"Imobilismo em movimento" - Marcos Nobre

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Matheus Nascimento
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"Imobilismo em movimento" - Marcos Nobre
  1. O social-desenvolvimentismo e o fim da polarização: de Lula a Dilma
    1. Governo Lula conjuga credibilidade junto ao mercado com liderança na esquerda brasileira e tentativas de mudar o sistema político que herdou
      1. Convencimento de que se estava fazendo o máximo que o sistema político tolerava
        1. Objetivo de consolidar o governo e dominar o processo público origina o mensalão e delimita a primeira fase do governo Lula
          1. Ocupação pela esquerda do pemedebismo que assegura a acomodação de Lula no sistema, bem como sua reeleição mesmo após o mensalão
            1. Mensalão atinge figuras petistas históricas
            2. Segunda fase: adesão à governabilidade
              1. Mesma tática de FHC, mas com maior eficiência no combate à oposição (fim da polarização)
              2. Vetos driblados em matérias como a política de aumentos do salário mínimo; manutenção da política econômica de FHC com alterações pontuais
                1. Ruptura na política de alianças (apenas na primeira fase)
                  1. Popularidade do início do mandato usada para continuar o receituário tucano
                  2. Governo em disputa: Palocci (alinhamento) vs Dirceu (dominação do sistema)
                    1. Três movimentos: a construção das bases para a aliança com o PMDB; a construção de alianças locais para a eleição de 2004 que visava criar uma maioria parlamentar nas de 2006; e o referendo de 2005 como forma de reafirmar a liderança do PT (com alguns regressismos patrióticos)
                      1. Uso do referendo de 2005 como arma para fazer o PT controlar o sistema e não apenas dirigir o pemedebismo
                        1. Crise do mensalão coloca todo o sistema político em crise e atinge duramente o PT
                          1. Libertação de Lula das amarras partidárias (simbolizada pela troca de Dirceu por Dilma) e aproximação do pemedebismo
                            1. Ascensão de quadros jovens a cargos importantes, como Haddad
                              1. Economia estabilizada, pela primeira vez não estava associada com a crise política
                                1. Aliança com o PMDB a partir de 2005, e boas notícias para o país até 2008, quando da eclosão da crise internacional
                                  1. A crise traz uma mudança na política econômica que não encontra uma oposição suficientemente forte para bater de frente com ela
                                    1. Construção de apoio na igreja Católica, anúncio de grandes eventos e a introdução da candidatura de Dilma (epíteto de “mãe do PAC”)
                                      1. Boom das commodities e crescimento baseado no consumo interno, aliado à redução das desigualdades de renda
                                        1. Introdução de um novo tipo de desenvolvimentismo, diferente do anterior, com o auxílio à montagem de transnacionais baseadas aqui que atendessem ao duelo EUA VS China e estivessem nas áreas de influência do Brasil -> Ascensão de Guido Mantega como símbolo disso
                                          1. Aliança definitiva com o PMDB atrai de vez o empresariado e até mesmo os ruralistas
                                            1. Silêncio com relação à ortodoxia e não-intervenção nestes aspectos
                                              1. Repartição desigual de dividendos políticos
                                                1. Uso do marketing e surgimento da figura de João Santana; Presença de Franklin Martins na Secom e mudanças nas políticas de distribuição de verbas; aumento da importância da internet, que quebra o monopólio da mídia tradicional
                                                  1. Aumento da importância do Judiciário e acusações de ativismo neste meio; decisões de quebra e de perpetuação do pemedebismo (exemplo: verticalização das coligações)
                                                    1. A Constituição passa a ser respeitada e suas reformas deixam de ser fortemente significativas. Há uma grande estabilidade institucional
                                                      1. A oposição fica sem opção e sem discurso e declina em importância e influência encurralada pela aliança lulista; o oposicionismo se dá mais internamente (exemplo: Marina Silva)
                                                        1. Câncer de Dilma e crise de 2008 são as primeiras notícias ruins; início da aplicação de medidas anti-cíclicas e a ideia do governo de uma meta de 4% de crescimento
                                                        2. O governo de ajuste de Dilma Rousseff
                                                          1. Continuidade das políticas anticíclicas, uso da força política para forçar o mercado a aceitar este modelo econômico com juros baixos
                                                            1. Ideia de refazer o antigo acordo econômico mas de forma a não apertar e nem afrouxar demais
                                                              1. Programas sociais não são cortados e passam por ampliações. Palocci atua para “pemedebizar” a atitude política de Dilma
                                                                1. Não há um contorno aos vetos mas sim um confronto a eles; inicialmente isso traz o apoio da classe média a Dilma, que a vê “distante” da política tradicional
                                                                  1. Esse estilo de negociação viria a ruir em 2013, a partir da votação da MP dos Portos, como que numa espécie de “cobrança” do pemedebismo
                                                                  2. Considerações finais: as Revoltas de Junho e tendências do novo modelo de sociedade
                                                                    1. Jornadas não são novidade, mas sua magnitude abala o pemedebismo
                                                                      1. Clamor por mudanças na representação e na participação política
                                                                        1. Rejeição da forma "partido" percebida na auto-organização do movimento e na recusa de promover lideranças; não-subordinação
                                                                          1. Prova da dissociação entre a situação econômica e a revolta contra a política nos tempos atuais
                                                                            1. A sociedade não se vê no pemedebismo e passa a manifestar isso em conjunto
                                                                              1. Descrédito na ideia de que o PMDB é o fiador da democracia do Brasil
                                                                                1. O pemedebismo assimilou muito bem a mudança que representou a chegada do PT ao poder
                                                                                  1. A bandeira da ética demonstra a despolitização do pemedebismo
                                                                                    1. É preciso pensar em reformas concretas no sentido institucional
                                                                                    Show full summary Hide full summary

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                                                                                    República Velha
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