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TEMPOS COMPOSTOS
 

Formam-se com os auxiliares TER ou HAVER mais Particípio.
Na maioria dos casos, o nome do tempo composto quem determina é o verbo auxiliar.
No Indicativo:
Terei falado. (futuro do presente composto)
Teria falado. (futuro do pretérito composto)
Ter falado. (infinito composto)
Tendo falado. (gerúndio composto)
No Subjuntivo:
Tiver falado. (futuro composto)
No entanto, merecem atenção especial duas formas:
1. Pretérito perfeito composto: verbo auxiliar no presente mais o particípio.
Indica a repetição ou continuidade de um fato iniciado no passado até o presente.
Tem falado, tenho contado...
2. Pretérito mais-que-perfeito composto: verbo auxiliar no imperfeito mais particípio.
É empregado como o simples, para expressar um fato já concluído antes de outro também no passado.
Tinha falado, havia falado, tinha contado...
Repare que, nessas formas, o nome do tempo composto não corresponde ao verbo auxiliar. Em concurso, quando o assunto é tempo composto, esses são os tempos mais pedidos.

 

Vamos a três questões de concurso que falam do assunto:
1. (Técnico Judiciário/TJ) “... que realmente havia levado a máquina para casa...”; a forma verbal em destaque equivale a:
a) levava
b) levou
c) leva
d) levara
e) levasse
Comentários:
A forma verbal havia levado traz o verbo auxiliar (haver) no pretérito imperfeito, caracterizando, assim, o pretérito mais-que-perfeito do indicativo, que equivale à forma simples desse mesmo tempo.
Resposta: D.

 

2. (Auxiliar Judiciário/TJ) “Publicidade oficial tem sido, quase sempre...”. O emprego do tempo verbal destacado expressa:
a) uma ação ou estados permanentes ou assim considerados.
b) um fato futuro, mas próximo.
c) uma ação passada habitual ou repetida.
d) uma ação produzida em certo momento do passado.
e) a continuidade de um ato até o presente.
Comentários:
A forma destacada no enunciado tem o verbo auxiliar (ter) no presente do indicativo, o que caracteriza o pretérito perfeito do indicativo. Embora o auxiliar esteja no presente, repare que a ideia tem início no passado e vem até o momento presente. Se “Publicidade oficial tem sido, quase sempre...”, é porque essa ação vem ocorrendo, ou seja, não terminou no passado, se prolonga até o presente.
Resposta: E.

 

3. (FGV/Perito Criminal da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro/2008 )“O público brasileiro tem ouvido, com alguma frequência, notícias a respeito de possível rebelião de países vizinhos contra aquilo que seus governantes chamam de dívidas ilegítimas.”
No trecho acima, as formas verbais estão, respectivamente, no:
a) presente do indicativo e presente do indicativo.
b) presente do indicativo e presente do subjuntivo.
c) presente do subjuntivo e presente do indicativo.
d) pretérito perfeito do indicativo e presente do subjuntivo.
e) pretérito perfeito do indicativo e presente do indicativo.
Comentários:
Trata-se de uma questão que busca a identificação dos tempos das formas verbais tem ouvido e chamam. Muitos alunos que erraram a questão marcaram a letra A, pois não perceberam que o verbo ter vinha seguido de particípio, formando, assim, um tempo composto. Ora, se o auxiliar vem no presente do indicativo mais particípio, estamos diante do pretérito perfeito composto do indicativo, enquanto a forma chamam está no presente do indicativo. Atente ao fato de que a banca também não menciona pretérito perfeito composto, e sim pretérito perfeito, o que torna a questão mais difícil.
Resposta: E.
Hoje, é muito comum que as provas contenham questões que requerem do aluno a conjugação de verbos no imperativo. Vamos recordar?

 

FORMAÇÃO DO IMPERATIVO
Quando aparecem verbos que denotam ordem, pedido, desejo, súplica, temos o modo imperativo, que se forma da seguinte maneira:
1. Afirmativo:
• tu e vós: retiradas do presente do indicativo com a supressão do S final.
Fala (tu), falai (vós).
• você, nós e vocês: retiradas do presente do subjuntivo sem alteração.
Fale (você), falemos (nós), falem (vocês).
Obs.:
1) Verbo ser: Sê tu / Sede vós;
2) Terminação -zer / -zir: faze ou faz tu;
Conduze ou conduz tu.
2. Negativo: conjugação igual à do presente do subjuntivo, acrescentando-se a negativa antes da forma verbal.
Não fales tu, não fale você, não falemos nós, não faleis vós, não falem vocês.
Simples, não é? Então, vamos às questões. Há aquelas que só pedem que o candidato reconheça o modo imperativo nas frases, como a que se tem a seguir:

 

1. (FCC/TRF – 5ª Região) ... respeite pai e mãe...
O verbo flexionado de modo idêntico ao do destaque acima está também grifado na frase:
a) Todos desejavam que o recém-chegado se comportasse de acordo com os costumes locais.
b) Esperava-se aceitação bem maior das novas deter minações estabelecidas pela instituição.
c ) Leia este manual com bastante atenção, para conhecimento das normas de convivência da empresa.
d) Sempre se soube que a organização de um grupo depende de regras, respeitadas por seus integrantes.
e) É preciso que se observem as normas, para garantir uma convivência agradável em qualquer ambiente.
Comentários:
Na frase retirada do texto, observamos a presença do verbo respeitar (respeite) que denota uma ordem, um pedido. Temos aí a forma do imperativo afirmativo. Quando aparecem verbos no imperativo, o primeiro passo é observar a pessoa, porque, como vimos na teoria, as formas tu e vós são retiradas do presente do indicativo sem o S final. As outras formas (você, nós e vocês) são retiradas integralmente do presente do subjuntivo. Isso posto, na frase retirada do texto, o verbo (respeite) aparece flexionado na 3ª pessoa do singular (você). Na letra A, o verbo comportar--se está flexionado no pretérito imperfeito do subjuntivo. Na letra B, o verbo esperar aparece no pretérito imperfeito do indicativo. Na letra C, o verbo ler aparece com esse mesmo tom de imperativo (Leia este manual...) na 3ª pessoa do singular. Na D, o verbo depender aparece no presente do indicativo e, na E, no presente do subjuntivo.
Resposta: C.
Ainda quanto ao imperativo, há aquelas questões que trabalham na mesma frase a forma afirmativa e a negativa. Eis um exemplo:

 

2. (NCE-UFRJ/Ministério Público )“Recuse o convite e não troque o Brasil pela Itália.”; se, em lugar da terceira pessoa, o autor do texto empregasse a segunda pessoa do singular, as formas convenientes dos verbos seriam:
a) recusa / não troca
b) recusas / não trocas
c) recusa / não troques
d) recuse / não troca
e) recuses / não trocas
Comentários:
Na frase retirada do texto, o verbo recusar aparece no imperativo afirmativo (3ª pessoa do singular) e o verbo trocar no imperativo negativo, antecedido do advérbio de negação não. O comando da questão pede para empregar a 2ª pessoa do singular. No imperativo afirmativo, as segundas pessoas (tu e vós) são retiradas do presente do indicativo sem o S final. Com o verbo recusar, então, ficaria recusa. Como o imperativo negativo é retirado integralmente do presente do subjuntivo, a 2ª pessoa do singular seria troques.
Resposta: C.

 

3. (FGV) Quase Nada
(Fábio Moon e Gabriel Bá. Folha de São Paulo, 28 de dezembro de 2008.)
Assinale a alternativa com correta passagem da fala do segundo quadrinho para o plural.
a) Acordais, gatos.
b) Acordai, gatos.
c) Acordem, gatos.
d) Acordeis, gatos.
e) Acordei, gatos.
Comentários:
Inicialmente, é preciso descobrir em que pessoa foi conjugada a forma de imperativo “acorda”, presente no 2º quadrinho. Ora, acorda é 2ª pessoa do singular – tu – presente do indicativo, sem o s. Assim, como o enunciado pede que se transponha a fala para o plural – vós, temos que ir também ao presente do indicativo e extrair o s: acordai.
Resposta: B.

