Origem da linguagem e sua relação com o pensamento.
A palavra é marcada pela
situação em que foi anunciada.
Os dizeres se cruzam e trazem
para interlocução outros
elementos e outras
possibilidades de significação ao
assunto.
A criança organiza a compreensão da
palavra a partir do lugar social que
ocupam.
A palavra mostra o modo
como apreendemos a
realidade e como a
organizamos.
LINGUAGEM COM FUNÇÃO DA INTELIGÊNCIA.
Piaget diz que a linguagem só
é acessível a criança em
função dos progressos de seu
pensamento.
A criança elabora ativamente as
palavras com base em seus
esquemas de assimilação,
construindo significados que
nem sempre correspondem aos
significados utilizados por nós,
adultos.
As formas como as palavras são
usadas e os significadas atribuídos
a elas refletem os níveis de
desenvolvimento cognitivo.
A criança elabora ativamente as
palavras com base em seus esquemas de
assimilação, construindo significados
que nem sempre correspondem aos
significados utilizados por nós, adultos.
A função simbólica é um processo
individual que cria condições para
a aquisição e o desenvolvimento da
linguagem.
Piaget.
Desenvolvimento cognitivo.
Sensório Motor (0-2 anos)
A criança interage com o mundo
através dos órgãos dos sentidos e de
suas atividades motoras.
As primeiras palavras usadas pela
criança reúnem sob uma mesma
denominação vários objetos e
situações que fazem parte de sua
experiência.
Pré Operacional (2-7 anos).
A capacidade de construir símbolos,
desenvolvida na representação (função
simbólica), possibilita a aquisição de
significações coletivas (linguagem social).
Passam a acompanhar as imagens
mentais e os símbolos que ela
utiliza inicialmente.
Da narrativa a criança passa para
a descrição (a palavra acompanha
a ação em curso, mas não faz parte
dela)
O aparecimento da pergunta possibilita a nomeação
que oscila entre a generalidade (conceito) e a
individualidade (pré-conceitos)
Operação Concreta (7-11 anos).
Princípio da conversação mas ainda não possui um
pensamento totalmente lógico e abstrato .
Operação formal (+11 anos).
Pensa de forma lógica sobre conceitos mais
abstratos, como resolução de problemas e o
emprego do método da dedução.
Aprendizagem conceitual da linguagem
social.
Classificação das funções da linguagem infantil.
Linguagem egocêntrica: fala do seu ponto de vista e não procura colocar-se
no ponto de vista do interlocutor .
Repetição- repete (sílabas ou palavras) pelo prazer de
falar sem se preocupar nem mesmo pronunciar
palavras que tenham sentido.
Monólogo- como se pensasse em voz alta, a palavra tem aqui
a função, apenas de excitante.Serve para acompanhar,
reforçar a ação.
Monólogo a dois- cada criança associa a outra á a sua ação
ou à sua pessoas mas sem a preocupação de ser ouvida e
compreendida. O ato de monologar é atrair o interesse
deste sobre sua própria ação ou pensamento.
Linguagem socializada.
A criança troca pensamentos como os outros. Se a criança se coloca
no ponto de vista do interlocutor, se esse não pode ser substituído
pelo primeiro que aparecer, há informação adaptada e assim ela dá
origem aos diálogos.
Crítica e zombaria- todas as observações sobre o trabalho ou conduta
de alguém, tendo o mesmo caráter da informação adaptada que sejam
específicos em relação ao interlocutor. São mais afetivas que
intelectuais, afirmam a superioridade do eu e diminuem os outros.
Ação de uma criança sobre a outra, a diferença entre crítica e a
informação adaptada é sempre sutil depende do contexto.
Ordens, ameaças- ação da criança sobre outra.
Perguntas- ela exige uma resposta, de modo que se pode
classificá-los na linguagem socialização.Não são perguntas
ao interlocutor, a prova é que a criança não escuta a
resposta, e, nao aguarda, ela mesma responde
Respostas- são dadas às perguntas e as ordens, e não as respostas
dadas no curso dos diálogos as proposições que não são perguntas,
mas que dependem do informação.
LINGUAGEM COMO COMPORTAMENTO:
Watson e Skinner consideram a linguagem como
comportamento verbal, são respostas aprendidas
por associação e reforçamento.
A palavra e seu significado se unem a
partir de relações externas.
Tem significado pode fortalecer-se
enfraquecer-se, ser extinta ou ampliada em
razão das contingências reforçadoras que
acompanham as respostas dadas pelo
indivíduo.
A LINGUAGEM COMO ATIVIDADE
SIMBÓLICA CONSTITUTIVA.
Na abordagem histórico-cultural a palavra é analisada como
nosso sistema simbólico básico produzido a partir da
necessidade de intercâmbio entre os indivíduos durante o
trabalho.
A linguagem é um produto histórico e
significante da atividade mental dos
homens, mobilizando a serviço da
comunicação, do conhecimento e da
resolução de problemas.
