Pâncreas endócrino e controle da glicemia 2

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Biomedicina Mind Map on Pâncreas endócrino e controle da glicemia 2, created by Ruhama B. on 15/04/2017.
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Pâncreas endócrino e controle da glicemia 2
  1. Controle da glicemia
    1. O controle fisiológico da glicemia reflete a necessidade de manter os níveis adequados de glicose através da ingestão intermitente de alimentos
      1. Mais glicose se torna disponível pela alimentação do que é imediatamente necessário, e seu excesso é armazenado em forma de glicogênio ou gordura
      2. O hormônio mais importante é a insulina
        1. O aumento da glicemia estimula a secreção de insulina e a redução da glicemia reduz essa secreção
          1. Hipoglicemia (causada por excesso de insulina) não somente reduz a secreção de insulina, mas também desencadeia a secreção de um conjunto de hormônios "contra-regulatórios"
            1. glucagon
              1. epinefrina
                1. glicocorticóides
                  1. hormônio do crescimento
                2. DIABETES MELITO
                  1. É um distúrbio metabólico crônico que se caracteriza por concentração alta de glicose sanguínea (hiperglicemia)
                    1. Causada por deficiência de insulina, muitas vezes combinada á resistência a insulina
                      1. Ocorre hiperglicemia em razão da oferta descontrolada de glicose hepática e redução da captação de glicose pelo músculo e redução da síntese de glicogênio
                    2. A deficiência de insulina causa emagrecimento pelo aumento da degradação e redução da síntese de proteínas
                      1. A cetoacidose diabética desenvolve-se na ausência de insulina em razão da acelerada degradação de gordura em acetil-CoA que na ausência de metabolismo aeróbico de carboidratos é convertida em acetoacetato e B-hidroxibutirato (causa a acidose) e acetona
                        1. Desenvolvem-se várias complicações, muitas são resultado de doença dos vasos, sejam eles grandes (doença macrovascular) ou pequenos (microangiopatia)
                          1. Doença macrovascular: ateroma acelerado
                            1. Microangiopatia: afeta principalmente a retina, o rim e os nervos periféricos
                              1. O diabetes melito é a causa mais comum de insuficiência renal crônica
                            2. Há dois tipos principais de diabetes melito
                              1. Diabetes tipo 1 (insulino-dependente ou diabetes juvenil)
                                1. Há uma deficiência absoluta de insulina, decorrente da destruição auto-imune das células B. Sem tratamento com insulina, tais pacientes evoluem para morte em cetoacidose diabética
                                  1. Os pacientes geralmente são jovens (crianças ou adolescentes) e não são obesos quando se desenvolvem os priemiros sintomas
                                    1. Indivíduos geneticamente predispostos precisam, adicionalmente, expor-se a um fator ambiental, como infecção viral. A infecção viral pode lesar as células B pancreáticas e expor antígenos que iniciam um processo auto-imune autoeperpetuante
                                    2. Diabetes tipo 2 (não-insulino-deficiente ou diabetes da maturidade)
                                      1. É acompanhado tanto por resistência a insulina (que procede a doença manifesta) como por comprometimento da secreção de insulina
                                        1. Os pacientes costumam ser obesos e adultos, elevando-se a incidência com a idade à medida que declina a função das células B
                                          1. O tratamento inicial é com dieta, embora hipoglicemiantes orais geralmente se tornem necessários, e cerac de 1/3 dos pacientes finalmente precise de insulina
                                        2. Tratamento do diabetes melito
                                          1. Diabetes tipo 1
                                            1. Insulina
                                            2. Diabetes tipo 2
                                              1. Dieta juntamente com exercícios
                                            3. Aspectos farmacocinéticos e preparações de insulina
                                              1. A insulina é destruída no TGI e precisa ser dada por via parenteral (geralmente por via subcutânea), mas pode ser intravenosa ou intramuscular em emergências
                                                1. Um dos principais problemas ao se usar insulina é evitar amplas flutuações da concentração plasmática, e deste modo, da glicemia
                                                  1. A insulina solúvel produz um efeito rápido e de curta duração. As preparações com ação mais longa são feitas precipitando a insulina com protamina ou zinco, que forma cristais sólidos relativamente insolúveis, que são injetados na forma de suspensão da qual a insulina é lentamente absorvida
                                                    1. A insulina lispro é uma análogo da insulina no qual um resíduo de lisina e um resíduo de prolina estão em "posições trocadas". Atuação rápida por um tempo mais curto do que a insulina natural, possibilitando aos pacientes injetar o fármaco em si mesmos imediatamente antes do início de uma refeição
                                                      1. A insulina glargina é outro análogo da insulina, que forcene uma quantidade basal constante de insulina e simula a secreção basal fisiológica pós-absortiva da insulina. A absorção é prolongada
                                                        1. Para os pacientes do tipo 1, a melhora do controle da glicemia pode ser obtida com múltiplas injeções diárias de insulina de ação curta com as refeições e uma insulina de ação mais longa a noite
                                                        2. Tratamento com insulina
                                                          1. Efeitos adversos
                                                            1. O PRINCIPAL EFEITO ADVERSO DA INSULINA É A HIPOGLICEMIA, isto é comum, mas se for muito intensa pode causar lesão cerebral
                                                              1. O tratamento da hipoglicemia é tomar uma bebida doce ou fazer um lanche ou, se o paciente estiver inconsciente, dar glicose intravenosa ou glucagon intramuscular