 

4. (FGV/Senado Federal – Analista Legislativo – Tradução e Interpretação/2008) “Mudar para vencer! Muda, Brasil!’, grita entusiasmado.”
Assinale a alternativa em que se tenha a correta passagem para o plural e para a negativa da forma verbal do trecho grifado acima.
a) Não mudas, Brasil!
b) Não mudais, Brasil!
c) Não mudai, Brasil!
d) Não mudeis, Brasil!
Comentários:
A forma verbal em destaque no enunciado está no imperativo afirmativo (2ª pessoa do singular – tu). Ao se transportar ao plural – vós, no imperativo negativo (todo ele retirado do presente do subjuntivo), teremos a forma não mudeis, Brasil!
Resposta: D.

 

FORMAS NOMINAIS
Ao estudar conjugação verbal, é preciso que se dê especial atenção às formas nominais do verbo: infinitivo, gerúndio e particípio. São chamados de formas nominais tais tempos, porque, ao lado do seu valor verbal, podem desempenhar função de nomes (substantivo, adjetivo e advérbio).
Assim, teríamos:
Fumar é proibido.
Aqui, o infinitivo exerce papel de substantivo, pois é sujeito do verbo ser.
Tempo perdido.
Nesse caso, o particípio exerce papel de adjetivo do substantivo tempo.
Amanhecendo, partiremos.
Aqui, o gerúndio apresenta um valor adverbial, pois indica circunstância de tempo à forma verbal partiremos.
Vamos, então, estudar as formas nominais do verbo. Aproveite para observar as desinências características dessas formas, destacadas a seguir:
Infinitivo – Gerúndio – Particípio
Infinitivo: falar, beber, partir
Gerúndio: falando, bebendo, partindo
Particípio: falado, bebido, partido
Importante: O infinitivo pode ser pessoal ou impessoal.
O infinitivo pessoal é dividido em flexionado e não flexionado.
Infinitivo flexionado: indica o agente da ação – falar, falares, falar, falarmos, falardes, falarem.
Assim, teríamos:
Para passares em concurso, é preciso estudo.
Aqui, a desinência do infinitivo – res – indica que o agente da ação é tu. É um caso de infinitivo com desinência, com flexão.
Infinitivo não flexionado: apresenta uma só forma para as seis pessoas (falar).
É importante que estudemos para passar em concurso.
Aqui, não há desinência para a forma de infinitivo, mas inferimos pelo verbo da oração anterior – estudemos – que o agente do infinitivo é nós. Logo, tem-se um infinitivo pessoal, com sujeito, mas sem flexão. Vale lembrar que a opção por não flexão é apenas uma forma de enfatizar a ação verbal, tendo em vista que o sujeito está claramente identificado na forma verbal estudemos.
Observação: A flexão do infinitivo é assunto que deve ser estudado com mais profundidade em concordância verbal.
O infinitivo impessoal enuncia uma ação vaga, indeterminada:
É preciso acabar com a miséria no país.
Repare que nessa forma do verbo não há a intenção de se mostrar o agente da ação. É o infinitivo com sujeito indeterminado: o infinitivo impessoal.
Atenção: Em relação a esse assunto, o que se vê nas provas é o infinitivo em confronto com o futuro do subjuntivo. Nos verbos regulares,
essas formas são idênticas. Exemplo: Infinitivo pessoal do verbo amar: amar, amares, amar, amarmos, amardes, amarem. Futuro do subjuntivo do verbo amar: amar, amares, amar, amarmos, amardes, amarem.
Logo, vem a pergunta: como não confundi-los?
Dicas:
1. Com conjunção, será sempre futuro do subjuntivo. Com preposição ou sem conectivo algum, será infinitivo.
2. Na dúvida, troque o verbo em questão por um outro irregular, que não apresente tal semelhança. Use, por exemplo, o verbo FAZER, que tem como infinitivo a forma fazer e como futuro do subjuntivo fizer.
A seguir, veremos uma questão, com um índice de erro bastante acentuado, que buscava a distinção entre as duas formas: futuro do subjuntivo x infinitivo pessoal.

 

1. (NCE/Psicólogo) ... não se deve dizer mal de ninguém...; a frase em que a forma verbal destacada está no mesmo tempo e modo do verbo sublinhado é:
a) Quando sair para a cidade, irei de táxi.
b) Ao chegar à exposição, ficarei deslumbrado.
c) Assim que lanchar, partirei.
d) Se viajar, será de avião.
e) Logo que puder, dormirei.
Comentários:
A forma dizer está no infinitivo impessoal, até porque, se estivesse no futuro do subjuntivo, seria disser.
Nas letras A, C, D e E, os verbos estão no futuro do subjuntivo: observe a presença de conjunções quando (letra A) e se (letra D), bem como das locuções conjuntivas assim que (letra C) e logo que (letra E). Substitua mentalmente tais formas verbais por fizer (quando fizer, assim que fizer, se fizer, logo que fizer), e você terá a certeza de que elas estão no futuro do subjuntivo. Já na letra B, vemos a preposição a em ao chegar, o que indica que o verbo está no infinitivo. Basta trocar a forma verbal chegar por fazer e você terá certeza de que é infinitivo (ao fazer).
Resposta: B.
Além do infinitivo, convém darmos especial atenção ao uso do gerúndio, assunto muito comum nas provas de concursos públicos. Nesse caso, vale observar que o bom uso do gerúndio aconselha que o utilizemos para indicar uma ação que ocorra simultaneamente a outra, a fim de que não produza ambiguidade. Assim, teríamos:
Andava pelas ruas sorrindo.
Aqui, temos duas ações – andar e sorrir – que ocorrem ao mesmo tempo: bom uso do gerúndio.
No entanto, devemos evitar construções do tipo:
Escreveu o relatório, enviando-o ao gerente.
Nesse caso, o gerúndio está sendo utilizado para indicar uma ação posterior a outra, o que é inadequado, por suscitar a seguinte dúvida: escreveu o relatório e, ao mesmo tempo, o enviou ao gerente, ou escreveu e depois o enviou ao gerente? O melhor seria não usar o gerúndio, e sim o pretérito perfeito: escreveu o relatório e o enviou ao gerente.
Tal inadequação vem sendo trabalhada em algumas provas. Eis uma questão que nos servirá como exemplo:

 

2. (NCE/Corregedoria) “... que a roubou, ameaçando cortar a garganta do garoto”. O bom uso do gerúndio requer que sua ação seja simultânea à do verbo principal, como ocorre nesse segmento do texto. Assim, é exemplo de mau uso do gerúndio a frase:
a) O assaltante gritou, abrindo a porta...”.
b) O motorista acovardou-se, abaixando o vidro.
c) O assaltante entrou, sentando-se no banco traseiro.
d) O marginal ameaçou-o, mostrando a arma.
e) O motorista obedeceu, acelerando o carro.
Comentários:
Nas letras A, B, D e E, observa-se o uso do gerúndio que indica uma ação concomitante a outra.
Na letra A, o assaltante grita e abre a porta ao mesmo tempo; na letra B, o motorista se acovarda e abaixa o vidro simultaneamente; na letra D, ao mesmo tempo em que o marginal ameaça, ele mostra a arma; e na letra E o motorista obedece e acelera o carros simultaneamente. Todas elas indicam um bom uso do gerúndio. Já a letra C apresenta a ação de sentar no gerúndio, que não é concomitante e sim posterior à ação de entrar: temos um uso inadequado do gerúndio. Melhor seria dizer: o assaltante entrou e se sentou no banco traseiro.
Resposta: C.