Ela é a base da atividade mental humana, sendo, ao mesmo
tempo, um processo pessoal e social: tem origem e se realiza nas
relações entre indivíduos organizados socialmente, é meio de
comunicação entre eles, mas também é constitui a reflexão, a
compreensão e a elaboração das próprias experiências e da
consciência de si mesmo.
Os movimentos são transformados
em gestos são um meio de
comunicação.
O desenvolvimento depende das possibilidade que
essa criança tem (ou não), nas suas relações sociais,
de se aproximar, de compartilhar e de elaborar os
conteúdos e formas de organização do
conhecimento histórica e culturalmente
desenvolvidos e materializados nas palavras.
Enquanto Piaget procurou mapear o desenvolvimento do pensamento por meio da
linguagem, descrevendo minuciosamente o papel desempenhado pela palavras em cada
um dos estágios da formação do pensamento lógico, Vygotsky procurou retratar o
movimento de articulação entre palavra e pensamento nas situações e tarefas com que as
crianças enfrentam nas suas relações sociais (FONTANA,1997, P.94)
CAP.8
Vygotsky e a elaboração conceitual - o desenvolvimento do significado da palavra na
criança.
Para Vygotsky a elaboração
conceitual da palavra, não ocorre
naturalmente pela criança.
Inicia-se nas primeiras fases da
infância, por meio da nomeação, e
seu desenvolvimento se dá pelas
oportunidades que cada criança
tem através de suas interações.
As primeiras palavras.
A função de nomeação da palavra começa a se
desenvolver a partir dos primeiros meses de
vida.
Por volta dos 3 anos de idade, a criança reage
aos objetos nomeados, em todas as situações.
Diferente dos primeiros sons emitidos pelas crianças que
são manifestações emocionais, suas primeiras palavras
são tentativas de reprodução dos sons assimilados da fala
dos adultos.
A elaboração das funções analítica e generalizadora da
palavra.
Mesmo quando a palavra adquire uma
referência estável, o desenvolvimento
do seu significado ainda não está
concluído.
Suas funções analítica sofrem
transformações à medida em que a
criança se desenvolve e avança nas
operações intelectuais.
Um exemplo é a utilização da palavra
“delícia”, para os adultos a palavra significa
uma sensação prazerosa, já para a criança
delícia se aplica a alimentos gostosos.
A diferença está no grau de
generalização que a palavra tem para
cada um deles.
O conceito ligado a uma
palavra sempre representa um
ato de generalização,
independente da idade, mas à
medida que os contextos vão
sendo diversificada essa
generalização se amplia.
No decorrer do processo de elaboração
do significado, o indivíduo explora o
material sensorial e opera sobre ele,
orientado pela palavra e em suas
interações em diversas ocasiões.
O processo de elaboração
conceitual desenvolve-se na
infância por meio dos
pensamentos.
O pensamento por complexos e os conceitos potenciais.
O pensamento por complexos cria as
bases para a generalização.
Nesse pensamento a criança busca
estabelecer relações com os elementos que
fazem parte da sua realidade.
O papel do outro no desenvolvimento da elaboração conceitual
As mudanças nas formas de compreensão das
palavras são desenvolvidas pelas crianças através
de suas interações verbais com os adultos,
crianças mais velhas, livros, televisão, etc.
Nessas relações, as crianças adquirirem novas
palavras e ampliam os significados daquelas que
já conhecem.
O desenvolvimento da elaboração
conceitual da palavra é resultado das
interações sociais que a crianças
vivência.
Para Vygotsky, o
aprendizado precede o
desenvolvimento.
Os primeiros esquemas verbais.
Primeiros esquemas verbais; forte
caráter imitativo e não tem um
significado fixo;
Pensamento sincrético: agrupa
vários acontecimentos e objetos
numa mesma designação,
independente da relações lógicas
existentes entre eles;
A construção das primeiras
representações verbais se dá por
meio da narrativa. Na narrativa, a
linguagem deixa de acompanhar
simplesmente o ato para
reconstruir uma ação passada.
A criança nesta fase pensa por imagens, e são
as imagens que marcam a significação que ela
atribui às palavras.
Pré-conceito: os modos de
elaboração da palavra pela
criança
O desenvolvimento da elaboração conceitual das palavras.
Nesta parte vale ressaltar que o caráter generalizante
e estável da palavra nos possibilita transmitir o
pensamento a outra pessoa e sermos por ela
compreendido, bem como considerar o ponto de vista
do outro e sua experiência.
O desenvolvimento da capacidade de apreender
conceitualmente a linguagem social depende do
desenvolvimento das operações de pensamento.
Somente na adolescência, o indivíduo
torna-se dotado do raciocínio
dedutivo-hipotético, que lhe permite fazer
considerações e raciocínio apenas no plano
representativo, atingindo plenamente o
pensamento operatório.
Somente na adolescência que conseguem
adquirir o raciocínio dedutivo-hipotético
conseguindo explicar como resolveu.
FONTANA, R.; CRUZ, N. Psicologia e trabalho
pedagógico. São Paulo: Atual, 1997, Cap. 7 e 8.
Jean Piaget- Origem da linguagem e sua relacao com o
pensamento.