Ensino de análise linguística: situação a discussão

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Semana 1 Leitura e Produção de Textos (Semana 2) Mind Map on Ensino de análise linguística: situação a discussão, created by Karina Ramos on 05/10/2021.
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Ensino de análise linguística: situação a discussão
  1. Análise linguística
    1. Mais do que uma análise de gramática, diz respeito a reescrita do texto do aluno para que ele atinja seu objetivo de comunicação. É uma alternativa a prática tradicional de conteúdos gramaticais isolados.
      1. Não é a mesma coisa que estudo de gramática, mas a engloba. Gramática e análise linguística são equivalentes, mas não iguais. A análise busca contemplar a variedade de recursos expressivos postos à disposição do falante/escritor para a construção de sentido.
        1. A gramática pode ser: (Possenti, 1997)
          1. conjunto de regras que podem ser seguidas (normativa) - norma culta
            1. é excludente com outras variáveis linguísticas que considera "errada"
            2. conjunto de regras que são seguidas (descritiva) - construto teórico abstrato e homogêneo
              1. excludente de certa forma, pois não representa o maior conteúdo empírico possível, mas também não considera qualquer variável como errada
              2. conjunto de regras que o falante domina (internalizada) - conjunto das variedades da comunidade linguística, heteronômias
                1. Não apenas normas para se falar e escrever bem, mas também a lógica que toda linguagem possui, seu conjunto de fenômenos produtivos de linguagem que são passíveis de descrição e reflexão por parte dos ususários.
                  1. Importante ensinar sob este aspecto, pois então a gramática deixa de ser, para o aluno, apenas um conjunto de regras prescritivas e normativas, e passa a ser uma explicitação do uso das regras de uma língua em situações significativas.
                    1. Outras vantagens: domínio de maior número de variedades linguísticas (padrão, literária, escrita, científica...) aumenta a inserção social do sujeito e sua chance de se significar e de significar o mundo.
            3. Atividade linguística
              1. Atividade linguística propriamente dita, uso que fazemos da linguagem, exercício pleno, circunstanciado, intencionado e com intenções significativas da própria linguagem. Desenvolvido no dia a dia com a família e comunidade e aprimorado na escola.
              2. Epilinguística
                1. Capacidade de todo falante de operar sobre a linguagem, fazendo escolhas, retomadas, correções, avaliando recursos expressivos que se utiliza, etc. É intuitivo.
                  1. Na escola devem ser inseridos novos instrumentos verbais que diversifiquem os recursos expressivos utilizados pelos alunos. Desta maneira o aluno adquire linguagem, constrói objetos linguísticos de maior complexidade e inicia o levantamento de hipóteses.
                    1. O ideal seria partir daqui com o ensino, considerando sua gramática internalizada, e a partir de então aumentar a complexidade até que se domine a variedade padrão, suas regras e mecanismos.
                  2. Metalinguística
                    1. Aquela que deveria ser utilizada. Assemelha a epilinguística, mas diferencia pois:
                      1. É praticada de modo consciente; desenvolvida sistematicamente; exige taxonomia; resulta em teorias sobre a linguagem.
                        1. "Por meio das atividades de reflexão metalinguística, o professor levaria os alunos a se confrontar com determinados fenômenos e usos da linguagem, estimulando-os a mobilizar suas capacidades linguística e epilinguística, com vistas à explicitação de conhecimentos e à produção de explicações para os fenômenos estudados. Porque, como diz Geraldi (1995): com a linguagem, nós não só falamos sobre o mundo, mas tam-bém falamos sobre o modo como falamos sobre o mundo. "
                          1. É vantajoso pois garante maior autonomia para o aluno através de reflexões sistemáticas e conscientes sobre o modo como a língua é utilizada. Permite que o aluno amplie seus conhecimentos para lidar com a linguagem mesmo em situações novas.
                      2. Deve ser usada em conjunto com a leitura e escrita para o ensino de qualidade da língua portuguesa (três práticas linguísticas fundamentais)
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