 

Para finalizar o estudo das formas nominais do verbo, vamos falar sobre o particípio. Quanto a esse assunto, vale focar dois pontos importantes:
a) Há verbos que possuem duas formas de particípio: o regular (de terminação -do) e o irregular (que não possui terminação -do). Eis alguns exemplos:
aceitar: aceitado, aceito;
entregar: entregado, entregue;
limpar: limpado, limpo;
inserir: inserido, inserto;
suspender: suspendido, suspenso;
prender: prendido, preso;
imprimir: imprimido, impresso.
O que se convém é usar a forma regular do particípio com os verbos auxiliares ter e haver e a forma irregular com os auxiliares ser e estar ou em qualquer outra hipótese. Assim, teríamos como exemplo:
Verbo aceitar: Duplo particípio regular (ter ou haver / tenho aceitado)
irregular (ser ou estar / foi aceito)
b) Em algumas questões, cobra-se o verbo vir e derivados nas formas do gerúndio e do particípio. Isso porque é o único verbo que tem gerúndio e particípio idênticos. Assim, teríamos:
Eu estou vindo para casa.
O verbo vir está no gerúndio. Basta substituí-lo por chegar: eu estou chegando.
Eu tenho vindo muito a este lugar.
Aqui, o verbo vir está no particípio. A troca por outro verbo no particípio pode ajudar você a chegar a tal constatação: eu tenho chegado.
Essa coincidência de formas do verbo vir no gerúndio e particípio já foi trabalhada em algumas questões de provas. Observe:

 

3. (NCE-UFRJ/Ministério Público) Noticiando é forma do gerúndio do verbo noticiar; a frase em que a forma verbal destacada pode não estar no gerúndio é:
a) As notícias estão chegando da Itália cada vez mais rapidamente.
b) Transformando-se o ódio em amor, acabam-se as guerras.
c) Vindo o resultado, os clientes começaram a protestar.
d) Os jogadores italianos estão reclamando dos estrangeiros.
e) O atleta viajou, completando sua missão.
Comentários:
Em todas as alternativas, exceto em uma, temos verbos que estão no gerúndio: chegando, transformando, reclamando e completando. Na letra C, vê-se o caso do verbo vir que, na frase em que se encontra, tanto pode estar no gerúndio (“Chegando o resultado...”) como pode estar no particípio (“Chegado o resultado...”). Observe que, no enunciado, houve o cuidado de se afirmar que se trata de uma forma que pode não estar no gerúndio: a própria frase é ambígua.
Resposta: C.

 

Agora, vamos a uma questão que não permite ambiguidade e ilustra bem a semelhança das formas de gerúndio e particípio do verbo vir:
4. (NCE-UFRJ/Auxiliar de Cartório )Como sabemos, o morfema -NDO forma gerúndios, de que fazendo é um exemplo. O item em que a forma em maiúscula não corresponde a um gerúndio é:
a) CHEGANDO os corpos, será feita a autópsia.
b) Os médicos estiveram REALIZANDO exames.
c) Os poetas tinham VINDO ao sepultamento do colega.
d) TENDO tempo, todos participarão do exame.
e) Ganhará dinheiro, VENDENDO bugigangas.
Comentários:
As letras A, B, D e E apresentam verbos no gerúndio: chegando, realizando, tendo e vendendo.
Na letra C, temos o verbo vir no particípio: basta substituí-lo por chegar – os poetas tinham chegado...
Resposta: C.
Bem, agora que você já aprendeu a conjugar verbos em seus tempos simples e compostos; estudou os verbos terminados em -ear/-iar; entendeu como se conjuga o imperativo; e conheceu as formas nominais do verbo (ufa...), vale complementar seus estudos com um breve passeio pela semântica dos verbos. É nesse assunto que vamos aprender como se utilizam os principais tempos verbais e perceber como as bancas trabalham esses conceitos nas provas.

 

Bons estudos!

A SEMÂNTICA DOS VERBOS
 

Modo Indicativo
Expressa um fato real, de maneira definida. Divide-se nos seguintes tempos:
a) Presente
É empregado para expressar um fato que ocorre no momento em que se fala.
Ex.: Guilherme está cansado.
É algo que ocorre no momento em que se fala.
Pode ser usado também para exprimir outras ideias:
• descrever um fato permanente.
Ex.: A Terra gira em torno do Sol.
• expressar um hábito.
Ex.: Fernanda estuda aos domingos.
• conferir realidade a fatos passados.
Ex.: Em 1.500 Cabral descobre o Brasil.
• indicar futuro próximo.
Ex.: Vou amanhã para Búzios.
b) Pretérito imperfeito
Pode ser utilizado para expressar:
• fatos repetidos, frequentes, habituais no passado.
Ex.: Quando era pequena, brincava de boneca.
Observe que as duas ações que estão no pretérito imperfeito indicam fatos frequentes no passado.
• uma ação que estava ocorrendo quando outra, geralmente no pretérito perfeito, aconteceu. Ex.: Pedro tomava banho quando o telefone tocou.
Temos aqui duas ações pretéritas: a ação de tomar banho é durativa, enquanto a ação de o telefone tocar é instantânea, estando, pois, no pretérito perfeito.
• uma ação planejada, esperada, e não realizada.
Ex.: Pretendíamos ir até sua casa, mas não foi possível.
c) Pretérito perfeito simples
Expressa um fato que começou e terminou no passado, próximo ou distante.
Ex.: Conversei com Andreia hoje (passado próximo)
em 1990 (passado distante).
d) Pretérito mais-que-perfeito
É utilizado, em geral, para expressar um fato já terminado antes de outro no passado. Gosto de dizer que ele é o passado anterior ao pretérito perfeito.
Ex.: Ele já estudara quando sua namorada ligou.
Observe que há duas ações no passado: a ação de estudar ocorre antes da ação de ligar, daí ela vir no pretérito mais-que-perfeito.
e) Futuro do presente
Em geral, é usado para indicar um fato futuro em relação ao momento em que se fala. É um fato futuro, posterior ao presente.
Ex.: Viajarei na próxima semana.
Pode indicar também incerteza, dúvida:
Ex.: Estaremos aqui juntos futuramente?
f) Futuro do pretérito
É utilizado nas seguintes situações:
• para indicar um fato futuro em relação a outro no passado.
Ex.: Ele disse que faria todos os deveres.
Esse é o uso mais comum do futuro do pretérito: ele aqui vem combinado ao pretérito perfeito – disse – e indica uma ação futura, posterior a outra no passado.
• para expressar dúvida, incerteza.
Ex.: Quem estaria lá?
Perceba que tanto o futuro do presente quanto o futuro do pretérito podem, portanto, indicar dúvida, incerteza.
• para denotar desejo, em tom polido.
Ex.: Gostaria de um café?
Observe que, nesse caso, poderíamos até usar um verbo no presente do indicativo – aceita um café? – mas a frase perderia seu tom polido, educado.

 

Modo Subjuntivo
Expressa um fato incerto, duvidoso ou até irreal. Suas principais subdivisões são:
a) Presente
Pode indicar semanticamente presente ou futuro.
Exs.: É pena que eles estejam doentes. (possibilidade no presente)
Espero que chova. (hipótese no futuro)
b) Pretérito imperfeito
Expressa uma ação posterior a outro fato na oração principal.
Exs.: Duvidei que ele terminasse o trabalho.
Gostaria que você trouxesse as crianças.
Pode expressar também ideia de condição ou desejo.
Ex.: Se ele viesse ao clube participaria do campeonato.
c) Futuro
Indica uma ação eventual (que pode ocorrer ou não) em um momento futuro.
Ex.: Quando ele vier à loja, levará as encomendas.

 