                                                                1. Pode acontecer hiperglicemia de rebote (efeito Somogyi) após hipoglicemia induzida por insulina em razão da liberação de hormônios contra-reguladores
                                                            2. Hipoglicemiantes orais
                                                              1. PRINCIPAIS: metformina (uma biguanida), as sulfoniuréias e outros fármacos que atual sobre o receptor das sulfoniuréias, e as glitazonas
                                                                1. SULFONILURÉIAS
                                                                  1. Tolbutamida
                                                                    1. Menor probabilidade de causar hipoglicemia, eliminada na urina
                                                                      1. Pode diminuir a captação de iodeto pela tireóide
                                                                    2. Clorpropamida
                                                                      1. Longa duração de ação e uma fração substancial é eliminada na urina
                                                                        1. Pode causar hipoglicemia grave, especialmente em idosos, nos quais a função renal declina
                                                                      2. Mecanismo de ação: é sobre as células B, estimulando a secreção de insulina, e deste modo, reduzindo a glicemia
                                                                        1. Aspectos farmacocinéticos: são bem absorvidas após administração oral, e a maioria chega a concentrações plasmáticas de pico em 2-4 horas. Todas se ligam fortemente a albumina plasmática e interagem com outro fármacos (salicilatos e sulfonamidas) que competem por sítios de ligação. A maioria das sulfoniluréias são eliminadas pela urina, de modo que sua ação aumenta nos idosos e em pacientes com doença renal
                                                                          1. Efeitos adversos: hipoglicemia, que pode ser grave e prolongada
                                                                            1. Interações medicamentosas: vários fármacos aumentam o efeito hipoglicêmico das sulfoniluréias, ex: alguns uricosúricos (sulfimpirazona), álcool, alguns antibacterianos (sulfonamidas, trimetoprima e cloranfenicol) e alguns antifúngicos imidazólicos. A provavél base da maioria destas interações É A COMPETIÇÃO POR ENZIMAS METABOLIZADORAS
                                                                              1. Uso clínico: DIABETES TIPO 2
                                                                              2. TIAZOLIDINADIONAS ou GLITAZONAS
                                                                                1. Efeitos: o efeito sobre a glicemia tem início lento, atingindo o efeito máximo somente após 1-2 meses de tratamento; reduzem a saída de glicose hepática e aumentam a captação de glicose para o músculo
                                                                                  1. Mecanismo de ação: as glitazonas de ligam a um receptor nuclear chamado PPARy; causa diferenciação de adipócitos; aumenta a lipogênese e amplia a captação de ácidos graxos e glicose
                                                                                    1. Aspectos farmacocinéticos: são rápida e quase completamente absorvidas (rosiglitazona e pioglitazona)
                                                                                      1. Efeitos adversos: ganho de peso e retenção hídrica (rosi e pioglitazona)
                                                                                2. INIBIDORES DA α-GLICOSIDASE
                                                                                  1. Acarbose, um inibidor de α-glicosidade intestinal é usada nos pacientes do TIPO 2 cujo diabetes esteja inadequadamente controlado por dieta com ou sem outros agentes
                                                                                    1. Retarda a absorção de carboidratos, reduzindo o aumento pós-prandial da glicemia
                                                                                      1. Efeitos adversos: flatulência, fezes amolecidas ou diarreia, e dor e distenção abdominal
                                                                                3. BIGUANIDAS
                                                                                  1. Metformina
                                                                                    1. Ações e mecanismo: reduzem a glicemia por mecanismos complexos; aumentam a captação de glicose e a utilização no músculo esquelético e reduzem a produção hepática de glicose (gliconeogênese)
                                                                                      1. Aspectos farmacocinéticos: a metformina tem meia-vida de cerca de 3 horas e é eliminada de forma inalterada na urina
                                                                                        1. Efeitos adversos: distúrbios gastrintestinais relacionados á dose (anorexia, diarreia, náuseas); acidose lática é efeito tóxico raro, porém potencialmente fatal, a metformina não deve ser dada a pacientes com doeça renal ou hepática, doença pulmonar hipóxica, insuficiência cardíaca ou choque, pois esses pacientes estão mais dispostos á acidose lática (em razão da redução da eliminação de fármacos ou redução da oxigenação tecidual)
                                                                                          1. Uso clínico: pacientes com DIABETES TIPO 2, é o fármaco de primeira escolha dos pacientes do tipo 2 que são obesos e o tratamento com dieta é falho
                                                                                      Show full summary Hide full summary

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                                                                                      Diarreia Aguda
                                                                                      Tatiana Sá da Fonseca
                                                                                      Medicamentos, qual classe? para que servem?
                                                                                      Bruna M