, atingindo os nervos periféricos, progredindo centripetamente em direção ao SNC, seguindo o fluxo axoplasmático retrógrado
                                2. Eliminação do vírus
                                  1. Alcançando o SNC e após intensa replicação, os vírus seguem centrifugamente para o sistema nervoso periférico e autônomo, alcançando órgãos como o pulmão, o coração, os rins, a bexiga, o útero, os testículos, o folículo piloso e, principalmente, as glândulas salivares, sendo eliminados pela saliva.
                          2. Aspectos Clínicos da Raiva
                            1. O sinal inicial é o isolamento do animal, que se afasta do rebanho, apresentando certa apatia e perda do apetite, podendo apresentar-se de cabeça baixa e indiferente ao que se passa ao seu redor.
                              1. Seguemse outros sinais, como aumento da sensibilidade e prurido na região da mordedura, mugido constante, tenesmo, hiperexcitabilidade, aumento da libido, salivação abundante e viscosa e dificuldade para engolir
                                1. Com a evolução da doença, apresenta movimentos desordenados da cabeça, tremores musculares e ranger de dentes, midríase com ausência de reflexo pupilar, incoordenação motora, andar cambaleante e contrações musculares involuntárias.
                                  1. Após entrar em decúbito, não consegue mais se levantar e ocorrem movimentos de pedalagem, dificuldades respiratórias, opistótono, asfixia e finalmente a morte, que ocorre geralmente entre 3 a 6 dias após o início dos sinais, podendo prolongar-se, em alguns casos, por até 10 dias.
                            2. Período de Transmissão
                              1. Em cães e gatos, a excreção do vírus na saliva pode ser detectada de 2 a 4 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos, persistindo durante toda a evolução da doença, que leva ao óbito.
                                1. A morte do animal ocorre, em média, entre 5 a 7 dias após a apresentação dos sinais. Por isso, cães e gatos suspeitos devem ser observados por 10 dias, a partir da data da agressão.
                              2. Prevenção.
                                1. Consiste principalmente na imunização dos animais susceptíveis.
                                2. Diagnostico
                                  1. Diagnóstico laboratorial:
                                    1. Não existe, até o momento, um teste diagnóstico laboratorial conclusivo antes da morte do animal doente que expresse resultados absolutos.
                                      1. No entanto, existem procedimentos laboratoriais padronizados internacionalmente, para amostras obtidas post mortem de animais ou humanos suspeitos de raiva.
                                        1. Identificação imunoquímica do antígeno viral
                                          1. Teste de imunofluorescência direta
                                          2. Isolamento viral
                                            1. Teste de inoculação em camundongo, e Teste em cultura celular,
                                      2. Clínico:
                                        1. A observação clínica permite levar somente à suspeição da raiva, pois os sinais da doença não são característicos e podem variar de um animal a outro ou entre indivíduos da mesma espécie.
                                          1. Não se deve concluir o diagnóstico de raiva somente com a observação clínica e epidemiológica, pois existem várias outras doenças e distúrbios genéticos, nutricionais e tóxicos nos quais os sinais clínicos compatíveis com a raiva podem estar presentes
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