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (COM GABARITO NO FINAL)
Complete as frases com a forma verbal solicitada entre parênteses
1. Se __________ verdadeiro em tuas pinturas... (IR – futuro do subjuntivo)
2. Se ___________ verdadeiro em vossas pinturas... (IR – futuro do subjuntivo)
3. Os pais não ______ onde deixar suas crianças. (TER – presente do indicativo)
4. Os pais só _______ as crianças quando se dispõem a brincar com elas. (ENTRETER – presente do indicativo)
5. Os pais só ______ as crianças quando voltam para casa. (REVER – presente do indicativo)
6. Os pais ________ as crianças depois que se ________ a voltar para casa. (REAVER – pretérito perfeito do indicativo / DISPOR – pretérito perfeito do indicativo)
7. Os pais não se ______ a ficar com as crianças quando estas lhes ________. (DISPOR – pretérito imperfeito do indicativo / CONTRADIZER – pretérito imperfeito do indicativo)
8. Os pais ________ as crianças quando ________ em seus maus costumes. (DESDIZER – pretérito perfeito do indicativo / INTERVIR – pretérito perfeito do indicativo)
9. Talvez no elevador do prédio não ________ mais do que cinco pessoas. (CABER – presente do subjuntivo)
10. Se outra pessoa ________ o mesmo mar, fará outra descrição. (VER – futuro do subjuntivo)
11. O motor do elevador _______ de São Paulo. (PROVIR – pretérito perfeito do indicativo)
12. Os economistas já ________ ao Governo os mais diversos planos de ação. (PROPOR – pretérito perfeito do indicativo)
13. O gerente só deve procurar-nos quando ________ seus conceitos sobre o mercado. (REVER – futuro do subjuntivo)
14. Ele não trabalhava; apenas se ________ lendo o futuro nas mãos dos amigos. (ENTRETER – pretérito imperfeito do indicativo)
15. Se ________ uma outra crônica, argumente que não há espaço nesta edição. (PROPOR – futuro do subjuntivo.)
16. Com a cooperação de todos, o jornalista _________ que havia condição de escrever a reportagem. (CRER – pretérito perfeito do indicativo)
17. Os candidatos só poderão se inscrever no concurso de crônicas se o ________. (REQUERER – futuro do subjuntivo)
18. Os alunos da minha escola jamais ________ incentivo para redigir textos em crônicas. (OBTER – pretérito perfeito do indicativo)
19. Se o autor _________ na questão, não ocorrerão críticas. (INTERVIR – futuro do subjuntivo)
20. Os burgueses só deixarão o poder quando isto lhes ________. (CONVIR – futuro do subjuntivo)
21. Quem se _______ ao regime não sobreviverá. (CONTRAPOR – futuro do subjuntivo)
22. Se a burguesia não ________ seu modo de vida, acabará arruinada. (REVER – futuro do subjuntivo)
23. Todas trabalhavam para que os nobres se ________ no ócio. (ENTRETER – pretérito imperfeito do subjuntivo)
24. Seria bom que a Igreja ________ o poder que detinha. (REAVER – pretérito Imperfeito do subjuntivo)
25. Essa necessidade _________ da atual carência de recursos nessa área. (ADVIR – presente do indicativo)
26. Essas caixas ________ objetos quebráveis. (CONTER – presente do indicativo)
27. Elas _______ aqui sempre que podem. (VIR – presente do indicativo)
28. Eles se ________ como os donos da verdade. (VER – presente do indicativo)
29. Se o país ________ o clima cultural dos anos 60... (REAVER – futuro do subjuntivo)
30. Se lhe ________ reunir o grupo para discutir, ficaremos contentes. (APRAZER – futuro do subjuntivo)
31. Se os jovens se ________ de votar, perderemos uma chance de mudar o atual quadro. (ABSTER – futuro do subjuntivo)

 

Gabarito: 1. fores; 2. fordes; 3. têm; 4. entretêm; 5. reveem; 6. reouveram / dispuseram; 7.
dispunham / contradiziam; 8. desdisseram / intervieram; 9. caibam; 10. vir; 11. proveio; 12.
propuseram; 13. revir; 14. entretinha; 15. propuser; 16. creu; 17. requerer; 18. obtiveram; 19.
intervier; 20. convier; 21. contrapuser; 22. revir; 23. entretivessem; 24. reouvesse; 25. advém; 26.
contêm; 27. vêm; 28. veem; 29. reouver; 30. aprouver; 31. abstiverem.

 

QUESTÕES DE CONCURSOS COMENTADAS
Vamos às questões de concursos que tratam desse tema? A seguir, uma sequência de questões de
semântica dos tempos e modos verbais e seus respectivos comentários.

 

1. (NCE-UFRJ / Ministério Público )A imprensa brasileira vem noticiando uma proposta milionária do Lazio da Itália, que pretende adquirir o passe do zagueiro Juan por 10 milhões de dólares. Este é o time cuja torcida já agrediu o jogador brasileiro Antonio Carlos, do Roma, e
perdeu o mando de campo por incitamento racista em pleno estádio.
Considerando que a ação de agredir o jogador brasileiro Antonio Carlos ocorreu antes de o Lazio perder o mando de campo, ação também passada, o verbo agredir deveria estar no:
a) mais-que-perfeito do indicativo.
b) imperfeito do indicativo.
c) futuro do pretérito.
d) imperfeito do subjuntivo.
e) presente do subjuntivo.
Comentários:
Vale notar que se trata de duas ações no passado: a ação de a torcida agredir o jogador e a ação de o time perder o mando de campo. Considerando-se que a agressão ocorreu antes da perda do mando de campo, o verbo agredir deveria estar no pretérito mais-que-perfeito e não no pretérito perfeito, por indicar um passado anterior ao pretérito perfeito. Assim, a frase deveria ser:
“Este é o time cuja torcida já agredira o jogador brasileiro Antonio Carlos, do Roma, e perdeu o mando de campo por incitamento racista em pleno estádio”.
Resposta: A.

 

2. (TRT / Técn. Judic.) No período “Em contrapartida, o corajoso que se aventure, hoje, a ler os tratados morais de Santo Agostinho cogitará que a única felicidade possível vem com o assentimento do homem a uma moral objetiva, a qual respeita a natureza de todas as coisas
criadas – e que o mal é, sempre, parasitário de algum bem que o transcende...”, a forma verbal flexionada para exprimir fato que deve ser entendido como uma conjectura é:
a) aventure
b) cogitará
c) vem
d) respeita
e) transcende
Comentários:
Nas letras B, C, D e E, as formas verbais indicam fatos, pois os verbos estão no modo indicativo.
Como a banca pedia uma forma verbal que indicasse conjectura, teríamos de achar uma que se apresentasse no modo subjuntivo, o que ocorreu com a forma aventure.
Resposta: A.

 

3. (TRF) A opção em que a explicação dada para o sentido da forma verbal grifada está incorreta é:
a) No século III a.C. chega o latim à Península Ibérica: presente histórico.
b) Furacão mata 20 adultos e 3 crianças na Califórnia (manchete de jornal); presente com valor de pretérito.
c) Eu aceitaria um cafezinho: futuro do pretérito indicando momento posterior a um tempo passado.
d) Eu aceitava um cafezinho: pretérito imperfeito para indicar polidez.
e) Eu aceito um cafezinho: presente simultâneo ao ato de fala.
Comentários:
Observe que a questão não trata de flexão verbal – aqui, não temos que julgar as formas verbais e verificar se vieram corretamente flexionadas. A questão espera que se julgue a explicação para o sentido da forma verbal grifada: trata-se de semântica dos tempos verbais.
Na letra A, temos o presente do indicativo utilizado no lugar do pretérito perfeito, para atualizar acontecimentos históricos: é o chamado presente histórico.
Na letra B, tem-se o presente do indicativo também substituindo o pretérito perfeito: é o presente no lugar do pretérito. Aqui, também estaria certo dizer “Furacão matou 20 adultos...”.
Veja que interessante: é comum, principalmente na linguagem informal, usarmos um tempo em lugar de outro, o que não configura erro.
Nas letras C e D, vemos uma intenção de se fazer um pedido utilizando-se de tom polido, o que nos faz perceber que tanto o futuro do pretérito quanto o pretérito imperfeito podem indicar polidez. Só que a letra C apresentou uma explicação errada para o uso do futuro do pretérito.
A letra E apresenta o presente do indicativo indicando uma ação que ocorre no momento em que se fala.
Resposta: C.

 

4. (TRF) Considerando as formas verbais grifadas nas cinco frases abaixo, assinale a afirmativa falsa:
(1) Saiu o doente de quem Vanessa tomava conta.
(2) Chegou o doente de quem Vanessa tomou conta.
(3) Estamos afirmando hoje que amanhã viajaremos.
(4) Afirmamos anteontem que ontem viajaríamos.
(5) Afirmamos ontem que anteontem viajáramos.
a) em 1, o verbo dá ideia de uma ação habitual de valor durativo.
b) em 2, o verbo refere-se a um fato que ocorreu uma vez no passado.
c) em 3, o verbo refere-se a um fato posterior ao presente.
d) em 4, o verbo refere-se a uma ação posterior a um fato passado.
e) em 5, o verbo refere-se a uma ação posterior a um momento passado.
Comentários:
Trata-se de uma questão de semântica dos tempos verbais. O que se busca é a explicação para cada forma verbal utilizada nas alternativas.
Na letra A, tem-se o pretérito imperfeito indicando uma ação de continuidade, de repetição no passado.
Na letra B, o verbo está no pretérito perfeito, indicando uma ação que começou e acabou no passado.
Na letra C, observa-se o futuro do presente, que é uma ação futura, posterior à afirmação feita no presente: hoje afirmamos que amanhã viajaremos.
Na letra D, tem-se o uso tradicional do futuro do pretérito: uma ação futura em relação ao pretérito perfeito – anteontem afirmamos que ontem viajaríamos.
A letra E traz o pretérito mais-que-perfeito que, como vimos na teoria da nossa aula, indica uma ação anterior e não posterior a outra no pretérito perfeito: a ação de viajar ocorreu antes da ação de afirmar, na linha do tempo.
Resposta: E.

 

5. (TRE / Anal. Judic.) Os tempos e os modos verbais apresentam-se adequadamente articulados na frase:
a) Fôssemos todos atores, o culto das aparências será a chave que nos libertasse do nosso destino.
b) Os atores sempre nos enganarão, a cada vez que encarnarem os personagens de que costumam se fantasiar.
c) Enquanto o culto das aparências for a chave do sucesso, estaríamos todos preocupados com o papel que desempenhemos.
d) Desde idos tempos os atores gozariam de uma admiração que só não será maior por conta da desconfiança que temos de todo fingimento.
e) O autor estaria convencido de que nosso vizinho seja capaz de fingir tão bem quanto um ator, quando tivesse desfilado com um carro que não é seu.
Comentários:
Letra A: o primeiro verbo traz ideia de pretérito (está no imperfeito do subjuntivo). Logo, o segundo deve traduzir o mesmo valor semântico, ficando no futuro do pretérito, e não futuro do presente. Logo, a frase, para estar correta, deve ficar Fôssemos todos atores, o culto das aparência seria a chave que nos libertasse do destino.
Letra B: o verbo enganarão está no futuro do presente. Logo, está mesmo correta a forma encarnarem, que é futuro do subjuntivo. Da mesma forma, está correta a construção costumam se fantasiar, cujo verbo auxiliar está no presente do indicativo, tempo correlato semanticamente ao futuro do presente.
Letra C: o primeiro verbo da frase está no futuro do subjuntivo (for). Logo, o outro verbo, que está a ele correlato, deveria vir futuro do presente, não no futuro do pretérito, que é um futuro para o passado. Observe que não há problema algum quanto ao último verbo da frase (desempenhemos), que está no presente do subjuntivo, mas traz ideia de hipótese no futuro.
Assim, uma sugestão de reescritura para essa frase seria: Enquanto o culto das aparências for a chave do sucesso, estaremos todos preocupados com o papel que desempenhemos.
Letra D: nesse caso, o que temos de mudar mesmo é o tempo do primeiro verbo da frase... Não faz sentido dizer Desde idos tempos os atores gozariam... O jeito é colocar o primeiro verbo no presente do indicativo Desde idos tempos os atores gozam de uma admiração que só não é maior por conta da desconfiança que temos de todo fingimento.
Letra E: mantendo o primeiro verbo no futuro do pretérito (estaria), uma boa sugestão seria modificar o segundo (seja), que está no presente do subjuntivo, mas deveria ficar no imperfeito do subjuntivo (fosse). Aí, não haveria problema em manter-se o terceiro verbo da forma como está. Entenda que o que oferecemos aqui é uma opção de reescritura para a frase, mas muitas
vezes há outras formas de se corrigir a mesma informação.
Resposta: B.

 

6. (TRT / Anal. Judic.) Está inteiramente adequada a articulação entre os tempos e os modos verbais na frase:
a) Se a liberdade da imprensa fosse um direito apenas dos jornalistas, cada vez que se desrespeite a liberdade de imprensa a sociedade não terá como reclamar.
b) Enquanto os jornalistas pensarem apenas em seus próprios interesses, não haveria como resguardar o direito da sociedade à livre informação.
c) No caso de vir a ser desrespeitado o direito social à livre informação, jogar-se fora uma das principais características das democracias modernas.
d) Espera-se que dos três grandes debates promovidos pela RDLI resultem propostas práticas, que venham a reforçar o direito à liberdade de imprensa.
e) Ainda que houvesse uma absoluta liberdade para a circulação de idéias e de informações, será necessário lutar para que nada a ameaçasse.
Comentários:
Letra A: observe o primeiro verbo (fosse). Ele está no pretérito imperfeito do subjuntivo, ou seja, começa-se um período com um verbo com valor semântico de passado. Daí o erro nas formas verbais que vêm logo depois: desrespeite, terá. O certo seria dizer desrespeitasse (pretérito imperfeito do subjuntivo) e teria (futuro do pretérito). Ora, se o objetivo é falar do passado, não faz sentido utilizar verbos no presente do subjuntivo (desrespeite) e futuro do presente (terá).
Letra B: o primeiro verbo está no futuro do subjuntivo (pensarem). Logo, não há sentido em se manter o verbo seguinte (haveria) no futuro do pretérito, já que não está se falando do passado, e sim do futuro. Adequada seria a substituição de haveria por haverá.
Letra C: a locução verbal que inicia a frase (vir a ser desrespeitado) expressa valor semântico de futuro. Logo, correto seria dizer jogar-se-á fora..., e não o que se vê na frase.
Letra D: o primeiro verbo do período está no presente do indicativo (Espera-se). Assim, os verbos seguintes também vieram no presente, só que do subjuntivo, pois expressam valor semântico de hipótese (resultem/venham). Construção correta, semanticamente simétrica.
Letra E: houvesse é pretérito imperfeito do subjuntivo. Assim, o que se espera, na sequência, é futuro do pretérito (seria), e não futuro do presente (será). Falta, portanto, paralelismo semântico entre os tempos verbais.
Resposta: D.

 

7. (TRT/AL – Técn. Adm.) Considere o emprego das formas verbais nas frases não produzem riqueza e que produzam riqueza.
É correto afirmar:
a) Ambas as frases apresentam o mesmo sentido, já que se emprega o mesmo verbo, com flexão idêntica.
b) Na 2ª frase, o emprego da forma verbal indica uma possibilidade, enquanto na 1ª, o fato é real e concreto.
c) A mudança de flexão entre produzem e produzam deve-se ao fato de uma forma ser negativa e outra, positiva.
d) Houve equívoco na flexão do verbo, que admite apenas a forma produzem, registrada na 1ª frase.
e) Ambas as formas encontram-se na voz ativa e não aceitam ser transpostas para a voz passiva.
Comentários:
Em semântica dos modos verbais, vimos que o modo Indicativo exprime, em geral, um fato certo, real. O Subjuntivo, um fato possível, provável. E o imperativo, ordem, convite, pedido, súplica.
Em produzem, temos a forma do Indicativo e em produzam, Subjuntivo, o que faz que o sentido não seja o mesmo pela teoria exposta sobre a semântica dos modos verbais.
Com isso, eliminamos as opções A, C e D.
Na opção E, é incorreta a afirmação, pois os verbos que não admitem transposição de voz ativa para passiva seriam os intransitivos, transitivo indireto e de ligação. Como o verbo produzir, nas frases em que aparece, é transitivo direto, aceita voz passiva.
Resposta: B.

 

8. Não há a devida correlação temporal das formas verbais em:
a) Seria conveniente que o time ficasse sem saber quem era o adversário.
b) É conveniente que o time ficaria sem saber quem é o adversário.
c) Era conveniente que o time ficasse sem saber quem foi o adversário.
d) Será conveniente que o time fique sem saber quem é o adversário.
e) Foi conveniente que o time ficasse sem saber quem era o adversário.
Comentários:
Letra A: Seria é verbo ser no futuro do pretérito. Logo, faz todo sentido que o verbo correlato a esse esteja no pretérito imperfeito do subjuntivo (ficasse). Está adequada a correlação semântica entre os tempos verbais. Além disso, observe o verbo ser no final do período (era), que também tem valor semântico de passado (pretérito imperfeito do indicativo).
Letra B: o primeiro verbo (é) está no presente do indicativo. Logo, não é coerente utilizar-se um verbo no futuro do pretérito na sequência do período (ficaria). Melhor teria sido dizer: É conveniente que o time fique sem saber quem é o adversário.
Letra C: Era é pretérito imperfeito do indicativo. Assim, é semanticamente adequado utilizar-se o imperfeito do subjuntivo (ficasse) e o pretérito perfeito do indicativo (foi) na continuidade da frase.
Letra D: o primeiro verbo do período está no futuro do presente (Será). Logo, é coerente utilizar-se o presente do subjuntivo (fique) logo depois. Afinal, o presente do subjuntivo, nessa frase, também apresenta valor semântico de futuro.
Letra E: Foi é pretérito perfeito do indicativo. Assim, está correta a forma ficasse (imperfeito do subjuntivo), bem como a construção era (imperfeito do indicativo). Perceba que todas giram em torno do passado.
Resposta: B.

 

9. (TRF da 5ª Região) Não __________ nos surpreender se a minoria econômica dominante
_______ de prestar contas a quem mais ____________
Preenche corretamente as lacunas da frase acima a seguinte sequência de formas verbais:
a) deveremos – deixou – venha a prejudicar
b) devemos – deixa – esteja prejudicando
c) deveríamos – deixou – prejudicaria
d) deveríamos – deixe – prejudicaria
e) devamos – deixasse – prejudicaria
Comentários:
Na letra A, para manter a ideia de futuro iniciada por deveremos, seria deixar e vier.
Na B, repare que todas as formas estão no tempo presente (devemos, deixa e esteja), mantendo correlação entre os tempos verbais.
Nas letras C e D, o futuro do pretérito (deveríamos) levaria os verbos, na sequência, ao imperfeito do subjetivo (deixasse, prejudicasse).
Na letra E, seguindo a forma devamos (presente do subjuntivo), teríamos deixa, prejudique.
Resposta: B.

 

QUESTÕES DE CONCURSOS PROPOSTAS (COM GABARITO NO FINAL)
1. (FCC) Assinale a alternativa em que a flexão verbal está correta.
a) Ontem me entreti muito no circo.
b) Aliás, o circo sempre entreteu todo mundo.
c) O domador interviu numa briga entre leões.
d) Se vocês virem que o circo é bom, vão logo lá.
e) O palhaço entretia a criançada com alegria.

 

2. (FCC) Mesmo com prejuízo, o gerente ... a palavra e ... as condições do contrato, para que o
cliente não se ... com ele.
a) manteu – reviu – desavisse
b) manteu – reveu – desaviesse
c) manteve – reviu – desaviesse
d) manteve – reviu – desavisse
e) manteu – reveu – desavisse

 

3. (FCC) Como a alta ... de especulação, as autoridades monetárias não se ... a um papel apenas regulamentador e ... diretamente no mercado.
a) proviu – ateram – interviram
b) proveio – ativeram – interveram
c) proveio – ateram – intervieram
d) proviu – ativeram – intervieram
e) proveio – ativeram – intervieram

 

4. (FCC) Sem que ninguém tivesse ___ o próprio menino ___ -se contra os falsos amigos.
a) intervindo – precaviu
b) intervindo – precaveio
c) intervido – precaveu
d) intervido – precaveio
e) intervindo – precaveu

 

5. (FCC) A expressão verbal não está de acordo com as normas gramaticais.
a) Os dois amigos desavieram-se por uma bagatela.
b) A natureza proveu os animais por meios de defesa.
c) Ela sempre creu nas minhas palavras.
d) A polícia interviu naquela algazarra.
e) Precavemo-nos contra as intempéries.

 

6. (FGV / Pol. Civil) Assinale o exemplo em que há erro na conjugação da forma verbal.
a) O regulamento dizia: nunca odeies teus inimigos mortais!
b) Hoje remedeio o que ontem não pude remediar.
c) Ela sempre arria o jogo antes de o parceiro arriar o dele.
d) Ocorreu o choque dos trens porque não freiaram a tempo.
e) Passeastes com vossos primos pela praia?

 

7. (BNDES / Cesgranrio) A flexão do verbo macaquear está em desacordo com a norma culta na opção:
a) Nós macaqueiamos a visão do português.
b) O brasileiro macaqueia a visão do português.
c) Talvez macaqueemos a visão do português.
d) É possível que os brasileiros macaqueiem a visão do português.
e) Os brasileiros macaqueiam a visão do português.

 

8. (TRT / Técn. Judic.) Reescrevendo o período “Vem até aqui, saúda teus pais; depois vai ao encontro de teus amigos”, na segunda pessoa do plural, tem-se:
a) Venhai até aqui, saudai vossos pais; depois ide ao encontro de vossos amigos.
b) Vinde até aqui, saudai vossos pais; depois vade ao encontro de vossos amigos.
c) Vinde até aqui, saudai vossos pais; depois ide ao encontro de vossos amigos.
d) Vem até aqui, saudais vossos pais; depois ide ao encontro de vossos amigos.

 

9. (Cesgranrio) No período “Fecha os olhos e esquece”, os verbos estão na segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo. Damos a seguir algumas variações desse mesmo período, mudando ora o tratamento, ora a forma do imperativo; uma delas é incorreta. Assinale-a:
a) Não feches os olhos, nem esqueças.
b) Fechai os olhos e esquecei.
c) Feche V.Exª. os olhos e esqueça.
d) Não fecheis os olhos, nem esqueçais.
e) Não fechai os olhos, nem esquecei.

 

Texto
A imprensa brasileira vem noticiando uma proposta milionária do Lazio da Itália, que pretende adquirir o passe do zagueiro Juan por 10 milhões de dólares. Este é o time cuja torcida já agrediu o jogador brasileiro Antonio Carlos, do Roma, e perdeu o mando de campo por incitamento racista em pleno estádio.

 

10. (Minist. Públ. / NCE-UFRJ )Considerando que a ação de agredir o jogador brasileiro Antonio Carlos ocorreu antes de o Lazio perder o mando de campo, ação também passada, o verbo agredir deveria estar no:
a) mais-que-perfeito do indicativo.
b) imperfeito do indicativo.
c) futuro do pretérito.
d) imperfeito do subjuntivo.
e) presente do subjuntivo.

 

11. (TRT / Anal. Judic.) “... que realmente havia levado a máquina para casa...”; a forma verbal sublinhada equivale a:
a) levava
b) levou
c) leva
d) levara
e) levasse

 

12. (TJ / Of. Just.) Atentando-se para a adequada articulação entre os tempos e os modos verbais, completa-se a frase Caso não fossem necessárias as instituições com o seguinte segmento:
a) haverão os homens de tê-las criado?
b) por que os homens as haverão de criar?
c) tê-las-íamos criado?
d) ainda assim as teremos criado?
e) tê-las-emos criado?

 

13. (TRE / Anal. Judic.) Está inteiramente adequada a articulação entre os tempos e os modos verbais na frase:
a) Se a liberdade da imprensa fosse um direito apenas dos jornalistas, cada vez que se desrespeite a liberdade de imprensa a sociedade não terá como reclamar.
b) Enquanto os jornalistas pensarem apenas em seus próprios interesses, não haveria como resguardar o direito da sociedade à livre informação.
c) No caso de vir a ser desrespeitado o direito social à livre informação, jogar-se fora uma das principais características das democracias modernas.
d) Espera-se que dos três grandes debates promovidos pela RDLI resultem propostas práticas, que venham a reforçar o direito à liberdade de imprensa.
e) Ainda que houvesse uma absoluta liberdade para a circulação de ideias e de informações, será necessário lutar para que nada a ameaçasse.

 

14. (Vunesp – Assistente Social) Assinale a alternativa em que todos os verbos estão conjugados segundo a norma-padrão.
a) Absteu-se do álcool durante anos; agora, voltou ao vício.
b) Perderam seus documentos durante a viagem, mas já os reaveram.
c) Avisem-me, se vocês verem que estão ocorrendo conflitos.
d) Só haverá acordo se nós propormos uma boa indenização.
e) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos eletrônicos.

 

15. (Vunesp TJ-MT – Técnico Judiciário) Indique a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho.
Enquanto algumas pessoas _______ que o BlackBerry possibilitou que_______do escritório e
passassem mais tempo com os amigos e a família, outras o acusaram de permitir que o trabalho se
_______ em momentos de seu tempo livre.
a) disseram, saíssem, infiltrasse
b) diziam, saírem, infiltrar
c) dizem, sairiam, infiltrasse
d) dissessem, sairiam, infiltre
e) diriam, saíssem, infiltraria

 

16. (Vunesp – TJ-SP – Analista de Sistemas) Considere o texto a seguir para responder à questão:
Justiça absolve frentista acusado de participação em furto:
O juiz Luiz Fernando Migliori Prestes, da 22ª Vara Criminal Central da Capital, julgou improcedente ação penal proposta contra frentista acusado de furto em seu local de trabalho.
Segundo consta da denúncia, A. L. A. R. teria permitido que W. F. O., cliente do posto de gasolina, usasse a máquina de cartões de crédito do local para fazer saques, mesmo sabendo que o cartão era roubado. Ele afirmou que desconhecia a origem ilícita do cartão.
Ao ser interrogado, W. F. O. caiu em contradição quando perguntado sobre a quantia paga ao funcionário para permitir as operações, fato que, no entendimento do magistrado, tornou o conjunto probatório frágil para embasar uma condenação. “Daí, insuficientes as provas produzidas para um decreto condenatório ante a falta de demonstração suficiente de que A. L. A. R. agiu com dolo, no
que a improcedência da ação penal se impõe.”
Com base nessa fundamentação, absolveu o frentista da acusação de furto qualificado.
Considerado o contexto, assinale a alternativa em que a expressão destacada no 3º parágrafo é substituída, sem alteração do tempo verbal, por correta forma verbal e adequada colocação pronominal.
a) contradiz-se
b) contraditou-se
c) se contradizeu
d) se contraditou
e) se contradisse

 

17. (Vunesp – 2013 – TJ-SP – Escrevente Técnico Judiciário) Assinale a alternativa em que todos os verbos estão empregados de acordo com a norma-padrão.
a) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da impressão definitiva.
b) Não haverá prova do crime se o réu se manter em silêncio.
c) Vão pagar horas-extras aos que se disporem a trabalhar no feriado.
d) Ficarão surpresos quando o verem com a toga...
e) Se você quer a promoção, é necessário que a requera a seu superior.

 

18. (Vunesp – TJ-SP – Escrevente Técnico Judiciário) Na frase – … os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução verbal em destaque expressa ação
a) concluída.
b) hipotética.
c) futura.
d) atemporal.
e) contínua.

 

19. (Vunesp – Policia Civil – Aux. Necropsia)
À televisão
Teu boletim meteorológico
me diz aqui e agora
se chove ou se faz sol.
Para que ir lá fora?
A comida suculenta
que pões à minha frente
como-a toda com os olhos.
Aposentei os dentes.
Nos dramalhões que encenas
há tamanho poder
de vida que eu próprio
Nem me canso em viver.
Guerra, sexo, esporte
– me dás tudo, tudo.
Vou pregar minha porta:
já não preciso do mundo.
(José Paulo Paes, Prosas seguidas de Odes mínimas. Companhia das Letras, 1992)
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas de trecho adaptado da segunda estrofe, de tal forma que seja expressa a ideia de possibilidade, hipótese.
A comida suculenta
que eles __________ à nossa frente
nós a __________ toda com os olhos.
a) puseram / comemos
b) põem / comíamos
c) punham / comêramos
d) punham / comíamos
e) pusessem / comeríamos

 

20. (Vunesp – TJ-SP - Técnico em Informática) Assinale a alternativa em que a forma verbal destacada está no modo imperativo, assim como em: Sorria!.
a) ... passeie pelo Facebook... (primeiro parágrafo)
b) ... os retratos pintados pediam poses longas... (segundo parágrafo)
c) Mas resta que nossos antepassados recentes... (terceiro parágrafo)
d) Em tese, a valorização ajuda a alcançar o que é valori zado... (penúltimo parágrafo)
e) De que se trata? (último parágrafo)

 

21. (Vunesp – TJ-SP – Advogado) Como executivo de um fundo de hedge, ele havia apostado contra as ações da Berkshire.
No contexto em que está empregada, a oração – … ele havia apostado contra as ações da Berkshire.
– pode ser correta- mente substituída por:
a) … ele apostara contra as ações da Berkshire.
b) … contra as ações da Berkshire foi apostado por ele.
c) … as ações da Berkshire tinham sido apostadas por ele.
d) … ele apostaria contra as ações da Berkshire.
e) … ele teria apostado contra as ações da Berkshire.

 

22. (Técn. Judic. / PA) Caso a professora tratasse o aluno por tu, sua fala seria, corretamente:
a) Escrevas na lousa a palavra Ética!
b) Escrevei na lousa a palavra Ética!
c) Escreveis na lousa a palavra Ética!
d) Escrevais na lousa a palavra Ética!
e) Escreve na lousa a palavra Ética!

 

23. (Fiscal / ICMS) Na frase do texto “A liberdade supõe a operação sobre alternativas”, o verbo irregular foi flexionado corretamente.
Assinale a alternativa em que se apresenta flexão incorreta da forma verbal.
a) Eles impunham condições para que o acordo fosse assinado.
b) O julgador interveio na polêmica sobre os critérios de seleção.
c) Não foi confirmado se a banca quereria dar à redação caráter eliminatório.
d) Se os autores se disporem a ratear o valor, a publicação da revista será certa.
e) É necessário que atentemos para a questão da mudança de paradigma científico.

 

24. (Aux. Oper. / Docas-SP)
Oh! Santos
És linda demais!
Caso o tratamento dado à cidade de Santos fosse vós, o verso seria:
a) És lindas demais!
b) Sois lindas demais!
c) Sois linda demais!
d) Eres linda demais!
e) Eres lindas demais!

 

25. (Guarda Port. / Docas-BA)
Assinale a alternativa em que o tratamento tu tenha se construído em concordância com a norma culta.
a) Querido, venhas ver a novela.
b) Querido, vem ver a novela.
c) Querido, vens ver a novela.
d) Querido, vinde ver a novela.
e) Querido, vindes ver a novela.

 

26. (Economista / Docas) Assinale a alternativa em que, não se manteve adequação à norma culta.
a) Vós não conseguis fazer nada como vos solicito?!
b) Tu não consegues fazer nada como te oriento?!
c) Você não consegue fazer nada como lhe solicito?!
d) Você não consegue fazer nada como o oriento?!
e) Você não consegue fazer nada como o peço?!

 

27. (Economista / Docas) Dai-nos a Graça Divina.
Assinale a alternativa em que se fez corretamente a passagem do verso acima para a forma negativa.
a) Não nos deis a Graça Divina.
b) Não nos dês a Graça Divina.
c) Não nos dai a Graça Divina.
d) Não nos dê a Graça Divina.
e) Não nos dais a Graça Divina.

 

28. (Fiscal / ICMS) “Tá bom, então quando você voltar, traga um copo de água bem gelada para mim.” Assinale a alternativa em que a alteração da fala do homem NÃO tenha sido feita com adequação à norma culta. Não leve em conta possível alteração de sentido.
a) Quando tu voltares, traz um copo de água bem gelada para mim!
b) Quando vós voltardes, trazei um copo de água bem gelada para mim!
c) Quando tu voltares, não tragas um copo de água bem gelada para mim!
d) Quando vós voltardes, não tragais um copo de água bem gelada para mim!
e) Quando vós voltardes, não trazeis um copo de água bem gelada para mim!

 

29. (Cepel / NCE) Sabemos que verbos são uma classe de palavras que apresenta variações em pessoa, número, tempo e modo; as formas verbais “elaborou” e “está distribuindo” são semelhantes somente em:
a) pessoa, número, tempo e modo.
b) pessoa, número e tempo.
c) pessoa, número e modo.
d) número, tempo e modo.
e) pessoa e número.

 

30. (Minc / NCE) “...e de impedir que se consume o desastre...”; a forma verbal consume é cognata de:
a) consumismo
b) consumidor
c) consumação
d) consumo
e) consumista

 

31. (Eletrobrás / NCE) “E tantas vezes vim aqui...”; a frase abaixo que apresenta uma forma INADEQUADA do verbo VIR é:
a) Hoje vimos aqui para visitar a velha casa.
b) Amanhã virão outros a visitar a mesma casa antiga.
c) Quando virem outros, a casa não será a mesma.
d) Antigamente vinha muito a esta casa.
e) Eles não têm vindo a esta casa.

 

32. (CVM) “Se ele lesse, eu também leria”; a alternativa que apresenta uma frase com essa mesma estrutura, mas com forma verbal EQUIVOCADA é:
a) Se ele trouxesse, eu também traria.
b) Se ele aprovasse, eu também aprovaria.
c) Se ele pusesse, eu também poria.
d) Se ele viesse, eu também viria.
e) Se ele mantesse, eu também manteria.

 

33. (CVM) A alternativa que completa corretamente as lacunas da seguinte frase é:
“Quando __________ mais barato, o carro __________ um bem muito mais popular.”
a) estivesse – era
b) estiver – será
c) esteja – era
d) estivesse – será
e) estiver – seria

 

34. (Docas Sant.) “...com o que sobrevém.”; a alternativa em que se encontra uma forma ERRADA do verbo vir ou de um de seus compostos é:
a) Essas imagens não convêm à nossa campanha.
b) Os filósofos intervieram na ideia de futuro paradisíaco.
c) Essa concepção de futuro adveio da filosofia clássica.
d) Todos esses dados proviram de uma pesquisa governamental.
e) Vimos todos os dias a essas reuniões.

 

35. (Eletrobrás) “Medo de que a máquina nos telefone de volta e nos xingue...”; a forma verbal abaixo que, por não apresentar uma forma correta de presente de subjuntivo, NÃO poderia substituir as formas telefone ou xingue é:
a) requeira – requerer
b) provenha – provir
c) proveja – prover
d) intervinha – intervir
e) refaça – refazer

 

36. (AGU) Em “não desmereçam valores sociais ou provoquem discriminação”, as formas verbais destacadas estão no presente do subjuntivo. O item em que há um erro na forma de presente do subjuntivo do verbo indicado é:
a) averigue (averiguar) – traga (trazer)
b) provenha (provir) – mantenha (manter)
c) requeira (requerer) – intervenha (intervir)
d) reaveja (reaver) – atue (atuar)
e) detenha (deter) – caiba (caber)

 

37. (Comiss. Inf. Juv. / NCE) “Até lá, que o menos abandonado não chateie...”; se colocarmos o verbo sublinhado na primeira pessoa do plural, do mesmo tempo verbal, a forma correta é:
a) chateiemos
b) chatiemos
c) chateemos
d) chatiamos
e) chateiamos

 

38. (CEPL / NCE) Extinto é uma das formas de particípio do verbo extinguir; o verbo abaixo que NÃO possui duas formas possíveis de particípio é:
a) escrever
b) matar
c) morrer
d) gastar
e) pegar

 

39. (Finep / NCE) Na frase “O autor do texto pensa que a Terra se tornará inviável”, criada a partir do tema do texto, a correspondência de tempos verbais INADEQUADA correspondente, respectivamente, a pensa e se tornará é:
a) pensou / se tornaria
b) tinha pensado / se tornaria
c) pensava / tornará
d) pensará / se tornará
e) teria pensado / se tornaria

 

40. (Antt / NCE) “Onde havia estado anteriormente e morara algum tempo”; se quiséssemos substituir a primeira forma verbal sublinhada a fim de que tivesse a mesma forma simples da segunda, deveríamos escrever:
a) estava
b) estaria
c) esteve
d) estivera
e) tinha estado

 

41. (CVM) Entre as mensagens abaixo, a única que está de acordo com a norma escrita culta é:
a) Veja os celulares fantásticos reservados para você. Telefona já!
b) Mostra que você trabalha com a cabeça. Invista em ações!
c) Pensa primeiro em ti mesmo e seja feliz!
d) Não desconsidere o inimigo. Trate sempre de sua proteção.
e) Em caso de dirigir, não beba. Fala com um amigo para te levar em casa.

 

42. (Eletronorte / NCE) A oração abaixo em que a forma sublinhada NÃO corresponde ao gerúndio é:
a) A hipocrisia vem crescendo no seio das elites.
b) Falando sobre qualquer coisa, os homens querem parecer mais do que são.
c) Nem todos os exemplos de hipocrisia têm vindo das elites.
d) Partindo dos argumentos apresentados, o autor se posiciona contra a hipocrisia.
e) Nem todos os artigos deste livro estão tratando de problemas sociais.

 

43. (Técn. Judic.) “...não se sabendo onde acaba a administração pública e começa a sociedade.”;
o verbo saber é verbo irregular, com alterações no radical e nas desinências, em comparação com os parâmetros de sua conjunção. O item cuja forma é de formação regular é:
a) soubermos.
b) sabido.
c) saiba.
d) soubesse.
e) sei.

 

44. (Cetro / Prefeitura de Campinas - Administrador) Leia as orações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas.
I. Não se ________ e contou a surpresa para o aniversariante.
II. O chefe ________ na discussão dos colegas de departamento.
III. Se eu quisesse desta forma, eu mesma ________ feito.
IV. Depois de muita balburdia, a mulher ________ seus pertences.
a) conteu / interviu / tinha / reaveu.
b) conteve / interviu / tinha / reaviu.
c) conteve / interveio / teria / reouve.
d) conteve / interveio / teria / reaveu.

 

45. (MPE / Técn. Sup.) Os verbos da frase “Se eles se casarem e vierem para cá com os filhos, serão bem-vindos”, estão no futuro simples. Uma das opções abaixo transpõe corretamente os três verbos para suas formas compostas equivalentes. Assinale-a:
a) tiverem casado – houverem vindo – terão sido
b) tivessem casado – houvessem vindo – hão sido
c) houverem casado – tiverem vindo – serão tidos
d) estiverem casados – forem vindos – ficarão sendo
e) houvessem casado – tivessem vindo – teriam sido

 

46. (MPE) Uma das regras do emprego do gerúndio recomenda que ele seja empregado quando indicar “contemporaneidade entre a ação expressa pelo verbo principal e o gerúndio”; observe as seguintes frases:
I. “Quero registrar a triste situação por que passam milhões de crianças brasileiras, em sua maioria
desassistidas, desnutridas, sem educação básica, CAMINHANDO rumo a um futuro incerto e infeliz.”
II. “Os menores do Brasil, desassistidos em seus lares, ganham as ruas em busca de uma forma de vida, CAINDO nas malhas da prostituição...”
III. “Mesmo assim, tal atividade deve ser reconhecidamente leve, EXCLUINDO-se, por exemplo, o trabalho exercido nas indústrias, nas oficinas e na agricultura.”
A(s) frase(s) em que essa norma foi desrespeitada é (são):
a) I – III
b) I – II
c) II – III
d) I
e) II

 

(Cespe-UnB) Julgue as alternativas a seguir, com C (certo) ou E (errado).
Acredita-se, também, que exista somente uma língua de sinais no mundo, mas há várias. Brasil e Portugal, por exemplo, possuem línguas de sinais diferentes.
47. Em “Acredita-se, também, que exista somente uma língua de sinais no mundo, mas há várias” a substituição da forma verbal “exista”, no presente do subjuntivo, pela forma verbal “existe”, no presente do indicativo, manteria a correção gramatical do período.
O mundo do trabalho tem mudado numa velocidade vertiginosa e, se os empregos diminuem, isso
não quer dizer que o trabalho também.
Só que ele está mudando de cara. Como também está mudando o perfil de quem acaba de sair da universidade, da mesma forma que as exigências da sociedade e – por que não? – do mercado, cada vez mais globalizado e competitivo.

 

48. A opção pelo emprego das formas verbais “tem mudado” e “está mudando” indica que a argumentação do texto mostra as mudanças do “trabalho” como durativas, estendidas no tempo.
O crescimento mundial da consciência ambiental está aumentando na sociedade o desejo de consumir produtos ambientalmente saudáveis.

 

49. Na linha 2, a forma verbal “consumir” poderia estar flexionada no plural – consumirem –, sem prejuízo para a correção gramatical do texto. Do ponto de vista do “pai de família pobre” da década de 1920 ou 1930, o Estado aparece como aquele que deve prover os cidadãos do conforto material mínimo à sobrevivência, na forma de emprego ou de outras condições mais diretas, como moradia, saúde ou educação. Não se trata de emitir um juízo de valor sobre esta concepção, mas de constatar sua existência.
 

50. O infinitivo verbal “emitir” não admite emprego na flexão plural por concordar com “um juízo”.
 

Gabarito: 1. d; 2. c; 3. e; 4. e; 5. d; 6. d; 7. a; 8. c; 9. e; 10. a; 11. d; 12. c; 13. d; 14. e; 15. e; 16. e;
17. a; 18. e; 19. d; 20. a; 21. a; 22. e; 23. d; 24. c; 25. b; 26. e; 27. a; 28. e; 29. c; 30. c; 31. c; 32. e;
33. b; 34. d; 35. d; 36. d; 37. c; 38. a; 39. c; 40. d; 41. d; 42. c; 43. b; 44. c; 45. a; 46. e; 47. errado;
48. certo; 49. errado; 50. errado.

 

Bons estudos!